Museu do Douro

O Museu do Douro, aberto desde 1997, fica na Régua, no Vale do Douro e é parada obrigatória para os enófilos que estão conhecendo a região. Na verdade acredito que seja interessante para qualquer pessoa, pois conta a história da região que está muito ligada ao vinho. E se precisa de mais um motivo para visitá-lo, em 2011 ele recebeu uma menção especial do Prémio de Museu Europeu do Ano.

A cidade de Régua fica a 97km do Porto, e foi escolhida por Marques de Pombal como capital da região demarcada para a produção do vinho do Porto, e lugar mais que apropriado para ser a sede do museu de uma região vinícula super importante historicamente e que é Patrimônio Mundial da Unesco.

Ele foi o primeiro museu de território de Portugal, e tem como objetivo representar a região e contribuir para o desenvolvimento sociocultural.

O museu se divide em dois imóveis, que ficam super perto um do outro, sendo que em um , Armazém 43 do Solar do Vinho do Porto, fica a exposição permanente, Memória da Terra do Vinho.
O que seria a sede oficial do museu foi instalada na Casa da Companhia, um edifício do século XVIII que já foi centro de vinificação e armazenamento, tendo também funcionado como uma espécie de tribunal relativo a qualquer infracção que prejudicasse a atividade vinícola. Ele fica à margem do Douro e suas exposições são temporárias.

Visitei apenas a exposição permanente (por falta de tempo, pois o preço do museu dá direito às duas) que conta a história da região demarcada do Douro, fala sobre a vinha e o vinho. Expõe objetos usados nos primórdios da vitivinicultura na região, e também conta a história e a produção do vinho do Porto, chegando até ao seu marketing, na verdade seus rótulos antigos e super criativos.
O Museu do Douro conta ainda com o restaurante A Companhia, (que infelizmente eu não fui), bem decorado,que proporciona uma vista deslumbrante sobre o rio e seus vinhedos.
Informações e Serviços
Edifício Sede do Museu do Douro
Rua Marquês de Pombal
5050-286 PESO DA RÉGUA
Tel.: (+351) 254 310 190
Fax: (+351) 254 310 199
geral@museudodouro.pt
Edifício Armazém 43 – Área de Exposições do Museu (Junto ao Solar do Vinho do Porto)
Rua da Ferreirinha, Peso da Régua
Telefone: (+351) 254 324 177
Horário de funcionamento
10:00h às 18:00h
Horário de Verão (Até 30 de Setembro)
10:00h às 20:00h
Encerra à segunda-feira
Acesso até 15 minutos antes do encerramento
Ingressos
Geral 5€ (Bilhete único, que dá acesso à exposição temporária e à exposição permanente)
Sénior (maiores 65) 2.5€
Estudante (12 até 25 anos) 2.5€
Amigos do Museu do Douro 2.5€
Grupos organizados (mais de 10 pessoas/preço por pessoa) 4€
Entradas Gratuitas
Crianças até aos 12 anos
Grupos Escolares
Imprensa
Guia/Intérprete
Visitas guiadas (Max. 20 pessoas)
Língua portuguesa 10€
A visita ao Museu do Douro fez parte da ação #DescubraPortugal promovida pela Agência Regional de Promoção Turística do Centro de Portugal, Agência Regional de Promoção Turística Porto & Norte de Portugal, a TAP – Tranposrtes Aéreos Portugueses e co-organizada pelo Portal de Turismo Embarque na Viagem.
Descubra Portugal – Roteiro do dia 3: Vale do Douro

Passamos o dia pelo Vale do Do Douro, que foi declarado Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO em 2001, e confesso que só o visual da estrada compensa.... vinhedos espalhados pelas encostas e o sinuoso rio Douro cortando as montanhas até onde a vista alcança.. Lindo de viver! Fotografias não dão conta da beleza do lugar.

A primeira parada foi em Peso da Régua (que eu entendi ser mais conhecido por lá como Régua) para visitarmos o Museu do Douro. Régua, que fica a 97km do Porto, foi escolhida por Marques de Pombal como centro da região demarcada para a produção do vinho do Porto, e lugar mais que apropriado para ser a sede do museu de uma região vinícula super importante historicamente. O Museu do Douro é dividido em 2 edifícios, um com uma exposição permanente e outro com exposições temporárias.

