Venda Nova do Imigrante: agroturismo e onde conheci o socol

Venda Nova do Imigrante é o berço do agroturismo no Espírito Santo, localizada nas Montanhas Capixabas, fica a cerca de 100 km da capital Vitória. A cidade se aproveitou de suas raízes da colonização italiana e alemã pra desenvolver a modalidade de turismo rural que associa a vivência do cotidiano agrícola ao lazer . A Família Carnielli foi a pioneira da atividade e tive a oportunidade de visitar a fazenda durante a blog trip #descubraoespiritosanto .

Acabou que chegamos muito tarde na Fazenda Carnielli, tipos de imprevistos que acontecem em viagens em grupos, e não pudemos conhecer a propriedade. Mas o Sr. Carnielli nos contou a história da fazenda, do agroturismo na lojinha, onde ficamos degustando delícias como o "queijo da nonna" e o café especial da fazenda.


De lá, mesmo ainda sendo tarde, fomos para o Sítio da Família Lourenção, onde me perdi no meio de tantas delícias. Enquanto ouvíamos as histórias da família, nos presentearam com uma deliciosa degustação de antepastos (até comprei um com pimenta que estava maravilhoso) e de socol. Eu nunca tinha ouvido falar desse embutido até essa viagem e essa descoberta foi apaixonante. O socol da Família Lourenção é super famoso e isso graças à sua matriaca, D. Cacilda Lourenção, que aprendeu a fazer o embutido aos 14 anos com sua família italiana e foi a pioneira na exploração do produto no agroturismo.

O nome original do socol era ossocolo, mas com o tempo e as diferenças de pronúncia, ele ganhou esse nome e também mudou sua receita. Para agradar o paladar do brasileiro, o pescoço do porco, da receita original, foi trocado pelo lombo, o que deixou ele menos gorduroso e mais leve. Sua produção é artesanal e além do lombo, tem o sal, pimenta e alho nos ingredientes. Depois do lombo ser temperado, é envolvido em uma membrana, colocado numa rede elástica (para dar o formato do produto final) e passado na pimenta do reino, que serve como repelente natural. Depois disso leva cerca de 6 meses para curar , quando então é lavado, colocado para secar e aí pode ser levado à mesa.

Claro que existem outras fazendas na região e gostaria de ter ido conhecê-las. Pelo que li o roteiro não é pequeno e precisaria de pelo menos uns dois dias para conhecer melhor. A maioria das fazendas, sítios, lojas, encontra-se na Rodovia Pedro Cola (ES 166) que liga Venda Nova do Imigrante a Castelo, que a cada quilômetro tem uma placa informando onde estão as pontos de agroturismo.
Informações
Fazenda Carnielli
Agroturismo: Café 100% arábica, lavoura e torrefação, queijos, fubá e etc.
Endereço: Rod. Pedro Cola, km 4 – Providência – Venda Nova do Imigrante
Tel.: (28) 3546-1272 – carnielli@carnielli.com.br
Visitas de 8h às 17:30h
Site: www.carnielli.com.br
Sítio Lorenção
Agroturismo: Produção de Socol e Antepastos
Endereço: Tapera – Venda Nova do ImigranteTel.: (28) 3546-1130
E-mailsocollorencao@hotmail.com
Visitas de 8 às 17:30h
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Meliá Braga Hotel & Spa - Braga, Portugal

Fiquei hospedada por 3 dias, 2 noites, no novíssimo Meliá Braga, no Norte de Portugal . O hotel, que é 5 estrelas, tem uma decoração super moderna e clean. É daqueles hotéis que a gente quer passar o dia todo, pois conta com uma infraestrutura bacana como uma ótima e moderna academia, um spa super luxuoso, piscina aquecida e coberta, piscina ao ar livre e restaurante. Pena que não tive tempo de fazer tratamento no spa ou ir na piscina.



A localização é muito boa, a cerca de 2 km das atrações históricas da cidade, inclusive a Catedral e o Museu dos Biscainhos, e fica muito próximo à Universidade do Minho.

