São aquelas situações que atrapalham e podem chegar a estragar uma viagem, mas que depois de tudo faz a gente rir… Acaba que a gente pouco compartilha, a não ser em casos que a culpa é dos outros , de alguma empresa, e mesmo assim algumas vezes eu esqueço de fazer o post.. Por isso resolvi reunir em um único post alguns perrengues de viagem..

na tentativa de entrar no Louvre eu ficava brincando de tirar fotos – 2001

2001 – Paris –  Esse foi o maior, ou melhor, o mais impactante perrengue em viagem.. Era minha primeira ida à Paris.. imaginem a expectativa? E simplemente ao chegar na cidade luz eu me deparei com uma GREVE CULTURAL.. significa? Que todos os museus estavam em greve! Fiz tudo que podia fazer nos primeiros dias.. batia ponto no Louvre diariamente na expectativa dele abrir e nada.. Acabei conhecendo a Eurodisney por absoluta falta do que fazer, porque não estava no meu roteiro. Passei 5 dias em Paris e os museus fechados. De lá continuei minha viagem pela França de carro, passei pelo Vale do Loire , fui até a Riviera Francesa e no dia que ia sair de Nice recebo a noticia que a greve tinha acabado! Abandonei o hotel no começo da noite e partimos de volta pra Paris, 8 horas na estrada e direto pro Louvre. Dormir? Viajante não pode pensar nisso nesse momento! Conheci o Louvre e a Monalisa.. de lá fui direto pro aeroporto.. Hoje eu penso que foi uma sorte a greve acabar um dia antes de voltar ao Brasil.. Os outros museus ficaram para as visitas posteriores..

2001 – Palácio de Versailles – Ainda na mesma viagem.. alguém reparou no ano? Pois é.. essa ida pra Europa foi um mês depois do atentado de 11/09. O clima em aeroportos, museus, lugares de muita visitação era mega TENSO! E tudo era revistado .. Pois bem.. entrando no Palácio de Versailles mandaram colocar a câmera na esteira pra checar sei lá o que.. Quando passo pelo detector de metal vejo que a câmera está saindo inclinada da esteira.. e não deu tempo.. ela se espatifou no chão .. Sorte que viajava com 2 câmeras.. e não perdi o filme (sim, é da época de filmes)

2001 – Gouda – Holanda – Aproveitando que a Holanda é pertinho da França, fui visitar minha prima na cidade que ela morava, Gouda, na Holanda. e fui de carro. Minha prima me tranquilizou que na Holanda todo mundo falava inglês fluente.. fiz todos os mapinhas pra chegar na cidade,  salvei o telefone da minha prima no notebook e fomos..  O problema é que em uma rotunda erramos alguma entrada.. Tentei ligar o notebook: sem bateria..  precisamos parar pra perguntar.. e perguntávamos em inglês onde ficava GOUDA com a pronúncia que falamos do queijo gouda aqui.. afinal é de lá.. E ninguém sabia da cidade.. No 3o lugar mostramos a cidade no mapa, e o vendedor da lojinha  solta um “Rauda” que é a pronúncia de Gouda lá.. e aí conseguimos chegar na minha prima..

1998- Orlando – Todo mundo sabe que pra viajar para Orlando, tirando o caso de se hospedar na Disney, é preciso alugar carro. E claro que aluguei, tudo bonitinho antes de ir. Mas, dentro do avião, na ida, em um momento estilo “esqueceram de mim” , descobrimos que a carteira de motorista tinha sido deixada no Brasil e não poderíamos pegar o carro na locadora. Resultado, assim que o avião pousou, ligamos pro Brasil e pedimos para a minha então sogra dar um jeito de mandar a carteira. A pobre foi pro aeroporto e não me perguntem como, conseguiu que uma guia de uma excursão pegasse a carteira com ela e levasse pra Orlando. E nisso, no primeiro dia sem carro, fomos a pé pro Wet’n wild, pelo menos não perdemos um dia. No dia seguinte a santa guia deixou no hotel a carteira.. e na mesma hora corremos para a Hertz para pegar o carro. Com o carro, partimos direto para o Epcot e eu memorizei o lugar estacionado e fomos curtir o parque. Fim do dia, de volta ao estacionamento, no local memorizado, cadê o carro azul que alugamos? Na época a chave não era aquela de abrir com o botão de longe.. e nisso fomos procurando e esperando o estacionamento esvaziar. Até que ele realmente ficou bem vazio, e no lugar que memorizei tinha um carro verde! Enfim, era o nosso carro.. na ansiedade de chegar logo no parque ninguém decorou o modelo, cor ou marca do carro. A partir daí eu anoto ou tiro foto de tudo.. rs

