10 anos do Viajar é tudo de bom

Parece que foi ontem que eu resolvi criar um blog para dar as dicas de viagens que eu dava na minha agência de viagens, para meus clientes. Lembro que cada pacote/passagem que eu vendia, o cliente ganhava um roteiro personalizado, porque eu já curtia dar dicas, ajudar nas viagens. É minha gente... o Viajar é tudo de bom está fazendo 10 anos de vida! #vetdbfaz10

Pra quem não sabe, eu já era blogueira antes dele... Eu tinha o Família Trololó (que é o nome da minha rede wi-fi até hoje ahahaha) e que depois eu mudei de nome, desindexei do Google porque tinha muita visita e em consideração aos meus leitores fiéis daqui, eu vou postar pela primeira vez o link dele pra quem tem curiosidade. Eu parei de atualizar quando a Brunet morreu (basta ler lá que vocês vão ver).
Antes de ter a agência de viagens eu trabalhava na IBM Brasil, no Fundo de Pensão da empresa com investimentos. Fiz administração, economia na UFRJ e MBA em gestão de empresas e marketing no IBMEC. Mas sou apaixonada por viajar desde sempre. Na época de IBM viajei muito, já passei final de semana em Toronto e o pessoal de lá já sabia que eu emendava aeroporto com trabalho com a maior naturalidade do mundo. Já me arrumei para o trabalho dentro do navio chegando no porto do Rio. Em 1996 morei por quase 5 meses em Nova York, mais precisamente em White Plans, cerca de 30 minutos de trem de Manhattan. E ali comecei minha paixão por mostrar lugares para os outros... chegava visita e lá ia eu fazer tour. Sim.. eu vi e fui lá em cima das torres gêmeas do World Trade Center. Na época fiz grande parte da costa leste dos EUA de carro, de Boston à Filadélfia. Como o blog não existia, não tem nada disso por lá...
Sou da época de viajar de carro sem GPS.. Pensem na loucura!! Já me perdi em diversos lugares, o mais engraçado foi na Holanda pois eu procurava a cidade da minha prima, Gouda, e quando perguntava na rua ninguém sabia onde era. Isso porque o problema era a pronúncia.. o G em holandês tem um som de r.. tinha que falar "rrrouda" rs. Contei isso no post Meus perrengues de viagens.

Sou da época da Varig e dos lanchinhos legais nos aviões. Jantar com garfo e faca de verdade na econômica rs Lembro que nem tomava café da manhã quando tinha reunião em São Paulo pois ia comer bem no avião.. bons tempos que não voltam mais
Aí, quando meninas nasceram eu não aguentei o tranco de não vê-las acordadas pois saía muito cedo e chegava muito tarde, e assim pedi demissão da IBM. Por amar viajar, abri uma agência de viagens perto de casa, sem nunca ter trabalhado com isso. Com a agência e minha mania de dar dicas, veio o blog, e eis que ele está aqui completando os 10 anos.
Como falo sempre, viajei mais na época que não tinha blog do que depois de ter blog, até porque eu tenho as 2 filhotas que não só precisam estudar (aliás, não saberia ser como algumas mães que não têm compromisso com as escolas dos filhos, mas esse papo fica para outro post) como demandam uma grana alta. Resumo, falta tempo e dinheiro pra viajar mais.

