Vôo GOL para Miami e Orlando

Atualização do post em março de 2016: A GOL parou de operar com os destinos Orlando e Miami em fevereiro de 2016
Como a GOL parou de operar, vou deixar o post apenas como registro da experiência.
Ainda não tinha me atrevido a ir para o Brasil de GOL. Apesar de curtir a companhia aérea, eu não tinha muita simpatia em um vôo com conexão em Santo Domingo, na República Dominicana. Mas, em abril, quando fui cotar preço de passagem para as férias de julho, a passagem pela GOL saía mais barata. Como tenho programa de milhagem da empresa e meninas já estão um pouco maiores, resolvi arriscar.
Bem.. pra começar achei que o horário de saída dele de Miami era muito cedo: 17:30h. E o pior.. o horário de chegada no Rio às 5:00h. Enfim, tive que acordar a família cedo pois todos queriam buscar no aeroporto.
O check in em Miami foi super tranquilo, e apesar de saber que íamos em um Boing 737, mesmo avião que faz a ponte aérea Rio-São Paulo, eu esperava que alguma "adaptação" tivesse sido feita nessas aeronaves, e pra minha surpresa, nada foi feito. E quando digo nada foi feito, estou falando que não tem nenhum entretenimento à bordo, nenhum mesmo, nem uma musiquinha. Olha, se já é duro 8, 10 horas em um avião, imagina isso sem nada pra distrair? Me joguei no Candy Crush Saga, mas claro que uma hora acabaram as vidas e fiquei olhando para o teto. Sorte que meninas levaram jogos eletrônicos e o notebook delas. Se eu não tivesse levado elas teriam pirado, e eu junto!

Como o vôo para Santo Domingo é rápido, cerca de 2 horas, eles oferecem um lanche, o que a essa altura já achei positivo, esperava apenas uma barrinha de cereal. E acaba também ajudando a passar o tempo. Ao chegar em Santo Domingo, temos todos que sair do avião, e eles dão um papel para entregarmos de novo no check in junto com o pedacinho do cartão de embarque, que por sorte eu guardei . E é sair mesmo, pegar fila, passar malas de mão no raio x, e subir para um novo embarque. O lado positivo é que pude levar meninas ao banheiro, que é bem melhor do que o do avião. E pasmem.. nem um wi-fi para distrair nessa meia hora do lado de fora do avião.

É nessa hora também que a GOL organiza os seus vôos: os vôos de Miami e Orlando chegam lá, e o que saiu de Miami vai para o Rio de Janeiro e o que saiu de Orlando para São Paulo. Se você for de Miami para São Paulo, vai fazer esse trecho no avião que saiu de Orlando. Como todo mundo sai do avião, isso acaba não fazendo a menor diferença.
De volta ao avião, começa a longa viagem de 8 horas sem nada pra fazer, a não ser dormir. Nem caminhar no corredor dá.. afinal o 737 é apertadinho e fica bem difícil.
Nesse trecho eles oferecem um jantar, se eu não me engano duas opções. E quando estamos chegando no Brasil, tem ainda o café da manhã.

Não vou narrar toda a volta, Rio-Miami, pois funciona do mesmo jeito. O horário do vôo é BEM melhor, saindo do Rio 01:20h e chegando em Miami às 11:00h, com a parada em Santo Domingo por volta das 8:00h. Só que por ser tarde, parece que a GOL deixa pouquíssimos funcionários no check in, e demorei horrores na fila, inclusive achei que iam atrasar o vôo por conta disso, mas pelo menos isso não aconteceu.
Conclusão

O problema não é ter uma parada em Santo Domingo, como eu achava. O problema maior é ser em um avião pequeno e sem nenhum entretenimento de bordo. Claro que descer em Santo Domingo, enfrentar fila e novo check in, é cansativo, mas pelo menos a gente pode dar uma esticada nas pernas, já que o avião não ajuda. Não é o tipo de vôo que recomendo para família com crianças, esse entre e sai de avião com crianças não é prático. E se ainda fosse bem mais barato dos que os vôos das outras companhias, poderia até ser uma opção. Mas com o preço que eles estão vendendo, sem conforto nenhum, não dá.
Conhecendo a nova classe executiva da Air France

Fui convidada pela Air France para conhecer a nova classe executiva do jumbo 747 que faz os vôos Rio-Paris-Rio desde junho desse ano.Tirados de circulação em 2010, eles foram renovados trazendo mais conforto e sofisticação, não apenas na classe executiva mas também na econômica. Com a volta do Jumbo, o número de assentos oferecidos nos vôos entre Rio e Paris aumentou 15% na classe econômica. Não conhecia a aeronave e seu tamanho me surpreendeu: são 436 assentos e com dois andares. No andar superior, com o pagamento de uma taxa de 70 euros, é possível ficas em uma classe econômica diferenciada, com mais conforto e espaço. Achei bem interessante e acho que vale a pena.

