Praia do Secreto, uma dos segredinhos escondidos no Rio de Janeiro

Praia do Secreto Rio de Janeiro
Praia do Secreto Rio de Janeiro

O nome diz muita coisa: Praia do Secreto. Isso porque não é daquelas praias que todos conhecem, pelo contrário. Muitos cariocas nunca estiveram lá, não está em nenhum dos mapas turísticos do Rio de Janeiro e não está no caminho de praticamente nenhum roteiro turístico pela cidade.

a Praia do Secreto não é bem uma praia... é uma deliciosa piscina natural
a Praia do Secreto não é bem uma praia... é uma deliciosa piscina natural

Como diria o Jack... vamos por partes. A Praia do Secreto , que fica entre a Praia da Macumba e a Prainha, não é bem uma praia, é melhor que isso: uma piscina natural onde as bordas são pedras e a água do mar é transparente assim como em todas as praias selvagens da zona oeste do Rio.

Como chegar na Praia do Secreto

começo do caminho pelo mar
começo do caminho pelo mar

Euzinha, carioca com 40 anos de praia, custei a ir... afinal as informações que eu tinha (e que procedem) é de que só tem duas maneiras de chegar lá: pelo mar (quando a maré baixa) e por uma trilha super perigosa. Como eu conheço muito bem o mar agitado da zona oeste (onde a praia fica), e sei da quantidade de pedras que tem por ali, eu tinha medo de ir pelo mar, e nem preciso dizer que tinha mais medo ainda de ir por terra, pela tal trilha perigosa.

Praia do Secreto - RJ
Praia do Secreto - RJ

Eu fui pelo mar, e como eu já sabia, tem ondas quebrando (fortes, como em toda região), pedras e tem que olhar a tabela de marés antes de ir, pra ir na mais baixa possível. A maré influencia absurdamente na dificuldade de chegar na praia, pois é possível ir com água na altura da coxa ou ir com a água no pescoço.

Quanto à trilha, que fica na estrada entre a Macumba e a Prainha, e que tem um belo aviso de PERIGO, eu só vi ali mesmo de dentro da Praia do Secreto e confesso a vocês que não encaro, por ser íngreme e em um penhasco.

Assim como todas as praias selvagens do Rio, pra chegar no Secreto é preciso ir de carro até o final da Macumba ou até o Mirante entre ela e a Prainha. Sem carro é praticamente inviável, pois não tem ônibus, ponto de taxi, nada parecido com isso por ali.

A Praia do Secreto

nessa foto estou no fundo da piscininha, perto de onde a água do mar entra
nessa foto estou no fundo da piscininha, perto de onde a água do mar entra

Embora muito carioca não conheça ainda, já tem um ano que se fala muito dela, e isso fez com que ela tivesse grande procura. Como é possível ver pelas fotos, a "piscininha" não é grande, não cabe muita gente e 40 pessoas já deixam o lugar quase lotado. No final de semana isso ocorre direto, por isso minha recomendação é de que deixe pra conhecer durante a semana. Ah, sem contar que se os estacionamentos do Mirante, Prainha lotarem, não é possível nem chegar na trilha.. e de novo, isso acontece direto no final de semana.

não tem lugar pra apoiar cadeiras, cangas ou tomar sol.. a não ser as pedras
não tem lugar pra apoiar cadeiras, cangas ou tomar sol.. a não ser as pedras

Também podem ver que não tem areia pra pegar sol, ficando as pedras com essa função, e embora eu tenha visto gente com cadeiras, só existem 2 opções de onde colocá-las: nas pedras (risco de tombos rs) ou dentro da parte rasa da piscininha.

Falando em profundidade, a piscininha é quase uma piscina nos moldes convencionais: parte rasa no começo e funda já perto das pedras por onde a água do mar entra nela. Isso significa que é bem bacana para ir com crianças (desde que alguém carregue elas pelo caminho pelo mar, o que é possível na maré baixa).

Conclusão

Bom, eu amei a Praia do Secreto, adoro a região de praias da zona oeste do Rio, bem melhores que as praias da zona sul, na minha opinião. Só faço ressalvas às dicas que já falei antes:

  • deixe a visita para um dia de semana, pois enche menos;
  • vá pelo mar na maré baixa (consulte a tábua de maré) ;
  • aproveite e encaixe a ida à Praia do Secreto junto com a Prainha e Grumari;
  • já vá de filtro solar e não esqueça de ir com chinelos (tem um trecho de areia muito quente e meus pés sofreram).

