Dunas alaranjadas do Jalapão

Roteiro do 2º dia no Jalapão com a Korubo

Adventure Bloggers prontos para a primeira aventura
Adventure Bloggers prontos para a primeira aventura

Nesse post vou contar detalhes do 2o dia no Jalapão. Depois do café da manhã tudo de bom (já falei no post sobre o Safari Camp que a comida lá era maravilhosa) fomos em direção ao Rio Novo, dentro do acampamento, para fazer canoagem. O Rio Novo é um dos poucos rios de água potável do Brasil, e o passeio consistia em percorrê-lo por aproximadamente 5 km em cerca de 2 horas.

euzinha ainda na praia do acampamento no Rio Novo
euzinha ainda na praia do acampamento no Rio Novo - Foto: Roberta Martins

Antes da aventura no Rio, o pessoal da Korubo  deu uma aula para aprender a usar o caiaque. Bacana também é que durante todo o percurso, vários guias iam espalhados com o grupo, auxiliando sempre que necessário.

eu e Maurício
eu e Maurício - Foto: Guilherme

 

 

 

 

E sim, foi necessário rs Várias pessoas caíram, seja nas corredeiras ou por desequilíbrio, ou até mesmo por brincadeiras, até porque é o tipo de rio que cair é tudo de bom: água transparente, na temperatura ideal para espantar o calor do Jalapão! Não caí por sorte rs, mas não que seja difícil, é bem tranquilo, garanto, mas é porque sou tão estabanada que era o que estava esperando que acontecesse.

descendo a última corredeira na canoagem pelo Rio Novo
descendo a última corredeira na canoagem pelo Rio Novo - Foto: Guilherme

 

 

Meu único arrependimento foi não ter passado repelente, os mosquitos se aproveitaram disso e fui super picada durante a canoagem. Mas nada que um antialérgico não tenha resolvido :)

 

 

Na volta, pausa para curtir uma praia de rio no próprio acampamento e em seguida o almoço que dispensa comentários! Bom, a essa altura, cansados e com a barruiguinha cheia, o redário ficou super disputado :)

caminho para as dunas, com a Serra do Espírito Santo e um céu incrível
caminho para as dunas, com a Serra do Espírito Santo e um céu incrível

 

 

 

Depois do do descanso foi hora de ver uma das maiores atrações do Jalapão: as famosas dunas alaranjadas . No caminho, o visual da Serra do Espírito Santo, outro cenário tão desejado de ser visto por mim e tão característico de lá, nos mostrava que a tarde prometia, e São Pedro colaborou com um céu azul lindo, contrastando com nuvens brancas e com o verde e o laranja da vegetação na estrada.

já perto das dunas, um oásis com a Serra do Espírito Santo ao fundo
já perto das dunas, um oásis com a Serra do Espírito Santo ao fundo
dunas alaranjadas do Jalapão
dunas alaranjadas do Jalapão

 

 

 

As dunas do Jalapão, de areia de quartzo, são formadas pela ação dos ventos que causam erosão na Serra do Espírito Santo e estão em constante movimento, chegando a 30m de altura em alguns lugares.

dunas com a Serra do Espírito Santo, que as formam, ao fundo
dunas com a Serra do Espírito Santo, que as formam, ao fundo

 

 

O Mauro (guia da Korubo) mostrou um lugar hoje coberto por areia e que há pouco tempo tinha uma árvore.
Uma placa na base das dunas solicita que a subida e a descida sejam feitas pelas laterais, e não pelo meio, pelo paredão.

 

 

Adventure bloggers nas dunas
Adventure bloggers nas dunas

Os deslizamentos da areia vêem causando assoreamento no riacho ao redor das dunas e que pela sua ligação com o Rio Novo, leva o problema para ele. A vontade é de que aquilo fique intocado, que minhas filhas possam ter a mesma sensação que eu tive, mas infelizmente, mesmo sendo longe, de difícil acesso,  algumas pessoas simplesmente não respeitam.

um pôr do sol inesquecível nas dunas Jalapão
um pôr do sol inesquecível nas dunas

O ponto alto é o pôr do sol visto dali, do alto das dunas, com uma das melhores vistas panorâmicas da região. O sol vai mudando o tom das dunas conforme vai se pondo, e  deixando a areia laranja ora dourada, ora avermelhada, num belíssimo espetáculo da natureza. E nessa hora, ali, longe da civilização, sem celular, sem internet, tendo apenas as dunas, o sol, os riachos que brotam do solo e refletem o céu com as nuvens brancas, me deu uma sensação gostosa, uma felicidade de que estar conectada apenas com a natureza.

porque um dia maravilhoso tem que terminar no mesmo nível :)
porque um dia maravilhoso tem que terminar no mesmo nível :)

Ainda ficamos um tempo contemplando aquele visual, apareceram as estrelas e fomos para o acampamento, onde mais um jantar delicioso nos esperava.

