Alugando casa em Orlando: Condomínio Bella Vida

Casa que me hospedei: com a piscina aquecida no exterior no Condomínio Bella vida
Casa que me hospedei: com a piscina aquecida no exterior no Condomínio Bella vida

Já tinha falado que tinha gostado de alugar casa em Orlando, quando fiquei no Condomínio Lucaya Resort em dezembro de 2014. Semana passada precisei ir trabalhar na cidade de novo e dessa vez fiquei hospedada no Condomínio Bella Vida, que assim como o anterior, fica em Kissimmee, isto é, pertinho do Walt Disney World .

Foram apenas 3 dias, mas o suficiente pra me apaixonar pelo condomínio e mais ainda, pela casa. Sabe aquela casa que foi decorada com super bom gosto? Eu cheguei e falei, "eu quero uma casa igual a essa", pois estava tudo realmente bonito. Inclusive eu tive várias idéias de decoração para a minha futura casa (em breve eu conto o babado)!  Enfim, vou contar tudo detalhadamente, como sempre :)

A casa

sala e cozinha vistos da escada da casa
sala e cozinha vistos da escada da casa

A casa tem 4 quartos, sendo uma suíte no primeiro piso, com cama queen; uma suíte no segundo piso, com cama king; e 2 quartos, iguais, com 2 camas twin (de solteiro só que maior do que o padrão do Brasil) e uma sofá-cama twin, podendo então ficar 3 pessoas em cada quarto. Todos os quartos com TV (incluindo TV a cabo) e roupas de cama e banho novas.

suíte do segundo andar
suíte do segundo andar
cozinha e sala de jantar
cozinha e sala de jantar

 

 

 

A cozinha é toda equipada: lava-louças, microondas, fogão, geladeira, liquidificador, torradeira, faqueiro, louças, cafeteira, talheres, copos, panos de prato, e tudo novinho. Os banheiros têm secadores de cabelo. Seguindo o padrão de todas as casas na Flórida, o ar condicionado é central e também é aquecedor, e usei os dois, aquela história de só saber dormir com frio e acordar com calor rs. Falando em calor e frio, um diferencial dessa casa e de todas desse condomínio é a piscina aquecida privativa, uma pena que não tive tempo de aproveitar.

piscina aquecida
piscina aquecida

Além de tudo bem decoradinho e novo, estava tudo limpinho e com cara de hotel: tolhas arrumadas em formatos de bichos, até o pano de prato estava com lacinho. A mesa de jantar estava posta, enfim, a sensação que se tem não é de chegar em um lugar frio ou impessoal, e sim de chegar em casa.

O acesso à casa é feito por códigos, sem chave, assim como o portão do condomínio. Eu gosto desse esquema, não apenas por achar seguro (afinal é interesse deles que os códigos sejam mudados sempre que mudam as pessoas) mas também porque se tem alguém que perde toda hora as chaves, esse alguém sou eu, e com os códigos é só salvar no celular (esse eu cuido muito bem rs).  Os dois códigos são fornecidos pela empresa que aluga, a Fidelity, no email que eles enviam com o voucher.

O Condomínio Bella Vida

piscina e jacuzzi do condomínio
piscina e jacuzzi do condomínio

O condomínio é só de casas, todas nesse mesmo padrão, algumas até maiores, mas tudo combinando, e cada uma com sua piscina privativa aquecida.  Tem um lago e uma pista de caminhada/corrida em volta dele.

condomínio e o lago
condomínio e o lago

A recepção do condomínio fica perto da entrada, cujo portão também só é aberto com código. Na casa que comporta a recepção, tem vending machines ( onde é possível comprar água, biscoitos e refrigerantes), academia, quadra de vôlei de praia,  parquinho infantil externo, mesa de ping pong e de totó em ambiente fechado além de uma sala de estar, posto médico, lugar pra comprar tickets de atrações, enfim, tudo que você possa precisar. A  piscina fica atrás da casa que é a recepção, e, além de imensa, possui uma  jacuzzi.