Por fim, peço pra respeitarem a natureza e esse cantinho todo especial. Não tirem nada de lá (a não ser muitas fotos) e não deixem nada que não seja de lá. :)

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Mais fotos da Praia do Secreto

 


Um dia pelas praias selvagens do Rio de Janeiro

Começo da Praia de Grumari, do lado da Praia de Abricó
Começo da Praia de Grumari, do lado da Praia de Abricó

 

Não é de hoje que eu falo aqui no blog que as praias do Rio que eu mais amo são algumas praias da zona oeste da cidade, as chamadas praias selvagens. Selvagens porque estão em áreas de proteção ambiental, e portanto, nada de prédios por perto. Além de lindas, pois são emolduradas com montanhas, pedras e muito verde, as águas são transparentes e o mar está sempre próprio para o banho. Estou falando da Prainha (a minha preferida), Grumari e Abricó.

 

 

Prainha... amo de paixão esse cantinho do Rio
Prainha... amo de paixão esse cantinho do Rio

 

O único problema, principalmente para os turistas, é que as praias têm acesso difícil, ou melhor, só é possível chegar nelas de carro, o que acaba por inviabilizar o passeio, pois os turistas não têm o hábito de alugar carro na cidade.

No roteiro de 7 dias no Rio, eu dou a sugestão de escolher uma praia só, afinal fica mais fácil pra quem está sem carro e opta por ir de taxi. Mas,  é aquela história... vai estar tão pertinho de tantos lugares bonitos e não vai ver? Eu voltaria da viagem frustrada rs

 

Entre Abricó e Grumari... a região é cheia de pedras, que fazem contraste com o mar e embelezam a paisagem
Entre Abricó e Grumari... a região é cheia de pedras, que fazem contraste com o mar e embelezam a paisagem

Apesar de já conhecer as praias, eu fiz o passeio com o meu amigo Maurício, do Trilhas e Aventuras, ele leva os amigos para lá (diz que foi indicado por mim ;) )  e faz uma espécie de tour bem bacana, e vou contar em detalhes o que ele faz e onde vai.

Tour pelas praias selvagens do Rio de Janeiro

Um dos mirantes que passamos, sempre com o mar de protagonista do visual
Um dos mirantes que passamos, sempre com o mar de protagonista do visual

 

 

O Maurício começa esse passeio cedo, saindo da Barra da Tijuca, e segue pela orla, passando pela praia da Barra, pela Praia da Reserva, Praia do Recreio, Praia da Macumba e chega na Prainha . No caminho ele vai mostrando e explicando sobre a orla.

 

A primeira parada é pra curtir a deliciosa Prainha, que como falei, fica em uma área de proteção. A praia é um paraíso para surfistas e normalmente tem ondas, mas nada que impeça de entrar, pois elas quebram mais atrás. Depois de curtir a melhor praia da cidade, na minha opinião, ele leva a galera para almoçar ali pertinho, no final da praia e com uma vista show dela.

nessa hora o Maurício nos deixou pela trilha para a Prainha e foi estacionar
nessa hora o Maurício nos deixou na trilha para a Prainha e foi estacionar

 

 

Dali ele parte para Grumari, para em alguns pontos para fotografar a vista e vai até o final de carro (a praia é grande pra dedéu). Em Grumari ele dá a opção de pararem para fotografar ao longo da praia, mas guarda a cereja do bolo para depois, pois a melhor parte da praia é o comecinho dela, colada à Praia do Abricó. Ao voltar para o começo da praia e estacionar, ele desce e dá a opção de ficar ali no comecinho de Grumari, onde rola uma piscininha natural com algumas ondas entre as pedras ou de ir na praia naturista de Abricó (nos finais de semana não existe a opção de ficar vestido, mas durante a semana é possível frequentar a praia com roupa) .

 

 

almoço com essa vista da Prainha.. #tudodebom
almoço com essa vista da Prainha.. #tudodebom

 

 

Na volta desse paraíso, por volta das 17h, ele ainda para em alguns pontos para fotos, inclusive no Mirante do Roncador, fechando o dia com mais um visual incrível.

 

 

Mirante do Roncador e a vista para Recreio, Barra e até Pedra da Gávea
Mirante do Roncador e a vista para Recreio, Barra e até Pedra da Gávea

 

 

Como falei, vale muito a pena fazer essa espécie de tour e conhecer esses paraísos do Rio, segundo porque o Maurício é super gente boa, não tem quem não goste dele! E se tiver interessado no passeio, entre nesse link aqui e fale direto com ele!

