Vindima na Serra gaúcha - Addolarata Culinária Italiana
Já fui algumas vezes para a Serra Gaúcha, inclusive já tinha feito uma viagem pra lá totalmente focada no enoturismo, dormindo em vinícolas e etc, mas faltava ir pra lá na época da vindima, a colheita das uvas. Queria o pacote completo da experiência da vindima, como colher a uva no parreiral e pisar na uva. OK, programa bem turístico mas honestamente eu viajo pra ser turista, digo mais, eu amo ser turista até no Rio, onde nasci e moro.
Quando comprei as passagens eu tinha lido muita coisa sobre época da vindima, uma das minhas fontes de pesquisa favorita sobre a vindima na Serra Gaúcha é o blog Café Viagem, da Alexandra. Ela mora em Porto Alegre e sempre atualiza os posts sobre a programação da vindima e lá eu li sobre a pisa da uva na Addolarata Culinária Italiana.
O Addolarata é um restaurante familiar, da família Tomasi, no interior de Bento Gonçalves, que faz parte do roteiro turístico do Vale do Rio da Antas. E além do restaurante, que fiquei de voltar para conhecer, eles também vendem experiências, e uma delas é a Vindima.
Experiência Vindima na Addolarata: Colheita e pisa das uvas

Como qualquer experiência que se queira fazer nessa época, é preciso reservar com antecedência. Cheguei até ver cogitar comprar na Wine Locals, eles tinham a opção de compra de dois passeios para pisa na uva no Addolarata, com piquenique e com almoço, mas acabei mandando mensagem pelo Instagram do restaurante e falei direto com a filha do Sr. Nei para fazer a reserva. Optei pelo piquenique até porque para o dia que eu ia não tinha a opção de almoço, era dia de semana. Paguei a primeira parte por pix e no dia paguei o restante no cartão.

Cheguei cedo lá e fui recebida pela filha do Sr. Nei, esperei pouquíssimo e logo chegou a família que faria o passeio comigo. E sim, éramos apenas eu e a família que tinha um casal e 3 filhos. Eles já haviam separado os nossos chapéus de palha e em seguida o Sr. Nei chegou com o tuc-tuc e partimos para os parreirais.

Agora pausa pra falar do Sr. Nei Tomasi... Sabe aqueles senhores italianos de novela? Que são uma simpatia, que têm tanta história boa pra contar? Então, Sr. Nei parece um personagem de novela de tão maravilhoso! É ele quem nos leva aos parreirais dirigindo o tuc-tuc, enquanto sua filha e sua esposa preparam as cestas do piquenique para o pessoal do passeio.
Durante o caminho o Sr, Nei vai mostrando as castas de uvas plantadas, contando histórias do lugar. E, ao chegar no ponto da colheita, a filha já havia preparado as duas mesas de piquenique, cada uma com sua cesta. Eu tinha uma mesa e uma cesta só pra mim e isso embaixo das parreiras!!

Mas antes de comer nós fomos colher uvas e o lugar escolhido era de uvas Isabel, uma variedade de videira americana (vitis labrusca) e mais usada em preparo de sucos. E aí Sr. Nei me mostrou que o calor de dezembro e de janeiro antecipou a colheita e realmente tinha muita uva já bem passada, mas deu para que a gente colhesse muita uva. A colheita das uvas foi ao som de músicas tradicionais italianas!

Uvas colhidas, fotos e vídeos desse momento feito com a ajuda do Sr. Nei e da sua filha, nós fomos pisar na uva, prática que remonta à Roma Antiga e que por muito tempo foi a maneira de macerar as uvas para produzir vinhos. Na verdade ainda existem lugares que produzem vinhos com a pisa, como no Porto, em Portugal. Uvas colhidas e colocadas no lagar (tanque para a pisa das uvas), fomos um a um lavando os pés em outro tanque e aí sim entrávamos no lagar para macerar as uvas. Eu confesso que fiquei com pena do desperdício de uvas, porque durante a colheita eu comi MUITA uva boa, se bobear eu comi mais que colhi rs E preciso ressaltar que o Sr. Nei e sua filha foram nota 10 na ajuda a tirar fotos e fazer vídeos de todos os momentos e de todos nós.