Localização

A localização do condomínio é ótima. Depois que peguei um mega  trânsito na International Drive em um feriado, eu evito ficar naquela região, e como sou fã da Disney, ficar em Kissimmee é sempre uma boa pedida.

Distâncias do Resort para os parques

- Magic Kingdom:  11.5 milhas

- Epcot:  10.6 milhas

- Animal Kingdom: 10.5 milhas

- Hollywood Studios:  9.5 milhas

- Universal Studios e Island of Adventures: 14 milhas

- Sea World: 10.7 milhas

Distância do resort para lojas/farmácias, mercados e serviços

- Farmácia Walgreens (24h): 7 milhas

- Publix (supermercado que eu vou sempre): 4.1 milhas

- Walmart (outro supermercado que eu frequento): 4.3 milhas

- Premium Outlet Vineland : 8.3 milhas

- Lake Buena Vista Factory Stores: 4.5 milhas

- Posto de Gasolina:  2 milhas

 

Como alugar

Essa casa pode ser alugada diretamente pelo Booking. E por tudo que li de reviews e comentários, o capricho, a limpeza e qualidade das roupas de cama e banho das casas administradas por eles, é mérito deles. O foco deles é o público brasileiro, famílias, e por isso a sensação de estar em casa. Por sermos o foco da empresa, podemos negociar em português (até o site é em português). Acho que qualquer tipo de negociação é melhor quando fazemos na nossa língua, inclusive se der problema e precisarmos de ajuda, falar o nosso idioma é sempre mais confortável.

O aluguel pode ser contratado diretamente no site deles , e mais uma vez não achei caro:  3 noites nessa casa que eu fiquei custam $ 723.20 , isso já com limpeza e as taxas incluídas. Isso significa que a diária fica em $ 241, e se for dividir por ocupantes, dá cerca de $24 por pessoa (lembrando que a capacidade é de 10 pessoas).

Além do aluguel, é possível pedir serviços extras como arrumação e até mesmo compras de mercado para quando  chegar na casa poder já ter o que usar e comer.

Conclusão

Com minha calculadora do lado, já acho que se o grupo for de 6 pessoas o aluguel da casa já está valendo a pena (fica em torno de $40 a diária por pessoa). E vou listar os motivos:

- Espaço e privacidade: ter espaço para abrir malas sem bagunçar as camas, poder circular pela casa, e mais ainda, ter privacidade de ficar em cômodos diferentes das crianças, porque isso não rola em hotel, ao menos não em todos.

- Infraestrutura para fazer uma comida, guardar lanches, relaxar e curtir, afinal ás vezes dá vontade de ficar de bobeira pra dar uma pausa na maratona de parques, e em hotel não dá pra fazer isso com privacidade, tipo, ficar vendo TV na sala, ou ficar na piscina privativa aquecida ;

- Segurança: ano passado foi o ano com mais notícias sobre furtos em hotéis em Orlando, e saber que você pode deixar todas as suas compras, computador, coisas de valor dentro de casa e ir sossegada aos parques definitivamente não tem preço. Além do condomínio ser super seguro.

- Preço. Como falei acima, se montar um grupo o preço da casa fica mais barato do que o hotel. E isso com conforto, qualidade e segurança.

- Condomínios têm tudo que um hotel pode oferecer: piscina, academia, área para crianças brincarem, recepção, vending machines, telefone. O que podem argumentar é que não tem café da manha, mas vamos combinar que os cafés da manhã de Orlando, quando existem, são muito, muito fracos. Muito melhor ir no mercado, comprar tudo e fazer na casa.

