O que fazer e ver em Jerusalém - Israel

Jerusalém vista do Monte das Oliveiras
Jerusalém vista do Monte das Oliveiras

É impossível falar de Israel, principalmante de Jerusalém, sem falar de religião, na verdade religiões. E mesmo para o ateu mais "ortodoxo" o lugar é imperdível, pois não dá para negar sua importância histórica.

No centro de Jerusalém fica a chamada Cidade Velha, que é cercada por uma muralha e abriga quatro bairros: cristão, armênio, judeu e muçulmano. Por dentro das muralhas, a cidade velha se divide em territórios de três religiões.

Mas não é só a Cidade Velha que tem atrativos, e eu vou listar o que eu considero imperdível em Jerusalém, dentro e fora da Cidade.

 

Monte das Oliveiras

pôr do sol no Monte das Oliveiras
pôr do sol no Monte das Oliveiras

Não conseguiria nunca descrever a emoção de chegar em Jerusalém e ter como primeira experiência na cidade o lindo pôr do sol no Monte das Oliveiras, com direito a uma vista deslumbrante da cidade velha.

O lugar também é importante para os cristãos, pois é considerado o lugar favorito de Jesus para ensinar seus discípulos.

Jardim do Guetsêmani

Jardim
Jardim do Guetsêmani e suas oliveiras contorcidas

O jardim fica aos pés do Monte das Oliveiras. Na época de Jesus o local teria sido um olival, onde existia uma prensa para a extração do azeite de oliva (gethsemane em grego). O lugar tem várias oliveiras e teria sido o lugar que Jesus foi logo após a última ceia e feito uma oração.

Igreja de Todas as Nações ou Igreja da Agonia

Igreja de Todas as Nações
Igreja de Todas as Nações

Construída no século 20 com contribuições de fiéis de todo o mundo, fica ao lado do Jardim do Guetsêmani. É nela que fica a rocha que Jesus teria feito as orações, após a última ceia, no dia da traição.

Museu de Israel e o Museu do Livro

Museu de Israel
Museu de Israel

O museu que é bem grande e tem vários prédios, é um dos maiores do mundo em arqueologia bíblica. Também tem obras de Picasso, Rodin e outros artistas. Um dos prédios que mais recebe visitas é o do Museu do Livro, pois nele se encontra  os Manuscritos do Mar Morto. Outro ponto alto é a Maquete de Jerusalém, que mostra a cidade pouco antes da destruição do Templo. Mais informações no site do Museu.

Muro das Lamentações

Muro das Lamentações no Shabbat
Muro das Lamentações no Shabbat

É parte do segundo templo que foi destruído em 70DC. É o local mais sagrado do judaísmo, onde se acredita que o muro ocidental do templo jamais é destruído pois  a presença divina está no oeste. Desde então o muro é o símbolo de amor e de devoção dos judeus à cidade santa, onde se encontram para rezar, fazer pedidos em orações através de bilhetes que eles colocam nas fendas dos muros. Estive no muro duas vezes durante a viagem, e a que mais me surpreendeu foi quando fui numa sexta-feira à noite, durante as comemorações do Shabbat.

Monte Sião (ou Zion)

Sala da Última Ceia
Sala da Última Ceia

No Monte Sião existem 2 lugares importantes para o cristianismo, a Abadia da Dormição, onde Maria teria passado sua última noite, e o Cenáculo, a Sala da Última Ceia. É lá também que fica a Tumba do Rei Davi, embora existam muitas teorias de que ele não foi enterrado ali.

Via Dolorosa / Via Crúcis

Igreja do Santo Sepulcro
Igreja do Santo Sepulcro

É o  trajeto pelo qual Jesus carregou sua cruz em Jerusalém. São 14 estações em 600 metros de percurso. Cada estação representa, no cristianismo, um acontecimento, como as três quedas ou o momento que viu sua mãe, entre outros. Nove das 14 estações se encontram na Via Dolorosa.  As últimas três estações ficam na Igreja do Santo Sepulcro.
Durante o trajeto é possível ver muitos fiéis, peregrinos, alguns até carregando cruzes para pagar promessas. Mesmo com tantos turistas, é impossível não se emocionar com toda aquela fé, com a importância do lugar, sua história.

