Roteiro do 1º dia no Jalapão com a Korubo

Como contei neste post, conheci o Jalapão com a Korubo, em um roteiro de 6 dias. O primeiro dia na verdade é a chegada em Palmas, e já contei como foi esse dia e meio que passei na capital do Tocantins neste outro post. Enfim, depois de chegar na sexta-feira em Palmas, no sábado a Korubo nos buscou no hotel bem cedo para enfim começar nossa expedição pelo Jalapão. E é sobre como foi esse sábado, primeiro dia no Jalapão, que eu vou contar agora.

Existem duas maneiras de se chegar ao Jalapão:
- Pelo norte, a partir de Palmas, por meio das rodovias TO-020 trecho Palmas-Novo Acordo (106km), TO 030, trecho Novo Acordo-São Félix do Tocantins (119km), seguindo depois pela TO-110, entre São Felix do Tocantins e Mateiros (80km)
- Pelo Sul, também a partir de Palmas, percorrendo trechos de rodovias pavimentadas como a TO-070 até Porto Nacional (60km) , passando por Ponte Alta do Tocantins (104km) ainda de asfalto, e depois por estrada de terra até Mateiros (160km).

A Korubo faz o roteiro pelo sul, passando por Ponte Alta do Tocantins, onde almoçamos em uma pousada que não consigo lembrar o nome, e trocamos de caminhão adaptado em ônibus por um outro, também adaptado mas com maior tração para trafegar nas estradas de terra que como falei em outro post, em muitos trechos é de areia. Nessa troca de ônibus conhecemos o Mauro, o guia que nos acompanhou em todos os momentos dentro de Jalapão.
A partir desse ponto que a aventura dos 10 Adventure Bloggers começou de verdade, com muito sacolejo pelas estradas de terra por dentro do cerrado e quando me bateu uma sensação incrível de liberdade que vou contar em outro post.
O primeiro contato com o visual do cerrado

Chapadões, cobertos por uma vegetação de pequenas árvores retorcidas, dispersas em meio a um tapete de gramíneas. No meio do nada aparece um ipê amarelo dando mais um colorido à paisagem, que apesar de estar na época da seca, não é totalmente seca, deixando ainda o verde predominar por várias partes. Podemos identificar as regiões com veredas ao vermos os buritis (espécie de palmeiras) e os pés de cajuzinhos do cerrado (ou do campo), que são como os cajus que conhecemos, só quem em versão miniatura, e muito, muito mais saborosos.

Durante o trajeto o motorista parou e o Mauro pegou um pouco de cajuzinho no pé para todos nós.

Outra paisagem que chama a atenção é a de regiões atingidas por queimadas, que não necessariamente são ocasionadas pelo homem, sendo originadas às vezes por fatores naturais. Afinal a natureza é sábia e belíssima. O fogo contribui para a germinação das sementes, pois algumas necessitam de um choque térmico, causando fissuras na semente, favorecendo a penetração de água e iniciando o processo de germinação. E também é o fogo que dá o aspecto retorcido das árvores e arbustos do cerrado, que com suas cascas grossas, com várias camadas, possuem uma defesa natural ao fogo, sobrevivendo ao se deparar com ele.
Esse renascimento após o fogo e atrai diversos animais herbívoros em busca de folhagem nova. Algumas espécies como os Anus, Carcarás e Seriemas (que vimos bastante), seguem as queimadas, e se alimentam de insetos e répteis atingidos pelo fogo.
Primeira parada : Canyon de Suçuapara

A nossa primeira parada e maior contato com o a natureza no Jalapão foi no Canyon de Suçuapara, distante 18km de Ponte Alta. Incrível que ao olhar por cima não imaginamos que entre as fendas abaixo no cânion escorrem águas cristalinas pelas rochas. São os segredos preciosos do cerrado e suas veredas. Na pequena trilha escutamos o som de gotas caindo longe, aos poucos o som vai aumentando e podemos ouvir o som de uma pequena queda d'água que jorrava no canto esquerdo das fendas.

No chão, pedras lisas cor de rosa davam um colorido a mais ao lugar, além de mini pedrinhas brancas que os visitantes catam do fundo e colocam nas fendas pedindo saúde para alguém querido. Claro que peguei várias e pedi pela família toda!
Confesso que parecia criança entrando na fila várias vezes para tomar essa ducha especial que a natureza criou. :D Pena que por causa da umidade não tirei fotos e eu falhei não levando a minha GoPro, não tenho um registro da quedinha d'água.
Rumo ao acampamento

Depois da ducha refrescante partimos rumo ao acampamento, com direito a mais uma parada para "banheiro" e um surpreendente lanche fornecido pela Korubo no meio do nada no cerrado. Sucos, biscoitos, barrinhas de cerais e claro, cajuzinhos, foram oferecidos para segurar a fome durante o restante do percurso. Aí usamos o kit dado pela Korubo assim que entramos no caminhão ainda em Palmas: lenços umidecidos de bebês , uma caneca com tampa e saquinhos de papel para lixo.