Vimos só a exposição permanente, que mostra a vitivinicultura no Douro desde os seus primórdios e mostra toda a história do vinho do Porto.

Do museu fomos para a lindíssima Quinta Nova Nossa Senhora do Carmo , que foi o primeiro hotel do vinho em Portugal, onde tivemos uma almoço mais que especial no jardim com vista para os vinhedos. Confesso que me senti no filme O bom ano (só faltou o Russell Crowe rs). São diversas as quintas que estão preparadas para receber os turistas no Douro, e acredito que se hospedar na região por alguns dias, conhecendo as quintas e a região ou até mesmo participando da vindima.. deve ser tudo de bom!

De tarde fizemos o passeio em um barco rabelo, antigas embarcações que transportavam as pipas de vinho do Porto do alto Douro até a Vila Nova de Gaia. Pegamos o rabelo em Pinhão, que junto com a Régua são as maiores povoações do Douro e que ficam 20km uma da outra. Fizemos o passeio que dura algo como uma hora, sem paradas, e mesmo sendo curto, foi uma delícia, em alguns momentos só existem vinhedos e o majestoso Douro.. como o rabelo era silencioso, na maior parte do trajeto era possível ouvir os passarinhos cantando.

Fato que saí do passeio com gostinho de quero mais... e existem vários tipos de cruzeiros pelo Douro, tanto de curta duração,como de longa, saindo do Porto inclusive. Para os cruzeiros com mais de um dia de duração, são utilizados navios e não rabelos e é possível fazer um cruzeiro de até 7 dias pelo Douro. E é possível ir de navio e voltar de comboio e vice-versa... o que também deve ser especial, pois a linha do trem segue o percurso do rio bem na beirinha.

Ainda em Pinhão passamos pela estação de trem (comboios) da cidade onde são expostos 24 azulejos que retratam cenas da região do Douro principalmente relacionadas ao vinho, seu transporte, vindimas, cultura e foram encomendados no ano de 1937.

Terminamos o dia no Douro passando na Quinta do Panascal, onde conhecemos a bela propriedade, que fica no vale do rio Távora. A quinta é aberta a visitas pondendo o visitante usar um aparelho de áudio que passa todas as informações a respeito da propriedade, da uvas, região e vinhos.

O ultimo jantar no Porto foi no restaurante Fish Fixe, especializado em peixes e frutos do mar, situado em um casario da Ribeira e com uma vista maravilhosa do Douro. Na escada dá pra ver a adega e vi vários rótulos que são verdadeiros tesouros! Por causa do horário de verão tivemos o prazer de ver o anoitecer no Douro pela mesa do restaurante.

E vamos combinar que foi O anoitecer... realmente lindo e perfeito pra uma noite de despedida.
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Esta é uma ação de divulgação turística promovida pela Agência Regional de Promoção Turística do Centro de Portugal, Agência Regional de Promoção Turística Porto & Norte de Portugal, a TAP – Tranposrtes Aéreos Portugueses e co-organizada pelo Portal de Turismo Embarque na Viagem.
Participam da ação #DescubraPortugal:Ana Catarina Portugal do Turista Profissional, Flávia Peixoto do Viajar é Tudo de Bom, Flavia Mariano do Viagem para Mulheres, Mauricio Oliveira do Trilhas e Aventuras, Naira Amorelli do Embarque na Viagem e Renata Araújo do You Must Go.
Descubra Portugal - Roteiro do dia 2 no Porto

Nosso segundo dia no Porto começou na Casa da Música, único edifício em Portugal projetado exclusivamente para a música. O moderno projeto arquitetônico de Rem Koolhaas, que já ganhou prêmios, faz um enorme contraste com a arquitetura da cidade. A visita durou cerca de uma hora e pudemos ver todas as salas, e destaco a Sala Vip, com cópias de azulejos portugueses e espanhóis.

De lá fomos para a Fundação Serralves, onde primeiro passeamos pelos parque, que foi projetado pelo arquiteto Jacques Gréber nos anos 30, e possui 18 hectares. Depois fomos à Casa de Serralves, no estilo Art Déco. Fiquei encantada com os jardins que levam até a casa.