 

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Roteiro do 1º dia no Jalapão com a Korubo

Caminhão adaptado em ônibus da Korubo em frente ao hotel em Palmas
Caminhão adaptado em ônibus da Korubo em frente ao hotel em Palmas

Como contei neste post, conheci o Jalapão com a Korubo, em um roteiro de 6 dias. O primeiro dia na verdade é a chegada em Palmas, e já contei como foi esse dia e meio que passei na capital do Tocantins neste outro post. Enfim, depois de chegar na sexta-feira em Palmas, no sábado a Korubo nos buscou no hotel bem cedo para enfim começar nossa expedição pelo Jalapão. E é sobre como foi esse sábado, primeiro dia no Jalapão, que eu vou contar agora.

rumo ao Jalapão!
rumo ao Jalapão!

Existem duas maneiras de se chegar ao Jalapão:

- Pelo norte, a partir de Palmas, por meio das rodovias TO-020 trecho Palmas-Novo Acordo (106km), TO 030, trecho Novo Acordo-São Félix do Tocantins (119km), seguindo depois pela TO-110, entre São Felix do Tocantins e Mateiros (80km)

- Pelo Sul, também a partir de Palmas, percorrendo trechos de rodovias pavimentadas como a TO-070 até Porto Nacional (60km) , passando por Ponte Alta do Tocantins (104km) ainda de asfalto, e depois por estrada de terra até Mateiros (160km).

Ponte Alta do Tocantins - Portal do Jalapão
Ponte Alta do Tocantins - Portal do Jalapão

A Korubo faz o roteiro pelo sul, passando por Ponte Alta do Tocantins, onde almoçamos em uma pousada que não consigo lembrar o nome, e trocamos de caminhão adaptado em ônibus por um outro, também adaptado mas com maior tração para trafegar nas estradas de terra que como falei em outro post, em muitos trechos é de areia. Nessa troca de ônibus conhecemos o Mauro, o guia que nos acompanhou em todos os momentos dentro de Jalapão.

A partir desse ponto que a aventura dos 10 Adventure Bloggers começou de verdade, com muito sacolejo pelas estradas de terra por dentro do cerrado e quando me bateu uma sensação incrível de liberdade que vou contar em outro post.

O primeiro contato com o visual do cerrado

apenas a estrada e o cerrado como moldura
apenas a estrada e o cerrado como moldura

Chapadões, cobertos por uma vegetação de pequenas árvores retorcidas, dispersas em meio a um tapete de gramíneas. No meio do nada aparece um ipê amarelo dando mais um colorido à paisagem, que apesar de estar na época da seca, não é totalmente seca, deixando ainda o verde predominar por várias partes. Podemos identificar as regiões com veredas ao vermos os buritis (espécie de palmeiras) e os pés de cajuzinhos do cerrado (ou do campo), que são como os cajus que conhecemos, só quem em versão miniatura, e muito, muito mais saborosos.

cajuzinhos que o Mauro pegou na estrada
cajuzinhos que o Mauro pegou na estrada

 

 

 

Durante o trajeto o motorista parou e o Mauro pegou  um pouco de  cajuzinho no pé para todos nós.

 

 

casca da árvore em camadas, proteção natural contra as queimadas
casca da árvore em camadas, proteção natural contra as queimadas

 

 

Outra paisagem que chama a atenção é a de regiões atingidas por queimadas, que não necessariamente são ocasionadas pelo homem, sendo originadas às vezes por  fatores naturais. Afinal a natureza é sábia e belíssima. O fogo contribui para a germinação das sementes, pois algumas necessitam de um choque térmico, causando fissuras na semente, favorecendo a penetração de água e iniciando o processo de germinação. E também é o fogo que dá o aspecto retorcido das árvores e arbustos do cerrado, que com suas cascas grossas, com várias camadas, possuem uma defesa natural ao fogo, sobrevivendo ao se deparar com ele.