- Limpeza. Essas casas para locação com público -alvo brasileiro são as mais limpas. Isso porque nós somos exigentes quanto à limpeza, pra não dizer chatos. Eu mesma fiquei na paranóia desde que soube do caso de bedbugs em Orlando no início do ano, e fico checando tudo no quarto de hotel, mantenho mala fechada o tempo todo e confesso que muitas vezes fico com certo 'nojo' dos carpetes. E me vi livre dessa paranóia toda na estadia na casa, primeiro porque vi que estava tudo limpo mesmo, lembrando, sou virginiana.. Segundo porque nota-se a manutenção da casa, o cuidado de trocar roupas de cama, o capricho de manter tudo novo.

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Hotéis em Orlando 

Mais fotos da casa

Sobre a estadia

Fui para Orlando fazer um trabalho com um cliente, e este, por ser parceiro da Fidelity, me proporcionou a estadia.


Burgdorf- Suíça: conhecendo a fabricação do queijo Emmental

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paisagem do vale do Emmental, daquelas típicas da Suíça

Burgdorf  é uma pequena cidade a leste de Bern na Suíça, e que fica à entrada de Emmental, colina que é conhecida graças ao queijo de mesmo nome. E minha visita à cidade foi justamente para visitar uma fábrica do legítimo queijo Emmental., também conhecido como Suíço no Brasil. 

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passo a passo da produção
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Queijaria

O vale é lindo, daquelas paisagens tipicamente suíças e de embalagens de queijos: vales verdes, colinas suaves e as vaquinhas. Apesar do tempo não ter ajudado, deu pra avistar várias fazendas e não pude deixar de notar uma curiosidade: todas as fazendas têm uma casa grande, onde a família mora, e ao lado uma menor, bem parecida, e que, de acordo com a guia, era a casa dos integrantes mais idosos da família, que por opção, se mudam para a casa menor deixando os filhos e netos na casa maior.

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fabricação atual é toda moderna

Durante o passeio eles explicam toda a fabricação,  inclusive que aqueles buraquinhos do queijo são causados pela liberação de dióxido de carbono produzido por uma bactéria. Se tivesse descoberto,quando criança, que os buracos eram feitos assim,  meu mundo iria desabar... afinal que nunca achou que eram ratinhos que faziam os buracos? :P

 

 

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a sopa feita a base de resíduo da fabricação do queijo

 

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Rivella: parece guaraná e é feita com soro do leite. Eu adorei

Após conferir toda a produção, claro que tivemos o momento de degustar. :D

 

 

Infelizmente não deu tempo de conhecer o maior castelo  Zähringen da Suíça, que fica na cidade e tem mais de 800 anos. Também não tive tempo de ir na torre de menagem, do século XII e pelo que li tem uma vista linda para a cidade e para os alpes de Bern. Fica a dica então para quem estiver indo, e depois contar aqui como foi.

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sorvete feito lá

 

 

 

 

 

 

Informações

Site Emmental Experience : http://emmental.ch/en/experience/emmental-and-cheese/

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Sobre a viagem

O blog viajou a convite da Swiss International Air Lines em parceria com o  Switzerland Tourism  . O projeto #SwissExperience foi idealizado pela  Agência Ptahx . Quem viajou foi o Leonardo Martins, pai das minhas filhas, e que tem o estilo de viagem muito parecido com o meu e fez os relatos. Acompanhe tudo sobre a Suíça nas redes sociais com a hashtag #SwissExperience

 


O que fazer e ver em Jerusalém - Israel

Jerusalém vista do Monte das Oliveiras
Jerusalém vista do Monte das Oliveiras

É impossível falar de Israel, principalmante de Jerusalém, sem falar de religião, na verdade religiões. E mesmo para o ateu mais "ortodoxo" o lugar é imperdível, pois não dá para negar sua importância histórica.

No centro de Jerusalém fica a chamada Cidade Velha, que é cercada por uma muralha e abriga quatro bairros: cristão, armênio, judeu e muçulmano. Por dentro das muralhas, a cidade velha se divide em territórios de três religiões.

Mas não é só a Cidade Velha que tem atrativos, e eu vou listar o que eu considero imperdível em Jerusalém, dentro e fora da Cidade.

