Dica de bate-volta de Frankfurt (Alemanha) : Heidelberg

A minha viagem para a Alemanha foi recheada de dicas da minha amiga Bia, que já mencionei por aqui. Mas Heidelberg foi indicada com tanto entusiasmo também pela Ana Marta, minha colega de trabalho, e viajante como eu, que mexi no roteiro pra incluir esse bate-e-volta, saindo de Frankfurt, meu ponto de chegada.
Heidelberg é uma cidade situada no vale do Rio Neckar, no noroeste do Estado de Baden-Württemberg. Fica a uma hora de trem de Frankfurt. O trem sai da estação principal, Frankfurt Hbf, e a passagem, ida e volta, em tarifa de segunda classe, sai em torno de 38 euros.

Ao sair da estação, Heidelberg Hbf, fui direto para o Centro de Informações Turísticas, que fica colado nela, e comprei logo a entrada do Castelo de Heidelberg e do funiculaire que leva até ele. Também adquiri passagens de ônibus, que devem ser validadas assim que entramos no veículo. A parada de ônibus que parte para o centro antigo, ou Alstadt, fica atrás do centro de informações.
Para quem preferir ir direto para o castelo, o ônibus 33, que sai da mesma parada de ônibus que mencionei, leva até a parada Bergbahn, que fica em frente a estação de funicular Talstation Kornmakt, na rua Zwingerstraße, 21.

Eu, no entanto, fiz diferente. De acordo com o roteiro que preparei, optei por pegar o ônibus 32 e descer na parada Universitätplatz, onde você pode ter contato com a Universidade mais antiga da Alemanha.
Depois de uns bordejos pelas ruas, passando pela Biblioteca, pelo Hotel Ritter, e pela Marktplatz, onde fica a Prefeitura (Rathaus) e a Igreja do Espírito Santo (Heiliggeistkirche), me dirigi à estação do bondinho que leva ao Castelo de Heidelberg (www.schloss-heidelberg.de).
Dica quente: chegue cedo a Heidelberg, se quiser passear com tranquilidade pelas ruas e admirar a beleza da cidade, e siga para o Castelo também logo cedo. Ele enche, e a cidade lota, depois de um certo horário. Quando estava saindo dele, chegava uma multidão... rs.
Os dois pontos que me chamaram a atenção foram o Deutsches Apotheke Museum, ou Museu Alemão da Farmácia (www.deutsches-apotheken-museum.de), que, de forma resumida, mostra o desenvolvimento da ciência e da indústria farmacêutica, de Hipócrates à Merck, de Paracelso e Avicena à Bayer, e o Big Barrel, um tonel gigante de vinho. Reza a lenda que o guardião do tonel, Perkeo, só bebia vinho e morreu no dia em que bebeu um copo de água...
O Castelo de Heidelberg funciona diariamente de 08:00h às 18:00h, e a entrada custa 7 euros. Quem quiser utilizar o audioguia, ou fazer um tour guiado, pagará uma taxa de 5 euros. O Deutsches Apotheke Museum abre às 10:00, e também funciona diariamente, até as 18:00.

Ao sair do funicular, voltei para a Marktplatz, e passei pelo portão da cidade, o Bruckentor, para seguir a Alte Brucke e atravessar o Rio Neckar, não sem antes parar para a famosa sessão de fotos com a escultura do macaquinho, o Brückenaffe, e para segurar o espelho que ele tem nas mãos. Dizem que traz riqueza. Na dúvida, segurei, vai que...


Ultrapassada a ponte, começou a parte radical do passeio. Subir o Philosophenweg, ou Caminho dos Filósofos. Para chegar, basta subir a trilha de pedras que começa logo depois da Alte Brucke. Uma pirambeira de respeito, mas vale a pena. Quase não se vê gente no caminho. A vista da cidade é linda e o caminho tranquilo, silencioso, e com um pequeno jardim de rosas lindíssimo. Ao descer, segui pela ponte Theodor Heuss, passei pela Bismarckplatz. Nela se situa uma rua de pedestres, a Hauptstraβe, cheia de lugares para almoçar. Mas optei pela Marktplatz.
Ao fim do passeio, peguei um ônibus (que pode ser o 32 ou o 33), na Bismarckplatz, para retornar à estação principal de trem.
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Dica de bate-volta de Berlim: Leipzig

