E hoje faz 6 meses que nos mudamos pra Miami. Confesso que achei que fosse mais fácil, e olha que passamos boa parte das férias do meio do ano no Rio, matando saudade da família e de amigos. Porque sim, é a saudade o que mais pesa em viver em outro país. Saudade que é uma palavra que só existe em português, e talvez por isso seja tão sentida pelos brasileiros. Não temos uma cultura de sair da casa dos pais aos 18 anos, e depois cada um morar em um estado ou país, como acontece com os americanos. Nossa ligação com a família, nossos pais, é muito mais forte que na maioria das outras culturas.

Claro que tem gente que se adapta super bem morando fora, até porque depende das circunstâncias da mudança e da pessoa mesmo. Vir sozinha com minhas filhas, trabalhando de casa, sem conhecer ninguém na cidade, torna tudo mais difícil. O que me deu força nesse tempo é que essa mudança tem prazo determinado, como já falei em outros posts, e em agosto de 2015 nós voltamos pro Brasil.
Acho engraçado que a visão de muita gente sobre morar nos Estados Unidos é até “glamurosa”, e claro, as pessoas não entendem o fato de querer voltar, Não vou negar que é um país que funciona, é primeiro mundo, você tem acesso a estradas ótimas, segurança, uma economia mais estável. Consegue ter coisas que não teria no Brasil por conta do alto preço, o que normalmente é em função dos impostos altíssimos. Uns dizem sobre a escola gratuita, e posso até dizer ok, mas até agora não curti a escola das meninas, como também já falei em outros posts. Não posso negar que são escolas super arrumadinhas, com sala de informática cheia de IMac, horário extendido, almoço, enfim. Claro que dá um banho na maioria das escolas públicas, digo municipais e estaduais do Brasil, mas não acho que seja melhor que um CAP da UFRJ ou até mesmo o Colégio Pedro II, mesmo sem eles terem essa infra-estrutura que citei. E perde pra muitas particulares também, inclusive para a que as meninas estudavam.
Aliás, criar filhos longe do seu país é bem diferente. E olha que elas são brasileiras e conhecem bastante de nossa cultura, mas confesso que fico imaginando se elas fossem americanas. Porque claro que depois de um tempo (não estou nem falando por mim, não deu ainda pra isso) , as crianças passam viver a cultura e tradições de outro país, e portanto, diferente da cultura dos pais. Eu vejo isso como um certo “distanciamento”, e não gostaria que isso acontecesse com as minhas filhas. Veja bem, não estou dizendo que as tradições de um lugar são melhores que em outro, apenas tenho orgulho de ser brasileira e quero que minhas filhas sintam isso também, e mais ainda, que conheçam nosso país e nossa cultura.

Outra coisa que faz querer voltar é a parte de criar as filhas longe da família. Não gostaria que elas fossem netas de 2 visitas por ano, até porque elas sempre foram super próximas aos avós, além de primas e tios. Acho esse convívio maravilhoso, tanto pra elas , como pra eles. Além do fato de ser separada e a família ter uma participação muito maior na minha vida, apoiando, ajudando, sempre presente. E quero ver minhas sobrinhas crescerem, minha afilhada, dar força pra família quando alguém adoecer, estar perto pra ajudar. E acho que alguns sabem, eu passei por 2 grandes “provas” nesse período: a primeira, foi a minha sobrinha/afilhada (a pequena que está na foto de Copacabana), teve uma baita pneumonia, água na pleura, parou no CTI e eu longe e arrasada; a segunda foi em junho, minha avó descobriu um tumor no rim, teve que tirar às pressas, minha mãe segurando uma barra enorme e eu longe. Isso é muito difícil.
Não estou dizendo que a experiência seja ruim. Acho que ela vale como aprendizado, não apenas da língua, mas de vida mesmo, e não só pras meninas, mas pra mim também. De viver longe, de sentir saudade, de conviver com isso. Aprender a se virar sozinho, a lidar com diferenças culturais e mais ainda, respeitar as diferenças. Aprender a dar valor, seja à família, ao almoço de domingo, à beleza da cidade que nascemos, aos amigos de toda a vida, à ouvir nossa língua, à hospitalidade brasileira, à alegria do povo, aos momentos simples do cotidiano, em que estávamos cercados de pessoas que nos amam e que sem que a gente perceba, são os momentos que fazem a vida valer a pena. E confesso que não vai ser nada fácil ficar sem isso tudo nesses 2/3 do tempo que faltam pra voltar.