Por fim, fomos ao Museu de Serralves, dedicado à arte contemporânea, onde vimos a exposição Arte Vida/Vida Arte de Alberto Carneiro. O almoço foi no buffet da Fundação Serralves, que fica em um terraço , dividido em 2 ambientes, um fechado e outro aberto, com vista para o parque.

Após o almoço demos uma voltinha nas orlas do Porto, a do Atlântico e a do Douro . Eu confesso que ficaria bem mais tempo ali naquela região.. principalmente onde o Douro, depois de percorrer mais de 900km encontra o Oceano Atlântico.

É possível ver os molhes construídos para melhorar as condições de navegabilidade, e o Farol Molhe do Douro, onde é possível subir e ter uma vista privilegiada desse encontro de águas. Taí algo pra anotar pra fazer um dia: assistir ao pôr do sol lá de cima.

À tarde batemos perna na "Rua das Galerias" , Rua Miguel Bombarda, e suas redondezas. É nela que se reunem algumas dezenas de galerias de arte que inauguram suas exposições no primeiro sábado do mês agitando a região. Além das galerias de artes, a rua tem várias lojinhas alternativas de moda, restaurantes, livrarias.

Eu me encantei com a Rota do Chá! São vários ambientes com estilo oriental, sendo que o jardim é daqueles lugares que dá vontade de passar horas.

Pertinho do hotel onde ficamos está o famoso Café Majestic , um edifício de 1921 em Art Déco , reduto da elite de Portugal quando se chamava Elite e considerado hoje um dos 6 mais bonitos Cafés do mundo. E foi lá que demos uma paradinha para tomar um café antes de ir para o hotel nos arrumarmos para o jantar.

O jantar foi no Quarenta e 4 , um antigo armazém que foi transformado em restaurante em Matosinhos.

O ambiente é sofisticado e acolhedor, e serve comida variada, incluindo comida japonesa. Eu fui de bacalhau, e experimentei de tudo um pouco do menu degustação das entradas.
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A visita à Cave Ferreira fez parte da ação #DescubraPortugal.
Esta é uma ação de divulgação turística promovida pela Agência Regional de Promoção Turística do Centro de Portugal, Agência Regional de Promoção Turística Porto & Norte de Portugal, a TAP – Tranposrtes Aéreos Portugueses e co-organizada pelo Portal de Turismo Embarque na Viagem.
Participam da ação #DescubraPortugal:Ana Catarina Portugal do Turista Profissional, Flávia Peixoto do Viajar é Tudo de Bom, Flavia Mariano do Viagem para Mulheres, Mauricio Oliveira do Trilhas e Aventuras, Naira Amorelli do Embarque na Viagem e Renata Araújo do You Must Go
Descubra Portugal - Roteiro do dia 1 no Porto

Dia 21/04 embarquei para Portugal dando o início à ação Descubra Portugal ! Vou contar cronologicamente como foram os 12 dias que passei entre o norte e o centro de Portugal e depois fazer posts detalhados das minhas descobertas. A primeira parte da viagem foi destinada à região Norte de Portugal e o Porto foi a primeira cidade a ser desvendada.
Desembarcamos, propositalmente, no dia 22/04, fomos direto fazer o check in no Hotel Teatro e descansar um pouco do vôo Rio-Porto da TAP. O hotel é temático e foi construído onde já existiu um teatro (Baquet). A decoração é bem interessante e a localização muito boa, no centro da cidade.

Saímos do hotel por volta das 12 h e fomos caminhando até o restaurante Book, também no centro, onde almoçamos. A decoração também temática se deve pelo mesmo motivo do hotel, o restaurante funciona onde antes era uma livraria, a Aviz, e faz parte do grupo Thema onde também estão os hotéis Infante Sagres no Porto e Quinta das Lágrimas em Coimbra (onde nos hospedamos). Como o Book funciona como restaurante do Infante Sagres, fizemos uma visita para conhecer o hotel ao terminarmos o almoço.

Fomos na Livraria Lello, que infelizmente não é possível fotografar mas que é parada obrigatória para quem visita a cidade. Considerada umas das 3 mais belas livrarias do mundo, sua escadaria impressiona assim que entramos, assim como o vitral e a ponte no segundo piso. Hoje, com os boatos de que J.K Rowlings, autora de Harry Potter, se inspirou na livraria para escrever o livro e que ele teria nascido lá, ela vive cheia de turistas e curiosos.