Quando viajo, sempre procuro ver o que há ao redor da cidade que escolhi como base. Gosto bastante dos famosos “bate-e-volta”, pois te permitem conhecer lugares maravilhosos em apenas um dia, sem o perrengue de ficar se deslocando, arrastando mala e pulando de hotel em hotel como nômade.
Mas bate-e-volta requer planejamento, até porque, em geral, dispomos de pouco tempo para o passeio, e é necessária a otimização do tempo. Dica preciosa: bate-e-volta no qual o tempo gasto para chegar ao destino, ou voltar dele, é maior que duas horas, já não vale a pena.
Em Berlim, escolhi Leipzig. Também visitei Dresden, mas essa não foi propriamente um bate-e-volta. Foi uma parada estratégica na viagem de trem entre Berlim e Praga. Num outro post explico como foi.
Leipzig, ou Lipsia, é uma cidade lindíssima, situada no Estado da Saxônia, a uma hora e meia de trem de Berlim, se o trem da Deutsche Bahn colaborar, não atrasando ou parando no meio do caminho. O trem sai da estação principal, Berlin Hauptbanhof, e a passagem, ida e volta, em tarifa de segunda classe sai em torno de 38 euros. Não acho que valha a pena gastar com primeira classe num trajeto tão curto, o trem é bastante confortável.
A parte interessante da cidade é percorrida com facilidade, pois é tudo incrivelmente perto, e, em princípio, pode-se fazer tudo a pé. Comecei pela Augustusplatz, para admirar o prédio da Ópera e a Gewandhaus Orchester.

Seguindo o fluxo, passei pela Nova Prefeitura (Neues Rathaus), e cheguei num dos pontos top da cidade: a Thomaskirche, cujo comando do "Departamento Musical", incluído o treinamento dos meninos do coral (Thomanerchor), foi, durante um certo tempo, ninguém menos que Johann Sebastian Bach. Ele teve direito a Memorial ao lado da igreja, bem como a um museu do lado oposto, que eu também visitei, a Bach Haus, mas a galera achou pouco e trasladou os restos mortais dele para o altar da igreja. Amo Bach, e fiquei emocionada ao entrar ali. O órgão da igreja tem um som maravilhoso, nem dá vontade de ir embora. Infelizmente no dia em que estive lá os meninos do Thomanerchor não se apresentaram, havia uma outra programação. Motivo pra voltar... rs

Leipzig é local importante na vida de outros famosos, notadamente o próprio Bach, Mendelssohn, Wagner e Goethe, cada um com seu Memorial. Na Madler Passage há, inclusive, duas esculturas com imagens do Fausto de Goethe.
No subsolo da Madler Passage há um restaurante lindíssimo, o Auerbachs Keller, que é famoso justamente por ser descrito, no Fausto Tomo I, como o primeiro lugar onde Mephisto leva Fausto. Só não almocei lá porque o lugar pode ser lindo, mas além de o cardápio ser todo em alemão (como saber o que se vai comer?), o atendimento é um horror. Tirei fotos (eles permitem sem problemas, mesmo que você não almoce lá, pois entendem que o lugar é atrativo), e fui comer em outro lugar.

Após o almoço fui ao Markt, sem deixar de notar o Goethe Memorial, situado em frente à Alte Handelsbörse, o prédio antigo da Bolsa de Valores.


Lá fica outro ponto importante: a Prefeitura Antiga (Altes Rathaus). Vale a pena entrar. Os salões são lindos e a exposição permanente é maravilhosa, dá um bom panorama sobre a história da cidade. Por fim, fui até a Nikolaikirche, mas me limitei a tirar fotos por fora. A entrada tinha sido proibida, pois havia um concerto somente para convidados naquele momento.
Ao pesquisar sobre a cidade, encontrei indicações sobre o Monumento à Batalha das Nações, mas como ficava muito longe do centro, e eu só dispunha de um dia, não quis arriscar.
Voltei tranquilamente para a estação, muito bonita e com um shopping bem bacaninha, para encarar um atraso de mais de uma hora no trem de volta para Berlim. Coisas da DB!

Seguem algumas informações práticas:
Bach Haus
Endereço: Thomaskirchhof 15-16
http://www.bachmuseumleipzig.de/
Horário: Terça a Domingo de 10:00 às 18:00 h
Entrada: 8 €
Thomaskirche
Endereço: Thomaskirchhof 18
Horário: Diariamente de 09:00 às 18:00 h
Thomanerchor - Sábados às 15:00 horas (normalmente com apresentação de uma cantata de Johann Sebastian Bach, com duração de aproximadamente 75 minutos).
Entrada: 2 €
Nikolaikirche
Endereço: Nikolaikirchhof, 3
http://www.nikolaikirche-leipzig.de/
Horário: Segunda a Sábado de 10: 00 às 18:00
Altes Rathaus
Endereço: Markt
http://www.stadtgeschichtliches-museum-leipzig.de/
Horário: Terça a Domingo de 10:00 às 18:00 h
Entrada: 6 €
Monumento à Batalha das Nações (Völkerschlachtdenkmal)
Endereço: Straße des 18. Oktober, 100
http://www.stadtgeschichtliches-museum-leipzig.de/
Horário: Diariamente de 10:00 às 18:00 h
Entrada: 8 €
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Dicas para conhecer Berlim

