o pôr do sol visto do topo da Serra do Espírito Santo

Roteiro do 4º dia no Jalapão com a Korubo

Chegamos ao 4o dia no Jalapão. Acordamos às 4h da manhã e fomos tomar o café da manhã reforçado, com deliciosas esfihas de frango e de queijo e presunto, pois o dia prometia muito desgaste físico . Era o dia que eu estava mais apreensiva!

nascer do sol visto do Safari Camp
nascer do sol visto do Safari Camp

A idéia era sair bem cedo do acampamento e ir em direção à Serra do Espírito Santo para subir a trilha com o sol nascendo, de maneira que a subida fosse com o sol mais fraco. A temperatura estava super agradável, um friozinho gostoso e isso estava me animando, pois meu preparo físico no frio é um e no calor é quase nenhum.

Depois de 5 minutos que o caminhão saiu do acampamento,  ouvimos um barulho e com ele a notícia: a mola do amortecedor havia quebrado e era preciso retornar. Com essa notícia veio outra que aí sim me deixou preocupada: não daria tempo de fazer a trilha pela manhã por conta do imprevisto e por isso ela seria feita no final do dia, com o pôr do sol sendo visto dos mirantes. Isto é, subiríamos a trilha debaixo do sol!

Com a manhã livre por conta do problema do caminhão, aproveitamos e assistimos ao nascer do sol dali da prainha do Safari Camp. E que nascer do sol!, com direito a araras voando, som de pássaros diversos.. coisas do Jalapão.

Depois do espetáculo da natureza, voltei à barraca e dei um cochilo. E como sou comilona, ao acordar  voltei ao restaurante que estava servindo café da manhã para quem não ia fazer a trilha e não acordou cedo. Sim, essa trilha não é obrigatória e algumas pessoas optaram por não fazê-la.

Ainda eram umas 9:00h,  e aproveitamos e fizemos uma trilha curtinha de 2km para uma outra praia do Rio Novo, tipo a do acampamento. Ao voltar, o almoço já estava praticamente servido. Foi o tempo de comer, descansar um pouco e partir para a estrada de novo, só que agora com o caminhão consertado!

hora de subir
hora de subir
aos pés da Serra do Espírito Santo e o grupo já subindo
aos pés da Serra do Espírito Santo e o grupo já subindo

Chegamos à base da serra e ali do chão, ao olhar a Serra do Espírito Santo, nos sentimos menores ainda, perto de toda a beleza e perfeição da natureza: um paredão de 22km de comprimento, cujas rochas são formações areníticas e que vêm sendo moldadas há mais de 65 milhões de anos pelo vento. Não é à toa que é o  mais conhecido cartão postal do Jalapão, podendo ser vista de muito longe, no meio do cerrado.

impossível não descansar e não tirar fotos na subida da trilha
impossível não descansar e não tirar fotos na subida da trilha

E foi da força da natureza que eu reuni as minhas forças pra conseguir subir a trilha íngreme de cerca de 1km (há controvérsias, uns dizem 900m, outros 600m). E não estou sendo dramática.. mas também não quero assustar ninguém rs Na verdade como falei antes, eu não tenho resistência à atividade física no calor, apesar de morar no Rio, até porque eu corro em esteira e no ar condicionado, aliás, faço tudo no ar condicionado, e pra agravar, eu estava queimada do sol (e piorei a situação passando a manhã na praia).

falta pouco? rs
falta pouco? rs

Meu problema não foi só cansaço, apesar de ser íngreme e com muitas pedras, a trilha não é longa. O problema foi o calor, não apenas do sol , apesar de ser umas 4h da tarde, mas também que refletia das pedras que passaram o dia todo ali retendo o calor, que como já falei antes, é muito forte no Tocantins. Como é cerrado, não tem uma árvorezinha pra gente se abrigar e pegar uma brisa, e com isso eu praticamente acabei com o meu isotônico, com minha água, e ainda usei a do guia que me acompanhava por eu ser a última. No caso das águas eu não acabei apenas bebendo, foi jogando na cabeça e na santa toalhinha Cool towels (que quando molhada fica bem gelada ) que ganhamos para a viagem.  Fiz a subida no meu ritmo, bem lenta, parando pra tirar fotos do visual incrível e principalmente para descansar , seja nos 5 bancos que existem na trilha ou em pedras, no chão, em qualquer lugar. Se eu não me engano levei em torno de 1:45h , o que me fez chegar no topo muito perto da hora do sol se pôr.