Depois nós lavamos novamente os pés e sentamos pra comer... e que piquenique maravilhoso!!! Sempre ao som de músicas italianas, Sr Nei fez polenta na hora... serviram vinhos e sucos produzidos por eles, de maneira bem mais artesanal que todos as vinícolas de Bento Gonçalves. E nos brindaram com algumas das delícias que a Sra. Dejanira faz para o restaurante e que são servidos no piquenique. Esse piquenique ainda foi embalado com muitas histórias da família Tomasi e sobre as tradições deles nas vindimas, contadas pelo Sr Nei. Defintivamente uma manhã deliciosa em todos os sentidos.
Preço da experiência da vindima com piquenique no Addolarata em 2025: R$ 235,00
Duração: cerca de 2 horas com piquenique, na opção de almoço acredito que dure mais.
Ahhh e no final o Sr. Nei colheu mais uvas e levei para casa!!
















Viajando de carro do Rio até a Serra Gaúcha
Eu tenho uma super amiga, minha melhor amiga hoje sem dúvidas, que estava em um dilema: o marido já tinha ido para Caxias do Sul a trabalho e ela tem a Luna, uma doguinha já idosa que não aguentaria uma viagem em bagageiro de avião e ela não dirige. Decidi que levaria elas de carro até lá e foi aí que começou uma super aventura.

Eu amo dirigir, nos anos que morei nos EUA eu pegava estrada para qualquer lugar, a qualquer hora. Ok, a única vez que dirigi por mais de 18 horas foi quando fugi do furacão Irma. Dessa vez seriam 1419km, a distância entre Rio de Janeiro e Caxias do Sul, na Serra Gaúcha. E detalhe, a viagem teria que ser em um feriado porque não tinha férias na empresa, então peguei o feriado de 20 de novembro. Seria só a ida de carro, justamente porque não tinha tempo hábil para voltar dirigindo, seria absurdamente cansativo.

Alugamos um carro automático na Localiza, o que saiu caríssimo porque a taxa de entrega do carro em outra cidade encarece absurdamente, mas mesmo assim saiu mais barato do que 3 passagens mais a passagem da Luna, a doguinha que foi o motivo da aventura. Fomos eu, minha amiga, a filha dela e a Luna.
Passei dias elaborando onde iria descansar, refazendo rotas. Primeiro tinha pensado em ir direto para Curitiba e dormir lá, mas não iríamos sair de manhã, eu tinha que trabalhar até umas 3 horas da tarde e aí pegaríamos a estrada. Decidi dormir em Osasco, São Paulo, porque dali pegaria a SP 021 que desemboca na BR 116 e que vai direto até o Rio Grande do Sul. Como era feriado, pegamos trânsito na saída do Rio e na chegada em São Paulo, e como saímos atrasadas, chegamos no Ibis Osasco por volta das 22:00h. Mas paramos no caminho, em Aparecida, então posso dizer que foi bem tranquila a ida. A Rodovia Presidente Dutra no trecho RJ-SP está super bem sinalizada, com lugares para paradas, com asfalto bom, então não tivemos problemas.