Claro que vai ter muita gente achando o post absurdo, tipo, como alguém não gosta de morar nos EUA? Ou algo como:”poxa, 6 meses e está reclamando?” Não estou reclamando, como falei antes, encaro como um desafio. E apesar da imagem esplendorosa de se viver nos Estados Unidos, é o tipo de coisa que só se sabe, quando acontece. Pra mim não existe ‘glamour’, é a minha segunda vez morando aqui, e está sendo bem diferente da primeira, até porque hoje tem as filhas e o fato de estar sozinha. E também conta muito, mas muito mesmo, o que faz a pessoa feliz. E o que me faz feliz é estar perto de quem amo, minha família e meus amigos, mesmo com todas as viagens que faço, é com eles que quero estar nos meus retornos.
Ah… nesse post, em vez de fotos da Flórida, fotos das nossas férias com a família no Rio.
Olá flavia, te entendo perfeitamente, eu e a minha filha estamos morando aqui no Estados Unidos desde setembro do ano passado, estou pensando em voltar pro Brasil, é triste ver a filha crescer longe da família, sempre foi muito próxima dos avós… Ela está se adaptando bem aqui, meu marido é americano, estou super indecisa se volto ou não!! Já morei fora antes, mas sozinha, sem preocupação nenhuma é diferente….agora com filho surge essa dúvida ficar e voltar 2 x ao ano para visitar ou desistir daqui e ficar no Brasil, que apesar de todos os defeitos, temos nossa família…
O mesmo acontece comigo.. já morei fora mas sozinha, e muda tudo de figura. Boa sorte pra vc! bjs
Ola Flavia!
Conheci seu blog por indicacao da minha mae, que parece ser uma leitora assidua. Li alguns dos seus posts “Morando na Florida” e me identifiquei com alguns pontos e discordo de outros tantos. Estou morando em Knoxville, Tennessee por um periodo de 14 meses (mas por mim ficaria muito mais). Meu marido, que ja morou por 2 anos no Texas, esta fazendo pos-doutorado e eu estou escrevendo minha dissertacao de mestrado. Confesso que eu tambem achei que fosse mais facil. O primeiro mes foi muito estressante, as regras e legislacao mudam de estado pra estado, mas o Tennessee parece ser um dos mais burocraticos dos EUA. Passado este periodo, ja instalados, conectados a internet, com TV a cabo disponivel e outras facilidades da vida moderna, tudo vai muito bem. Acredito que um equivoco de quem gosta de viajar e achar que morar em outro pais significa somente viajar por um periodo mais longo. Uma vez residente aqui nos EUA, temos de nos adequar e nos adaptar a inumeras variaveis e isto parece nao ser pra qualquer um. Honestamente, acho lamentavel, triste mesmo, os brasileiros que vem para ca e ficam obsecados com as “coisas da terra”. Tenho conhecidas brasileiras que passam o dia todo procurando produtos e alimentos tipicos do Brasil ou aqueles que mais se aproximam do que tinham la. Sinceramente, nao entendo qual e o ponto de se mudar do pais para viver uma nova experiencia, enriquecer a cultura e ficar procurando desesperadamente pelo conhecido e familiar. Estas minhas conhecidas vivem em uma busca constante pela carne brasileira, pela farofa, pelo restaurante, pelo nao sei o que brasileiro. Perdoe-me, eu respeito a opcao delas, mas nao vejo sentido nenhum nisto, tenta-se criar um ambiente artificial, um mundo paralelo brasileiro cercado pela cultura americana. Para aqueles que sao residentes permanentes, aceita-se, em certa medida, esta necessidade, afinal foram ou serao anos e anos longe do Brasil. Mas para moradores temporarios como nos, nao acho que seja desejavel ou que nos auxilie na adaptacao. Outra questao importante e a lingua. Meu marido e eu fizemos uma escolha minuciosa pelo local onde gostariamos de morar, optando por um regiao onde o numero de imigrantes e bem pequeno. Muito raramente ouco alguem falando espanhol aqui e nunca ninguem tentou falar outra lingua comigo que nao fosse o ingles. A opcao de morar em Miami para se ter uma experiencia americana e aprender ingles pode ser um imbroglio pois todos vao notar qual e a sua nacionalidade e assim adeus a sua chance de falar com alguem em ingles. Na vida diaria ja nao e assim tao comum sair falando com as pessoas. Os americanos sao mais distantes, mais frios, dificilmente se encontra alguem pra jogar assunto fora. Se acontece a oportunidade de interagir com alguem, que seja em ingles, foi isso que nos fez decidir vir para o interior dos EUA, evitando os centros urbanos lotados de latino-americanos. Mas isto sao experiencias que dificilmente sao transmitidas, afinal e muito mais glamuroso dizer que morar nos EUA e uma maravilha, que tudo e lindo e que nao se teve dificuldade alguma. Neste sentido, admiro sua sinceridade. E como ainda nao tenho filhos (apesar de muito deseja-los) nao posso compreender totalmente o quanto esta responsabilidade representa e o peso disto ao morar fora. Eu te desejo tudo de melhor e espero que ate o final desta experiencia suas impressoes sejam melhores! Conte comigo se precisar!