 

 

 

Esse renascimento  após o fogo e atrai diversos animais herbívoros em busca de folhagem nova. Algumas espécies como os Anus, Carcarás e Seriemas (que vimos bastante), seguem as queimadas, e se alimentam de insetos e répteis atingidos pelo fogo.

Primeira parada : Canyon de Suçuapara

 

Canyon de Suçuapara
Canyon de Suçuapara

A nossa primeira parada e maior contato com o a natureza no Jalapão foi no Canyon de Suçuapara, distante 18km de Ponte Alta. Incrível que ao olhar por cima não imaginamos que entre as fendas abaixo no cânion escorrem águas cristalinas pelas rochas. São os segredos preciosos do cerrado e suas veredas. Na pequena trilha escutamos o som de gotas caindo longe, aos poucos o som vai aumentando e podemos ouvir o som de uma pequena queda d'água que jorrava no canto esquerdo das fendas.

colorido no chão com grandes pedras rosas
colorido no chão com grandes pedras rosas

No chão, pedras lisas cor de rosa davam um colorido a mais ao lugar, além de mini pedrinhas brancas que os visitantes catam do fundo e colocam nas fendas pedindo saúde para alguém querido. Claro que peguei várias e pedi pela família toda!

Confesso que parecia criança entrando na fila várias vezes para tomar essa ducha especial que a natureza criou. :D Pena que por causa da umidade não tirei fotos e eu falhei não levando a minha GoPro, não tenho um registro da quedinha d'água.

 

Rumo ao acampamento

pausa para um lanchinho no meio do cerrado
pausa para um lanchinho no meio do cerrado

Depois da ducha refrescante partimos rumo ao acampamento, com direito a mais uma parada para "banheiro" e  um surpreendente lanche fornecido pela Korubo no meio do nada no cerrado. Sucos, biscoitos, barrinhas de cerais e claro, cajuzinhos, foram oferecidos para segurar a fome durante o restante do percurso.  Aí usamos o kit dado pela Korubo assim que entramos no caminhão ainda em Palmas: lenços umidecidos de bebês , uma caneca com tampa e saquinhos de papel para lixo.

Mauro mostrando as instalações do Safari Camp
Mauro mostrando as instalações do Safari Camp
pôr do sol na estrada
pôr do sol na estrada

 

 

 

Após algumas horas, com direito a um pôr do sol espetacular na estrada, chegamos ao acampamento, por volta das 19h00, onde o Mauro nos mostrou todas as instalações.

 

 

 

o boas-vindas especial no acampamento
o boas-vindas especial no acampamento

No restaurante uma caipirinha de boas vindas nos aguardava junto com queijos, azeitona e salame. Logo em seguida foi servido o jantar, caprichado, feito pelo Nelson e em seguida o Mauro  deu as instruções para o dia seguinte.  Fomos então para as tendas para descansar para as aventuras do dia seguinte.

 

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Artesanato de capim dourado

Jalapão: a terra do capim dourado

Artesanato de capim dourado
Artesanato de capim dourado

E quem disse que no Jalapão não teria comprinhas? E digo mais.. comprinhas fashion, daquelas que são momento mulherzinha mesmo! Isso porque é nas veredas do Jalapão que brota o capim dourado (syngonanthus nitens) , uma flor da espécie sempre-viva com haste de raro brilho metálico e resistente. É na flor que se encontram as sementes que garantem a perpetuação da planta, nativa do Jalapão.

Cooperativa das artesãs em Mateiros
Cooperativa das artesãs em Mateiros

O artesanato de capim dourado  resulta em verdadeiras jóias, que vão desde bolsas, passando por brincos, pulseiras, colares e até peças de decoração para casa.

as bolsas são uma tentação
as bolsas são uma tentação

 

 

 

 

 

A arte de trabalhar com o capim dourado foi ensinada às mulheres do povoado Mumbuca, remanescente de quilombo e município de Mateiros, por Dona Miúda, que ainda recebe visitas pra contar as histórias de quando aprendeu a costurar o capim dourado com a mãe e a avó, que aprenderam com os índios que habitavam a região anteriormente.