Capital da Alemanha e um dos dezesseis estados alemães, em Berlim cada passo dado é uma aula de história. Cidade grande e movimentada, tem como peculiaridades guardar em si os traços de um passado complicado, e não fazer questão de escondê-los, o que me impressionou bastante. É a vitrine de duas guerras mundiais perdidas, conserva os restos de um Muro que durante longos anos simbolizou opressão e violação às liberdades individuais, um Parlamento de paredes marcadas pela ocupação soviética, e um campo de concentração que relembra as atrocidades do Holocausto. Tudo isso ostensivamente apresentado a quem quiser conhecer melhor, e se lembrar de tudo que jamais deve se repetir. Berlim é uma lição de vida, de demonstração de força, de superação e de capacidade de recomeço de um povo que durante muito tempo não teve do que se orgulhar. Mas também é uma cidade lindíssima, e cheia de lugares igualmente belos para se visitar. Para quem, como eu, se envolve de corpo e alma com a atmosfera do lugar, posso adiantar que não vai sair de lá do mesmo jeito que chegou.

Clima
Cheguei a Berlim em 09/09/16, ou seja, quase fim de verão na Europa. Fui brindada com um calor digno de verão carioca, então esqueçam a lenda de que na Alemanha só faz frio. O verão é quente. O sol ardia, e fui obrigada a incrementar o guarda roupa de verão fazendo umas comprinhas na Primark da Alexanderplatz. Assim sendo, para quem visita a cidade no verão, é imprescindível abastecer a mala com roupas leves (embora, em se tratando de Europa, não se possa abandonar um casaquinho e uma calça, para eventualidades).
Como Chegar
Partindo do Brasil, chega-se a Berlim via Aeroporto Tegel, hub de transferência da Lufthansa. No entanto, eu cheguei a Berlim de trem, vindo de Colônia. Comprei a passagem, ainda aqui no Brasil, com antecedência, porque sempre há uns preços bons, no site da Deutsche Bahn (www.bahn.de), a companhia de trens alemã. Apesar de a DB ser de competência duvidosa (encarei um atraso de duas horas ao voltar de Leipzig para Berlim, e fui largada, junto com todos os passageiros, no meio da linha de trem com mala e tudo no caminho para Dresden, sem qualquer explicação), trem ainda é a melhor e mais prática maneira de se deslocar, não só pela Alemanha, mas pela Europa como um todo.
Desembarquei na estação principal da cidade, Berlin Hauptbanhof, e dali peguei com incrível facilidade o U-Bahn para a Alexanderplatz, onde iria me hospedar. É tranquilo circular com malas, a estação é toda equipada com escadas rolantes e elevadores.
A propósito, uma dúvida rotineira, principalmente entre as pessoas que transitavam por Berlin Hauptbanhof, era: o que é Berlin Hbf Tief, escrito no meu bilhete? É outra estação? Não! Tief, pessoal, nada mais é do que o subsolo da Berlin Hbf, ou seja, as plataformas que ficam nele.
Hotel e Alimentação