concordo
Ola!
Em primeiro lugar, parabéns pela coragem de ir morar fora pois de fato tudo é diferente, algumas coisas melhores outras piores.
Mas alguém já experimentou morar em outro estado dentro do próprio Brasil?
Sou de Porto Alegre, meu noivo de Salvador e moramos em Sao Paulo. São culturas completamente diferentes dos 3 estados, a saudades aperta e a dificuldade para visitar a família é quase a mesma para não dizer que é pior pq temos que ir aos extremos do país e as passagens aereas não ajudam no valor.
Respeito imensamente, mas essa confusão de sentimentos não acontece porque estás fora do país e sim porque estás longe dos teus familiares, hábitos e costumes. Dá muita saudades mas é enriquecedor e não se encontra no google! No Brasil temos vários países, acreditem. Boa imersão e aprendizado nas culturas da vida.
Abraços de quem trabalha em 2 estados por semana.
oi Carol, que loucura! Sim, é enriquecedor, sempre. E o Brasil é isso que você falou, diversas culturas e um território imenso. Abraços pra você e obrigada pelo comentário
Olá Flávia!
Adorei a sua história, suas dicas. É uma visão de quem já está vivendo o que realmente tantos Brasileiros sonham.
Se puder me mandar teu email para eu te escrever, agradeço. Gostaria de tirar umas dúvidas com você. Att.
Flávia, estou lendo agora o seu blog.
Mas, como você se tornou uma administradora viajante, rs.
Podemos trocar alguns emails? deixei o meu ai, no local em que se pede.
Tenho algumas perguntas a fazer, sobre morar fora, se lançar (mesmo dentro do brasil) esse tipo de coisas, e contudo, contar um pouco sobre mim também .. para que você entenda. BEIJOS e OBRIGADA!
Li teu post e fiquei na duvida sobre o real motivo de vc estar morando nos Estados Unidos, vc enumerou vários bons motivos para morar aqui no Brasil, familia, cultura, educação…e assim mesmo mora fora. Leio muito sobre isso, brasileiros que vão embora do Brasil, e sempre reclamam do país escolhido para estudar, trabalhar…enfim viver uma nova etapa da sua historia. Poucos assumem sua real situação, sua nova “vida” com carinho, e respeito pela oportunidade de um recomeço! Desculpe, mais realmente não entendo…
Em outro post e em comentários eu falei que o motivo é das meninas ficarem perto do pai. Como você pode ver, não foi um motivo meu, da Flávia. E como falei, não vejo como um recomeço, na verdade vejo apenas como um aprendizado.Até porque eu trabalho aqui com a mesma coisa que trabalhava aí. Achei que era importante pra elas e encarei o desafio. Mas o bom disso é que mitos cairam, como o da educação, ensino, que tirando o quesito equipamentos, vejo escolas no Brasil, até públicas, melhores que a daqui. Particulares então, várias. O post era justamente pra levantar o ponto sobre a questão de valer a pena o tal “sonho americano” de muitos, e quem pensa nisso precisa balancear o que importa na sua vida. Outro dia mesmo falei, é muito mais fácil sair de casa aos 21 anos (e eu fiz isso), ir para outro país, viajar por meses.. Sem preocupações com nada, nem com a família, pois além de não termos filhos nessa idade, a morte, a doença, não fazem parte do “nosso mundo” aos 21 anos. Aos 40, a gente quer estar perto da família sim, porque a gente sabe que não vai ter tanto tempo assim com os mais velhos. A gente sabe que o papel dos avós na infância é maravilhoso, e que é o tipo de coisa que não se pode adiar.. Enfim.. como eu falei, só entende quem viveu algo parecido
Concordo plenamente com a Flávia. Quem tem o apego com a família é bem difícil morar longe. E eu tb só moraria fora por um motivo muito, muito importante. Conheço vários países e não trocaria o Brasil por nenhum deles…passo dias ou meses fora e fico como ela, é uma delícia ouvir a nossa língua, sentir os nossos cheiros, o gosto da nossa comida…não há o que pague…amo o Brasil e não troco ele por livre e espontânea vontade, por nada desse mundo
Muito bom esse post e sobre essa sua frase “Claro que vai ter muita gente achando o post absurdo, tipo, como alguém não gosta de morar nos EUA?” eu tenho um comentário. Essas pessoas que acham um absurdo, são as que não valorizam o próprio país, a própria cultura. Aqueles que têm complexo de vira-lata. Tem coisas boas e coisas ruins nos EUA, assim como tem coisas boas e ruins no Brasil. Embora eu nunca tenha morado fora, eu entendo o que você está sentindo.