Marc Bailliart, diretor geral da Air France KLM no Brasil, nos apresentou as mudanças na aeronave, enfatizando que o Rio de Janeiro deixou de ser apenas um destino turístico e está cada vez mais se firmando um destino de negócios e por isso foi escolhido para esse investimento.

Uma das mudanças que mais chamam a atenção são as poltronas, que apesar de oferecerem mais de 2 metros de comprimento e 61 cm de largura e terem diversas opções de posições para deitar ou reclinar, não incomodam em nada os passageiros que sentam atrás. É muito interessante o mecanismo e bem confortável. Além das poltronas, foi ampliada a parceria com chefs franceses para a elaboração do menu da classe executiva. De acordo com Marc Bailliart, a expectativa que os clientes tem em relação à Air France é relacionada com a França e com sua sofisticação e requinte, por isso a preocupação com todos os detalhes, do menu às poltronas, passando pelo entretenimento à bordo.

E eles prepararam, para essa apresentação da nova classe executiva, um almoço com o menu do jantar da classe executiva e pude experimentar o serviço de bordo. O bacana foi que usamos a louça, talheres e bandejas que são usadas no avião. Todos os pratos, desde o aperitivo, passando pelo prato principal (com 4 opções) até o trio de sobremesas, estavam impecáveis no sabor e na apresentação.
A Air France tem dois vôos diários do Rio para Paris e o 747 -400 é uma das aeronaves que fazem diariamente o trecho.
Passando fome no avião... Saudades da época da Varig!
Pois é.. me deparei sendo saudosista nessa semana... lembrando dos tempos da Varig onde a parte da viagem no avião era também prazerosa, confortável...

Lembro que podia agendar a viagem na hora do almoço ou sair às pressas de casa sem café da manhã, que não morreria de fome.. teria algo para comer.. mesmo que não fosse a melhor comida do mundo. Mas confesso que sempre tinha algo gostosinho...
Isso sem contar com os talheres de metal da Varig, quando a companhia estava no seu auge, porque eu duvido que alguém goste de comer com talher de plástico.. que ainda por cima não é bom pro meio ambiente. E tinha opções de almoço, lanche.. Definitivamente os tempos mudaram.. e pra pior... aliás, muito PIOR!
Na verdade eu passei por um momento de indignação nessa semana, ao voltar de Salvador pela GOL, no vôo 1755 que saiu de SSA às 16:50 hs com destino à Belo Horizonte, Confins. Estava com as meninas, que têm 5 anos, e como havíamos saído da Costa do Sauípe, a 70km do aeroporto ás 13:30hs, almoçamos cedo. Até dei um lanchinho no aeroporto pra elas, mas contei em dar algo a mais pra elas no avião, já que a nossa chegada estava prevista para às 20:10hs no Santos Dumont, no Rio, pois teríamos conexão em BH.

Já sabia que teria que pagar pelo lanche... e foi a primeira vez que me prontifiquei a fazer isso, mais pelas meninas, mas não estava vendo problema em fazer isso. Dentro do avião, um pouco depois da decolagem, começou o serviço de bordo pago, e eu peguei o menu e escolhi meu sanduiche, o snack e a bebida que eu ia comprar que juntos formam um combo, enquanto isso a aeromoça ia servindo as pessoas que estavam na frente. Nisso a aeromoça fala que apenas Real seria aceito para pagar, pensei: tudo bem, coisa rara mas eu estava com dinheiro. Eu estava na fileira 8. Ao chegar do meu lado, fiz o meu pedido e ela me informou que não tinha o snack que eu pedi, que era o chocolate Alpino, justamente o que ia dar para as meninas comerem. As duas opções que tinham não me satisfaziam... mas ok, elas iriam dividir o sanduiche, pensei. Ao pegar minha nota de R$50 a aeromoça me avisa que não tem troco , logo eu não poderia comprar, já que o total seria R$20. Dado o meu espanto, ela falou que ia seguir até o fim do avião e vendendo teria troco para me dar. Aguardei. Uns 15 minutos depois ela volta pedindo desculpas que não tinha conseguido o troco e por isso eu não poderia comprar. Resultado, as meninas ficaram sem comer por 5 horas até que eu chegasse em casa mais que revoltada.
Agora vou carregar marmita para viajar pela GOL, porque definitivamente não dá pra contar nem com o serviço de bordo pago.