no topo, com visual incrível e sensação de superação
no topo, com visual incrível e sensação de superação

 

Chegar ao topo teve significado de superação  pra mim, pois sim, pensei em desistir. E eu só digo que valeu e muito! O visual de todo o Jalapão e o cerrado intacto do topo, com plantas exóticas,  me deu a sensação de que aquilo ali é pra poucos, e eu era uma das pessoas privilegiadas de poder viver isso. Pena que eu não pude contemplar com mais tempo, tive que correr (literalmente) para o mirante mais próximo, onde estava o Maurício, a Roberta e a Lilian, para assistir ao pôr do sol. O resto do grupo, que subiu mais rápido, estava no outro mirante, a 3km dali, de onde se viam as dunas que fomos no segundo dia e as falésias de arenito de 150 milhões de anos, época que aquela região era coberta pelas águas do mar.

visual das falésias e das dunas que eu perdi... Serra do Espírito Santo
visual das falésias e das dunas que eu perdi... Foto: Gleiber

Fiquei triste de não ver isso, pois já estava escurecendo. Na verdade, o passeio é feito sempre pela manhã, e isso não ocorre, dando tempo de contemplar tudo e com iluminação, o nosso só não foi assim por conta do imprevisto do caminhão.

o pôr do sol visto do topo da Serra do Espírito Santo
o pôr do sol visto do topo da Serra do Espírito Santo
com o Maurício no topo da Serra do Espírito Santo
com o Maurício no topo da Serra do Espírito Santo

Mal o sol se pôs eu peguei o guia e comecei a descida, sim fui a primeira rs. Na verdade eu conheço o meu nível de estabanação, e vi que descer de noite a trilha cheia de pedras, com algumas soltas, seria um prato cheio para cair. Achei graça do guia que falou que eu estava bem disposta, e sim, desci num pique só, afinal não tinha mais o sol. Descemos tão rápido que fiquei um bom tempo esperando o pessoal no caminhão.

 

última noite, noite de fogueira, caipirinha e muitos causos no acampamento
última noite, noite de fogueira, caipirinha e muitos causos no acampamento

Chegamos cansados no acampamento mas a noite prometia: a tão aguardada fogueira seria acesa na beira do rio. Fomos todos para lá depois do jantar, jogar conversa fora, ouvir as histórias do Mauro sobre  o Jalapão e Tocantins, além de causos como o da luz branca que aparece na região. Eu, Gleiber e Guilherme aproveitamos a última noite e caímos dentro da caipirinha, afinal, tínhamos que comemorar uma viagem assim tão especial.

 

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Jalapão: a terra do capim dourado

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Parque Gaúcho

Gramado e Canela com crianças: Parque Gaúcho

Parque Gaúcho
minhas gauchinhas

Uma boa surpresa da viagem para Gramado com as meninas foi o Parque Gaúcho . Achava que seria bacana pra mim, pois adoro história, e o parque é uma espécie de museu, que conta a origem do povo gaúcho, desde os índios, seus  hábitos e costumes. O que me surpreendeu foi a reação das meninas, pois interagiram bastante, se interessaram por tudo, fazendo muitas perguntas, enfim, curtiram muito mais do que eu esperava!

Parque Gaúcho
Parque Gaúcho
Parque Gaúcho
Ciclo da Erva-mate e sua influência na formação do gaúcho

O parque temático ocupa uma área de  120 mil metros quadrados, ao lado do Gramado Zoo (inclusive com os mesmos proprietários) e fica em um lugar com uma vista privilegiada da Serra Gaúcha.

