Teleférico e Morro de Elefante em Campos do Jordão

A única coisa que eu lembrava bem da minha primeira ida à Campos do Jordão, em 1996, era do Morro do Elefante, e claro, do elefante que eu tinha subido para tirar foto! :) Por isso fiz questão de voltar lá de novo, até porque é uma das maiores atrações da cidade.


O nome Morro do Elefante tem origem na formação da montanha, que dizem que de longe se assemelha ao contorno de um elefante. Seu cume alcança a altitude de 1800 metros acima do nível do mar, proporcionando uma vista panorâmica da Vila Capivari, de parte do Alto do Capivari e alguns outros bairros da cidade, além do visual montanhoso ao horizonte, realmente muito bonito.

Fora o belo visual, o topo do Morro do Elefante dispõe de lanchonete, feirinha de artesanato com cachecóis e roupas de frio e o elefante, que mencionei acima, onde todos os turistas tradicionalmente tiram fotos!
Existem 2 maneiras de se chegar ao topo do Morro do Elefante: de carro (como fui em 1996) ou de teleférico. Este último, inaugurado em 1972, e que seria o primeiro teleférico a ser construído no Brasil, é a maneira mais aventureira e divertida. Confesso que não sei se deixaria meninas subirem por ele, justamente por serem cadeirinhas individuais suspensas por cabos de aço mas que não me transmitiram uma segurança razoável. Mas, como estava sozinha, fui na boa, sem medo. E curti muito, pois a vista das cadeirinhas, tanto na subida como na descida é mais bonita que do próprio mirante do Morro.

Informações
Teleférico: R$ 11,00
Mais informações (12) 3663-1530
Endereço
Rua: Marco Antônio Cardoso, 240 - Morro do Elefante
Como chegar de carro
Siga sentido ao Centro Turístico da cidade, Vila Capivari. Passando pela Praça São Benedito e pelo Teleférico, vire à direita na rotatória onde encontra-se uma estátua de cavalo e siga em frente. Vire a primeira rua à esquerda em aclive; o ponto turístico Morro do Elefante está situado no final desta rua.
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Roteiro de 5 dias com as crianças em Gramado e Canela

Não foi minha primeira vez na Serra Gaúcha mas foi a primeira vez das meninas, mesmo assim a viagem foi só por Gramado e Canela. O bom disso foi que preparei um roteiro flexível, mas bem organizado, para mostrar o que mais tinha gostado e que seria programa bacana para fazer com as crianças.

Nem preciso dizer que elas amaram a viagem, a ponto de dizer que tinha sido melhor que Disney, o fato é que foi bem divertido e por isso resolvi compartilhar uma sugestão de roteiro que mescla o que fizemos com o que eu considero uma otimização de tempo (tirei um dia inclusive, que foi o total do tempo dedicado à brincar no hotel com os "tios"da recreação) mas sem deixar as crianças exaustas. Essa sugestão é para quem viaja de carro, principalmente por conta da movimentação entre as duas cidades, e fora da época do Natal Luz, pois com as atrações do evento fica difícil fazer tudo que está proposto.

Primeiro dia:
- Pórtico da chegada a Gramado pela Rota Romântica, até porque é já virou cartão postal da cidade. Dê uma paradinha no acostamento e faça sua foto!

- Lago Negro : ponto turístico mais visitado de Gramado, trata-se de um lago artificial, que encanta os adultos com a beleza do contraste de sua água com as árvores importadas da Floresta Negra da Alemanha e as crianças pela diversão nos pedalinhos, que podem ser de cisne ou de caravela. Após o passeio, vale a pena dar uma caminha na trilha em volta do lago. Em feriados fica mais difícil achar vaga em volta do lago, mas nas ruazinhas transversais é tranquilo.

- Mini Mundo: Mini Mundo é uma cidade onde tudo acontece em um cenário 24 vezes menor do que o real, sem perder nenhum detalhe, fazendo com que o parque faça parte de um seleto grupo de atrações turísticas mundiais que apresentam réplicas de construção em escala única.

- Passeio a pé pela Av. Das Hortências, Borges de Medeiros e Rua Coberta, com parada no Palácio dos Festivais e pela bonita Igreja de São Pedro . Você vai poder comprar chocolates e admirar a beleza da arquitetura de Gramado com estilo europeu.
Segundo dia

- Pórtico da chegada pela estrada que liga Taquara a Gramado e que também merece a foto já tradicional.