Hoje, as técnicas do artesanato em capim dourado continuam sendo ensinadas, de geração a geração, no povoado de Mumbuca e também nas cidades de Mateiros, Ponte Alta, Novo Acordo, Santa Tereza, Lagoa do Tocantins e no Prata, um vilarejo do município de São Felix do Jalapão.

O bacana é que já se vê a preocupação com a extinção do capim dourado, e por isso ele só pode ser colhido entre 20 de Setembro e 20 de Novembro. Existem regulamentações no estado do Tocantins que proíbem a saída do material "in natura" da região, somente em peças já produzidas pela comunidade local, visando assim a sustentabilidade ambiental, social e econômica do local.

 

Desfila da Acquastudio no Fashion Rio 11/2012 - Vestido com capim dourado e detalhe
Desfile da Acquastudio no Fashion Rio 11/2012 - Vestido com capim dourado e detalhe (Divulgação)

As peças são de uma beleza e brilho único, parecendo ouro, e  ultrapassaram os limites do Tocantins chegando inclusive às passarelas, como no Fashion Rio de 2012 , no desfile da Acquastudio com as tendências para o inverno 2013.

 

 

 

 

 

esses são pra comprar no Safari Camp da Korubo
esses são pra comprar no Safari Camp da Korubo

Claro que se pode comprar as peças em vários lugares, hoje em dia tem até sites, mas até em Palmas o preço é bem maior do que em Mateiros, onde passei uma tarde ou até mesmo no Safari Camp da Korubo. Tem brincos por R$5,00, bolsas a R$ 150, e as lojinhas são espécie de cooperativa de artesãs, e são elas mesmas que nos atendem e vendem o seu trabalho. Confesso que dá vontade de trazer tudo!!!

 

 

 

 

 

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Tenda família no Safari Camp da Korubo

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praia do Safari Camp no nascer do sol
praia do Safari Camp no nascer do sol

Antes de ir para o Jalapão eu li muito sobre como ir, quem levava, e o que mais me deixava curiosa era o fato de que em todos os lugares (sites de jornais, Guia 4 Rodas, blogs ) diziam que a maneira mais confortável de se conhecer o Jalapão era pela Korubo, isto é, ficando no Safari Camp. A curiosidade ficava por conta de como um "acampamento" poderia ser mais confortável que uma pousada por exemplo. Mas, bastou chegar no Safari Camp da Korubo, à beira do Rio Novo, para entender o porquê e é isso que vou explicar.

Barracas ou tendas

Tenda família no Safari Camp da Korubo
Tenda família no Safari Camp da Korubo

Pra começar quando penso em acampamento me vem a idéia de que vamos dormir em sacos de dormir ou colchonetes. E aí já começa o diferencial, todas as tendas têm camas, as menores possuem duas camas de solteiro e as maiores (para famílias) possuem quatro camas, sendo que 2 se encaixam se transformando em cama de casal. E isso inclui roupa de cama, cobertor e travesseiro.

tenda família
tenda família

Todas são arejadas e o bacana é que existe uma tela de proteção contra insetos e bichinhos indesejáveis em todas as janelas das barracas, permitindo que se aproveite o friozinho que chega à noite com as janelas abertas. Pra ter noção, nem senti falta de ar condicionado, e quem me conhece sabe que isso é raro e importante. E digo mais... senti frio em uma noite!

tenda para 2 pessoas
tenda para 2 pessoas
banheiro das tendas
banheiro das tendas

Cada tenda é uma espécie de suíte, com seu banheiro ,que ainda é separado por zíper do quarto, com pia, vaso sanitário e prateleiras para guardar os objetos. A iluminação nas tendas (sim, tem luz!) é feita com leds que são abastecidas pela energia solar, mas que iluminam mesmo, dando até para ler um livro!

vestiário feminino
vestiário feminino

Para tomar banho é preciso ir aos vestiários, um para homens e outro para mulheres, que não deixam em nada a desejar aos de muitas academias que conheço. Super limpinhos, ducha boa e água quente!