Mas mesmo assim gosto de ver a evolução dele.. nossa, como eu escrevia mal ahahaha Gosto de ver o crescimento das meninas por aqui, viajando comigo. Gosto de ver o registro das minhas viagens e mais que tudo, eu gosto de ver que já ajudei e ajudo muita gente a viajar.
Falando em gente... o Viajar trouxe tanta gente bacana pra minha vida... blogueiros, jornalistas, pessoal dos destinos, pessoas que entraram de vez pra minha vida. Eu seria até injusta se escrevesse nomes e esquecesse de alguém... fica aqui um beijo pra todos que fazem parte da minha vida graças ao Viajar!
E sobre o blog.... Olho pro Viajar e não vejo ele como aquele blog fofo, onde viajar é sempre perfeito; também não é aquele blog com fotos melhores que as da National Geographic (e nem será) e ainda com tudo combinadinho, onde as fotos são tão perfeitas que até ponto turístico fica "vazio" pro blogueiro; não é aquele blog completo com todos os destinos, e não será nunca, pois não vou nunca dar conta do mundo inteiro, pelo contrário; não é aquele blog sabichão, onde o blogueiro "sabe tudo" dos destinos (até brinco que não sei tudo sobre o Rio onde morei 40 anos, imagina se vou saber tudo sobre um lugar que só visitei?) ; também não é blog que o blogueiro topa tudo, sou chata , nunca fiquei em hostel, tenho minhas manias e não, eu não topo tudo; também não é um blog profissional, sinceramente não sei como essas 2 palavras funcionariam juntas pois acho que uma anula a outra, embora eu assuma que rende algum dinheiro, em forma de parcerias, que banca parte do custo dele e das viagens; O Viajar é apenas um blog pessoal, com poucos posts de amigos que confio mais que tudo e por isso deixei escrever aqui. E, se fosse resumir o blog em uma palavra, é um blog sincero. Não minto por aqui galera. Recebo convites, vou neles, mas escrevo o que eu acho de verdade de cada coisa. Acho que é por isso que ele ainda existe, pois eu não iria conseguir sentar aqui e escrever se não fosse pra falar o que eu realmente acho, a minha opinião. Já pensei em parar com o blog por outros motivos, mas basta ver algo legal que quero compartilhar com os leitores. Aliás, é o fato de saber que sempre tem gente por aqui me lendo, pegando minhas dicas, que faz com que eu me sinta motivada a passar por aqui e dar continuidade ao blog. Por isso eu agradeço a cada leitor que passou por aqui nesses 10 anos, mesmo que tenha sido uma vez só! Se eu estou ainda me dedicando ao blog é por causa de vocês!

Ahhhh e vai ter muita comemoração... muita mesmo!!! Acompanhe pelo Instagram
Halloween em Orlando dentro e fora dos parques

Depois de 3 anos passando o Halloween em Orlando, posso dizer que dá pra dizer como aproveitar a festa na cidade. Já fui em todas as festas dos parques e já curti fora deles também, com e sem crianças.
Halloween em Orlando: festas nos parques
As programações das festas de Halloween dos parques começam cada ano mais cedo. A Disney por exemplo começou a Mickey's not so scary Halloween Party no dia 25 de agosto nesse ano, e o Halloween Horror Nights começou no dia 15 de setembro, e vai chegar a ter datas em novembro, pós Halloween. Com isso eu posso dizer com TODA certeza: não deixe para ir em festas de Halloween nos parques no dia 31 de outubro. Simplesmente porque não vale a pena, os ingressos são mais caros nesse dia, e a festa é exatamente IGUAL à qualquer outro dia que você vá. O único caso que eu aceito a desculpa de ir no dia é quando a pessoa chegou em Orlando no dia 31 de outubro. Mas enfim.. vamos falar das festas dos parques..
Halloween na Disney

O Halloween na Disney acontece apenas no Magic Kingdom, é a festa Mickey's not so scary Halloween Party. A festa é focada nas crianças, esse foi meu terceiro ano e posso dizer que não muda quase nada de um ano para o outro. Mas é daqueles eventos que você (ainda mais quem tem crianças) tem que ir ao menos uma vez na vida! Todos os personagens se arrumam pra festa, a festa tem parada noturna de Halloween, show de fogos especial de Halloween, brincadeira "doces ou travessuras" em todo parque, e ainda é possível encontrar com personagens que nunca estão por lá, como Malévola, Cruella, outros vilões e até com os 7 anões. O ingresso é pago a parte (não pode usar o normal) e a festa começa às 19h e vai até meia-noite. Pra saber mais detalhes confere o post aqui.
Halloween no Universal Orlando

No Universal Orlando o Halloween acontece no Universal Studios, e é para os grandinhos, isto é, adultos e adolescentes . É o famoso Halloween Horror Night, uma das melhores festas de Halloween dos EUA. Eles recomendam ir crianças maiores de 13 anos, mas na verdade não impedem a entrada de ninguém. Eu digo o mesmo que eles, recomendo que não levem os pequenos, porque o negócio é muito bem feito! Esse ano foram 9 casas mal assombradas, inspiradas em filmes ou séries de terror, e o mais impressionante é que os efeitos visuais, cenário, atores, e até os cheiros, são perfeitos. Essa festa eu recomendo ir todos os anos (se curtir tomar sustos rs), porque eles mudam todas as casas anualmente, em um trabalho de bater palmas. Pra saber como é a festa desse ano, entre nesse link aqui.
Halloween no SeaWorld