De lá fomos conhecer as redondezas à pé. Passamos pela Igreja dos Clérigos, cuja torre de 75 metros ainda é um dos edifícios mais altos de Portugal. Infelizmente não deu pra subir os 240 degraus da torre para apreciar a vista do Douro, da costa, da cidade... enfim fica para a próxima..

No caminho da descida, fomos ao Miradouro da Vitória, situado na Rua da Bataria da Vitória, com uma vista sobre o centro histórico do Porto e Vila Nova de Gaia. Fica bem próximo à Igreja dos Clérigos e é perfeito para fazer fotos. A placa informa que ele é propriedade privada, dei uma pesquisada e confirmei isso, mas que pretendem que continue aberto ao público, e eu torço muito que sim!

O caminho até o Palácio da Bolsa, feito pelas ruelas estreitas e escadarias , é bem interessante com direito a cantinhos ótimos para uma boa fotografia! No palácio da Bolsa fizemos uma visita guiada e confesso que me surpreendi, é lindo, com destaque para o Salão Árabe! Mais uma vez não pudemos tirar fotos do interior, mas recomendo muito a visita.

E chegou a hora que eu esperava.. atravessamos a ponte de carro e fomos até Vila Nova de Gaia, onde ficam as Caves do Vinho do Porto. Fomos conhecer a tradicional cave Ferreira onde fizemos uma visita guiada e ainda participamos de uma degustação.

Voltamos ao hotel para nos arrumarmos para o jantar no sofisticado DOP, do Chef Rui Paula, e experimentamos o menu degustação. Não tem como não se surpreender com as inusitadas combinações , hamonizações e com as apresentações dos pratos.
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Esta é uma ação de divulgação turística promovida pela Agência Regional de Promoção Turística do Centro de Portugal, Agência Regional de Promoção Turística Porto & Norte de Portugal, a TAP – Tranposrtes Aéreos Portugueses e co-organizada pelo Portal de Turismo Embarque na Viagem.
Participam da ação #DescubraPortugal:Ana Catarina Portugal do Turista Profissional, Flávia Peixoto do Viajar é Tudo de Bom, Flavia Mariano do Viagem para Mulheres, Mauricio Oliveira do Trilhas e Aventuras, Naira Amorelli do Embarque na Viagem e Renata Araújo do You Must Go.
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Passeio de barco pelo Rio Douro
Seção Dica do Leitor: enviada por Erick Pessôa

Eu sou um grande fã do norte de Portugal e já visitei essa região por diversas vezes e tenho a cidade do Porto no meu coração. Já visitei vários pontos turísticos clássicos que em um futuro breve irei descrever e também já fui à várias cavas em Vila Nova de Gaia mas tinha um passeio em específico que sempre quis fazer mas por falta de tempo nunca tive a oportunidade; o passeio de dia inteiro no Rio Douro.
Pelo visto existem diversas variações desse passeio mas o que eu mais queria era um que sobe o rio Douro de barco mas existem passeios que vão de trem, ônibus e van. Mesmo subindo de barco o rio, a volta ainda será ou por ônibus ou por trem (ou comboio, como é chamado aqui na terrinha). Sem nenhum critério específico, fui parar com a operadora Barcadouro . O passeio em si parte do Cais de Gaia (Vila Nova de Gaia) às 8:30AM e navega o rio Douro até Peso da Régua, chegando lá por volta de 3:15PM. De lá, um trem parte 5:00PM de volta ao Porto, chegando na estação São Bento (estação central da cidade).
Vamos agora aos detalhes do tour. Quando compramos o voucher (no verão o valor do tour estava em 65 euros) nos foi enfatizado que o barco partia às 8:30AM em ponto e o operador ficou surpreso quando comentei que estava com o meu próprio carro e a 40 minutos do cais. Com todo esse receio, saímos bem cedo e cheguei sem maiores problemas quase uma hora antes do horário marcado. O tour oferece desconto no estacionamento Luiz I mas este é bem longe, perto da ponte ..... Preferi estacionar mais próximo ao cais, no estacionamento ao lado do teleférico. Por 14 horas de estacionamento, paguei um pouco mais de 13 euros.
O embarque assusta um pouco pois não tem organização de fila. Fiquei meio frustado pelo fato deles só deixarem embarcar no navio às 8:30, com isso, era óbvio que não zarparíamos no horário marcado mas sim por volta das 9:00. O embarque também é lento pois cada grupo tem uma mesa pré-definida, aí vem uma dica; quando fizer a reserva, peça lugares na mesa perto da janela, de preferência do lado esquerdo (usando a proa como orientação) pois terá mais coisas para se ver pela janela e é mais fácil tirar fotos. Se não conseguir um bom lugar, não fique frustrado, o barco tem dois andares e o deck superior é a céu aberto, de onde pode-se tirar ótimas fotos e apreciar a paisagem. O tour não tem muitas explicações (se eu não me engano, quatro ou cinco vezes) que são feitas via auto-falantes em português, inglês e espanhol. O problema é que se estiver nas mesas, é quase inaudível pois com o barulho das pessoas e dos motores se torna impossível ouvir.