 

Restaurante

Restaurante
Restaurante

O restaurante é o grande ponto de encontro dos hóspedes no acampamento. É lá que ficam as tomadas para carregar os equipamentos, máquinas, celulares (mesmo não pegando sinal nenhum, todo mundo carrega para fotos rs) , onde também se pode comprar artesanato feito de capim dourado a um preço bom (comparamos com Palmas e até mesmo com Mateiros), mas principalmente um lugar onde se come MUITO bem.

horta do Safari Camp
horta do Safari Camp

Acho que se a estrutura toda do acampamento impressiona, os pratos, sobremesas, impressionam muito mais. Foram quatro dias sem repetir nenhum prato, tivemos pratos com carne, carne seca, frango, peixe, massa, saladas, tudo muito bem temperado, saboroso mesmo. Além de todo capricho e gosto que o Nelson, o cozinheiro, se dedica na cozinha, o fato do acampamento ter uma horta e muito do que comemos ser fresquinho, também faz uma enorme diferença.

dá pra ter uma idéia de que como comi bem? :)
dá pra ter uma idéia de que como comi bem? :)

Os sucos estão incluídos na refeição, mas se pode comprar refrigerante e até mesmo caipirinha e cerveja.

 

Exterior e outras áreas

Cris no redário
Cris no redário

Todo o exterior é iluminado à noite com mini tochas ou mini lâmpadas de led,  apenas para que não ande no escuro, mas o suficiente para ver onde estamos pisando. A praia no Rio Novo tem uma barraca e bancos à sua sombra, e a água é limpíssima, sendo o point refrescante no auge do calor.

Outro cantinho que adorei do acampamento foi o redário: uma super tenda com várias redes dentro para dar aquela cochilada depois do almoço sem ser incomodados pelos insetos. Tudo de bom!

 

nós e a turma da Korubo
nós e a turma da Korubo

Atendimento

O bacana no Safari Camp é que os 12 funcionários da Korubo mantém tudo organizado se revezando em várias tarefas, como guia, cozinheiro, motorista, mecânico, e por aí vai.  Sempre solícitos, dispostos a ajudar e tirar dúvidas, fizeram com que a estadia lá fosse mais tranquila e agradável ainda.
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Conhecendo o Jalapão e algumas dicas para ler antes de ir

O que você precisa saber para conhecer o Jalapão

A primeira vez que ouvi falar do Jalapão foi no livro 1000 lugares para se conhecer antes de morrer, de Patricia Schultz. Na verdade o livro não fala apenas em conhecer o Jalapão, fala justamente de acampar no Jalapão. Desde então o Jalapão e essa experiência de acampar em um lugar quase inexplorado ficaram na minha listinha de desejos.

Nesse post vou contar como é o destino Jalapão, para que tipo de viajante, o que esperar da viagem, o que levar. E para quem não aguenta de ansiedade, veja os links de como foi a minha viagem dia a dia ( 1o dia, 2o dia, 3o dia, 4o dia e 5o dia).

O destino Jalapão

a linda cachoeira do Formiga

O Jalapão é um conjunto de cinco áreas de conservação, incluindo o parque estadual do Jalapão, e tem cerca de 34 mil km², sendo maior que os estados de Alagoas e Sergipe. À primeira vista o cenário pode parecer um lugar árido, quente, mas entre as paisagens secas do cerrado se encontram oásis, verdadeiros paraísos como cachoeiras de águas cristalinas, praias de águas transparentes de rios de água potável, veredas com nascentes de água, fervedouros com águas cristalinas onde não é possível afundar e dunas alanrajadas como não se vê em nenhum lugar do Brasil. Apesar da imagem mais famosa do Jalapão ser a das dunas alaranjadas, o Jalapão não é como os Lençóis Maranhenses. Elas ficam situadas perto da Serra do Espirito Santo, de onde vêem as areias que a formam há milhares de anos e que está sempre se movimentando.

Mesmo com  toda essa exuberância e beleza, o Jalapão é pouquíssimo visitado: cerca de 15 mil turistas estiveram por lá desde 2001, ano de criação do Parque Estadual. Mas é super fácil entender isso ao chegar lá: a dificuldade de trafegar pelas estradas. Na verdade quando li sobre isso imaginei apenas que seriam estradas de terra ruins, com buracos, como qualquer lugar pouco visitado ou explorado. Só que se fosse assim, com certeza teria mais visitantes, o problema das estradas de lá é que vários trechos são de areia fofa, permitindo apenas que veículos 4 x 4 e com um bom motorista consigam trafegar por lá.

A maioria dos atrativos do Jalapão está a cerca de 50km um do outro, na verdade a impressão que se tem é que tudo é muito mais distante do que realmente é, por conta do tempo que se fica nas estradas.