a vista de lá é linda
a vista de lá é linda

Logo na entrada assistimos a um vídeo com um senhor gaúcho fazendo uma introdução ao que vamos encontrar no parque. Fomos guiadas pela Fernanda Schlee, coordenadora do parque, para o primeiro setor, o Memorial do Gaúcho, que  nos levou até o século XVIII, onde utensílios e objetos foram reproduzidos para o parque com um nível de detalhe admirável. Nessa parte, a que mais remete a um museu, a história do povo gaúcho é contada em função dos ciclos, como o ciclo da erva-mate, que teve sua origem com os índios guaranis, passando pelo ciclo do couro, quando praticamente não se aproveitava a carne pois na época não existiam métodos de conservação; e depois o ciclo da lã e do charque.

meninas colhendo morangos na horta
meninas colhendo morangos na horta

Passamos pelo herbário, com plantas usadas pelos gaúchos no passado e no presente e também pela horta, que abastece o restaurante do parque. Meninas colheram morangos e aplicaram iodo direto da planta nos arranhões que foram encontrando, e eu saí quebrando ervas e sentindo cheiro de todas, isso que dá ser da cidade, acaba que muitas eu não conhecia as folhas, por comprar industrializada.

 

Arena de Doma e meninas na arquibancada com os novos amigos
Arena de Doma e meninas na arquibancada com os novos amigos

Da horta fomos para a Arena de doma, utilizada para apresentação e doma das raças crioulas, e um dos lugares que meninas mais se divertiram. Fernanda ensinou ao grupo que estava na arena a adestrar o cavalo que estava nela e quando batíamos os pés nos chão todos juntos, o cavalo corria por toda a arena. Elas curtiram tanto que a brincadeira de bater os pés no chão pra correr durou em casa por umas 2 semanas :)

Cidade dos gaúchos
Cidade dos gaúchos

 

 

 

A Cidade dos Gaúchos, visitada em seguida, reconstitui uma vila do interior do pampa do séc. XVIII.É um espaço bem montado e como era possível entrar em cada cenário, elas também curtiram bastante.

 

 

 

meninas na Cidade dos gaúchos
meninas na Cidade dos gaúchos
cão ovelheiro
cão ovelheiro

Em seguida fomos ver os animais crioulos, e aí é a minha vez de me encantar... até porque eu sou louca por cachorros, e os cães ovelheiros são lindos! Também tinha um pônei, cavalos lindos e ovelhas, incluindo uma bebê que perdeu a mãe e que estava sendo amamentada pela Fernanda. Aliás, esse carinho de todos do parque com os animais me encantou! Até a parte da doma e do adestramento é feita sem castigo, totalmente baseada na confiança e carinho, nem preciso dizer que isso me conquistou!

todos fofos, principalmente a bebê do canto inferior à direita
todos fofos, principalmente a bebê do canto inferior à direita

 

 

buffet do restaurante
buffet do restaurante

A essa altura a fome já batia na porta e fomos experimentar o almoço campeiro no Restaurante Cultural do parque. Seguindo o mesmo conceito que relatei, o restaurante faz um resgate das comidas típicas e das receitas genuinamente gaúchas.  Um buffet preparado no fogão à lenha com pratos  diversos e claro, o churrasco gaúcho!  Eu comi  arroz-de-carreteiro, batata com molho de queijo e churrasco, e estava tudo uma delícia. E  também não posso esquecer de falar do pão campeiro de entrada, feito lá, realmente indescritível!

 

 

Enquanto eu ainda me deliciava no restaurante, meninas foram com as amiguinhas, que conheceram no começo do percurso do parque, para o galpão infantil que tem acesso pelo restaurante e que resgata também brincadeiras gaúchas antigas. Tudo é muito bem encadeado e com o mesmo propósito, e isso é bacana de se ver!

 

 

Galpão
Galpão infantil

Antes de irmos embora, uma passada na lojinha super fofa e meninas pediram (e ganharam) de presente o cão ovelheiro de pelúcia :)

 

 

 

Informações:

Preço promocional do Zoo com o Parque Gaúcho:

Adulto: R$ 38
Acima de 60 anos : R$ 20
Crianças de 3 a 12 anos: R$ 25
Crianças até 2 anos: isentas

Almoço: R$ 42 por pessoa, sendo que criança paga R$21

Funcionamento : Diariamente das 9h às 17h 

Possui estacionamento 

Como chegar:  O acesso é feito pela RS-115, em direção à Igrejinha, e o Zoo se localiza a  700m do pórtico de entrada de Gramado

* a nossa entrada e o almoço foram cortesias do Parque Gaúcho.