Não há dúvida que o tour é para se apreciar a bela paisagem do vale do Douro, onde os morros são escarpados para o plantio das uvas que virão a se tornar o mundialmente famoso vinho do Porto. No verão a temperatura na região pode chegar aos 36 graus então é altamente recomendável protetor solar pois como venta bastante, não se sente tanto calor, principalmente se estiver no deck superior do navio.
Uma boa dica é levar sua própria garrafa d’água e talvez alguns petiscos. Não sei se foi o fato de ter saído de casa às 7AM ou fome mesmo mas achei bem fraco o fato de dizerem que oferecem café-da-manhã mas na verdade são apenas dois pãezinhos com manteiga ou geléia e café ou suco. E só até ao almoço. Qualquer bebida é paga à parte, inclusive água (80 centavos de euro por 250ml). O almoço foi servido só às 1:40PM, quando eu já estava quase morrendo de fome. Não sei se o menu é o mesmo mas no nosso caso foi uma sopa de batata, carne assada com batatas e um bolo de chocolate. A comida estava surpreendentemente saborosa para comida de um passeio de navio e ainda nos foi oferecido repetições. Acompanhando o almoço, vinho branco e tinto, juntamente com uma garrafa d’água para a mesa.
Ao longo da viagem, o barco para por duas vezes para atravessar duas eclusas mas em nenhum momento podemos desembarcar, a não ser no destino final, Peso da Régua. Chegamos lá por volta de 3:15PM e como o trem só sai às 5:00PM. O que tem para fazer em Peso da Régua? Segundo o próprio guia, nada. A cidade na verdade é uma vila mínima. Tem um pequeno museu do Minho com pouquíssima coisa para se fazer. Existe alguns passeios à vinhas locais. Como já conhecíamos várias vinhas, fomos na garrafeira do seu Oliveira onde podemos comprar vinhos do Porto artesanais de 20, 30 e 40 anos de idade por preços excepcionais (também comentarei em breve).
A estação de trem fica 5 minutos de caminhada do cais do Peso da Régua e é bem pequena. A viagem de trem é tranqüila com uma linda vista de um ângulo diferente do rio Douro. O trem é um trem intermunicipal comum, nada de especial, na verdade é uma viagem até meio longa, levando mais de duas horas. Bom para tirar uma sonequinha. Saltamos na estação de São Bento então é bom prestar atenção para saltar na estação certa. De qualquer forma o guia irá passar avisando que a próxima estação teremos que saltar. O grande problemas que tivemos é que a estação de São Bento fica distante do cais de Gaia e precisa-se pegar um taxi, que com o trânsito do Porto, pode-se levar um tempo para chegar de volta ao cais (uma corrida de aproximadamente 6 euros). Antes de sair da estação, gaste uns minutos apreciando os lindos mosaicos de azulejos da estação, são espetaculares e um dos poucos em Portugal que é colorido.

A conclusão é que o passeio vale a pena. Não é perfeito mas por 65 euros um passeio de 11 horas incluindo almoço não é fácil de achar. Isso sem contar que a paisagem do vale do Douro é de se tirar o fôlego. Tendo um dia disponível nessa área, é definitivamente algo que pode ser feito.
Erick também é blogueiro e seu blog é o Vivo Viajando