Os quartos são espaçosos, com banheira, TV de plasma, wi-fi gratuito , um estilo bem contemporâneo. Adorei o fato de conseguir ver tv da banheira, basta puxar a cortina.

O café da manhã é bem variado e bem gostosinho. O lobby tem vários sofás, com o bar ao fundo, criando um ambiente bem agradável, o que acabou levando o grupo a ficar batendo papo por ali por algumas horas.

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Sobre a viagem
O Descubra Portugal foi uma ação de divulgação turística promovida pela Agência Regional de Promoção Turística do Centro de Portugal, Agência Regional de Promoção Turística Porto & Norte de Portugal, a TAP – Tranposrtes Aéreos Portugueses e co-organizada pelo Portal de Turismo Embarque na Viagem. Participam da ação #DescubraPortugal: Ana Catarina Portugal do Turista Profissional, Flávia Peixoto do Viajar é Tudo de Bom, Flavia Mariano do Viagem para Mulheres, Mauricio Oliveira do Trilhas e Aventuras, Naira Amorelli do Embarque na Viagem e Renata Araújo do You Must Go.
Chichén Itzá - uma das maravilhas no México

Eleita uma das novas Sete Maravilhas do Mundo, Chichén Itzá, que também é Patrimônio Cultural da Humanidade é um dos principais sítios arqueológicos do México e orgulho do seu povo. Localizado na Península de Yucatán, o sítio reúne 16 grandes estruturas, algumas delas verdadeiras obras-primas arquitetônicas, como a pirâmide El Castillo, o Caracol, a , o Templo de los Guerreros e o Complexo de las Monjas. Cada uma vai revelando a sabedoria maia em várias áreas do conhecimento, como a engenharia, a geometria, a matemática, a astronomia e as artes plásticas.

O mais famoso e mais bem restaurado sítio maia de Yucatán, está sempre lotado, quase todo mundo tem visitado antiga capital maia, que impressiona até o visitante mais exausto. Mas é o tipo de passeio que cansa , pela distância e calor, mas que é imperdível.
Muitos mistérios do calendário astronômico Maia ficam claros quando se compreende o desenho dos "templos do tempo". Nos equinócios da primavera e do outono, o sol da manhã e da tarde produz uma ilusão em luz e sombra de uma serpente subindo ou descendo a escadaria de El Castillo (conhecida como Pirâmide de Kukulcán) . Nem preciso dizer que o lugar fica mais ainda tumultuado essas datas. Mas nas semanas anteriores e seguintes ainda dá pra ver o show de luz e sombra.

A maioria dos arquólogos concorda que a primeiro assentamento de Chichén Itzá , criado perto do período clássico é puramente maia. Por volta do século IX, ela foi abandonada, ninguém sabe o motivo, mas foi repovoada no século X e, de acordo com alguns especialistas, foi em seguida invadida por toltecas.
A cultura tolteca foi então fundida com as dos maias. Eles não levaram apenas as habilidades arquitetônicas como os impressionantes El Castillo e Plataforma de Venus, construídos no auge da absorção cultural tolteca. Eles levaram o sacrifício humano a quase uma obesessão, deixando inúmeros entalhes de rituais sangrentos no sítio.
Por volta do século XIII , Chichén Itzá foi abandonada de novo, por razões desconhecidas. Uns citam que o motivo foi uma prolongada estiagem que teria matado a população, outros que foram guerras, mas a grandiosa cidade ainda se manteve como lugar de peregrinação maia por muitos anos, por causa de seu cenote sagrado.
Algumas atrações:
Pirâmide de Kukulcán ou El Castillo
Construído por volta de 800 d.c, ainda na era pré tolteca, impressiona pela imponência e seus 25 metros de altura. Era dedicado ao culto de Kukulcán, nome dado pelos maias à divindade que os toltecas chamavam de Quetzalcóatl, ou Serpente Emplumada. A estrutura é na verdade um enorme calendário maia formado de pedra. Cada um dos seu 9 níveis é divido em 2 por uma escadaria, formando 18 terraços separados que celebram os 18 meses de 20 dias do ano maia. As quatro escadarias têm 91 degraus cada; adicionando a plataforma superior, ficam 365 degraus no total.