 

Monte das Oliveiras

pôr do sol no Monte das Oliveiras
pôr do sol no Monte das Oliveiras

Não conseguiria nunca descrever a emoção de chegar em Jerusalém e ter como primeira experiência na cidade o lindo pôr do sol no Monte das Oliveiras, com direito a uma vista deslumbrante da cidade velha.

O lugar também é importante para os cristãos, pois é considerado o lugar favorito de Jesus para ensinar seus discípulos.

Jardim do Guetsêmani

Jardim
Jardim do Guetsêmani e suas oliveiras contorcidas

O jardim fica aos pés do Monte das Oliveiras. Na época de Jesus o local teria sido um olival, onde existia uma prensa para a extração do azeite de oliva (gethsemane em grego). O lugar tem várias oliveiras e teria sido o lugar que Jesus foi logo após a última ceia e feito uma oração.

Igreja de Todas as Nações ou Igreja da Agonia

Igreja de Todas as Nações
Igreja de Todas as Nações

Construída no século 20 com contribuições de fiéis de todo o mundo, fica ao lado do Jardim do Guetsêmani. É nela que fica a rocha que Jesus teria feito as orações, após a última ceia, no dia da traição.

Museu de Israel e o Museu do Livro

Museu de Israel
Museu de Israel

O museu que é bem grande e tem vários prédios, é um dos maiores do mundo em arqueologia bíblica. Também tem obras de Picasso, Rodin e outros artistas. Um dos prédios que mais recebe visitas é o do Museu do Livro, pois nele se encontra  os Manuscritos do Mar Morto. Outro ponto alto é a Maquete de Jerusalém, que mostra a cidade pouco antes da destruição do Templo. Mais informações no site do Museu.

Muro das Lamentações

Muro das Lamentações no Shabbat
Muro das Lamentações no Shabbat

É parte do segundo templo que foi destruído em 70DC. É o local mais sagrado do judaísmo, onde se acredita que o muro ocidental do templo jamais é destruído pois  a presença divina está no oeste. Desde então o muro é o símbolo de amor e de devoção dos judeus à cidade santa, onde se encontram para rezar, fazer pedidos em orações através de bilhetes que eles colocam nas fendas dos muros. Estive no muro duas vezes durante a viagem, e a que mais me surpreendeu foi quando fui numa sexta-feira à noite, durante as comemorações do Shabbat.

Monte Sião (ou Zion)

Sala da Última Ceia
Sala da Última Ceia

No Monte Sião existem 2 lugares importantes para o cristianismo, a Abadia da Dormição, onde Maria teria passado sua última noite, e o Cenáculo, a Sala da Última Ceia. É lá também que fica a Tumba do Rei Davi, embora existam muitas teorias de que ele não foi enterrado ali.

Via Dolorosa / Via Crúcis

Igreja do Santo Sepulcro
Igreja do Santo Sepulcro

É o  trajeto pelo qual Jesus carregou sua cruz em Jerusalém. São 14 estações em 600 metros de percurso. Cada estação representa, no cristianismo, um acontecimento, como as três quedas ou o momento que viu sua mãe, entre outros. Nove das 14 estações se encontram na Via Dolorosa.  As últimas três estações ficam na Igreja do Santo Sepulcro.
Durante o trajeto é possível ver muitos fiéis, peregrinos, alguns até carregando cruzes para pagar promessas. Mesmo com tantos turistas, é impossível não se emocionar com toda aquela fé, com a importância do lugar, sua história.

Torre de Davi

Night Spectacular na Torre de Davi
Night Spectacular na Torre de Davi é um dos programas imperdíveis

Localizado no portão de Jafa, o museu é imperdível e uma das melhores maneiras de conhecer a história de Jerusalém. Do alto da torre é possível ter uma vista maravilhosa da cidade. Cada sala do museu foi reformada para mostrar cada período, juntando no acervo uma história de 4 mil anos. Também recomendo o show de luzes que conta a história de Jerusalém, o Night Spectacular, é realmente lindo. Mais informações no site.