Após exaustivas pesquisas no universo da internet, cheguei à conclusão de que o melhor local para hospedagem, para quem chega de trem e vai se deslocar pela cidade toda de transporte público, principalmente U-Bahn e S-Bahn, como eu pretendia fazer, era a Alexanderplatz. Há vários hotéis na região, e escolhi o Ibis Styles Berlin Alexanderplatz, situado na Bernhard Weiss Strasse, 8. Preço bom, café da manhã excelente, incluído na tarifa, e atendimento padrão Ibis, ideal para quem dispensa surpresas.
Ao sair da estação de metrô, fiquei meio perdida, pois demorei a achar essa rua. Um alemão gentil me ajudou e, depois de me ambientar, vi que era facílimo chegar. Então, fica a dica: caso se hospedem nele e não queiram ficar meio desorientados (o Google Maps não ajuda, até o alemão ficou confuso), fiquem de costas para a Alexanderplatz. Localizem o prédio do Berliner Zeitung, que estará à frente. Feito isso, e usando a rua onde ele fica como referência visual, é só entrar na próxima rua que visualizarem à direita.
Se hospedar na Alexanderplatz tem como consequência direta estar num lugar onde há várias opções de restaurantes, seja ali mesmo ou esticando um pouquinho as pernas e indo até o Nikolaiviertel, onde há restaurantes lindíssimos e aconchegantes. Os preços variam mas, em geral, a comida não é cara, e é boa, e pude saborear os famosos bifes de porco empanados com batatas por preços justos, assim como o Apfelschorle, bebida feita de suco de maçã e água mineral com gás, que virou meu vício na terra da salsicha.
Transporte
Berlim nos oferece uma opção de transporte magnífica, composta de várias linhas de U-Bahn e de S-Bahn, e confesso que, dada a facilidade de utilização, e o fato de que esse transporte atendia a todos os roteiros que preparei, me utilizei praticamente a viagem toda dela. Só andei de ônibus uma vez, em Potsdam. A diferença entre U-Bahn e S-Bahn se restringe à abrangência. As primeiras linhas servem a região metropolitana. As outras, aos locais mais afastados.
Nas estações, tanto de U-Bahn como de S-Bahn, há máquinas de venda de tickets, facílimas de se utilizar, mesmo para quem não sabe nada de alemão, pois elas “falam”, pelo menos, inglês e espanhol...E dão troco!!!
Eu utilizei mais de um tipo de ticket. Para seguir da Berlin Hauptbanhof para a Alexanderplatz, me bastou um Bilhete para Trajeto Curto (Kurzstrecke), utilizado em uma viagem de até no máximo 3 estações ou até 6 paradas de ônibus ou bonde.
Para as andanças que durariam um dia inteiro, utilizei dois tipos de Bilhete Diário (Tageskarte). Podia viajar quantas vezes quisesse, em qualquer direção e com qualquer tipo de transporte, a partir do momento da validação até as 3 horas da manhã do dia seguinte. Usei os tipos AB e ABC. O primeiro serve para a maioria das atrações turísticas de Berlim, mas se o roteiro inclui Spandau ou Potsdam, por exemplo, é necessário um Tageskarte ABC. O mapa padrão do metrô de Berlim aponta as zonas A, B e C.
Mencionei validação, certo? Pois é, é providência fundamental! Ao lado das máquinas de venda, há as de validação. É só enfiar o bilhetinho ali que a maquininha carimba. A fiscalização nos transportes é rigorosa, e feita de surpresa. Quem estiver sem bilhete ou não o tiver validado, é convidado gentilmente a se retirar.
Pontos Turísticos
Se eu fosse falar em detalhes de cada lugar incrível que visitei em Berlim, esse artigo ficaria imenso, razão pela qual somente irei mencioná-los aqui, reservando outras publicações para alguns deles, com dicas para o planejamento da visita.

Museus: A Museumsinsel (Ilha dos Museus) reúne cinco museus muito bacanas. Infelizmente, em razão do fator tempo disponível, tive que escolher apenas um para visitar, e fiquei com o Pergamon (http://www.smb.museum/en/museums-institutions/pergamonmuseum/home.html).

Além dele, encontramos na ilha o Altes Museum, o Neues Museum, o Bode Museum e a Alte Nationalgalerie, motivos que acho mais do que suficientes para se voltar a Berlim.
Eu achei bastante interessante, ainda, o Museu Histórico Alemão (https://www.dhm.de/en.html). Ele conta a história da Alemanha desde os primórdios aos dias atuais.
A exposição a céu aberto Topographie des Terrors (http://www.topographie.de/) impressiona ao contar, em estandes cronologicamente dispostos, os horrores da época do Nazismo, desde sua ascensão, e a atuação da Gestapo, a temida polícia secreta de Hitler.
Também visitei o Berlin Wall Memorial, e o Memorial do Campo de Concentração de Sachsenhausen, mas estes merecem postagens à parte.

Igrejas: A Nikolaikirche, situada no coração do Nikolaiviertel, é lindíssima, e é a igreja mais antiga de Berlim. Não é coincidência, pois, que exatamente em frente a ela encontremos o Marco Zero de Berlim, assim como a Wappenbrunnen, que possui em seu interior uma coluna com a estátua de um urso, animal símbolo da cidade.

A Kaiser Wilhelm-Gedächtnis-Kirche, bastante danificada por bombardeios, impressiona, pois seu interior não foi restaurado. Próxima a ela foi construída uma nova. Cá entre nós, achei bastante feia essa igreja nova, preferi a outra, muito bonita mesmo quebrada.