Gran Juego de Pelota
O maior campo mexicano de jogo de bola maia, com 90 metros de extensão, é impressionante!Ladeado por templos e tem vários entalhes que acabam por mostrar que o jogo mudou muito com o tempo. Era jogado apenas com os pés e uma bola de borracha muito dura e tacos. O objetivo era passar a bola pelos altos arcos. Pelos entalhes é possível ver que ao final dos jogos, alguns jogadores eram sacrificados. O que mais me impressionou no campo foi sua acústica: o que se fala de um lado do campo é ouvido na outra a 135 metros de distância.
El caracol
Seu nome é devido à sua escadaria espiral interna, essa estrutura é fascinante e super importante em Chichén Itzá: de sua cúpula sacerdotes decretavam as épocas de rituais, celebrações e até de plantações e colheitas.

Cenote Sagrado
Para chegar no cenote sagrado é preciso uma pequena caminha de 300 metros em direção ao norte de Kukulcán, e vale a pena! Um incrível poço natural, com quase 60 metros de diâmetro e 35 metros de profundidade, que era usado como lugar de sacrifícios .
Dicas:
- Leve água para beber, ou compre assim que chegar lá, faz muito calor na região, mesmo no inverno;
- roupas confortáveis e frescas, o ideal é ir de tênis. Guarda-chuva, óculos, boné e protetor solar também são importantes;
- para fazer fotos com tripé é necessária uma autorização especial. O uso de câmera de vídeo requer uma taxa extra de M$ 45.

Informações:
Chichén Itzá fica a 178km de Cancún e a 214 km de Playa Del Carmen. Nos resorts e hotéis das duas cidades é possível comprar o passeio, que normalmente dura o dia inteiro, podendo ou não fazer paradas nos cenotes e oferecem almoço. Existem também as opções de ir de carro alugado ou de ônibus, esta última não recomendo por demorar muito. O que acho fundamental é conhecer o sítio com um guia, pois não é o tipo de lugar que basta apenas olhar, é preciso entender sua história.
Horário: 8h às 17h de segunda a domingo
Ingresso: Mex$ 57 + Mex $ 177 de taxa = Mex$ 234 que hoje vale em torno de US$ 18. Crianças até 13 anos, estudantes e idosos não pagam.
Show de som e luz noturno: Mex$ 72 - duração de 45 minutos, em espanhol. Começa às 20h no verão e às 19h no inverno.
Mais informações no site do sítio www.chichenitza.inah.gob.mx
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Último dia no Jalapão.
Acordamos cedo e deixamos as malas prontas na frente das barracas ... era dia de partir. Depois do café da manhã, com direito a tapiocas, dei uma volta no acampamento para fazer mais fotos e já deu aquela saudade de tudo e de todos.

Antes de partirmos em direção às últimas atrações do Jalapão, um breve momento de confraternização com toda a equipe da Korubo. Não só os Adventure Bloggers, mas todo o grupo da viagem queria dar um abraço e agradecer por toda a atenção e dedicação que eles nos deram.

Aliás, foi um momento de confraternização geral, pois também fizemos novos amigos como a Flávia, Marcos, Juh e Alexandre, que entraram nas nossas vidas para ficar!

Nossa primeira parada foi na Cachoeira da Velha, que fica no Rio Novo e é a maior cachoeira do Jalapão, com duas quedas volumosas de mais de 20 metros que despencam em formato de ferradura. Mais um espetáculo da natureza, dessa vez mostrando sua força e beleza. Uma pequena trilha, beirando o lado do rio, nos dá ângulos diferentes da cachoeira.