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Hotéis em Gramado

Hotéis em Canela 


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Dica de hotel em Gramado com crianças: Serrano Resort

Hotel Alpenhaus em Gramado


Cachoeira do Formiga Jalapão

Roteiro do 3º dia no Jalapão com a Korubo

Fervedouro da Glorinha Jalapão
Fervedouro da Glorinha

Terceiro dia no Jalapão.

Saímos cedo do acampamento, depois do sempre tudo de bom café da manhã,  em direção à Mateiros, pegando cerca de 3 horas de estrada de terra. O terceiro dia no Jalapão prometia muitos banhos, de rio, cachoeira e em fervedouros. Estes últimos, que foram as primeiras paradas do dia, consistem em verdadeiras piscinas naturais, verde-esmeralda, em que é impossível afundar! São sempre localizados em áreas de matas fechadas, geralmente rodeados por bananeiras, dando realmente a impressão de que é um oásis, realmente muito bonito! O fenômeno da flutuação se deve à ressurgência hídrica, os rios subterrâneos que afloram em determinados locais, fazendo pressão, deixando a areia em suspensão. A alta densidade da água com a areia faz  com que as pessoas não afundem. Alguns têm até 6 metros de profundidade, sendo que isso não é exato, justamente por não conseguir chegar ao fundo. Acontece algo semelhante ao Mar Morto, sendo que lá a alta densidade é provocada pelo sal e água.

Adventure Bloggers no Fervedouro da Glorinha
Adventure Bloggers no Fervedouro da Glorinha. Foto: Fábio

O nosso guia Mauro da Korubo falou que existem em torno de 10 fervedouros espalhados pelo Jalapão, mas ouvi dizer que são em torno de 6. Como alguns são de propriedades particulares, esse número fica sempre indefinido, pois alguns donos não querem abrir para os visitantes.

placa do Fervedouro da Glorinha informando a capacidade e valor
placa do Fervedouro da Glorinha informando a capacidade e valor
Fervedouro do Soninho Jalapão
Fervedouro do Soninho

O fervedouro mais conhecido, visto em postais e fotos do Jalapão é o chamado Fervedouro da Glorinha, em uma propriedade particular da Sra. Glória Vieira, que fica na estrada que liga Mateiros a São Feliz do Tocantins. Ele tem essa fama toda pois de acordo com os guias locais é o que garante a maior sensação de flutuação. E realmente, comparando com o outro que fui, o do Soninho (propriedade da Korubo), a sensação de não afundar é maior, porém ele é bem menor, tendo sua capacidade limitada a 6 pessoas por vez. É realmente muito bacana.. tentamos brincar de afundar uns ao outros e o máximo que conseguíamos era abaixar um pouco a cabeça. E nisso, com a areia em suspensão, qualquer movimentação brusca significa que a areia entrará no seu biquini ou sunga rs. Claro que depois do fervedouro da Glorinha eu dei um mergulho no rio que fica ao lado para tirar, ou melhor, tentar tirar a areia. E outra coisa interessante é que a água é relativamente quentinha, principalmente se for comparar com esse rio ao lado.  A entrada, para quem vai por conta própria e não pela Korubo (pois já está incluído no pacote), custa R$10.

Fervedouro do Soninho
Outro ângulo do Fervedouro do Soninho

No Fervedouro do Soninho, que fica a 34km de Mateiros, pudemos todos entrar juntos e curtir , a vontade é de ficar de molho o dia todo rs. Confesso que achei o do Soninho mais bonito do que o da Glorinha, por ser maior e dar a impressão que a água é mais transparente por ter menos areia em suspensão.  Como o terreno de onde o fervedouro faz parte é da  Korubo,  a empresa montou uma infraestrutura com um restaurante,  onde o chef que faz a comida no acampamento faz o almoço no dia do passeio, deixando o roteiro bem estruturado e sem idas e vindas, já que não tem restaurantes por ali.