Também merece destaque a Marienkirche, situada nos arredores da Alexanderplatz. Mas por menos tempo que se possa ter para visitar Berlim, o que não se pode perder é uma visita à Berliner Dom, ou Catedral de Berlim, situada em um pequeno, mas lindíssimo parque, o Lustgarten. Meu queixo caiu ao entrar nela.
Prédios Históricos: Reichstag (falarei sobre a visita em um post à parte), Rotes Rathaus (Prefeitura Vermelha), Humboldt Universität, Schloss Bellevue (residência oficial do Chanceler alemão), Staatsoper Unter Den Linden.

Parques: Lustgarten, Potsdam, Charlottenburg. O Lustgarten é um pequeno parque bem no centro de Berlim, lindíssimo, ótimo para se esticar e descansar num fim de tarde. Potsdam e Charlottenburg são mais afastados do centro, mas possuem linhas de U-Bahn e S-Bahn que facilmente nos levam até lá. São passeios que podem durar um dia todo, e recomendo para quem tem tempo disponível, pois além de um passeio belíssimo pelos parques, que são enormes, há palácios lindíssimos a serem visitados, como o Schloss Charlottenburg, e o Sanssouci e o Neues Palais, estes situados em Potsdam.
Monumentos: Sowjetisches Ehrenmal (Memorial de Guerra Soviético), Siegessaule (Coluna da Vitória), Neue Wache (a Casa da Guarda, que se transformou no Memorial para as Vítimas da Guerra e da Tirania), Fernsehturm (não é exatamente um monumento, é uma torre de TV, mas é um símbolo em Berlim, e acesa à noite, fica bem bonita), Checkpoint Charlie, Brandemburger Tor.


Passeios fora da Cidade: Vale a pena visitar Leipzig. Fiz essa visita aconselhada pela Bia, uma amiga que mora há dez anos na Alemanha e me deu dicas ótimas. É um bate e volta imperdível, a menos de uma hora e meia de trem, partindo de Berlim. Leipzig é local importante na vida de vários alemães famosos, que ali nasceram ou viveram, como Bach, Mendelssohn, Wagner e Goethe.
O outro conselho da Bia foi uma visita a Dresden. E aí segue uma dica bacana, para quem gosta de otimizar o roteiro, como eu: Se você vai de Berlim a Praga, pode comprar o bilhete com uma “janela” de quantas horas definir, o que permite uma parada, exatamente no meio do caminho, em Dresden, sem que se desembolse um centavo a mais de passagem para isso. Dresden é lindíssima, e vale a parada.
Compras:
Berlim não é, propriamente, um lugar atrativo para compras. Mas para quem não pode sair sem uma comprinha básica, posso indicar a Primark (tem umas pechinchas ótimas), o shopping Alexa, e a Galeria Kaufhof (essa é para quem procura as marcas um pouco mais sofisticadas). Isso tudo fica na Alexanderplatz, também equipada com vários outros tipos de lojas e farmácias.
Como a Avenida Unter den Linden é passagem obrigatória para quem visita os pontos turísticos principais de Berlim (a Catedral de Berlim fica numa ponta e a Porta de Brandemburgo na outra), é impossível não perceber a Nivea Haus, no número 28, templo dos produtos Nivea. Os preços não são propriamente uma pechincha, mas valem pela qualidade dos produtos. E, por fim, para quem ama mesmo compras, a Kurfurstendamm, ou Ku’Damm, é passagem obrigatória, sendo o ponto alto do trajeto a Kaufhaus des Westens (KaDeWe), uma loja de departamentos enorme, voltada para marcas de luxo, tais como Chanel, Dior, Gucci, Chanel, Louis Vuitton, por exemplo.
Em breve mais posts com detalhes de Berlim!
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Dica de Hotel em Praga : Grandior Hotel Prague
Esse é o primeiro post da minha amiga Bianca Fernandes, já conhecida aqui no blog, como colunista. Ela costuma viajar sozinha e pesquisa muito antes de viajar, assim como eu. E por isso fiz esse convite para que ela seja nossa colunista, isto é, ter um cantinho dela para que ela possa sempre dar suas dicas maravilhosas! Obrigada mais uma vez Bianca!

Gosto sempre de lembrar às pessoas que escolha de hotel é muito pessoal, e influenciada por vários fatores, principalmente o fator dinheiro disponível para gastar em hospedagem. Tenho esse problema e passo muito tempo pesquisando hotel. Mas não abro mão, por exemplo, de conjugar um preço justo a uma boa localização, embora saiba que a combinação de ambos acaba saindo um pouco mais cara. No entanto, acho meio improdutivo reservar um hotel longe de tudo só porque é mais barato alguns euros, ou dólares. A despesa do deslocamento, o tempo gasto e, por vezes, o estresse, não compensam.