Torre de Davi

Night Spectacular na Torre de Davi
Night Spectacular na Torre de Davi é um dos programas imperdíveis

Localizado no portão de Jafa, o museu é imperdível e uma das melhores maneiras de conhecer a história de Jerusalém. Do alto da torre é possível ter uma vista maravilhosa da cidade. Cada sala do museu foi reformada para mostrar cada período, juntando no acervo uma história de 4 mil anos. Também recomendo o show de luzes que conta a história de Jerusalém, o Night Spectacular, é realmente lindo. Mais informações no site.

Yad Vashem

Yad Vashem
Yad Vashem

Aberto em 2005, o Museu do Holocausto foi construído para documentar a história do povo judeu durante o holocausto. São nove salas que relatam as histórias das comunidades judaicas antes da Segunda Guerra Mundial passando subida dos nazistas ao poder, pela perseguição dos judeus, sua expulsão aos guetos, e terminando com o genocídio em massa. São muitas fotos, vídeos, relatos, que é impossível não sair de lá abalado. Mais informações no site do museu.

 

Conclusão

Jerusalém tem muita história, seja religiosa ou não. É um lugar para se ver com calma, para ficar atento aos detalhes, e pra isso é imprescindível ter um guia, que conheça bem o lugar.

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Sobre a viagem

Viajei a convite do Ministério de Turismo de Israel,  e tivemos como Guia durante toda a viagem o Samuel, Guia Brasileiro em Israel, que  virou um amigo, além de explicar tudo com detalhes e imparcialidade.

 


5 momentos marcantes da viagem para Israel

Cheguei a comentar nas redes sociais, no perfil pessoal, de que a viagem para Israel foi um marco, quebrou paradigmas, me ensinou muita coisa e não falo de história, apesar de também aprender muito mais detalhes, falo sobre o ser humano, sobre pessoas, sobre fé. É o tipo de viagem que faz a gente rever conceitos, eliminar preconceitos, abrir a mente no sentido de se abrir mesmo à todas as versões dos fatos, que faz a gente repensar tudo que julgamos, na verdade, faz repensar se vale julgar. E não vale. Enfim, o que posso dizer é que a viagem foi maravilhosa, principalmente por ter mexido comigo. E que apesar de tudo que falam, tudo que vemos pela TV, tudo que lemos nos jornais, só dá para saber como o país é, como tudo acontece de verdade, indo para lá, sem esquecer de se despir de tudo que você imagina que seja Israel. Resolvi começar a série de posts sobre a viagem com uma lista de 5 momentos marcantes, alguns eu já imaginava que seriam, outros me surpreenderam. (notem.. não é uma lista do que fazer e nem do que mais gostei. e sim de momentos marcantes que eu vivi durante a viagem... e antes que perguntem.. não, eu não vi nada demais em termos de violência, conflitos, ou algo parecido).

 

Via Dolorosa

quase no final da Via Dolorosa, momento da crucificação de Jesus
quase no final da Via Dolorosa, momento da crucificação de Jesus

Sou católica mas não muito praticante. Já participei de encontro de jovens, quando era adolescente, fiz encontro de casal, casei na Igreja e batizei minhas filhas. Em viagens eu costumo sempre visitar Igrejas, seja pela beleza, história, e sempre rezo, agradeço o momento, peço pelas minhas filhas, mas não sou de ir à missa todos os domingos. Já tive momentos marcantes, como ir no Santuário de Fátima em Portugal.  Mas nada se compara à fazer a Via Dolorosa em Jerusalém. Pensei em toda minha família, na oportunidade de estar ali, onde muita gente gostaria de passar um dia, na importância do lugar para os cristãos, na importância do lugar na história, pois a Igreja tem sua importância histórica. Pensei no fato em si de Jesus carregar sua cruz, em direção à morte. E principalmente, senti (apesar de todo comércio em volta, e mais interessante, incluindo de judeus e árabes), uma vibração grande, em função da fé de todos os peregrinos que passavam no lugar.