Cachoeira do Formiga Jalapão
Cachoeira do Formiga

Do almoço seguimos em direção à Cachoeira do Formiga, a 36km de Mateiros, e que tem esse nome  pois suas águas vêm do Rio Formiga, que tem sua nascente a 1,5km acima dela. Na minha opnião, é a melhor atração do Jalapão, pela sua beleza e porque foi o lugar que mais curti no sentido de aproveitar mesmo ! A cachoeira vem do meio da mata e  ao cair forma uma piscina com água verde esmeralda (nenhuma foto tem filtro, essa é a cor verdadeira!!). Apesar de não ser uma queda alta, o volume de água é muito grande e a correnteza muito forte pelo lado esquerdo de quem olha pra ela, mesmo assim me aproximei, com a ajuda do Mauro, e fiquei um tempo tomando uma "ducha"direto da queda, que me fez ter a sensação de alma lavada.

Maurício, Guilherme e eu curtindo a Cachoeira do Formiga
Maurício, Roberta, Guilherme, Junior  e eu curtindo a Cachoeira do Formiga

Pelo outro lado é tranquilo, a água tem menos força, quase não tem correnteza, inclusive dá para nadar e admirar o fundo de areia branca que deixa a visibilidade maravilhosa!  Fui a última a sair da água e entrar no ônibus :P

Adventure Bloggers na Cachoeira do Formiga Jalapão
Adventure Bloggers na Cachoeira do Formiga

O caminho para a volta foi longo e ao chegarmos encontramos mais um jantar super saboroso no acampamento. Mauro como sempre nos deu o roteiro do dia seguinte, que seria o dia mais cansativo e teríamos que sair muito cedo, portanto, nem fiquei de papo e corri para a barraca pra me preparar pro dia seguinte.
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Adventure Bloggers


Dica de hotel em Gramado com as crianças: Serrano Resort

menina na chegada ao Serrano Resort
meninas na chegada ao Serrano Resort

Fazia muito tempo que eu queria me hospedar no Serrano Resort , me lembro até que em um post antigo sobre Gramado, eu confesso esse desejo de levar as meninas lá. Sempre muito bem recomendado, principalmente para ir com crianças, e sempre premiado, em categorias diversas como melhor hotel, melhor hotel de montanha, melhor resort, enfim, eu PRECISAVA conhecer ele!

quarto Serrano Resort
nosso quarto Superior Premium no Serrano Resort

Bem, já tinha me planejado algumas vezes, mas finalmente consegui fechar a viagem para  Gramado para outubro , e fiquei 4 dias hospedadas lá, incluindo o dia da criança. E resumidamente, por mais que eu tivesse uma super expectativa em relação ao resort, ele me surpreendeu, positivamente, claro!

interna-001
lobby

Na chegada as recepcionistas foram super atenciosas, deram mapas de Gramado e Canela, e nos encaminharam ao quarto. O quarto, categoria superior premium, tinha uma cama king size e uma de solteiro ao lado que acabei juntando e ficou uma super cama para nós 3. Na cama, mimos deliciosos: chocolates e pão de mel e pela janela uma vista para o verde dando uma paz enorme.

banheiro Serrano Resort
banheiro
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Serrano Resort

A localização é excelente,  dando para fazer muita coisa à pé, como ir ao centro, passear na Rua Coberta ou ir ao Mini Mundo. Como estava de carro, acabei usando ele mais do precisava, e sempre ao retornar os manobristas estavam à postos para estacionar o carro.

 

Serrano Kids
Serrano Kids

A infraestrutura para as crianças e bebês é muito boa, concentrada em um andar, o que achei super prático para os pais.  Para brincar tem um amplo salão de jogos  com sinuca e ping-pong, uma super tv, computadores, área baby com escorrega, piscina de bolinhas.