Tendo isso em mente, lá estava eu precisando de um hotel em Praga, República Tcheca. Me deparei com uma tarifa muito simpática, com café da manhã incluído, de um hotel chamado Design Hotel Elephant Prague, considerado quatro estrelas e com umas avaliações bem boas. A localização também era muito interessante, e reservei bastante animada. Depois descobri que em maio de 2016 o hotel foi anexado ao Grandior Hotel Prague, deixando de existir como unidade autônoma, e fui informada que nada mudaria na minha reserva, ou na hospedagem.
Cheguei em Praga à noite, e ao entrar no lobby do hotel, quase caí para trás. Um hall lindíssimo, uma recepção mais linda ainda, parecia um hotel cinco estrelas. Funcionários gentis e atenciosos (como é corriqueiro em Praga). Foi um deles quem me auxiliou a resolver um problema sério de vôo cancelado, localizando o escritório da Alitalia em Praga, e me ensinando a chegar lá.

As surpresas continuaram acontecendo. Quarto lindo, confortável, com frigobar, banheiro com banheira e chuveiro, impecável, todo novinho, com amenidades da L’Occitane de Provence à vontade.

No dia seguinte, ao chegar ao restaurante para o café, me vi em um amplo salão, moderno e bem decorado, com uma variedade enorme de coisas para comer. Tinha até banana. Há uma ilha com funcionários que preparam na hora omeletes, waffles e afins. Mas a cereja do bolo era o pianista. Sim, todos os dias tomei café da manhã com música ao vivo!
O Grandior Hotel Prague fica em Na Porici, número 42, em plena Staré Mesto, ou Cidade Velha, o centro histórico de Praga. A estação de metrô mais próxima é a Náměstí Republiky. Fica pertíssimo da Praça da Cidade Velha, um dos pontos altos do turismo da cidade, por causa do relógio astronômico. A uma curta caminhada, em linha reta, também se chega ao Palladium, um shopping center muito bonito, com muitas lojas boas, e uma praça de alimentação bastante convidativa. Em torno há ainda, farmácias, lojas e vários restaurantes, e achei bem seguro andar por ali à noite, o que faz o hotel ser uma excelente opção. Recomendo!
End: Na Porici 42, 110 00 Prague
Tel.: +420 226 295 111,
Site: http://www.hotel-grandior.cz/
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*foto do site do hotel, mas foi exatamente esse quarto que fiquei
Roteiro de 3 dias em Londres
Eu sempre falo que é muito complicado montar um roteiro de 3 dias de qualquer lugar. Isso porque 3 dias é muito pouco pra conhecer qualquer cidade (imagina Londres!) mas é muito comum, principalmente na Europa, que as passagens pelas cidades sejam rápidas, espremidas em roteiros com várias delas. Também é super comum, e já aconteceu comigo, de estar indo para algum destino e comprar passagem fazendo uma parada em outro e aproveitar e tentar conhecer alguma em pouquíssimo tempo. Por isso que não só acho que esses roteiros de 3 dias são úteis como acho que são os mais difíceis de montar. Por isso lancei o desafio para minha amiga querida Bianca Fernandes, que é apaixonada por Londres, de montar um roteiro de 3 dias na cidade. E ela não só fez como eu curti muito o resultado!
Por Bianca Fernandes
Roteiro de 3 dias em Londres