Para que tipo de viajante

O Jalapão é para amantes de ecoturismo e turismo de aventura. Um paraíso quase intocado e que para ser desbravado precisa de disposição, não apenas para caminhar, fazer trilha, mas também para passar horas sentado em um veículo 4x4 para se locomover entre uma atração e outra. Uma das frases que o guia da Korubo falou assim que saímos de Ponte Alta do Tocantins foi "pratique o desapego". E cai como uma luva, é preciso praticar o desapego de celular, internet, banheiro, entre outras coisinhas.

É preciso encarar  o fato de que estamos no meio da natureza, no cerrado, e que poderemos (e queremos!!!) encontrar com animais como arara-azul, periquitos, emas, raposa, (esses 4 eu cheguei a ver) , mas também poderemos encontrar com onças (eu até queria ver, apesar do medo) e outros não tão bonitinhos como cobras e escorpiões. Cobra eu apenas ouvi e confesso que morri de medo, pois estava na trilha da Serra do Espirito Santo, no meio de muito mato e a falta de visibilidade do chão e de onde ela estava assustava mais ainda. E escorpião é figurinha fácil na região, o encontro com um é certo!

 

Clima e quando ir:

o caminhão da Korubo

Existem duas estações definidas: uma de seca, de maio a setembro, e a chuvosa, de outubro a abril.  Além de não curtir viajar com chuva (alguém curte? :P) o período chuvoso implica também em maior dificuldade de trafegar nas estradas, já que a areia vira lama.

A temperatura média anual é de 25,8°C , só que isso não diz muito. Na seca, quando fui, o dia é muito quente, chegando facilmente perto dos 40°C , e de noite a temperatura cai bastante e embora eu ache que tenha descido um dia até uns 18°C , o Mauro (guia da Korubo) disse que ficou em torno de 22°C . E essa queda de temperatura é uma delícia para dormir!
Já no período chuvoso não existe essa diferença grande de temperatura entre a  manhã e a noite.

Dizem que no período de setembro seria fácil encontrar o capim dourado bem dourado, até encontrei, mas achei que seria em maior quantidade.

 

Como chegar e circular

Fervedouro da Glorinha

Ponte Alta do Tocantins é o portal do Jalapão e fica a cerca de 200km de Palmas, trajeto que é feito em estrada asfaltada. De Ponte Alta do Tocantins até as atrações, que ficam próximas a Mateiros (cerca de 162km de distância entre as cidades) é tudo estrada de terra e areia. Apenas veículos 4x4 conseguem andar por lá, e mesmo assim eu cheguei a ver uma S10 atolada que foi ajudada 2 vezes e ainda furou o pneu em seguida. Não recomendo ir sem guias, dirigindo, pois a densidade demográfica ali não chega a 1 habitante por quilômetro quadrado, e foi muita sorte que esse homem que dirigia a S10 teve de encontrar com o caminhão da Korubo enquanto estava com problemas, simplesmente passávamos horas sem ver nenhum carro. Lembrando que celular não pega nas estradas, apenas a Vivo funciona em Mateiros e em Ponte Alta do Tocantins.

A maneira mais segura, na minha opinião, para conhecer o Jalapão é comprando um pacote específico com tour, guia e tudo que tem direito. Fiz o roteiro de 4 dias com a Korubo (vou entrar em detalhes nos próximos posts mas já adianto que AMEI!)  mas também existem outras empresas que prestam esse serviço por lá como a Norte Tur  (que também ajudaram aquela S10 atolada na areia da estrada).

 

O que levar?

Cachoeira da Velha

Repelente, repelente, repelente (mesmo com muitos eu fui picada até dentro do rio), filtro solar, boné, óculos de sol, protetor labial (além de quente lá é muito seco), tênis, chinelos, biquini/sunga, canga, short, camiseta, casaco leve, dinheiro em espécie, squeeze (nunca usei tanto o meu), calça para trilha, papete para andar de caiaque (caso caia não se machuque nas pedras) lanternas com pilhas extra, remédios para tudo que você já costuma sentir e se tiver alergia a picadas de mosquito um bom anti-alérgico. Se não aguenta ficar muito tempo sem telefone, compre um chip da Vivo para usar em Mateiros.

 

E você já foi ao Jalapão? Tem alguma sugestão ou dúvida?

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