Copa do bebê Serrano Resort
Copa do bebê

A copa do bebê disponibiliza frutas, água,  mucilon, leite, achocolatado, farinha láctea, liquidificador , geladeira e microondas. A programação da recreação fica em frente ao elevador, e as "tias" ficam por ali para receber as crianças e fazer as brincadeiras. Se o tempo estiver bom, as brincadeiras podem ser ao ar livre, mas sempre próximas à area kids, que também tem um brinquedo bem em frente à porta já na área externa.

menina na piscina térmica Serrano Resort
meninas na piscina térmica

Demos a sorte de ficar no andar da linda piscina térmica, o que nos fez bater ponto nela todas as noites antes do jantar. :) O único porém é que ela não é vigiada, não tem salva-vidas, e por isso é obrigatório que um responsável fique junto com as crianças na área.

tudo de bom para as crianças
tudo de bom para as crianças

Apesar de ter ganho uma massagem de brinde no  Spa , eu não consegui ir.. simplesmente não tive tempo! E pronto, ficou aquela sensação de que preciso voltar lá rs. Se não consegui fazer massagem, claro que não consegui ir na academia, que é super bem equipada. Para os adultos, na área externa, tem uma quadra de tênis e uma pista de cooper. As piscinas externas não estavam funcionando, por conta da época do ano. E ainda para as mulheres, o resort tem um salão de beleza. Confesso que aprovei bem mesmo o wi-fi super rápido e gratuito :P Mas em viagem com as meninas eu sempre faço isso, foco nelas e esqueço de mim.

A gastronomia do hotel é bem variada. O resort disponibiliza pacotes com meia pensão, pensão completa ou só café da manhã. Como no meu pacote só tinha o café da manhã, acabei não conhecendo todos os restaurantes. Conheci apenas o Garda, onde é oferecido o café da manhã, o bar ou hamburgueria Maggiore e o Frontera Sur, especializado em carnes e conto detalhes dele em outro post. Ficou faltando a Forneria di Como, especializado em massas e focaccias,  e o Spazio Due, apenas para casais e onde a especialidade é founde.

 

O café da manhã é um espetáculo, sem exagero, é um dos melhores cafés que já comi em hotel. Mesas especiais para produtos e comidas como a Saúde, com doces, geleias, pães com grão, sucos light; a Colonial, com produtos e guloseimas coloniais. Só de sucos haviam 7 tipos disponíveis todos os dias, e sempre variando de um dia para o outro.  E ainda crepes , doces ou salgados, feitos na hora, frios e queijos diversos, pães de todos os formatos e sabores.

 

 

Octoberfest no Serrano
Octoberfest no Serrano

 

 

 

No Maggiore estava rolando um mini Octoberfest, com decoração típica e banda com música ao vivo. Isso porque era outubro, mas o resort faz vários eventos temáticos ao longo do ano.

 

 

 

 

 

café da manhã especial do dia das crianças
café da manhã especial do dia das crianças

Falando em evento, no dia das crianças estávamos lá e a comemoração começou no café da manhã, com uma parte do restaurante toda enfeitada para as crianças comerem com as "tias"  e ainda uma mesa de guloseimas só para os pequenos! A programação do dia também foi especial, mas elas só puderam curtir no fim do dia, pois as levei para vários parques.

cafe-001
café da manhã

Resumindo, o resort é tudo de bom para as crianças, com uma infraestrutura perfeita, localização privilegiada e atendimento nota 10, o que me fez entender o porquê de tantos prêmios que ele sempre recebeu.

 

Gostou da dica? Pretende se hospedar lá? Então reserve pelo Booking  .

 

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Gramado e Canela com crianças: Gramado Zoo 

Gramado e Canela com crianças: Aldeia do Papai Noel

Hotel Alpenhaus em Gramado

 

Informações:

Av. das Hortênsias, 1480 - Centro, Gramado - RS, 95670-000
Tel: (54) 3295-8000

As diárias custam a partir de R$370 na baixa temporada, dependendo da acomodação e alimentação.

* A hospedagem foi cortesia da rede GJP de Hotéis.

 

 

 


Dunas alaranjadas do Jalapão

Roteiro do 2º dia no Jalapão com a Korubo

Adventure Bloggers prontos para a primeira aventura
Adventure Bloggers prontos para a primeira aventura

Nesse post vou contar detalhes do 2o dia no Jalapão. Depois do café da manhã tudo de bom (já falei no post sobre o Safari Camp que a comida lá era maravilhosa) fomos em direção ao Rio Novo, dentro do acampamento, para fazer canoagem. O Rio Novo é um dos poucos rios de água potável do Brasil, e o passeio consistia em percorrê-lo por aproximadamente 5 km em cerca de 2 horas.

euzinha ainda na praia do acampamento no Rio Novo
euzinha ainda na praia do acampamento no Rio Novo - Foto: Roberta Martins