- Gramado Zoo : Uns 700 metros após o pórtico, já saindo de Gramado, fica o Gramado Zoo, que abriga hoje 1500 animais, de várias espécies, de araras a onças, passando por antas, jacarés, capivaras, macacos, mas com o detalhe de ter apenas animais que vivem no Brasil.

- Parque Gaúcho : Fica ao lado do Gramado Zoo e seu ingresso pode ser comprado em um combo com o zoo. O parque é uma espécie de museu, que conta a origem do povo gaúcho, desde os índios, seus hábitos e costumes. Além da parte toda com réplicas de ambientes e de objetos dos pampas antigos, o parque tem uma área bem bacana com animais crioulos, com área de doma, e que encantou as meninas.

- Le Jardin Parque de Lavanda : no caminho de volta ao centro de Gramado está o primeiro de lavanda no Brasil, que foi inspirado em parques do mesmo gênero da Europa e dos Estados Unidos. São mais de 10 mil pés de lavandas de várias espécies. É gratuito, o que torna a parada mais que obrigatória.
Terceiro dia

- Alpen Park : O parque fica bem para dentro de Canela mas vale a pena. A atração principal é o trenó , mas o parque conta com montanha-russa, tirolesa, cinema 4D, escalada, arvorismo, entre outras atrações, que são todas pagas a parte.

- Catedral de Pedra: Outro ponto turístico super visitado no estado, a Igreja Matriz da Cidade, conhecida como Catedral de Pedra de Canela, é de estilo gótico, tem 65 metros de altura e é muito bonita por dentro também.

- Parque Terra Mágica Florybal : O parque foi idealizado pelo fundador da Florybal Chocolates. Claro que o chocolate está presente, é parte central do tema, mas acaba que aparece de forma sutil, não dando pra chamar o lugar como “parque de chocolate”. Pelo contrário, o que chama a atenção são as esculturas, principalmente as de dinossauros. São mais de 1.000 esculturas e incríveis dinossauros animatrônicos, além de brinquedos, cinema 4D, bares e restaurante.
Quarto dia

- Parque do Caracol : O parque é enorme, com 25 hectares, onde além de trilhas pela mata, mirante, observatório, existe toda uma infraestrutura para se passar o dia, como restaurante, banheiros, lanchonete e até churrasqueiras . A principal atração do parque é a Cascata do Caracol, formada pelo rio de mesmo nome, é também a mais famosa do Rio Grande do Sul.

- Mundo Gelado: inspirado em bares de Dubai, Austrália, o primeiro parque temático de gelo teve a idéia adaptada para toda a família. Em uma casa a 10°C ficam móveis e objetos esculpidos de gelo.

- Castelinho do Caracol: Funciona como museu, guardando a mobília, os utensílios e as ferramentas dos antigos moradores, de origem alemã. Na sua casa de chá é vendido o apfelstrudel mais famoso da região,feito em um fogão a lenha de mais de 90 anos e que vem servido de creme de nata ou de sorvete de creme, além de uma xícara de chá e maçã.
Quinto dia

- Mundo à Vapor : Um parque temático que é mais um museu que conta a história das máquinas a vapor e suas aplicações desde a Revolução Industrial, mas pos ser uma visita guiada, super bem explicadinha, agrada às crianças. A frente do Parque já virou um cartão postal de Canela.

- Aldeia do Papai Noel : o único parque natalino do Brasil que fica aberto para a visitação o ano inteiro. É um espaço de 90.000m² criado em 1940 onde o bom velhinho escolheu para fixar residência no Hemisfério Sul. Entre as principais atrações estão a casa do Papai Noel e suas renas, incluindo a filhote, chamada de Natalina.

- Reino do Chocolate : Uma mistura de mini fábrica de chocolate com um passeio temático, com direito a uma volta no tempo, contando a história do chocolate em um cenário cheio de efeitos visuais, sonoros e com peças de chocolate.
Tem alguma sugestão para o roteiro? Não deixe de comentar no post!
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Grande Hotel Campos do Jordão

Passei um fim de semana, de sexta a domingo, no Grande Hotel Campos do Jordão. A idéia de fugir do calor do verão carioca foi perfeita... ao subir a serra, onde cheguei a pegar chuva, uma temperatura deliciosa de 15 °C ! Infelizmente fui sem as meninas, mas o lado bom disso é que pude descansar, passear e conhecer bem o hotel, mas é claro que fiquei atenta à tudo que se referia às crianças.