O Halloween Spooktacular é o Halloween do SeaWorld. A festa deles acontece apenas nos finais de semanas de outubro, e só dá pra ir no dia 31/10 se o Halloween cair em um final de semana. Eu fui em 2015 no dia do Halloween, e a festa, como falei antes, é igual ao de qualquer outro dia, somente mais cheia.
É uma festinha bonitinha mesmo, para crianças, com a brincadeira "doces ou travessuras". O bacana é que está incluída no ingresso normal do parque, começa cedo, e dá pra aproveitar bem, pois eles limitam a área de Halloween no parque. Eu fui esse ano, foi igual ao ano passado, mas não escrevi o post, mas se quiser saber como é, entre nesse link aqui.
Halloween do Busch Gardens
O Halloween do Busch Gardens é no tipo do Halloween da Universal. Com casas mal assombradas, bem feito também, e obviamente para os grandinhos, adultos e adolescentes. A festa se chama HOWL-O-SCREAM , e esse ano eu não consegui ir, mas já fui em 2 anos. Eles repetem algumas casas e criam novas também. Fiquei agora assustada porque vi que esse ano não tem Halloween no dia 31 de outubro, pois cai em uma terça. Se quiser saber como é o Halloween do Busch Gardens, entre aqui nesse link.
Halloween na Legoland

A Legoland Florida faz um Halloween para crianças pequenas, também com a brincadeira doces ou travessuras e fica bem bonitinho. E, apesar de acontecer basicamente nos finais de semana, a Brick or Treat, normalmente acontece também no dia 31/10, mesmo sendo dia de semana. O bacana é que está incluída no ingresso normal do parque, e diverte bem as crianças. Pra saber como é a festa entre nesse link aqui.
Halloween em Orlando: fora dos parques

Agora se você me perguntar o que fazer no dia 31 de outubro em Orlando, a minha resposta vai ser única: Celebration. Isso eu digo com todas as letras, com e sem crianças. Vá cedo porque fica difícil até entrar com o carro na cidade, estaciona perto do centrinho e vai se divertir, fazer a brincadeira "doces ou travessuras" , admirar as decorações. Ali também não falta lugar para comer e bem, e é super gostoso o passeio. Ano passado eu fui e contei tudo aqui nesse link.
Agora é lógico que tem a brincadeira "doces ou travessuras" por todos os condomínio da cidade, casas, ruas. Uma outra opção para turista é ir no Florida Mall, que faz uma festinha. Tem também festa no The Loop e em Old Town em Kissimmee.
Ah.. e não esqueça de comprar fantasias, ao menos para as crianças. Uma loja que compro sempre é a Party City, e tem várias delas espalhadas em Orlando. O que não pode é deixar a data passar em branco! Happy Halloween!!!!
Destin, praia na Costa do Golfo da Flórida

Contei nesse post aqui que fugi do Furacão Irma, que passou em Orlando, onde moro, e fui para Destin, uma cidade fofa da Costa do Golfo no noroeste da Flórida. Essa região é chamada de Emerald Coast, ou Costa Esmeralda, por sua cor de mar verde esmeralda.

Já fui a outras praias da Costa do Golfo, como Sarasota (Siesta Beach e Lido Beach) e Clearwater, e todas têm o mesmo estilo, águas calmas, cor de mar no tom esmeralda, e areias brancas. Destin é assim, mas suas areias parecem ser mais fofas do que das outras duas cidades.

A cidade inclusive me pareceu mais bem estruturada, com outlet, com diversos restaurantes, muitos de cadeias conhecidas como o Longhorn, shoppings fofos, e uma boa estrutura de lazer. Clearwater também tem essa estrutura, mas Destin é, eu diria, mais bem organizada.
A praia, como em toda a Flórida, tem acessos fechados, particulares, e outros abertos, e a sinalização é muito boa. Quando o acesso é público, existe estacionamento e infraestrutura de parque com banheiros e até máquinas de refrigerantes e snacks. Se não se hospedar em um hotel com praia própria (eu fiquei no Sundestin e vou postar tudo sobre o hotel no próximo post), recomendo que vá à praia no Henderson Beach State Park. Já relatei em vários posts de praias na Flórida que esses parques têm infraestrutura para os visitantes e dão acesso à parte pública das praias. A admissão ao parque custa $6 o carro.