Uma pena é não poder mergulhar.. mas a queda é muito forte e não é seguro. Se bem que li que é possível atravessar (de bote inflável ou até mesmo nadando), depois da queda, e ver a cachoeira da outra margem. Fiquei devendo isso .. quem sabe numa próxima ida? :)

Bem próximo à Cachoeira da Velha existe uma prainha, de águas calmas e areia fina, cercada por matas de galeria. Nós fomos no caminhão, mas é possível chegar lá à pé, por uma trilha, e leva cerca de 1 hora desde a cachoeira. Foi o momento de refrescar e relaxar.

O almoço-lanche foi feito ali mesmo, nas escadas que dão acesso à prainha. Eu que achava que não iria mais comer nenhuma das delícias feitas pelo Nelson, cozinheiro do acampamento, fui surpreendida com empadões de frango e de palmito, além de sucos e bolo de chocolate de sobremesa!
Fim do almoço e voltamos à estrada, em direção à Ponte Alta, onde nos despedimos do Mauro e trocamos de caminhão, como na ida. Parecia que o Jalapão estava triste com a nossa partida, pois foi o único dia que o tempo fechou e chegou a chuviscar.
Chegamos em Palmas por volta das 20h, e foi o tempo de jantar e descansar dessa viagem incrível!
Abaixo segue a letra da música Passarim do Jalapão (de Dorivã) que o Mauro em uma das noites no acampamento cantou trechos e que com certeza vai ficar pra sempre na minha memória, por retratar um dos lugares mais bonitos que já fui
Passarim do jalapao
Me revele alguns segredos
Teus mistérios e magias
Cante ao povo brasileiro
Por que que a cachoeira
É da velha
Se dá formiga em queda d’água
Como é que aqui nasceram dunas?
Se nem é beira de mar
E nas águas do frevedor
Porque que eu não consigo afundar?
Cacimba que sacia a sede
Dessa gente que a gente nem vê
Guarde um pouco dessa água
Deixe esse povo beber
Teus morros povoaram sonhos
Criando mistérios lendas
Desenharam templos em pedras
Coisas que eu nem sei cantar
Rezadeira de bendito
Faca um chapéu pra min
Que é pra poder usar
Quando eu for lá pro bom-fim
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Chegamos ao 4o dia no Jalapão. Acordamos às 4h da manhã e fomos tomar o café da manhã reforçado, com deliciosas esfihas de frango e de queijo e presunto, pois o dia prometia muito desgaste físico . Era o dia que eu estava mais apreensiva!

A idéia era sair bem cedo do acampamento e ir em direção à Serra do Espírito Santo para subir a trilha com o sol nascendo, de maneira que a subida fosse com o sol mais fraco. A temperatura estava super agradável, um friozinho gostoso e isso estava me animando, pois meu preparo físico no frio é um e no calor é quase nenhum.
Depois de 5 minutos que o caminhão saiu do acampamento, ouvimos um barulho e com ele a notícia: a mola do amortecedor havia quebrado e era preciso retornar. Com essa notícia veio outra que aí sim me deixou preocupada: não daria tempo de fazer a trilha pela manhã por conta do imprevisto e por isso ela seria feita no final do dia, com o pôr do sol sendo visto dos mirantes. Isto é, subiríamos a trilha debaixo do sol!
Com a manhã livre por conta do problema do caminhão, aproveitamos e assistimos ao nascer do sol dali da prainha do Safari Camp. E que nascer do sol!, com direito a araras voando, som de pássaros diversos.. coisas do Jalapão.
Depois do espetáculo da natureza, voltei à barraca e dei um cochilo. E como sou comilona, ao acordar voltei ao restaurante que estava servindo café da manhã para quem não ia fazer a trilha e não acordou cedo. Sim, essa trilha não é obrigatória e algumas pessoas optaram por não fazê-la.
Ainda eram umas 9:00h, e aproveitamos e fizemos uma trilha curtinha de 2km para uma outra praia do Rio Novo, tipo a do acampamento. Ao voltar, o almoço já estava praticamente servido. Foi o tempo de comer, descansar um pouco e partir para a estrada de novo, só que agora com o caminhão consertado!