e o brasileiro tem o dom de achar sempre que a grama do vizinho é melhor… justo o que os americanos não fazem.. pra eles, nada melhor que o país deles..
Brasileiro tem complexo vira-lata, acho isso horrível e já discuti muito sobre isso!!
O índice Pisa qua avalia o desempenho dos alunos mundialmente mostra que os EUA está em sexto lugar e o Brasil 70°, não sei qual critério usou para comparar as escolas desses dois países.
O critério é simples, não é índice baseado em todas as escolas de todos os dois países que são enormes. É de experiência própria. As escolas que eu pude pagar para minhas filhas no Brasil x as escolas (públicas e privadas) que minhas filhas estudaram nos EUA. As escolas lá têm computadores, tem um monte de coisas, mas tem professores péssimos, não ensina a estudar, não incentiva leitura, por aí vai.
Olá após ler sua reflexão lembrei do ano que passei fora do Brasil, o que foi mais dificil foi ficar linge da Familia. Mas um ano passa rapido e logo você estará de volta. Acho que o que falta para você para passar mais rapido o ano é você ter amigos ai mesmo que poucos, ajuda muito a não se sentir sozinha. Tente fazer algum curso para conhecer pessoas, ajuda o tempo a passar mais rapido. Boa sorte !!!! Vicê tira de letra um ano!!!! 🙂
Olá Flavia, entendo vc perfeitamente!!!! Vc está certa em pensar no distanciamento de vcs com a família. Mas, o seu prazo está correndo e quando menos perceber já estará de volta!!! Aproveite e boa sorte.
Brigadinha!!!! beijos
Super me identifiquei. Estou em Las Vegas agora, cuidando de tudo para trazer minha filha de 9 anos. Mas é difícil! O Objetivo não era juntar dinheiro, nem vontade de viver esse sonho americano”. Só queria oferecer a minha filha a oportunidade de conhecer outra cultura e aprender inglês da forma mais fácil e mais eficiente que existe, que é vivenciando. Já está difícil agora, que dirá quando ela chegar… Mas tenho o objetivo que só voltar ao Brasil quando estivermos ambas fluentes, e farei o máximo para conseguir. A saudade já bate desde agora, sou muito apegada minha família… Mas confio na certeza de que já já estaremos juntos novamente. Parabéns pela sua força e coragem, e que Deus cuide de nós!!
vc tb!!!! mas vai dar tudo certo! bjs
Flávia, tenho um amigo que mora na Suécia. .. Suécia, vejam bem! Rs. O sonho dele hoje é se aposentar e voltar pra casa! Sim, pro Brasil! Então entendo tudinho que vc fala, até pq sou uma pessoa que nunca iria morar fora. Gosto muito de viajar e voltar para a minha casa….
Pois é.. não temos essa cultura de viver longe.. por melhor que seja onde estamos..
Morei com meu marido durante 3 meses em Greensboro na Carolina do Norte e sei do que VC esta falando.. É muito difícil.. Mas a experiência que tivemos, serviu para mostrar que nada melhor do que estar em seu País, casa, estar ao lado das pessoas que amamos!! 🙂
Olá, Flávia Me identifiquei com você quando se refere criar suas filhas longe de sua família:avós,tios e primos.Quando casei, vim morar em Curitiba,longe de nossas famílias por parte de pai e mãe.Eu lamento pois meus filhos não tiveram este convívio tão necessário em suas vidas.Me divorciei e eles viveram sempre convivendo com pessoas estranhas e isto influi muito no emocional.Volte mesmo para seu país,valeu a experiência!…
Olá, entendo perfeitamente seu sentimento, pois moro em SP com meu marido e sou de Curitiba. E apesar de ser o mesmo país, a falta e a saudades a família não são diferentes. Sofri muito no começo e se eu disser que não sofro mais, depois de 6 anos, estarei mentindo. Tudo são escolhas na vida, com prós e contras.