Como já falei, a cidade tem boa infraestrutura de restaurantes, lojas e shoppings. Um lugar que eu curti muito passear, até porque nós vimos golfinhos nadando, foi o Harborwalk Village. Um shopping aberto com restaurantes, lojas e até uma tirolesa. Como o nome diz, fica em no porto. Ali é possível comprar diversos passeios de barco. É lá nesse shopping que fica o centro de visitantes da cidade, e eles oferecem diversos passeios. Também é possível sair pra pescar lá, como não é algo que eu entenda, não li a fundo, sei que cobram para isso, acho que $200, pelo que soube. Mas é, definitivamente, um lugar gostoso de caminhar, entrar em lojinhas de souvenirs, e comer também. Lá inclusive tem uma filial do Margaritaville, um restaurante que também tem no CityWalk, no Universal Orlando, e que eu adoro.

Acabou que nós comemos muito no Longhorn (pra quem quer saber como é o restaurante da rede, entre nesse link aqui) e também no hotel, que tinha cozinha. Como tem Walmart, Publix e até Whole Foods na cidade, ficava mais barato e mais saudável comer no hotel. Também passeamos muito pelo condomínio onde o hotel fica, com várias opções de lazer, e vou contar tudo isso no próximo post!
Ahh é um ótimo lugar para ficar quando se está indo de New Orleans para Orlando de carro! #ficadica
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Morando na Flórida: passando pelo Furacão Irma

Então... o Furacão Irma passou aqui na Flórida e agora posso contar o que eu passei no antes e depois dele. Bom... eu confesso que só descobri que o Irma passaria quando minha filha falou que a amiguinha da escola já tinha feito todo o kit de sobrevivência. Aí pensei.. eita, que pai exagerado. Foi então que fui correr atrás de notícias. É fato que aqui tudo é mostrado exageradamente na TV. Weather Channel então é algo surreal. Como eu estava em Orlando quando o Furacão Matthew passou em 2016 e só rolou um ventinho e chuva, eu achei que seria a mesma coisa: muita notícia, muito alarde e na realidade só uma chuva mais forte com ventos.

Eis que eu começo a ler o impacto do Irma nas ilhas do Caribe. Fiquei acompanhando o Instagram da Lorrayne Mavromatis, que morava na ilha de St. Maarten e até os preparativos, ok, embora ele estivesse chegando lá com categoria 5. Ela parecia tranquila. Até que ela sumiu.. o que até aí é ok também, pois é normal acabar luz depois de um furacão e com essa intensidade. Mas quando surgiram notícias que a ilha estava devastada comecei a ficar apavorada. Ainda mais porque o Irma mudou de direção, com previsão de passar pelo Centro da Flórida. O medo aumentou também quando o governador da Flórida, Richard Scott (de quem virei fã), ordenou evacuação nas 2 costas sul da Flórida, a leste, onde fica Miami, Fort Lauderdale, e a oeste, onde fica Naples. Sem contar na evacuação das Keys (onde fica Key West). O cenário era assustador, embora eu soubesse que existe um exagero nas informações passadas aqui, uma coisa não existia dúvida, quanto ao tamanho do furacão Irma e sua potência. E óbvio que comprar comida e água estava complicado, acabava tudo muito rápido. Cheguei a comprar enlatados (embora meninas não comessem nada do que comprei), muitos biscoitos, e fiz muita comida, como frango assado, que até rola de comer frio. Eu acho que fui ao mercado umas 7 vezes, não apenas porque não achava coisas, mas pela ansiedade de achar que não tinha comprado o suficiente pra sobreviver ao furacão.
E a sensação é essa, a gente sabe que vai ficar bem, que não morreremos, ao menos aqui em Orlando, justamente pela localização central, pelo fato de furacão perder força quando bate no solo, mas sabe que pode ficar no perrengue por muitos dias. E o medo de ficar sem comida e pior, sem água? Com duas crianças?