Após algumas horas, com direito a um pôr do sol espetacular na estrada, chegamos ao acampamento, por volta das 19h00, onde o Mauro nos mostrou todas as instalações.

No restaurante uma caipirinha de boas vindas nos aguardava junto com queijos, azeitona e salame. Logo em seguida foi servido o jantar, caprichado, feito pelo Nelson e em seguida o Mauro deu as instruções para o dia seguinte. Fomos então para as tendas para descansar para as aventuras do dia seguinte.
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Roteiro do 2º dia no Jalapão com a Korubo
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Gramado e Canela com crianças: Gramado Zoo

Acabei de passar 6 dias em Gramado, e como fui com as meninas, afinal era o meu presente de dia das crianças, o foco foi programa para elas, que elas curtissem. Aluguei um carro e assim pudemos curtir bastante tudo de melhor que Gramado e Canela oferecem para os pequenos. E agora é a hora de compartilhar com vocês as experiências, o que elas curtiram mais, começando com o Gramado Zoo.


Logo na entrada todos assistem a um filminho explicando que os animais do zoológico não foram retirados dos seus habitats, que são oriundos de outros zoos ou acolhidos por estarem machucados e não conseguirem voltar e sobreviver no seu ambiente ou foram pegos sendo traficados ilegalmente. Isso já me deixou super feliz, pois curto vê-los soltos na natureza, mas nesses casos não há essa opção por já estarem desambientados.

O Gramado Zoo, que foi inaugurado em setembro de 2008, abriga hoje 1500 animais, de várias espécies, de araras a onças, passando por antas, jacarés, capivaras, macacos, apenas animais que vivem no Brasil. Achei esse conceito interessantíssimo, pois assim conhecemos melhor a fauna do nosso país (portanto já vou avisando que não existe elefante, girafa). As placas ilustrativas contam como vive cada animal, em que região do país ele pode ser encontrado, seus hábitos alimentares e ainda curiosidades sobre outros hábitos. Outra coisa que achei bacana é que não existem grades e jaulas, viveiros reproduzem o habitat das espécies e são isolados com vidros.

O percurso é de 1.200 metros, na metade existe um restaurante onde demos uma paradinha para comer pipoca e beber uma água, mas vende o famoso "Guabi" (um mega crepe que dá pra família toda) entre outros lanches. Achei interessante que não vende Coca-Cola lá, afinal, seguindo o conceito do zoo, lá só vende produtos brasileiros, logo tem guaraná!


Depois do lanchinho fomos assistir aos pinguins sendo alimentados, meninas adoraram! Os horários de alimentação deles ficam expostos para facilitar ao visitante se programar e poder assistir. Para as meninas esse foi o " ponto alto" do Zoo, e claro, ver a mamãe bugio (espécie de macacos) tomando conta e passeando com seu bebê , confesso que até eu fiquei babando no jeitinho da mãe cuidar do filhote.

Não fiz mas deve ser bacana fazer o passeio noturno pelo Zoo, pois algumas espécies têm hábitos noturnos e de dia não se vê direito, estão dormindo ou descansando, e com esse passeio é possível observar o comportamento desses animais no seu horário de maior atividade.
Informações:
Preço promocional do Zoo com o Parque Gaúcho:
Adulto: R$ 38
Acima de 60 anos : R$ 20
Crianças de 3 a 12 anos: R$ 25
Crianças até 2 anos: isentas
Funcionamento : Diariamente das 9h às 17h
Possui estacionamento
Como chegar: O acesso é feito pela RS-115, em direção à Igrejinha, e o Zoo se localiza a 700m do pórtico de entrada de Gramado
Já tem onde se hospedar em Gramado ou Canela? Então faça sua reserva pelo Booking, com o nosso link de afiliado:
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Dica de hotel em Gramado com as crianças: Serrano Resort
Eu e as meninas ganhamos a cortesia dos ingressos no Gramado Zoo.
Jalapão: a terra do capim dourado

E quem disse que no Jalapão não teria comprinhas? E digo mais.. comprinhas fashion, daquelas que são momento mulherzinha mesmo! Isso porque é nas veredas do Jalapão que brota o capim dourado (syngonanthus nitens) , uma flor da espécie sempre-viva com haste de raro brilho metálico e resistente. É na flor que se encontram as sementes que garantem a perpetuação da planta, nativa do Jalapão.

O artesanato de capim dourado resulta em verdadeiras jóias, que vão desde bolsas, passando por brincos, pulseiras, colares e até peças de decoração para casa.

A arte de trabalhar com o capim dourado foi ensinada às mulheres do povoado Mumbuca, remanescente de quilombo e município de Mateiros, por Dona Miúda, que ainda recebe visitas pra contar as histórias de quando aprendeu a costurar o capim dourado com a mãe e a avó, que aprenderam com os índios que habitavam a região anteriormente.
Hoje, as técnicas do artesanato em capim dourado continuam sendo ensinadas, de geração a geração, no povoado de Mumbuca e também nas cidades de Mateiros, Ponte Alta, Novo Acordo, Santa Tereza, Lagoa do Tocantins e no Prata, um vilarejo do município de São Felix do Jalapão.
O bacana é que já se vê a preocupação com a extinção do capim dourado, e por isso ele só pode ser colhido entre 20 de Setembro e 20 de Novembro. Existem regulamentações no estado do Tocantins que proíbem a saída do material "in natura" da região, somente em peças já produzidas pela comunidade local, visando assim a sustentabilidade ambiental, social e econômica do local.