Chegamos à base da serra e ali do chão, ao olhar a Serra do Espírito Santo, nos sentimos menores ainda, perto de toda a beleza e perfeição da natureza: um paredão de 22km de comprimento, cujas rochas são formações areníticas e que vêm sendo moldadas há mais de 65 milhões de anos pelo vento. Não é à toa que é o mais conhecido cartão postal do Jalapão, podendo ser vista de muito longe, no meio do cerrado.

E foi da força da natureza que eu reuni as minhas forças pra conseguir subir a trilha íngreme de cerca de 1km (há controvérsias, uns dizem 900m, outros 600m). E não estou sendo dramática.. mas também não quero assustar ninguém rs Na verdade como falei antes, eu não tenho resistência à atividade física no calor, apesar de morar no Rio, até porque eu corro em esteira e no ar condicionado, aliás, faço tudo no ar condicionado, e pra agravar, eu estava queimada do sol (e piorei a situação passando a manhã na praia).

Meu problema não foi só cansaço, apesar de ser íngreme e com muitas pedras, a trilha não é longa. O problema foi o calor, não apenas do sol , apesar de ser umas 4h da tarde, mas também que refletia das pedras que passaram o dia todo ali retendo o calor, que como já falei antes, é muito forte no Tocantins. Como é cerrado, não tem uma árvorezinha pra gente se abrigar e pegar uma brisa, e com isso eu praticamente acabei com o meu isotônico, com minha água, e ainda usei a do guia que me acompanhava por eu ser a última. No caso das águas eu não acabei apenas bebendo, foi jogando na cabeça e na santa toalhinha Cool towels (que quando molhada fica bem gelada ) que ganhamos para a viagem. Fiz a subida no meu ritmo, bem lenta, parando pra tirar fotos do visual incrível e principalmente para descansar , seja nos 5 bancos que existem na trilha ou em pedras, no chão, em qualquer lugar. Se eu não me engano levei em torno de 1:45h , o que me fez chegar no topo muito perto da hora do sol se pôr.

Chegar ao topo teve significado de superação pra mim, pois sim, pensei em desistir. E eu só digo que valeu e muito! O visual de todo o Jalapão e o cerrado intacto do topo, com plantas exóticas, me deu a sensação de que aquilo ali é pra poucos, e eu era uma das pessoas privilegiadas de poder viver isso. Pena que eu não pude contemplar com mais tempo, tive que correr (literalmente) para o mirante mais próximo, onde estava o Maurício, a Roberta e a Lilian, para assistir ao pôr do sol. O resto do grupo, que subiu mais rápido, estava no outro mirante, a 3km dali, de onde se viam as dunas que fomos no segundo dia e as falésias de arenito de 150 milhões de anos, época que aquela região era coberta pelas águas do mar.

Fiquei triste de não ver isso, pois já estava escurecendo. Na verdade, o passeio é feito sempre pela manhã, e isso não ocorre, dando tempo de contemplar tudo e com iluminação, o nosso só não foi assim por conta do imprevisto do caminhão.


Mal o sol se pôs eu peguei o guia e comecei a descida, sim fui a primeira rs. Na verdade eu conheço o meu nível de estabanação, e vi que descer de noite a trilha cheia de pedras, com algumas soltas, seria um prato cheio para cair. Achei graça do guia que falou que eu estava bem disposta, e sim, desci num pique só, afinal não tinha mais o sol. Descemos tão rápido que fiquei um bom tempo esperando o pessoal no caminhão.

Chegamos cansados no acampamento mas a noite prometia: a tão aguardada fogueira seria acesa na beira do rio. Fomos todos para lá depois do jantar, jogar conversa fora, ouvir as histórias do Mauro sobre o Jalapão e Tocantins, além de causos como o da luz branca que aparece na região. Eu, Gleiber e Guilherme aproveitamos a última noite e caímos dentro da caipirinha, afinal, tínhamos que comemorar uma viagem assim tão especial.
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