Quanto ao seu post, quando abri pensei que vc iria contar alguma reflexão sobre como é morar nos EUA, mas soou mais como um desabafo de saudades. Talvez, seria bom mudar o tema do post, uma sugestão, pois eu vim pelo tema em busca de informações, experiências sobre como é morar fora.
Abraço.
Oi Ariane, eu coloquei reflexões justamente porque não é dica ou descobertas que eu fiz morando aqui. Nos outros posts da série (só seguir a tag ou a categoria) você vai ver um pouco da vida aqui, como mercado, produtos de limpeza, escola, onde comprei móveis, como é a páscoa aqui e etc.. dá uma olhadinha bjs
Nossa como me identifiquei na sua fala…… Estou morando pela segunda vez nos EUA e agora com uma filha de 5 anos, sinto os mesmos medos e tenho muitos valores parecidos com o que vc descreve…… Principalmente ver minha filha crescer longe da nossa cultura, longe dos primos, penso muito em voltar. Porém, não temos esse prazo de validade como vc, aceitamos uma proposta com contrato somente de ida…..
Na primeira vez que morei aqui, foi tudo muito diferente ” mais fácil ” éramos 2!!!! Agora com uma criança está sendo muito intenso e desafiador como vc fala. Um beijao
verdade, com criança muda tudo.. beijos
Oi Flávia! Te mandei uma mensagem quando você publicou o post de quando estava indo para a Florida. Me identifiquei muito com varias coisas que vc escreveu porque também tenho essa vontade e tenho filhos. Meu marido está com a passagem comprada para domingo e ontem tivemos uma conversa sobre nossos medos e muitos pontos que vc escreveu estavam nessa conversa. É muito difícil decidir e tenho certeza de que não é fácil ficar longe. Seja o que Deus quiser!! Tenha força! Beijos
oi Joana, obrigada! E que dê tudo certo com vocês!!! bjs
Oi Flavia… Parabens pela coragem e disposição! Parabéns pelo motivo (contato filha e pai)… e parabéns pelo blog!!
Gostaria agora de pedir encarecidamente que você me indique a advogada que fez o seu processo (pode ser por email)… Gostaria muito de tomar uma atitude como a sua e preciso começar a preparar a documentação.
Grata
oi Lou, obrigada. Ainda não consegui falar de novo com a advogada pra saber se posso passar o contato dela. Assim que puder coloco aqui. bjs
Li seu post e confesso que me pareceu extremamente familiar. Morei 2 anos fora do Brasil , em 2010 e 2011. Tudo o que vc comenta é a pura verdade. Existem as coisas boas mas a parte do dia a dia é muito difícil quando temos crianças. Concordo com você. Mas tem uma coisa boa, o tempo passa muito rápido. Abraços.
oi Martha, obrigada pela visita. E sim, vai passar rápido!! 🙂 abraços
Flavia,
Tudo na vida são desafios. Entendo porque você quis ir e também entendo porque quer voltar. Eu acredito que você está fazendo o melhor que pode !! Conte comigo !!! beeeeeeeeijos
brigadinha querida!!! eu sei que posso!!! vc ajuda muito!!! beijos
Temos muita vontade de nos mudar para os Estados Unidos, mas o que ainda nos segura no Brasil é exatamente essa convivência com avós, tios, primos… Tenho certeza que sentiríamos falta e que isso é muito importante para meus filhos! Força!
oi Rachel! obrigada!