O hotel ocupa uma área de 400 mil metros quadrados de mata serrana e foi construído na década de 1940 como hotel cassino. Logo na entrada, antes mesmo da recepção, tem uma sala com móveis e objetos daquela época, como o cardápio e a assinatura do Presidente Getúlio Vargas quando se hospedou por lá. Aliás, todas as áreas sociais são super elegantes, fugindo bastante do que costumamos ver em resorts, porque sim, o hotel é um resort que não leva esse "sobrenome" mas tem toda a infraestrutura que classificam esse tipo de hospedagem, faz parte do grupo Resorts Brasil e tem muito mais

Digo muito mais porque além de toda a infraestrutura, como piscina aquecida (uma para adulto e outra infantil e ambas lindas), academia, duas quadras de tênis, quadra de squash, health club, 5 trilhas interligadas com 3km de percurso e no meio do bosque, miniclube, parquinho e recreação, o hotel se diferencia principalmente através da gastronomia.

Dos quatro restaurantes estrelados pelo Guia 4 Rodas em Campos do Jordão, 2 são do Grande Hotel Senac: A Arte da Pizza e o Restaurante Araucária. Esse último eu não tive o prazer de experimentar (mais um motivo para voltar lá). O pacote de pensão completa não dá o direito de ir comer nesses dois restaurantes, mas o restaurante principal também é tudo de bom, com um buffet bem variado e super criativo.

O ponto alto dele foi a feijoada, que é servida todos os sábados, aberta inclusive para não hóspedes. De entrada um caldinho maravilhoso de feijão e linguiças artesanais, tudo ao som de um grupo de chorinho. Mas a sobremesa foi o grande destaque: tinha mousse e sorvete de caipirinha! Adoro comidas criativas! Só provei a mousse que estava deliciosa e realmente com gosto de caipirinha. Aliás, no jantar do primeiro dia eu já tinha experimentado uma mousse de espumante, também muito saborosa e com gosto de espumante. Eu optei sempre por pegar as grandes novidades, mas a mesa de sobremesa é de ficar babando, e nunca se repete em outras refeições. Falando em outras refeições, as sextas o hotel oferece o chá das 5, e é mais um momento de se deliciar em guloseimas doces e salgadas, chás, café e chocolate quente.. isso tudo ao som de um dueto de violino e violão.

Curti muito também a programação dos adultos, com workshops de vinho e de culinária, caminhadas, sessão de cinema, hidroginástica, clinica de tênis e passeios. Eu fiz o passeio para o Parque Amantikir no sábado; no domingo eu peguei a van do hotel que vai até o centro para matar a saudade da cidade. A van leva às 10:30h e busca às 12:30h. Eu acabei voltando a pé pra passear mesmo.. são 20 minutinhos andando mas super tranquilo. Em relação aos passeios , existem opções, sempre diferentes, para a parte da manhã e da tarde, pelo menos nos finais de semana. Em relação aos workshops eu só participei do de cervejas e vinhos, e A-D-O-R-E-I! Foi feito na enoteca do hotel, e primeiro o sommelier falou de como as cervejas são feitas, as diferenças e degustamos duas. Depois ele falou de vinhos da Espanha, coisa que eu sou apaixonada, mostrou as regiões vinícolas, explicou as denominações de origem, as castas, e enquando ele descorria sobre as explicações, degustamos 4 vinhos, às cegas.

Como fui sem as meninas não participei como de costume das atividades infantis, mas visitei o parquinho, o miniclube , copa do bebê e o restaurante, que por sinal é bem bacana, com um menu que todas as crianças, mesmo as chatas como as minhas, comem.

Até o café da manhã tinha bastante opção voltada para os pequenos, incluindo água de coco, paixão das minhas filhas e por isso chamou minha atenção.

O hotel tem elevadores e é todo não fumante, portanto o conforto das mamães com bebês e seus carrinhos, está garantido, assim como a garantia de não ter o desagradável cheiro de cigarro também. Aliás, uma outra coisa bacana para as mamães é que assim que a reserva é feita e se fala que tem crianças/bebês, eles providenciam um kit com protetores de quinas, berço, aquecedor de mamadeira, banheirinha.. tudo de bom!

Os quartos são diferentes, de acordo com a coluna, então vou falar apenas do que fiquei. Super espaçoso, com uma cama imensa que já não sei se eram duas de solteiros juntas ou king, mas bem confortável e uma vista linda para os jardins e os bosques de Campos do Jordão. O banheiro tem uma ótima ducha e de um bom tamanho.