Antes da aventura no Rio, o pessoal da Korubo  deu uma aula para aprender a usar o caiaque. Bacana também é que durante todo o percurso, vários guias iam espalhados com o grupo, auxiliando sempre que necessário.

eu e Maurício
eu e Maurício - Foto: Guilherme

 

 

 

 

E sim, foi necessário rs Várias pessoas caíram, seja nas corredeiras ou por desequilíbrio, ou até mesmo por brincadeiras, até porque é o tipo de rio que cair é tudo de bom: água transparente, na temperatura ideal para espantar o calor do Jalapão! Não caí por sorte rs, mas não que seja difícil, é bem tranquilo, garanto, mas é porque sou tão estabanada que era o que estava esperando que acontecesse.

descendo a última corredeira na canoagem pelo Rio Novo
descendo a última corredeira na canoagem pelo Rio Novo - Foto: Guilherme

 

 

Meu único arrependimento foi não ter passado repelente, os mosquitos se aproveitaram disso e fui super picada durante a canoagem. Mas nada que um antialérgico não tenha resolvido :)

 

 

Na volta, pausa para curtir uma praia de rio no próprio acampamento e em seguida o almoço que dispensa comentários! Bom, a essa altura, cansados e com a barruiguinha cheia, o redário ficou super disputado :)

caminho para as dunas, com a Serra do Espírito Santo e um céu incrível
caminho para as dunas, com a Serra do Espírito Santo e um céu incrível

 

 

 

Depois do do descanso foi hora de ver uma das maiores atrações do Jalapão: as famosas dunas alaranjadas . No caminho, o visual da Serra do Espírito Santo, outro cenário tão desejado de ser visto por mim e tão característico de lá, nos mostrava que a tarde prometia, e São Pedro colaborou com um céu azul lindo, contrastando com nuvens brancas e com o verde e o laranja da vegetação na estrada.

já perto das dunas, um oásis com a Serra do Espírito Santo ao fundo
já perto das dunas, um oásis com a Serra do Espírito Santo ao fundo
dunas alaranjadas do Jalapão
dunas alaranjadas do Jalapão

 

 

 

As dunas do Jalapão, de areia de quartzo, são formadas pela ação dos ventos que causam erosão na Serra do Espírito Santo e estão em constante movimento, chegando a 30m de altura em alguns lugares.

dunas com a Serra do Espírito Santo, que as formam, ao fundo
dunas com a Serra do Espírito Santo, que as formam, ao fundo

 

 

O Mauro (guia da Korubo) mostrou um lugar hoje coberto por areia e que há pouco tempo tinha uma árvore.
Uma placa na base das dunas solicita que a subida e a descida sejam feitas pelas laterais, e não pelo meio, pelo paredão.

 

 

Adventure bloggers nas dunas
Adventure bloggers nas dunas

Os deslizamentos da areia vêem causando assoreamento no riacho ao redor das dunas e que pela sua ligação com o Rio Novo, leva o problema para ele. A vontade é de que aquilo fique intocado, que minhas filhas possam ter a mesma sensação que eu tive, mas infelizmente, mesmo sendo longe, de difícil acesso,  algumas pessoas simplesmente não respeitam.

um pôr do sol inesquecível nas dunas Jalapão
um pôr do sol inesquecível nas dunas

O ponto alto é o pôr do sol visto dali, do alto das dunas, com uma das melhores vistas panorâmicas da região. O sol vai mudando o tom das dunas conforme vai se pondo, e  deixando a areia laranja ora dourada, ora avermelhada, num belíssimo espetáculo da natureza. E nessa hora, ali, longe da civilização, sem celular, sem internet, tendo apenas as dunas, o sol, os riachos que brotam do solo e refletem o céu com as nuvens brancas, me deu uma sensação gostosa, uma felicidade de que estar conectada apenas com a natureza.

porque um dia maravilhoso tem que terminar no mesmo nível :)
porque um dia maravilhoso tem que terminar no mesmo nível :)

Ainda ficamos um tempo contemplando aquele visual, apareceram as estrelas e fomos para o acampamento, onde mais um jantar delicioso nos esperava.

 

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