As peças são de uma beleza e brilho único, parecendo ouro, e ultrapassaram os limites do Tocantins chegando inclusive às passarelas, como no Fashion Rio de 2012 , no desfile da Acquastudio com as tendências para o inverno 2013.

Claro que se pode comprar as peças em vários lugares, hoje em dia tem até sites, mas até em Palmas o preço é bem maior do que em Mateiros, onde passei uma tarde ou até mesmo no Safari Camp da Korubo. Tem brincos por R$5,00, bolsas a R$ 150, e as lojinhas são espécie de cooperativa de artesãs, e são elas mesmas que nos atendem e vendem o seu trabalho. Confesso que dá vontade de trazer tudo!!!
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Frases sobre viajar... para te inspirar: Post 1
Tenho usado fotos minhas com frases famosas sobre viajar na página do Facebook e vejo que assim como eu, muita gente curte. Por isso resolvi juntar aqui algumas que já publiquei e que gosto muito, afinal, têm tudo a ver comigo. Espero que curtam e se tiverem sugestões podem enviar que vou dar os créditos!
"Uma vez por ano vá a algum lugar onde nunca esteve antes". Dalai Lama
"Daqui a 20 anos você tenderá a ficar decepcionado com as coisas que deixou de fazer do que com as que fez. Portanto, lance fora as amarras. Navegue para longe do porto seguro. Deixe que o vento sopre suas velas. Explore. Sonhe. Descubra."
"Quer ser feliz? Não compre coisas... vá viajar"
"O mundo é um livro, e aqueles que não viajam lêem somente uma página"
"Uma viagem é medida em amigos que fazemos e não por quantidade de milhas"
"Eu não viajo para fugir da vida, viajo para a vida não fugir de mim"
"Viajar é a única coisa que se compra e que te deixa mais rico"
"A aventura pode até machucar você, mas a monotonia pode matar"
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Frases sobre viajar.. para te inspirar: Post 2
Dica de hotel na Serra da Estrela: Casa das Penhas Douradas

Um hotel design e super charmoso, bem no alto da Serra das Estrelas. A vista da Casa das Penhas Douradas é um espetáculo, pois fica a cerca de 1500m de altitude. O interior apresenta uma decoração moderna e usando o burel, tecido feito de lã, bem grosso, só que da fábrica do dono do hotel, onde eles reinventaram o tecido, fazendo ele colorido, e por isso a decoração é também alto astral.

O ponto alto do hotel em termos de interior é a piscina aquecida com a vista panorâmica! Quando fui era primavera e por isso não peguei neve, mas vi fotos feitas da piscina com tudo coberto de neve lá fora que fiquei babando.

Foi a única parte do spa que consegui aproveitar.


Os quartos são pequenos, principalmente os do térreo, mas eles têm uma saída pela varanda que compensa mais do que ficar em cima, na minha opinião.
A roupa de cama é muito boa, com travesseiros de pena, e cobertores de burel. Roupão e chinelos já ficam no quarto para que o hóspede vá ao spa ou à piscina sem precisar pedir.

O banheiro é o ponto baixo do hotel, pelo menos o do quarto que fiquei. É muito pequeno, apesar da decoração ser bem bonitinha.

O restaurante também tem um janelão pra a vista.O jantar, que custa 35 euros e com menu fixo é imperdível.

O chef Bruno Vieira comanda a cozinha, que prepara o jantar com entrada, sopa, prato principal e sobremesa. Vinho também está incluído. O café da manhã também é muito bom , com queijo da Serra da Estrela, claro, e várias outras opções. Também disponibilizam um lanche da tarde como cortesia, com sucos, doces, café e nespresso.
O estacionamento é gratuito e a internet, wi-fi, também em todo o hotel, #adoro !
Como a região é mais que propícia à caminhadas, o hotel organiza grupos para fazer as diversas trilhas da região, desde as fáceis até às mais difíceis. Aliás, se tem algo que marca muito no hotel é a hospitalidade, o atendimento, todos sempre dispostos a ajudar, o que faz a gente deixar ele com vontade de ficar mais ou de voltar.

E é o tipo de hotel que dá pra ir com as crianças e em casal, aliás, visitei a suíte e é uma ótima pedida para uma lua de mel!
Informações:
Nº de quartos: 18
Nº de suites: 1
diária alta temporada: 125.00 euros
diária baixa temporada: 100.00 euros
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A hospedagem na Casa das Penhas Douradas fez parte da ação Descubra Portugal promovida pela Agência Regional de Promoção Turística do Centro de Portugal, Agência Regional de Promoção Turística Porto & Norte de Portugal, a TAP – Tranposrtes Aéreos Portugueses e co-organizada pelo Portal de Turismo Embarque na Viagem.