Até então eu e o pai das meninas monitoramos o furacão de longe, achando que seria ok ficar em Orlando. A previsão era de que ele chegasse em Orlando na noite de sábado pra domingo. Mas Camila chegou da escola na quarta-feira apavorada, falando que todos os amiguinhos iriam embora de Orlando, e como é a atriz dramática da família, ela dizia que iríamos todos morrer. Olha, eu só imaginava a tensão de 3, 4 horas do furacão passando por aqui e a criança chorando dizendo que ia morrer. Conversei com o pai e decidimos sair da cidade. Fizemos isso em um comboio de 3 carros (tinha o carro do cliente dele também), e seguimos pro Norte da Flórida sem nada reservado, na cara e na coragem. Fiz um trajeto doido pra fugir do engarrafamento da I75, estrada que liga o sul ao norte da Flórida (na verdade vai até o Tennessee), afinal era o pessoal das 2 costas da Flórida, além das keys , além o povo apavorado como eu que não precisava evacuar mas evacuou, tudo pegando a mesma estrada. Começamos a viagem na madrugada de 5a para 6a, e tentamos em vão, procurar um lugar pra dormir no caminho, e é óbvio que não tinha nenhum hotel. Dava pra ter noção da loucura pelo trânsito e pelo estado das Rest Areas (áreas onde tem lugar pra comer, banheiros, e onde pode parar o carro/caminhão pra dormir pois eles garantem segurança noturna). Elas estavam lotadas, com carros parados além delas por cerca de quase 2 milhas, uma loucura. Eu, na tensão, não sentia mais sono, só queria sair do tal cone do furacão o mais rápido possível, mas o pai delas queria descansar, e achou um posto de gasolina fechado, perto da estrada em Lake City, bem ao norte da Flórida, onde muita gente fez isso também, parou o carro e dormiu. Ele dormiu e como meninas já tinham dormido a maior parte da viagem, cerca 6 horas, elas estavam acesas. Ficamos ali uma hora e meia conversando. O perrengue era tão grande que confesso que fiz xixi do lado do carro, na graminha, com meninas me escondendo com a porta do carro. Isso porque o posto estava fechado e não tinha banheiro perto, aliás, não tinha nada perto. Quando o pai acordou, sentamos de novo procurando hotel. Nada em Atlanta, nada no Tennessee, nada no Alabama perto da Flórida. Até que eu dei a ideia de continuarmos na Flórida mas ir em direção à Luisiana, e enfim achamos um hotel em Destin (vou escrever tudo sobre o destino nos próximos posts), noroeste da Flórida e que não estava no cone do Furacão. Dali pro destino foram mais 8 horas de viagem, afinal não fomos os únicos que tivemos essa ideia.
Nas estradas muitos motorhomes, muitos carros com bagagens em cima, muitos caminhões de mudança alugados, mostrando que as pessoas do sul da Flórida estavam com medo de perder tudo. Muitos cães nas paradas ,o que achei ótimo pois mostra que muitos não abandonaram. Aliás, o pai das meninas estava com a filha canina dele, a Lady.
Chegamos em Destin por volta das 16h da sexta-feira, bem cansados, inclusive pela tensão. Nem fiz nada, comi e dormi. Ficamos lá até a segunda-feira pós furacão, por lá só teve uma tempestade tropical bem fraca, daquelas que temos muito no Brasil.

Na terça de manhã voltamos e eu confesso que embora todos os vizinhos tenham falado que "foi tranquilo" o negócio não foi bem assim... Muitas árvores caídas na estrada , sem contar que pegamos mais trânsito na I75. Foram mais 12 horas de viagem e o pior, não tinha gasolina no caminho, sorte que enchi na saída e deu pra chegar na Turnpike, mas foi tenso. A cidade onde moro, Windermere, que fica ao norte do Walt Disney World, bem em cima do Magic Kingdom, sofreu com os ventos e tinha muitos galhos, muitas árvores caídas, uma bem em frente a onde eu moro. Mas como é uma cidade nova, onde a rede elétrica é praticamente toda por baixo da terra, não teve queda de energia longa, mas isso aconteceu em vários lugares da região de Orlando, uma amiga, a Silvinha, ficou uma semana sem luz, em pleno verão! O Consultório da minha homeopata também ficou sem luz por esse período e ela teve que cancelar as consultas por uma semana, e é ali perto da região turística. Os parques, que fecharam mais cedo no sábado e também no domingo, quando o furacão passou, tiveram também impacto, com queda de árvores e algumas coisas danificadas. Mas reabriram na segunda. Aliás foi a 6a vez na história que a Disney fechou os parques, ela também fechou na passagem do furacão Matthew em 2016.