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Mais fotos do passeio


Museu da República (Palácio do Catete)

Museu da República - Palácio do Catete
Museu da República - Palácio do Catete

Sabe aqueles lugares que a gente frequenta desde que se entende por gente? E que mesmo assim nunca tinha escrito sobre ele no blog? Então, chegou a hora de me redimir e falar sobre o Museu da República, que fica no Rio de Janeiro, e conhecido pelos moradores da região como Palácio do Catete.

Salão Nobre do Museu da República - Foto: MR
Salão Nobre do Museu da República - Foto: MR

Já morei por ali, no Flamengo, e inclusive voto na rua do Museu, na Silveira Martins. E não apenas fazia dos seus lindos jardins como um quintal da minha casa, como estudava lá, fazia trabalho de grupo, e sempre usei as 2 entradas do Palácio, Rua do Catete e Praia do Flamengo, para chegar no Aterro.

nos jardins.. Palmeiras Imperiais
nos jardins.. Palmeiras Imperiais

O Palácio do Catete, que como o nome diz fica no Catete, foi a sede do poder executivo brasileiro de 1897 a 1960, quando houve a mudança do poder executivo para a recém inaugurada Brasília. O Palácio então se tornou o Museu da República no mesmo ano da mudança e inauguração de Brasília, e foi inaugurado pelo presidente Juscelino Kubitschek.

O edifício, de arquitetura neoclássica, teve ao longo de sua história 18 presidentes, e cada um influenciou do seu jeito na decoração do palácio.O Museu abriga o acervo original da época em que o Palácio do Catete era sede da Presidência da República, o que inclui doações pessoais, como a Coleção Pereira Passos, a Coleção Igreja Positivista do Brasil, a Coleção Getúlio Vargas e a coleção Memória da Constituinte. Ainda em seu acervo, estão obras de pintores importantes para a história do Brasil, como João Batista Castagneto (1862-1900) e Armando Viana (1897–1991).

Os salões estão intactos, com louças utilizadas na época e o ponto alto do museu é o quarto do Presidente Getúlio Vargas, o qual ele se suicidou, com a arma, a bala, a camisa, sua mobília, pijama e a sua carta de despedida.

Quarto do Getúlio Vargas - Foto MR
Quarto do Getúlio Vargas - Foto MR
coreto
coreto

Nas dependências do palácio, funcionam, ainda, uma livraria e um cinema. O jardim, com palmeiras imperiais e outras árvores, é um lugar bacana de passear, com direito a estátuas, lagos, coreto e gruta. Já perto da saída para a Praia do Flamengo, foi instalado um parquinho para as crianças brincarem, tornando o programa super bacana: museu + parque.

Ah.. não tem fotos de dentro do museu pois não é permitido.

lago, patos, gansos..
lago, patos, gansos..

 

Informações

Museu da República
Rua do Catete, 153, Catete
Rio de Janeiro /RJ – CEP 22220-000
Fone/Fax: (21) 3235 3693

Horário de funcionamento:
EXPOSIÇÃO
Terça a sexta, de 10h às 17h
Sábados, domingos e feriados, de 14h às 18h
INGRESSOS
R$ 6 (entrada franca às quartas-feiras e aos domingos)
Maiores de 65 anos e crianças até 10 anos não pagam
Estudantes têm 50% de desconto

PARQUE
Diariamente, de 8h às 20h
O Portão da Praia do Flamengo funciona de segunda a sexta, de 8h às 18h.
Sábados, domingos e feriados, o portão permanece fechado.
ENTRADA GRATUITA

gruta
gruta

Forte de Copacabana no Rio de Janeiro

Pórtico do Forte de Copacabana
Pórtico do Forte de Copacabana

O Forte de Copacabana, que fica no final da praia de mesmo nome no Rio de Janeiro, no Posto 6, foi construído em 1914, sendo então um dos principais pontos de defesa contra ataques. Na época era considerada a mais moderna praça de guerra.

 Forte de Copacabana
eu e as crianças, com o Pão de Açúcar e o mar de Copacabana de moldura

Fazia tempo que queria levar as meninas lá, não apenas pelo Forte e as exposições, mas também por ser uma das vistas mais bonitas da cidade. Aproveitei as férias e fui com minha irmã e sobrinhas, e pela primeira vez eu visitei a fortificação, e fiquei surpreendida positivamente com ela.