Yad Vashem

Yad Vashem
Yad Vashem

Aberto em 2005, o Museu do Holocausto foi construído para documentar a história do povo judeu durante o holocausto. São nove salas que relatam as histórias das comunidades judaicas antes da Segunda Guerra Mundial passando subida dos nazistas ao poder, pela perseguição dos judeus, sua expulsão aos guetos, e terminando com o genocídio em massa. São muitas fotos, vídeos, relatos, que é impossível não sair de lá abalado. Mais informações no site do museu.

 

Conclusão

Jerusalém tem muita história, seja religiosa ou não. É um lugar para se ver com calma, para ficar atento aos detalhes, e pra isso é imprescindível ter um guia, que conheça bem o lugar.

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Sobre a viagem

Viajei a convite do Ministério de Turismo de Israel,  e tivemos como Guia durante toda a viagem o Samuel, Guia Brasileiro em Israel, que  virou um amigo, além de explicar tudo com detalhes e imparcialidade.

 


Voando com a El Al para Israel

Avião da EL Al  © Raimond Spekking   Wikimedia Commons
Avião da EL Al
© Raimond Spekking  Wikimedia Commons

Confesso, deixei a coisa esfriar na minha cabeça, pois se fizesse o post logo ao chegar, ele sairia muito pesado. Como já contei no post 5 momentos marcantes da viagem para Israel, a viagem em si foi maravilhosa, sem nada realmente pra reclamar, pelo contrário, surpreendente. Mas não posso dizer isso do voo, na verdade, mais precisamente, do check in  na ida, e de todo procedimento (ida e volta) da El Al (que significa "aos céus") , companhia aérea israelense.

kit pré viagem
kit pré viagem

Como diria o Jack, vamos por partes Já mencionei no outro post que a viagem para Israel foi um convite do escritório brasileiro do Ministério do Turismo de Israel , portanto, eu tinha emails com programação, meu nome, outros sites que estariam viajando comigo, embora a única que iria embarcar em Nova York era eu, por morar nos Estados Unidos. O resto sairia do Brasil, em um voo da Turkish Airlines, já que a EL Al não tem voo direto desde 2011 para o Brasil,  fazendo conexão em Istambul. A única então queria iria em voo direto, NY-Tel Aviv, era eu, e de El Al. 

A EL Al sabia da fam trip, tanto que me mandou um kit muito bacana com produtos deles, cerca de um mês antes da viagem. No kit, além dos mimos, vinha a passagem impressa, uma carta dando boas vindas, e um convite na carta, para usufruir, na ida e na volta, da sala VIP deles nos aeroportos. Achei bacana e pensei.. bom, parece que não vou me aborrecer na entrada de Israel, pois já tinha lido que não era algo muito tranquilo.

na sala vip em NYC
na sala vip em NYC

Chego no JFK em NYC com antecedência, afinal é voo internacional, e me dirijo ao check in ainda vazio. Uma menina me atende, pergunta se vou sozinha, e parece que aí começa o interrogatório, pois, de acordo com o que me disseram depois, eles devem ter achado estranho uma mulher viajando sozinha. Contei TUDO da viagem, até porque perguntaram, mostrei os emails do Ministério do Turismo de Israel, com programação. Quiseram saber por que eu fui convidada.. tipo de pergunta que eu não tenho a menor idéia de como responder, concorda? Expliquei que provavelmente por conta dos fãs no Facebook. Acreditam que o atendente me pediu pra mostrar a página do blog no celular???? Mostrei e tentei levar na esportiva, falando que já que ele abriu a página, poderia curtir e acompanhar a viagem.