O que achei
Um ótimo hotel para ir com as crianças ou a dois, pois tem opção para ambos e com lazer garantido, tanto dentro como na cidade, com ótimo atendimento, localização, gastronomia e conforto. Como levei entre 4 e 5 horas do Rio, acredito que seja uma ótima opção para um feriado prolongado para os cariocas.
Informações
(12) 3668-6000 (Telefone)
(12) 0800-770-0790 (Reservas)
www.grandehotelsenac.com.br
Venda Nova do Imigrante: agroturismo e onde conheci o socol

Venda Nova do Imigrante é o berço do agroturismo no Espírito Santo, localizada nas Montanhas Capixabas, fica a cerca de 100 km da capital Vitória. A cidade se aproveitou de suas raízes da colonização italiana e alemã pra desenvolver a modalidade de turismo rural que associa a vivência do cotidiano agrícola ao lazer . A Família Carnielli foi a pioneira da atividade e tive a oportunidade de visitar a fazenda durante a blog trip #descubraoespiritosanto .

Acabou que chegamos muito tarde na Fazenda Carnielli, tipos de imprevistos que acontecem em viagens em grupos, e não pudemos conhecer a propriedade. Mas o Sr. Carnielli nos contou a história da fazenda, do agroturismo na lojinha, onde ficamos degustando delícias como o "queijo da nonna" e o café especial da fazenda.


De lá, mesmo ainda sendo tarde, fomos para o Sítio da Família Lourenção, onde me perdi no meio de tantas delícias. Enquanto ouvíamos as histórias da família, nos presentearam com uma deliciosa degustação de antepastos (até comprei um com pimenta que estava maravilhoso) e de socol. Eu nunca tinha ouvido falar desse embutido até essa viagem e essa descoberta foi apaixonante. O socol da Família Lourenção é super famoso e isso graças à sua matriaca, D. Cacilda Lourenção, que aprendeu a fazer o embutido aos 14 anos com sua família italiana e foi a pioneira na exploração do produto no agroturismo.

O nome original do socol era ossocolo, mas com o tempo e as diferenças de pronúncia, ele ganhou esse nome e também mudou sua receita. Para agradar o paladar do brasileiro, o pescoço do porco, da receita original, foi trocado pelo lombo, o que deixou ele menos gorduroso e mais leve. Sua produção é artesanal e além do lombo, tem o sal, pimenta e alho nos ingredientes. Depois do lombo ser temperado, é envolvido em uma membrana, colocado numa rede elástica (para dar o formato do produto final) e passado na pimenta do reino, que serve como repelente natural. Depois disso leva cerca de 6 meses para curar , quando então é lavado, colocado para secar e aí pode ser levado à mesa.

Claro que existem outras fazendas na região e gostaria de ter ido conhecê-las. Pelo que li o roteiro não é pequeno e precisaria de pelo menos uns dois dias para conhecer melhor. A maioria das fazendas, sítios, lojas, encontra-se na Rodovia Pedro Cola (ES 166) que liga Venda Nova do Imigrante a Castelo, que a cada quilômetro tem uma placa informando onde estão as pontos de agroturismo.
Informações
Fazenda Carnielli
Agroturismo: Café 100% arábica, lavoura e torrefação, queijos, fubá e etc.
Endereço: Rod. Pedro Cola, km 4 – Providência – Venda Nova do Imigrante
Tel.: (28) 3546-1272 – carnielli@carnielli.com.br
Visitas de 8h às 17:30h
Site: www.carnielli.com.br
Sítio Lorenção
Agroturismo: Produção de Socol e Antepastos
Endereço: Tapera – Venda Nova do ImigranteTel.: (28) 3546-1130
E-mailsocollorencao@hotmail.com
Visitas de 8 às 17:30h
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Guarapari: Praia e moqueca em Meaípe
Convento da Penha - Vila Velha
Selva Sassiri: maior circuito de arvorismo da América do Sul
Sítio Roberto Burle Marx em Barra de Guaratiba, Rio de Janeiro

Sabe aquele lugar que nem é longe da sua casa mas que você leva um tempão pra conhecer? Pois isso aconteceu comigo em relação ao Sítio Burle Marx, que fica em Barra de Guaratiba (distante 20 minutos da minha casa, na Barra da Tijuca) no Rio de Janeiro.

Marquei a visita por email, tentei o telefone por vários dias e não completava a ligação, mas mesmo mandando o email de manhã, consegui agendar para o grupo das 13:30h no mesmo dia. Aliás, esse foi o meu "arrependimento", pois como tem feito calor demais no Rio, seria melhor ter ido no dia seguinte no primeiro grupo, das 9:30h.