Oi Flávia, te perguntaram e acabou que você não respondeu… por que você está morando na Florida? Você respondeu que pode escolher e por que você não volta já que não está gostando? Vão fazer 6 meses que estou morando no Texas e concordo com você que a saudade da minha mãe aperta mas não tenho vontade nenhuma em voltar. Gosto muito daqui. Escolhemos uma excelente casa no subúrbio de Houston em uma comunidade com escola pública excelente!!! Eles estudavam no colégio Santo Agostinho em BH. Excelente escola que não é mais nem menos. Os meus dois filhos estão adorando!! Concordo que não é todo esse glamour que as pessoas imaginam e ainda bem. Gosto da vida simples, honesta. Não viemos fazer “dinheiro” também. Meu marido ficou 6 meses aqui sozinho no ano passado e foi péssimo. Decidi largar minha profissão no Brasil e acompanhar. Não me arrependo!! Desejo que as coisas melhorem para você. Não é todo mundo que agüenta ficar longe da família. É cultural!! Minha irmã mesmo até hoje não cortou o cordão umbilical!! Bjs
P.S. Seu post deve ter dado um banho de água fria em muita gente que “idealiza” um mundo perfeito com pessoa irreais fora do Brasil!!! Rsrs
oi Daisy, eu acabei não explicando porque já disso isso em outros posts. Vim pra que as meninas ficassem perto do pai um pouco, que está morando aqui mas é brasileiro. A idéia nem era dar um banho de água fria, era mostrar que nem tudo é sonho, que a saudade não é algo administrável, que não estar perto nas horas dificeis da família não é fácil. Eu tenho facilidade de me adaptar á várias coisas, mas isso sem filhos. Com elas tudo muda de figura. Bjs e obrigada pela visita
Todo brasileiro que vem morar aqui pra fazer dinheiro, vem com esse “prazo” de 1 ano e meio/2 anos que diga-se de passagem, nunca é devidamente cumprido kkk. Quando você vê, passou 10/15 anos e você continua aqui. E digo mais, quando vai ao Brasil de férias todo ano, fica num stress sem fim para voltar logo porque não aguenta a burocracia e o “jeitinho brasileiro” de lidar com as coisas. Been there, done that.
Olá Lorena, obrigada pela visita. Talvez você não esteja acompanhando o blog, mas não vim para os Estados Unidos para fazer dinheiro, tenho a mobilidade de poder trabalhar de qualquer lugar do mundo, as razões foram outras, e sim, tem um prazo de validade que eu vou cumprir. E fui de férias ao Brasil e não fiquei em nenhum momento com stress e vontade de voltar pra cá e não me vejo nessa situação nem no futuro. Como eu falei no post, o “viver nos Estados Unidos” não me deslumbra, não vejo nada como excepcional, assim como os brasileiros têm seus defeitos, os americanos têm os deles. Não existe lugar nem povo perfeito.
Sabe,ao passar dos anos a gente entende que tudo que fazemos ou procuramos possa nos proporcionar felicidade,e quando percebemos que é por isto que vivemos nesta busca incessante para no fim descobrir que só queríamos ser felizes,,,e isto pelo visto você ja tem,,,concordo com você,,,se pra você felicidade é estar ao lado da sua familia no Brasil faça isto,,,você é uma abençoada por ter ao seu alcance a felicidade.
Ótima resposta.
Exato. Se ser feliz é estar ao lado da família no Rio de Janeiro, voltaria mês que vem. E se as meninas concordarem com isso, não pensaria duas vezes. Ao ler o início da sua chegada e comparar com o texto atual, dá a nítida impressão que você está com um início de depressão. Mais oito, nove meses aí e você vai surtar… Será ruim até para as meninas verem a mãe sofrendo. Não perca um ano da sua vida sendo infeliz. Bjs!
oi Daniel, obrigada! Já estou melhorando.. e acostumando! Mas obrigada pelo carinho. bjs
Olá Flavia, tudo bem?
O que fez você decidir morar aí e do porque sair do Brasil com suas filhas?
Corajosa você pegar as malas e morar em outro país…na sua opinião, tirando família, patentes, vale a pena viver ai?
Como mencionou, a maioria sonha poder morar ai. Como você fez com visto, encontrar casa para morar, escola para filhas….etc. Você já conhecia alguém ai para te ajudar e te auxiliar ai?
Desde já agradeço pela atenção.
Aguardo respostas.
Erica
Tirando a saudade da família, é bacana morar aqui, como eu falei, é país de primeiro mundo, tudo funciona. Existe um lado sobre vivermos como “gringas” e que pode até um dia ser motivo de preconceito. O resto é fácil, escola tudo bem tranquilo.
Concordo em número, gênero e grau com tudo o que disse. Sou emigrante há muitos anos, (europa) e senti tudo isso na pele e sinto até hoje. Todas as perdas por que passamos, todo distanciamento, a saudade eterna do que passou e do que poderia ter sido e não foi…
Acho que voce está certíssima.
Força e beijinho
Ana Paula Lemos
Oi Ana Paula, obrigada pela visita e que bom que você entende! E só quem vive longe que sabe né? beijos e força pra vc tb
Estou de acordo com vc Ana. Tb tenho muitos anos fora do Brasil e cada dia me pega mais esta tristeza de haver saido e tb me pego pensando como houvesse sido não ter saido. Se perde os vinculos, é muito triste!
pois é, acho que vale a reflexão de que até ponto vale isso tudo..