Restavam 976 km, distância de Osasco até Caxias do Sul, cerca de 13:30h de viagem. E aí tomei a decisão de ir direto, sem parar pra dormir, apenas parar pra comer e banheiro. Saímos de Osasco às 6h da manhã e pegamos a estrada, tomamos café da manhã em um Graal na estrada e seguimos. O trecho da BR 116 que liga São Paulo até Curitiba se chama Rodovia Régis Bittencourt, é um dos mais movimentados do país, com muitos caminhôes, muitas curvas, com serra e neblina e que recebe o apelido de Rodovia da Morte. Mas estava um calor de 40 graus, um dia lindo, tudo indo bem até que tudo parou em Registro, não era trânsito, era tudo completamente parado. Simplesmente um caminhão com carga de um produto inflamável virou e ficou na perpendicular bloqueando toda passagem, além do risco de explosão. Estávamos perto de Registro, ainda no começo da viagem, em São Paulo. Depois de uma hora parada vi uns carros fugindo por uma estrada de terra e seguimos, fizemos um contorno por fora da rodovia por uma hora e passamos o lugar do tombamento do caminhão.
Seguimos bem até Curitiba, e aí começou uma chuva torrencial, como diz uma amiga curitibana, Chuvitiba sendo Chuvitiba. Tive que reduzir absurdamente a velocidade, mal dava para enxergar. E essa chuva estava vindo do Rio Grande do Sul e tinha feito um estrago por lá. E nisso a temperatura despencou... dos 40 graus em Registro aos 16 graus em Curitiba.
O trecho Curitiba - Caxias do Sul foi o mais difícil. Isso porque a BR 116 vira uma estrada menor após Curitiba, em grande parte ela fica uma estrada de mão dupla, tornando a viagem mais lenta e demandando mais atenção. A estrada é linda, mas tem muita serra, muitas curvas. Não é uma estrada com muitas opções de paradas, apenas alguns postos de gasolina com lojinhas, pouca sinalização, com asfalto não muito bom. E foi o trecho que pegamos na parte da noite. Como tinha esfriado muito, já no Rio Grande do Sul fez 12 graus na estrada, pegamos muita neblina na serra. Quase não se via o carro da frente, quando tinha, porque estava muito vazia a estrada, e a sinalização no asfalto, aquela amarela para guiar os motoristas, bem apagada. Para piorar, as tais chuvas torrencias derrubaram árvores, galhos, tornando a estrada mais perigosa ainda. Cheguei a pensar em dormir em Vacaria mas estaríamos a 2 horas de distância de Caxias, e foi bem cansativo esse trecho final. Acabamos chegando em Caxias quase meia-noite.
Dicas para ir de carro do Rio de Janeiro para Serra Gaúcha
Hoje em dia com Google Maps e Waze é possível escolher os caminhos mais rápidos, lugares práticos para dormir e etc Então não vou falar de caminhos porque isso é um tanto imprevisível, Sem dúvida a BR 116 é o caminho principal e como falei no relato da minha experiência, é uma estrada movimentada e perigosa. Dormir em Osasco em São Paulo foi uma escolha acertada nas minhas circustâncias, mas minha primeira dica é dormir em Curitiba saindo bem cedo do Rio, isso se der conta de pegar 850km direto. Como falei, é o trecho mais bem sinalizado e também com mais opções de paradas, e chegar em Curitiba ainda com o dia claro ou escurecendo. De Curitiba à Serra Gaúcha são mais 728 km (no caso coloquei Gramado no maps), que dá cerca de 10 horas de viagem. Se sair cedo também não pega o pior trecho, o final já na serra e que a neblina é muito comum, na parte da noite.
Durante todo o principal trecho tem muitos pedágios, o ideial é ter uma Tag de sua preferência, porque são cerca de 18 ao todo e ficar parando toda hora para pagar vai atrasar a viagem.
Como falei, no último trecho não tem muitas opções de paradas, então o ideal é fazer ou comprar um sanduíche para comer no caminho. Sair da estrada para procurar restaurantes também vai atrasar a viagem.
Natal Luz em Gramado e suas atrações gratuitas
Já fui à Serra Gaúcha algumas vezes e essa foi a primeira vez que consegui ir na época do Natal Luz em Gramado, que nessa 38ᵃ começou em 26 de outubro e vai até 21 de janeiro de 2024.


Nessa ida eu tinha apenas uma noite na cidade, isto em um final de semana por conta de uma loucura que fiz e conto no próximo post. E seriam dois dias para ver a decoração do Natal Luz e acabei optando por não me prender à nenhum espetáculo do evento, aqueles que são comprados. Achei que sem crianças não seria algo que valesse a pena, ao menos nessa viagem. Então o foco da gente eram as atrações gratuitas do Natal Luz em Gramado (eles chamam de Natal Luz para todos) : ver a decoração da cidade, passear na Vila de Natal e assistir ao Show De Acendimento e o admirar as árvores do TannembaumFest. No site oficial do evento eles sempre disponibilizam os horários de cada atração conforme o dia e o que é gratuito ou não.

Eu tinha muita expectativa em relação à decoração da cidade. Sim, fica muito bonita, mas eu honestamente fiquei decepcionada. Talvez porque eu esteja acostumada com a extravagância de algumas decorações nos Estados Unidos, mas achei a cidade decorada modestamente.

Chegamos na cidade pela manhã, nos hospedamos nessa Pousada delicinha que postei aqui,, fomos à pé em direção à Rua Coberta, cerca de 20 minutos, e chegamos ao centro de Gramado, onde se concentram as atrações do Natal Luz. Ainda era dia então vimos primeiro toda a decoração sem as luzes.