Expliquei que só eu sairia de NYC, e que era porque morava nos EUA. Pronto, o interrogatório mudou de rumo: "Por que você mora nos Estados Unidos? Qual seu visto?  Nome da empresa? "e por aí vai. Eles conseguiram fazer mais perguntas do que o Consulado dos EUA quando eu fui tirar o visto, e mais, fizeram MAIS perguntas do que a tão temida imigração americana, que depois desse episódio, virou algo super tranquilo na minha opinião.

Mostrei também a cartinha da própria El Al, e eles olharam desconfiados, como se fosse mentira. O meu passaporte passava de mão em mão, todos olhando com cara de que estavam vendo uma ameaça. Confesso que nunca me senti tão constrangida. Um cara que parecia ser gente boa, agilizou tudo, e finalmente me liberou, me avisando que eu deveria chegar cedo na hora de embarcar pra olharem as malas de mão. E me escoltou até a sala VIP, e confesso que relaxei lá, achando que teria acabado a tortura. Sabia de nada a inocente...

Cheguei cedo no embarque, achando que a fila pra mostrar o conteúdo das bolsas e malas de mão estaria enorme. E pra minha surpresa não existia essa fila, apenas a normal, para entrar no avião. Entrei nela, na maior inocência do mundo!!!! Eis que uma mulher grossa toda vida, me retira da fila e me leva pra um canto. Pega minha bolsa e minha mochila, entra numa sala fechada com os meus pertences, sem a minha presença, e mexe em TUDO. Nessa hora eu já estava pra lá de transtornada. Primeiro porque não era um procedimento normal de segurança, tipo, checar as malas de todos, era algo que estava acontecendo SÓ COMIGO. Segundo porque eles não podem pegar minhas bolsas e se trancarem em uma sala. Passaram uns 10 minutos e ela abre a porta, me convida pra entrar e me entrega. Aí quem revira TUDO sou eu, na frente dela, pois queria saber se estava tudo lá, afinal, se ela desconfia de mim, por que eu não poderia desconfiar dela?

Juro que a essa altura eu me questionava se precisava passar por essa humilhação e pelo péssimo tratamento. Cheguei a mandar uma mensagem para a pessoa do Ministério do Turismo que organizou a viagem, falando que só não havia desistido por causa dela, por profissionalismo, pois a vontade que eu tive era de virar as costas e sair dali. Mas fiquei, e já esperava o que vinha pela frente ao chegar em Israel, mas dessa vez me enganei.

jantar de ida
jantar de ida

O voo de ida foi tranquilo, comida mais ou menos, pedi massa  a bolonhesa, e estava ok.  As atendentes eram simpáticas, mas uma senhora absurdamente chata atrás de mim quase me enlouqueceu. Ela não admitia que eu reclinasse a poltrona, e ficava me chutando. Eu que já estava de péssimo humor, só olhava pra ela com cara de poucos amigos. De diferente, apenas o número grande de judeus ortodoxos, com seus trajes,  fazendo as orações pela manhã.

massa do jantar de ida
massa do jantar de ida

Notei também, pelo desenho da rota do avião na telinha,  que o avião chega a fazer uma viagem mais longa, já que não pode sobrevoar  alguns países, por motivos óbvios de segurança.

Ao chegar no Aeroporto de Ben Gurion, em Tel Aviv, fiquei imaginando o perrengue que iria passar. Mas, pra minha surpresa,  havia um funcionário do Ministério do Turismo de Israel, me esperando com uma placa com o meu nome, antes de chegar aos guichês de controle de passaporte. Ele me pegou e me encaminhou ao guichê de diplomatas, explicou o motivo da viagem (não sei como seria se ele não estivesse lá, mas pelo que li, eles sabem do perrengue pra entrar em um avião da El Al, e recebem os passageiros da companhia aérea de uma maneira mais tranquila). Tudo ok e  me deram um print de entrada no país, com uma foto. Isso porque eles não carimbam mais os passaportes, já que muitos turistas reclamavam, pois isso impactava a visita a outros países que não aceitam pessoas que entraram em Israel.