A escola das meninas suspendeu as aulas naquela semana. E reabriu na segunda-feira seguinte com um esquema especial de comida, que ficou gratuita por um mês. Isso que achei fantástico e coisa do primeiro mundo, porque o governo fez um esquema pós furacão bem bacana. Óbvio que todo mundo gasta mais quando um furacão chega. Compramos coisas que não compraríamos como baterias, enchemos tanque de carro, viajamos quando precisamos evacuar e isso é mais custo, compramos comidas enlatadas que não comeríamos normalmente, lanternas, geradores, o kit é enorme, e o governo sabe disso. E aí por outro lado alivia. Os pedágios foram suspensos por 15 dias, antes, durante e depois do furacão. Não apenas para agilizar a passagem, mas para não doer no bolso de quem precisou evacuar. As escolas não cobraram comida por um mês. E teve até um benefício dado aos moradores da Flórida, em dinheiro, cerca de $1600 e ainda um cartão alimentação de mais $1000. Confesso que perdi essa oportunidade pois descobri tarde demais, mas muita gente conhecida pegou esse benefício, bastava apresentar o comprovante de residência e o Social Securtity (o CPF daqui). É ou não é fantástica essa preocupação em ajudar a população?
Enfim... não me arrependo de ter saído de Orlando durante o furacão embora isso tenha gerado um gasto a mais. Camila não ia ficar bem e isso que importa, pois ela ficaria muito angustiada se não fôssemos. Foi um stress a viagem, sem dúvida, mas no fim deu tudo certo e ainda conhecemos Destin, um cantinho bem bacana da Flórida.
Hemingway's Restaurant em Orlando

Estive no Hemingway's Restaurant essa semana para aproveitar o Magical Dining Month que rolou aqui em Orlando do fim de agosto até 1o de outubro. Como expliquei no post, o evento aconteceu em vários restaurantes sofisticados da cidade, onde um menu especial é oferecido a $35, com entrada, prato principal e sobremesa.

E foi aí que descobri o Hemingway's Restaurant, pois ele fica "escondido" no Grand Cypress Regency Hyatt, em Lake Buena Vista. É um hotel onde todo mundo passa perto alguma vez na viagem, fica muito próximo ao Walt Disney World, e o restaurante fica dentro dele, mas pode ser frequentado por qualquer pessoa.
Antes de ir li sobre a inspiração do lugar, que como diz o nome, que é sobre o escritor americano Ernest Hemingway e mais precisamente sobre Cuba e Key West, lugares onde morou e frequentou e que serviram de inspiração para seus escritos.
O ambiente do restaurante é bem aconchegante, meia luz, diria que até romântico. Apesar de ter criança lá, é um clima mais calmo, mas não é formal, é um meio termo delicioso para se curtir à vontade mas com uma certa intimidade.
Por isso posso dizer que o menu normal e principalmente o menu do Magical Dinning do restaurante tem o peixe e frutos do mar como personagens principais. E como eu adoro isso tudo, tive um jantar perfeito!
Ao chegar eu pedi o menu do Magical Dining, que lembra muito menu de navio, com 3 opções de entrada, de prato principal e de sobremesa. E já nesse momento escolhemos tudo.. o combinado era cada um pedir uma coisa pra provar o do outro. Eu pedi a Key Wester Salad (que vem com avocado) ,Hemingway's Cayo Hueso Crab Cakes e Key Lime Tart. O meu acompanhante pediu Conch Chowder (uma sopinha deliciosa), Grilled Grouper (um peixe grelhado com purê) e Banana Tiramisu. Eu fiquei apaixonada pela minha salada e pelos bolinhos de carangueijo. Key lime é a cara de Key West e matei a saudade do gosto da ilha. Das comidas do meu acompanhante eu adorei a sopinha de entrada e obviamente o tiramisu de banana.

Eu posso dizer que a minha primeira experiência no Magical Dinning Month foi maravilhosa, e muito disso se deve à qualidade dos restaurantes que participam, como o Hemingway. Realmente $35 para entrada, prato principal e sobremesa é um preço muito bom, sem contar que são pratos que além de saborosos são sofisticados. Uma maneira muito boa de fugir do esquema de comida rápida que acontece nos parques e ter um jantar perfeito com preço bom.
Mais informação do Magical Dinning você pode ler aqui
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