Três dias, uma semana, um mês, um ano, sempre serão pouco tempo em uma cidade como Londres. Mas não é por causa disso que não vamos aproveitar pelo menos um pouquinho, não é? Como o tempo é escasso, deve-se ter em mente que não dá para encaixar um monte de museus no roteiro. Os museus de Londres são enormes e simplesmente apaixonantes, ou seja, o risco de entrar em um e só sair quando fechar é grande (fui praticamente expulsa do Imperial War Museum...). É uma questão de gosto pessoal, mas acho que os correlatos de Nova York não chegam nem aos pés dos museus londrinos.
Pode ser interessante investir naqueles ônibus vermelhinhos de hop-on-hop-off. São bons para uma vista panorâmica da cidade e possuem paradas estratégicas, e a pessoa decide em qual vai ficar. Depois, é só embarcar de novo no próximo ônibus.
Mas para quem gosta de curtir bem o principal da cidade, apesar do pouco tempo, segue a proposta. Elaborei o roteiro partindo da ideia de que os três dias são cheios, ou seja, a pessoa vai acordar e dormir em Londres. Se o primeiro dia for o da chegada e o terceiro o da partida, será necessária uma redução de atividades de acordo com os horários de aviões e trens. Ah, caso achem cansativo qualquer deles, sempre há uma estação de metrô no caminho para encurtar trajetos. É só verificar que estação fica perto do lugar ao qual se quer chegar. Confesso que nunca andei de ônibus em Londres, não gosto de ficar parada em trânsito em viagem, mas com certeza também é um meio de transporte bem eficiente.
Dia 1:
Como não poderia deixar de ser, escolhi o Big Ben (Metrô Westminster) para iniciar o passeio. Ele se situa na Torre do Palácio de Westminster, à sua esquerda, parada para as fotos clássicas. Ao lado direito, situa-se a Parliament Square, que você pode atravessar, passando pela St. Margaret Church, para chegar à Abadia de Westminster. Local da coroação dos reis, dos casamentos, e última morada de Isaac Newton, Charles Darwin, Lord Byron, Elizabeth I e sua irmã Mary... Há quem ache a visita dispensável, e o ingresso é bem caro, mas é bacana para quem gosta de História. Não é uma visita longa, mas como ela abre às 09:30 h, talvez não dê tempo de assistir a Troca de Guarda do Palácio de Buckingham.
Retornando à estação Westminster, pegar a Avenida Whitehall, onde se situam vários prédios do governo, sendo o número 10 de Downing Street o que mais chama a atenção. É a residência do David Cameron, Primeiro Ministro Britânico. A rua é inacessível ao público e não adianta ficar no portão para dar tchauzinho. Ele não vai aparecer , nunca entendi aquele povo que se aglomera ali ... Ainda na Avenida Whitehall, está localizado o Horse Guards Parade, local onde há a troca de guarda da Cavalaria. No meio da rua também há um monumento em homenagem aos mortos nas guerras (Cenotaph).
No final da Avenida Whitehall, vire à esquerda, atravesse o Admiralty Arch. Em frente, se situa uma praça enorme, a Trafalgar Square (Metrô Charing Cross). Nela está situada a Coluna de Nelson, monumento em homenagem ao Almirante Horatio Nelson, grande herói da Batalha Naval de Trafalgar. No mesmo local também se localizam a National Gallery e a National Portrait Gallery.
Depois, entre no Mall. Nesse ponto, basta seguir reto até chegar ao Palácio de Buckingham (Metrô Green Park). Se você conseguiu chegar entre 10:00 e 10:30h, verá uma multidão ao redor. Estão aguardando a Troca de Guarda, que acontece impreterivelmente às 11:30h, diariamente no verão e em dias alternados no inverno (confirmar datas em http://www.army.mod.uk/events/ceremonial)
Alguns consideram programa de índio? Sim. Tem um bando de gente? Sim. Mas se você não viu a Troca da Guarda vai ficar faltando algo... Londres sem ela não tem graça. Dica: não fique na calçada em frente. Fique na calçada do Palácio, e, se conseguir, perto das grades, porque a Troca propriamente dita acontece lá dentro. Na rua, acontece o desfile, que é igualmente imperdível.
Após o espetáculo, acho válido seguir até o Covent Garden (Metrô Covent Garden) É uma região com opções de restaurantes, e onde fica o Museu do Transporte de Londres, interessantíssimo, principalmente para quem viaja com crianças. Após, até mesmo para fazer a digestão, aconselho uma voltinha pelo Victoria Embankment Gardens (Metrô Embankment), um parque muito bonito às margens do Tâmisa, onde se situa o Cleopatra’s Needle (um obelisco com o qual o governo egípcio presenteou o britânico), atravessar a Waterloo Bridge e seguir até a London Eye (Metrô Waterloo), a roda gigante que permite uma vista magnífica da cidade.
Por fim, e para quem gosta, sugiro um passeio pela região dos teatros, e, como programa noturno, uma peça de teatro entre as várias opções em cartaz, e que nada deixam a desejar em relação às peças da Broadway. A peça mais antiga em cartaz no mundo é assistida em Londres: A Ratoeira, de Agatha Christie, no Teatro St. Martin. A melhor estação de metrô para chegar a esta região é a de Leicester Square. A rua principal da região é a Shaftesbury Avenue, mas há teatros espalhados para todo lado. Ah, ali perto também fica a loja da M&M’s, para quem curte. Dica: em Londres é normal todo mundo ir ao teatro de metrô. É super seguro, eu mesma assisti sozinha à Ratoeira e voltei de metrô para o hotel às 23:00h, sem qualquer problema.