 

Muro das Lamentações no Shabat 

Shabat no Muro das Lamentações (foto do iphone, pois é proibido fotografar)
Shabat no Muro das Lamentações (foto do iphone, pois é proibido fotografar)

Um dos momentos que me surpreendeu foi visitar o Muro das Lamentações no começo da celebração do Shabat. O Shabat é o dia do descanso semanal para os judeus, que vai do pôr do sol de sexta-feira ao pôr do sol de sábado. Para marcar o início desse dia sagrado, os judeus costumam ir à sinagoga e praticar as rezas que marcam essa passagem. E como o Muro das Lamentações é o lugar mais sagrado do judaísmo, ele se transforma em uma sinagoga a céu aberto, onde os judeus de Jerusalém se reúnem para rezar. Ao chegar no Muro, já de noite, e ver uma multidão rezando, cantando, celebrando com uma alegria que passou uma energia absurdamente forte. Eram crianças, homens, mulheres, e assim como na Via Dolorosa, uma  grande demonstração  de fé, coisa que eu cheguei à conclusão que só Jerusalém pode proporcionar.

 

Mergulhar no Mar Morto

item tickado da lista
item tickado da lista, boiar no Mar Morto

Da série.. itens tickados da bucket list de viagens... Mesmo sendo clichê rs Depois de ir nos fervedouros do Jalapão, onde também não é possível afundar em função da densidade da água, só que no caso do Jalapão, por conta da quantidade de areia, imaginei que seria muito parecido no Mar Morto. E descobri que é bem diferente! A água do Mar Morto é mais densa por conta da quantidade de sal, o que faz não ter nenhuma vida marinha e portanto, ter esse nome. Mas fora o sal, a sensação que se tem é que a água é mais oleosa. E ao contrário do que li, é gostoso ficar boiando, só não pode ficar muito tempo sem beber água.

 

Yad Vashem 

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Yad Vashem (também não pode fotografar, só nesse ponto)

Depois de já ter visitado outros museus do Holocausto, a gente acha que será tudo muito parecido, chocante como sempre, mas acaba pensando que não será surpreendido. Mas fui. Talvez por termos tido uma visita guiada em português, onde a emoção do guia era passada em sua voz, mas também por estar ali, em um lugar onde os judeus se reergueram, e  claro, principalmente por ver tantas imagens e objetos verídicos do que foi a maior vergonha/absurdo/crueldade da história recente.

 

Nazaré, a terra da infância de Jesus e de árabes muçulmanos

Cenário interessante: parte da faixa de protesto por causa da Basílica, a Basílica atrás e muçulmano passando.
Cenário interessante em Nazaré: parte da faixa de protesto por causa da Basílica, a Basílica atrás e muçulmano passando.

Passamos rapidamente por Nazaré, mas esse pouco tempo na cidade me fez ver um pouco do que é  uma região que é importante para várias religiões ao mesmo tempo. Nazaré é a maior cidade árabe em Israel, onde quase 70% deles são muçulmanos. Mas também é o local onde Jesus passou sua infância, onde  pela tradição católica, a Virgem Maria recebeu a notícia, por um anjo, que estava esperando o filho de Deus. E por esse motivo, é lá que fica a Basílica da Anunciação, e sua gruta seria o lugar onde Maria morou com José. Ao visitarmos a Basílica, onde haviam muitos fiéis cristãos, ouvíamos a todo momento, por auto-falantes, os muçulmanos chamando para a reza. Ao meio-dia, quando a Igreja tocou o sino, ouvimos novamente o som pelo auto-falante, mais alto ainda, numa disputa por quem fazia mais "barulho", numa nada silenciosa "guerra" religiosa. Na frente da Basílica, uma faixa de protesto em árabe, mostrando claramente que não desejam aquele templo de outra religião no espaço deles. Foi o único lugar que vi uma certa intolerância religiosa, e o que me surpreendeu é que não foi com os judeus, e sim com os católicos.

 

Claro que tiveram outros momentos marcantes... por isso aguardem os próximos posts sobre a viagem.

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Sobre a viagem

Viajei a convite do Ministério de Turismo de Israel,  e tivemos como Guia durante toda a viagem o Samuel, Guia Brasileiro em Israel, que  virou um amigo, além de explicar tudo com detalhes e imparcialidade. Estavam também no grupo  outros meios de comunicação online:o Márcio do  Catraca Livre, a Monique do  Melhores Destinos , o Guilherme do Adoro Viagem e o Marcel do  UOL.