O passeio começa pelo pórtico imponente, ponto onde todos tiram fotos,  onde encontra-se escrito em Latin o lema "Se queres a paz, prepara-te para a guerra". Demos a sorte de ir na época da Mônica Parade, e tinha uma escultura da personagem do Maurício de Souza bem na porta, e meninas amaram.

 Forte de Copacabana
canhões no caminho até a Fortaleza

Depois o passeio segue um caminho de paralelepípedo, tendo à esquerda o visual inteiro da Praia de Copacabana, e à direita o Museu Histórico do Exército e em seguida a Confeitaria Colombo, o Café 18 do Forte e a loja de souvenir .

 Forte de Copacabana
Copa e o pessoal fazendo SUP

Canhões e antigos equipamentos ficam em exposição nesse trajeto, e alguns bancos estão disponíveis para sentar e admirar a vista. Meninas queriam parar e tirar foto em cada canhão que encontravam.

Ao fim desse caminho, chegamos ao ponto alto do passeio : a Fortaleza. A construção da Fortificação, em forma de casamata, foi um desafio à engenharia militar da época. As paredes externas voltadas ao mar, possuem 12 metros de espessura, e dentro dela,  canhões alemães Krupp, assentados em cúpulas encouraçadas e giratórias.  Dois canhões poderiam atingir alvos a 23km de distância, e chega a ser engraçado pensar hoje que essa Fortaleza seria usada ou atacada, e foi, até a bala está em exposição.

 Forte de Copacabana
dentro da Fortaleza

No interior da fortaleza, usina a diesel para abastecer de energia elétrica o Forte, alojamentos para oficiais e praças, oratório, oficina, banheiros, telégrafo (que expliquei às meninas que era a "internet" de antigamente rs), observatório , enfim, tudo mantido como era antes. Algumas salas contam a história da construção do Forte.  Confesso que dá até uma sensação de claustrofobia, por ser em baixo e com muros pesadíssimos, fora as pedras.

 Forte de Copacabana
meninas com o canhão Krup em cima da fortaleza

É possível ir na parte de cima da Fortaleza, onde se vê os 2 canhões Krup e onde se tem uma vista maravilhosa, com Copacabana e o Pão de Açúcar. Pausa para muitas fotos!

Não cheguei a entrar no Museu, até queria, mas ficou cansativo para as crianças, principalmente a minha sobrinha de 4 anos. Fica pra próxima.

 Forte de Copacabana
Entrada da Fortaleza

Dicas:

- o ideal é ir de taxi ou transporte público, pois não possui estacionamento e parar ali perto é questão de sorte, e eu até tive, mas sei que é difícil;

-  tomar o café da manhã na Colombo com a vista de Copacabana é incrível, assim como assistir o anoitecer;

- roupas leves, afinal o Rio mesmo no inverno não faz muito frio;

- se for de carro, pode tentar estacionar no Shopping Cassino Atlântico (não é barato, mas é perto) na Av. Nossa Senhora de Copacabana, 1417.

 

Informações

-Endereço:Praça Coronel Eugênio Franco n. 1 - Posto 6 - Copacabana - Rio de Janeiro - Brasil | CEP: 22070-020
-Telefone: +55 (21) 2521-Ônibus: Linhas 121, 126, 127, 484 e 455
-Possui serviço de Audioguia nos idiomas português, inglês, francês e espanhol, que é gratuito para portadores de deficiências e para os demais, custa R$10,00
-É possível fazer visitas mediadas de terça à sexta às 13:00h com guias formados pelo museu
-

Para chegar:

Metrô: Estação Cantagalo (Copacabana) e Estação General Osório (Ipanema)
Carro: Sentido Centro-Zona Sul: Aterro do Flamengo ou Túnel Rebouças
Sentido Barra-Zona Sul: Elevado do Joá e Avenida Niemeyer

Valores:

Adultos - R$ 6,00
Estudantes - R$ 3,00
Maiores de 60 anos - R$ 3,00
Militares das Forças Armadas, maiores de 80 anos, grupos agendados e menores de 10 anos - Isento

 

Horários:

Museu Histórico do Exército, Fortificação e Exposições:
de terça a domingo e feriados, das 10h às 18h

Área externa, Cafés e Loja:
de terça a domingo e feriados, das 10h às 20h

 

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Hotéis em Copacabana , Hotéis em Ipanema

Mais fotos do passeio


Exposição do Ron Mueck no MAM - Rio de Janeiro

A querida Ana Cláudia Bessa esteve na exposição do Ron Mueck no Rio e conta tudo para a gente.