Dia 2:
No segundo dia, é legal começar por uma visita ao Museu de Cera de Madame Tussaud (Metrô Baker Street). As filas são homéricas, dobram quarteirão e, para evitá-las, os ingressos podem ser adquiridos pela internet com horário marcado, em www.madametussauds.co.uk. Não dá pra ficar em fila com tão pouco tempo na cidade, certo? No site eles ainda têm umas ofertas legais para tickets combinados.
Vocês podem perguntar: logo de manhã??? Sim, por um motivo simples. Pela minha experiência, a melhor coisa é começar o dia com a atração que tem horário marcado. Evita sair correndo pela cidade deixando um passeio bom pela metade porque tem hora marcada.
Depois de uma sessão exaustiva de fotos com todos os astros e estrelas que puderem imaginar, é só seguir pela Marylebone Road até encontrar a estátua de Sherlock Holmes. Ao virar à primeira à direita, chega-se à Baker Street. Para quem é fã do detetive inglês, poderá usar meia horinha do seu tempo e visitar o Sherlock Holmes Museum, no 221-B, reprodução perfeita do que seria a casa do detetive, com uma lojinha de souvenires bem legal.
Já para quem é mais fá de Beatles do que de Sherlock Holmes, a alternativa é seguir adiante na Marylebone e seguir a Lisson Grove, até chegar ao Abbey Road Studios e, quase em frente, à famosa travessia do disco Abbey Road (Metrô St. John’s Wood). Impossível resistir a uma fotinho atravessando a rua (os motoristas já sabem do costume e param pras pessoas tirarem fotos).
À tarde, sugiro uma visita a um dos dois maiores museus da cidade: o Museu de História Natural (Metrô South Kensington). Caso a viagem envolva crianças, pode ser bacana dividir a visita entre ele e o Science Museum, que fica ao lado, e é muito divertido para os pequenos. Mas já aviso: impossível esgotar a visita ao museu todo em uma tarde, levei um dia inteiro com pausa para almoço. Ao final, é uma boa passear sem pressa e descansar nos gramados dos Kensington Gardens.
Dia 3:

Em muitos pontos da cidade, é possível olhar para o cenário e ver uma enorme e bela cúpula. Trata-se da Catedral de St. Paul (Estações St. Paul's, Mansion House e Cannon Street), mais famosa por ter sediado o casamento de Charles e Diana do que por seu conteúdo, que, posso garantir, é lindíssimo. Segue, no entanto, o mesmo conselho que dei quanto à Abadia de Westminster. Muita gente acha a entrada cara e que, por isso, não vale a pena, mas do ponto de vista histórico, é igualmente imperdível. A cidade vista da cúpula é deslumbrante, mas, segue a advertência: se você, como eu, tem pavor de altura, NÃO SUBA. É um lugar estreito e o parapeito é meio baixo, me senti muito mal ali.
As duas últimas sugestões para o terceiro dia podem ser seguidas se você não quiser visitar a Catedral de St. Paul. Caso faça a visita, escolha um dos dois lugares para fechar o mini passeio em Londres com chave de ouro:
A Torre de Londres (Metrô Tower Hill), ao contrário do que muitos pensam, não é aquela torrezinha em cima de uma ponte no Rio Tâmisa. Aquela é a Torre da Ponte da Torre (isso mesmo...). A Torre de Londres é uma fortificação antiquíssima e que, durante séculos, serviu de prisão, e foi o lugar da decapitação de Ana Bolena, uma das esposas de Henrique VIII. Possui histórias interessantíssimas, incluída a dos dois principezinhos herdeiros do trono que foram presos ali e posteriormente executados a mando de Ricardo III, que nunca foi confirmada. Na Torre também ficam guardadas as jóias da Coroa Britânica, que ficam em exposição ao público. Lindíssimas! Sempre há exposições temporárias, no dia em que fui estava exposta a coleção de armaduras de Henrique VIII. Os animaizinhos de estimação da Torre, uns corvos fofos, também ficam em gaiolas por ali. Surigo comprar os ingressos online, pois as filas costumam ser imensas. O site é www.hrp.org.uk.

Na minha humilde opinião, a cereja do bolo é o Museu Britânico (Metrô Holborn). A visão externa do prédio já é um espetáculo à parte, parecendo um imenso templo grego no meio do fervo londrino. A entrada é gratuita e o acervo é incrível. Para quem não tem muito tempo, sugiro ir direto desbravar a ala de artefatos egípcios. É enorme, deslumbrante, múmias para todo lado.. Mas igualmente imperdível é a ala da civilização assíria, com o bônus de se ter o Mausoléu de Halicarnasso todinho para ser admirado em uma sala...
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