1996 – Boston – Outubro é baixa temporada em quase todo lugar do mundo né? Menos em Boston  por causa da mudança de cores das árvores, e realmente a cidade fica linda! Bem, nessa época morava em White Plains, em NY, e viajava de carro nos fins de semana. Em um fim de semana de outubro decidi conhecer Boston, peguei a estrada e não reservei hotel. Chegando lá ainda fui dar uma volta na cidade, até que lá pelas 8 horas da noite resolvi procurar hotel. Tudo lotado!! Em uma verdadeira peregrinação de hotéis, paramos em um e ao conversarmos em português entre a gente, um funcionário do hotel veio em nossa direção. Era brasileiro e ao saber da situação resolveu ajudar (brasileiro é tudo de bom). Ele saiu ligando pra todos os hotéis da cidade e só achou vaga no Hyatt de Cambridge. Aceitamos.. afinal estava mega frio, 8 graus Celsius, e já era tarde. Essa brincadeira custou na época 250 dólares.

1996 Campos do Jordão:  E esse erro de viajar sem hotel em Boston já tinha sido cometido em Campos do Jordão em julho! No mesmo esquema, fomos conhecer a cidade, a feirinha, fizemos compras.. e na hora de achar hotel? tudo lotado, claro. Até que achamos um quarto em um hotel razoavelmente caro e que o aquecedor não funcionava direito.

conhecendo o único hospital de Noronha

2005 – Fernando de Noronha: Na minha primeira ida pra Noronha eu consegui conhecer até o único hospital da ilha. Enquanto fazia o mergulho na Praia da Atalaia, que é super rasa e cheia de coral, eu consegui abrir o dedão do pé em um dos corais. Não precisou de ponto, por muito pouco, e apenas fiz um mega curativo para poder continuar mergulhando e fazendo as trilhas.

2000  – Flórida: Era uma viagem de carro por toda a Flórida, e sabe como é, brasileiro não está acostumado a estrada boa, carro bom.. acaba correndo . De repente vem a polícia, sirene, manda parar o carro .. e brasileiro só piora com suas brincadeirinhas tolas que só funcionam aqui. Chegou uma hora que eu achei que o policial ia prender o então marido, ou apreender o carro. Mas apenas multou, gravemente, e terminou o sermão dizendo que ele era “um perigo para a sociedade”.

2008 – Europa: era minha primeira viagem longa com as meninas.. preparei as malas com todo cuidado.. Pra ter uma idéia, eu levei fraldas para as 2 para os  15 dias de viagem, já contei isso no post da época.. Mas enfim, o que não contei é que fui de TAM pra Paris, sendo fiz conexão lá para ir para Lisboa. Chegando em Lisboa umas 9 horas da noite, e ficamos esperando uma das malas que não apareceu. A sorte é que a mala era com mais roupas minhas do que coisas das meninas, mas lá fui eu parar às 11 horas da noite, com 2 bebês mortos de cansaço da viagem, no shopping Vasco da Gama e fazer um mini kit para um dia (com roupas, calcinha, leite delas) que foi a previsão da entrega da mala e que foi cumprida.

2012 Costa do Sauípe : Esse perrengue eu contei nesse post. Perdi um vôo e troquei para o seguinte porque simplesmente o passaporte não tem a filiação e eu não podia provar que era mãe das meninas.. Fico imaginando se isso acontece na volta.. sem ter como me entregarem a cópia da certidão.

com a calça problemática no hotel em Cancun – 2006

2006 – Cancun : foi na viagem pra Cancun,mas o perrengue foi na conexão em Miami. estava grávida de 6 meses das meninas.. um mega barrigão.. e usava calça jeans de grávida. A maioria dessas calças vem com uma espécie de ajuste de ferro que faz com que a calça caiba durante toda a gravidez.  Chego em Miami e passo no detector de metal e claro que apita. Explico que é a calça mas a senhora não se conforma e manda passar diversas vezes.. Até que ela me entendeu e sugeriu que eu tirasse a calça (oi?) e foi então que o pai das meninas se meteu e me salvou dessa situação constrangedora.

Mas é como dizem.. perrengue não mata, ensina a viajar… e fica mais difícil  cometer os mesmos erros.. 🙂