Por Ana Cláudia Bessa
Mãe de 2 meninos, ativista, blogueira, entusiasta da maternidade ativa, empreendedora e idealizadora do projeto Futuro do Presente http://www.futurodopresente.com.br

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Fomos finalmente ver as obras de Ron Mueck no MAM e garantir o frango do almoço....rs.....
Foi o meu filho mais velho, muito animado, que propôs a foto do frango.
A exposição que está no MAM -Museu de Arte Moderna do Rio- até dia 01 de Junho é muito bacana e o preço muito acessível. Por isso, estava lotada e exigia muita paciência para ver as peças em todos os ângulos com tanta gente querendo mais fotografar do que observar. Mas era impossível não querer fotografar. As peças realmente são incríveis e pegar todos os detalhes e levar de lembrança em nosso álbum de fotografias, parecia impossível de resistir. centroron6

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Ron Muek impressiona na perfeição.

A obra de Ron Muek, um escultor australiano, é muito realista, cheia de detalhes e achei bastante melancólica. Ele não economiza nas formas e transformações do nosso corpo com a idade e o sobrepeso, por exemplo. Dobras, rugas, cicatrizes, solidão, sofrimento, dor, exaustão... está tudo lá. Isso sem falar nos detalhes que todos os corpos têm como os pés, mãos, joelhos, cotovelos que eram incrivelmente reais.

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Olhando essa imagem, pensei: no fundo, todos estamos sempre nus, frágeis e sozinhos em nossa alma. E remar só depende de nós.

Então, para você que ainda não foi e deseja ir ao MAM visitar a exposição, minha dica é: compre pela internet. No site do MAM http://mamrio.org.br você encontra as informações necessárias. Mas corra, porque os ingressos se esgotam e como estamos na última semana, a procura tende a ser maior. Comprar no dia também é possível, contudo, a fila é imensa, demorada e em pé. Eu não recomendo. Estava dando voltas e voltas pelo pátio do museu. Comprando pelo site, pagamos uma pequena taxa de conveniência e entramos numa fila de apenas 5 minutos. E crianças abaixo de 12 anos não pagam.

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A mãe e seu filho. A expressão sofrida da mãe, o olhar dependente do filho. Uma nuance inegável da maternidade.

Além dessa exposição, também há outras acontecendo simultaneamente e que podem ser visitadas. No andar de cima tinha uma exposição de cartazes antigos do cinema nacional e uma outra muito interessante chamada "A inusitada coleção de Sylvio Perlstein" composta de quadros, móbiles e peças de arte feitas com mostradores quebrados, pregos, cabides, peças de bicicleta, entre outros. Eu que adoro uma reciclagem, fiquei babando!
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Antes de sair, fomos dar aquela passada nos banheiros e as crianças aproveitaram para extravasar sua energia infinita dando uma corrida nos corredores. Não contem prá ninguém...rs...

Saindo do MAM, não podemos esquecer que estamos no Aterro do Flamengo e no centro do Rio. Em volta tem muita coisa para fazer. Quer conhecer o aterro? Alugue uma bicicleta e desfrute da enorme ciclovia e da vista da Baía da Guanabara, Pão de Açúcar e Marina da Glória. Se for um domingo, as pistas do aterro estarão fechadas e também livres para as pedaladas.
Não quer pedalar? Fomos a pé, ao lado do MAM, mostrar às crianças o Monumento aos Soldados Mortos na Segunda Guerra Mundial. Mais conhecido como Monumento aos Pracinhas. É um lugar muito triste, imponentemente triste. Mas vale a visita uma vez na vida para refletir sobre a inutilidade que representa uma guerra. Alí, estão sepultados os soldados mortos e é possível visitar o mausoléu com nomes, as datas de nascimento e de falecimento desses jovens que raramente tinham mais que 25 anos. A vista é muito bonita e o Monumento muito bem preservado e com segurança das Forças Armadas.
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Mas ali tem mais coisa para ver e visitar. Do outro lado da pista do Aterro, temos a Cinelância com o Teatro Municipal logo ali.
Ao lado dele, o Museu Nacional de Belas Artes (que já fomos e contamos neste post) e a Biblioteca Nacional.
Ali é uma área antiga da cidade, cheia de história. Se deixar, não há fim o passeio no centro do Rio! É uma coisa linda ao lado da outra! Vale muitos passeios e o melhor: a preços bem populares. Vale a pena!centro