Ao pegar a minha mala, a minha última e desagradável surpresa da ida: meu cadeado de estimação da Minnie, que guardo desde a primeira ida pra Disney das meninas, foi quebrado por eles, e óbvio, a minha mala despachada também foi revistada.

Ao conversar com outras pessoas sobre o perrengue, ouvi falar que o pior era sair de Israel, juro que fiquei tensa. Se pra entrar foi assim, imagina pra sair? Mas ainda bem que era só boato, ou então dei sorte. Na verdade sei que não foi sorte, o pessoal do Ministério do Turismo me deu uma espécie de carta pra sair do país, não dizia muito, mas era pra facilitar a saída.  Sei que cheguei sozinha no aeroporto de Tel Aviv pra retornar à NYC, e entrei na fila, ENORME, pois o voo é o maior que sai da cidade. Na fila fui conversando com brasileiros que voltavam também. Claro que perguntei como foi na ida, e falaram que alguns foram revistados, mas nada como o que aconteceu comigo. Isso porque eles foram em excursões e saíram do Brasil, o que me fez ver uma  luz no fim do túnel.

A recomendação expressa em todos os lugares era de que não podia trancar as malas, seja com cadeado ou com lacres. Aí fico pensando... a pessoa volta com presentes, não pode trancar a mala, chega no Brasil e nem golpe da cesárea os malandros dos aeroportos precisam fazer.. está tudo ali, de bandeja. Como a minha mala tem aquele cadeado que qualquer aeroporto tem a chave mestra, eu usei ele, e tranquei.

Enfim, ao chegar minha vez, entreguei o papel do Ministério, passei minhas malas no raio x, e segui para o embarque, sem perguntas, a não ser as de praxe como quem fez minha mala, se alguém mexeu e etc.

O voo de volta era diurno, o que já é algo bem chato. E pra piorar, o voo que era direto, simplesmente parou em Bruxelas por 2 horas, sem aviso de nada, sem explicações, o que fez ele atrasar 3 horas. E quando a gente pensa que não existe como ficar pior, eles passaram cerca de 6 horas do voo sem dar NADA de comida. Como se fosse um voo noturno, em que passam horas sem dar nada pois todos dormem, só que era um voo diurno, e até eu, que não sou de comer em avião, fiquei faminta, levantei e eles deixaram na cozinha alguns sanduíches de atum prontos, onde quem quisesse tinha que ir buscar (oi?). Peguei um, e quando fui pegar outro, tinha acabado. Depois das horas de jejum, eles deram um jantar, onde mais uma vez pedi massa, pra não arriscar, e estava ok de novo.

A chegada em NYC foi tranquila, como falei, me senti até feliz com o tratamento carinhoso dado pela imigração americana.

Conclusão:

Deu pra ver que minha experiência não foi nada boa. Já tinha lido sobre essa dificuldade em artigos como esse  e essePortanto não é algo pontual, é algo corriqueiro. 

Fiz esse comentário com o pessoal do Ministério do Turismo, pois se a idéia é chamar turistas, é preciso que isso mude. Óbvio que entendo que procedimentos de segurança são mais que necessários nesse caso, mas é preciso descobrir um meio termo entre uma abordagem de segurança e procedimentos invasivos.

De qualquer maneira, não acho que seja motivo para não visitar Israel, afinal, o país é lindo, além de ter uma riqueza histórica indiscutível. Como excursões são mais bem vistas pela imigração de lá, assim como pelas empresas aéreas, ainda acho que nesse caso, vale a pena investir nesse tipo de viagem, apenas para se aborrecer menos. Ou então usar outras companhias aéreas, como a Turkish, até porque, não ouvi relato nenhum negativo dos que voaram por ela e fizeram conexão em Istambul. E, pra quem pergunta se eu passaria por tudo isso de novo pra conhecer o país, sim, eu passaria, mesmo tendo detestado esse tratamento. A viagem foi tão bacana que eu só não esqueci do que aconteceu porque precisava registrar aqui no blog.