Passamos na Vila de Natal, que fica na Praça da Etnia, de dia e depois de noite, com as luzes acesas.É bacana porque além da decoração, é um espaço para artesãos exporem seus produtos, para os turistas aproveitarem e fazerem umas comprinhas temáticas. É na Vila de Natal que fica também a Casa do Papai Noel, point obrigatório pra quem tem crianças porque é possível entregar a cartinha pessoalmente ao bom velhinho.
Nós não compramos ingressos mas o Natal Luz tem eventos gratuitos, e o que eu queria assistir era o famoso Show de Acendimento, que é exatamente o momento em que acendem as luzes de Natal. Naquele dia ocorria às 20h e então nos organizamos pra jantar cedo e nos posicionarmos para ver o show que acontece próximo ao Palácio dos Festivais, onde ocorre o Festival de Cinema de Gramado, em frente à Rua Coberta. Nós inclusive almoçamos por lá. Nessa hora ali em frente ficou lotado! Então vale a pena mesmo ficar próximo para ver de mais perto porque ao acender as luzes, o bom velhinho, ele mesmo, o Papai Noel, chega e faz uma aparição de 10 minutos na sacada, fazendo a alegria das crianças. O show é finalizado com músicas de natal e flocos de neve artificiais.

O TannembaumFest é um concurso de decoração de árvores de natal realizado no segundo final de semana do evento, onde famílias e empresas decoram árvores na principal rua de Gramado, a Avenida Borges de Medeiros, e as árvores ficam decoradas até o final do período do Natal Luz.
Agora espero ir com mais calma para Gramado na época do Natal Luz para poder ver as atrações pagas. Se você já foi e quer dar sua dica, comenta aqui no blog!
Informações sobre o Natal Luz nesse link aqui (sempre atualizado pelos organizadores dos eventos para cada edição)
Mais fotos do Natal Luz em Gramado
Pousada bom custo x benefício em Gramado - Serra Gaúcha: La Lavande
Nessa viagem para a Serra Gaúcha eu estava louca pra ver o famoso Natal Luz de Gramado, e como todo mundo já conhecia a cidade e estávamos baseadas na casa da minha amiga em Caxias do Sul, a ideia era passar um fiinal de semana apenas, e escolhemos uma pousada bem localizada e com ótimo custo x benefício em Gramado: Pousada La Lavande.

Pousada La Lavande em Gramado

A La Lavende é uma pousada bem pequena, com apenas 12 quartos, e que fica numa localização excelente, para vocês terem uma ideia, nós fomos para a Rua Coberta e ver o Natal Luz a pé. Fica a menos de 1km do Terminal Rodoviário, em uma rua toda arborizada e deliciosa.

Como o nome da pousada sugere, a inspiração da pousada são os campos de lavanda franceses, e eles criaram a decoração da pousada com as cores da flor e inclusive no jardim tem lavandas plantadas. Realmente a pousada é muito bonitinha!

Além da ótima localização, o que chamou a atenção da gente foi o café da manhã, com estilo colonial, super bem servido, com direito a espumante. O café da manhã é tão bom que só fomos almoçar depois das sete da noite.
Nosso quarto era simples e triplo, uma cama de casal e uma de solteiro, o que foi ótimo porque éramos três mulheres sendo que uma mãe e filha. Só que não fotografei o quarto, mas no site tem fotos e é possível ver que tem quartos bem românticos, lindíssimos e até com banheira de hidromassagem. Tem quartos para todos os gostos e bolsos!
O atendimento também foi maravilhoso, chegamos lá e Gramado estava um caos, simplesmente foi aquela semana que caiu uma chuva torrencial, inclusive tive que dar a volta em quase toda Serra Gaúcha para chegar em Gramado. Faltou água na pousada por conta das chuvas, mas os donos, uma simpatia, conseguiram contornar bem os imprevistos causados pela chuva.
Estava comentando minha amiga que quando voltar a Gramado acredito que vá me hospedar lá de novota, e olha que já fiquei em hotéis caros, resort, mas nada se compara a esse ótimo combo de localização, aconchego e café da manhã que a La Lavende proporcionou para a gente.
Informações:
Endereço Pousada La Lavende: Rua João Alfredo Schneider, 613, Gramado
Site da Pousada aqui
Estacionamento gratuito
A pousada disponibiliza bicicletas gratuitamente para os hóspedes
Mais algumas fotos da nossa estadia na La Lavande
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O post da coluna Cliques por aí dessa semana é em uma região do Brasil encantadora, o sul, e mais precisamente de duas cidades lindíssimas e cheias de atrações: Gramado e Canela. Espero que gostem
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