Chegando lá, estacionei o carro e a guia nos indicou onde beber água, banheiros, enquanto o tour não começava. Após o grupo todo estar reunido ela foi mostrando a coleção botânica maravilhosa do paisagista e contando a sua história e a história do sítio.

Aliás, é impossível falar do sítio sem contar sua história. Ele foi comprado em 1949, por Roberto e seu irmão Guilherme, e na época, chamado de Sitio Santo Antônio da Bica, existia apenas uma grande plantação de bananas, uma casa antiga de fazenda e uma pequena capela do séc. XVII, dedicada a Santo Antonio. O paisagista resolveu restaurar as construções e levou para o sítio toda a sua coleção de plantas, que começou quando ele tinha apenas 7 anos.

Tudo nesse espaço de 468.500m² foi levado e por Roberto Burle Marx, coletado em inúmeras excursões, de lugares intocados no Brasil e de outras partes do mundo.

Trata-se de uma das mais importantes coleções de plantas tropicais e subtropicais com potencial paisagístico do mundo, com cerca de 3.500 espécies de plantas cultivadas, algumas, inclusive, descobertas pelo paisagista e que levam seu nome.

Além do acervo botânico, conhecemos na visita o Museu-Casa de Burle Marx. Roberto se mudou definitivamente para o sítio em 1973. Em 1985, preocupado com a continuidade da sua coleção, ele comprou a parte do irmão e doou o sítio para o governo, com a condição de lá permanecer até sua morte, em 1994. E o que vemos ali na casa é sua personalidade, sua história. Na casa, uma coleção de 3125 peças de arte e artesanato adquirida ao longo de sua vida, com peças trazidas de diversos lugares e também suas obras, como pinturas e tapeçarias). Aliás, no tour descobri que ele além de paisagista, era escultor, pintor, adorava cozinhar e falava 7 idiomas. Realmente um homem especial.

O que eu achei do passeio
Entendo muito pouco de botânica, e portanto achei o tour com muita informação específica da área, mas não chegou a cansar. Achei também que em alguns lugares os jardins deveriam ser mais bem cuidados. Mas no geral curti o passeio e mais ainda, curti muito conhecer a história toda do lugar e do paisagista.
O que meninas acharam
Apesar do calor meninas encararam super bem o passeio, se interessaram pelo que a guia contava, correram e fizeram amiguinhos. Ao final, perguntei se curtiram e a resposta foi que sim, então fica a dica de um programa bacana tanto para os pais, como para as crianças no Rio.

Dicas:
- se a visita for no verão, recomendo ir no primeiro grupo, das 9:30h. Apesar das árvores fazerem uma sombrinha, fica muito quente;
-Vá de tênis, roupas confortáveis, bonés, óculos escuros e repelente para a caminhada de 90 minutos;
- tem estacionamento gratuito, e como Barra de Guaratiba é distante do centro, eu recomendo ir de carro;
- apesar de ter água na entrada e no meio do percurso, o ideal é levar também uma garrafa;
- aproveite que vai à essa linda região do Rio para conhecer as Praias de Grumari, Prainha e almoçar no pólo gastronômico da Guaratiba.

Como chegar:
De carro: Seguir pela Av . das Américas em direção ao Recreio dos Bandeirantes. Ao final da avenida, continuar reto passando pelo túnel da Grota Funda. Ao final do túnel, pegar a segunda rua à direita, seguir em frente em direção à Guaratiba. Depois de cerca de 1km o sítio está à esquerda.
Metrô - pegar o ônibus de integração para a Barra da TIjuca (terminal Alvorada), que atualmente parte da estação Siqueira Campos em Copacabana. Depois pegar a Transoeste, descendo na estação BRT de Ilha de Guaratiba e pegar a linha 874 ou a linha 867.
Ônibus - linhas para a Barra da Tijuca (Terminal Alvorada ou Recreio dos Bandeirantes). Depois pegar a Transoeste, descendo na estação BRT de Ilha de Guaratiba e pegar a linha 874 ou a linha 867.

Informações :
Aberto de terça a sábado, exceto feriados.
Visitas precisam ser agendadas em horário comercial, são conduzidas a pé por um guia e duram 90 minutos. Apenas 2 horários por dia: 9:30h e 13:30h.
Valor: R$ 10. Crianças de até 6 anos não pagam.
Telefone: (21) 2410-1412
Email para agendar visitas: visitas.srbm@iphan.gov.br
Endereço:Estrada Roberto Burle Marx, 2019. Barra da Guaratiba - Rio de Janeiro - RJ
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