Pôr do sol no Champ de Mars - Paris

Quem quiser ir ao Champ de Mars para ver o pôr do sol atrás da Torre Eiffel e aproveitar pra ficar e ver a torre acender, a boa é levar uma canga e passar num mercadinho bem do outro lado do parque, comprar vinhos e snacks e apreciar esse belíssimo visual fazendo um ótimo picnic.
Eu fiz isso e percebi que é um passeio bem comum lá. Tem uns indianos que vendem vinho na hora, mas não vale a pena porque eles vendem "very cheap 10 euros", quando você vai pagar apenas 3 euros pelo vinho no mercado, sobrando assim alguns euros para gastar em queijos, frios e snacks.
Vale do Loire... très romantique!

Toda vez que alguém me pergunta qual a viagem mais romântica que já fiz a resposta é dada imediatamente: Vale do Loire. Pense na França e junte os maiores castelos do país em uma área linda cercada pelo rio Loire. Junte isso à proximidade de vinícolas... très romantique !! Afinal.. castelos lembram princesas.. e impossível não se imaginar uma nesse lugar :)
O Vale é rico em história e arquitetura. Orléans foi a capital intelectual da França no século 13, atraindo poetas e trovadores, mas a corte medieval, para a nossa alegria, nunca ficava muito tempo na mesma cidade.. e assim surgiram outros castelos sempre às margens do Rio Loire. Chambord e Chenonceau, ambos renascentistas e meus preferidos, permanecem como símbolo do poder da realeza. Infelizmente eu não consegui conhecer todos, passei apenas 3 dias na região, e recomendo que se dedique uns 5 dias à ela.
Fui de carro, saindo de Paris, e acho que essa é a melhor maneira de se aproveitar o lugar, pois o Loire não é um lugar para se conhecer por excursão. As estradas francesas são ótimas e bem sinalizadas. Saí de Paris e fui em direção à Orleáns, meu ponto de partida no Vale do Loire, pela A10. Orléans, que fica a 133 km de Paris, é uma cidade francesa normal, sem grandes atrativos, mas tem uma grande importãncia histórica: foi lá que Joana d'Arc salvou a França dos ingleses em 1429.
De Orléans fui para Blois, que junto com Amboise são as cidades mais charmosas do Loire e por isso o ideal é escolher uma delas como base para conhecer os outros chateaux. Eu me hospedei no Mercure Blois, no quarto Privilege. Um apto duplex que é uma graça, aconchegante e mesmo não ficando muito tempo no hotel, eu adorei. Blois é daquelas cidadezinhas pra se conhecer caminhando por suas vielas e ladeiras ... não é á toa que tem um percurso à pé, bem sinalizado, a route royale, que leva às mansões nobres e pátios da cidade.

O Château de Blois foi a principal residência dos reis até 1598, quando Henrique IV tranferiu a realeza para Paris. Foi lá também que Arcebispo de Reims abençoou Joana D'Arc antes de esta partir com o seu batalhão para combater os ingleses em Orléans. O ponto alto do castelo é a Escadaria de Francisco I - uma obra prima da renascença francesa, construída entre 1515 e 1524.

Chambord fica a 19km de Blois e o seu Chateau é o maior da região. Sua construção, idealizada pelo extravagante Francisco I para ser a princípio um pavilhão de caça, começou em 1519 e dizem que a partir de um desenho de Leonardo da Vinci.

Cerca de 700 salamandras estão espalhadas pelo castelo, isso porque Francisco I a escolheu como emblema. O ponto alto do castelo é a Grande Escadaria que teria sido projetada por Leonardo da Vinci também.

O máximo dessa escada , em dupla-hélice, é que quem sobe nunca encontra quem desce (bom naqueles dias que o casal está brigado rs)

Amboise fica a 54km de Chambord e seu castelo é historicamente uma das construções mais importantes da França; Luís XI morou nele, Carlos VII nasceu e morreu nele, Francisco I e Catarina de Médici o visitavam com frequência. O castelo foi palco de uma sangrenta conspiração contra Francisco II em 1560 , a qual 1200 conspiradores tiveram seus corpos pendurados na fachada. Nas muralhas fica a Chapelle St- Hubert onde Leonardo da Vince teria sido enterrado.

E por fim, 8km depois de Amboise, fica o mais romântico castelo do Loire: Chenonceau. Dá vontade de morar lá! O rio Cher passa por dentro do castelo em uma galeria de 60m de extensão construída sob arcadas, que se refletem no rio.. lindo de viver!!

O interessante é que o castelo tem influência forte das mulheres que viveram lá: Catherine Briçonnet , esposa do primeiro proprietário , construiu o pavilhão das torres e a escadaria de um lance; a amante de Henrique II, Diana de Poitiers, acrescentou os jardins e a ponte sobre os arcos no Rio Cher; Catarina de Medici fez da ponte uma galeria no estilo italiano; Louisa de Lorena, desolada esposa de Henrique III , herdou o castelo em 1590 e pintou os tetos de branco e preto, as cores do luto real. E a influência se dá nos jardins, um é da Catarina de Medici e o outro de Diana de Poitiers. Lindíssimos!

A cozinha com alguns utensílios nos faz imaginar como era viver nos áureos tempos do castelo.

Seguindo em direção de Nantes é possível conher os outros castelos do Loire e acredito que seja uma viagem linda. E fica a dica para uma viagem a dois, romântica, para comemorar uma data especial ou um dia dos namorados. :)
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Dica de Hotel em Paris - Mercure Centre Tour Eiffel


Eu ja comentei em outro post que fiquei traumatizada com o primeiro hotel que me hospedei em Paris: tapetes e cortinas antigos, cheiro de mofo, e o banheiro sem uma ducha decente. Por isso na última vez que fui, e que levei as meninas, fiz questão de procurar um hotel de uma rede conhecida, que fosse bem localizado e que tivesse o mínimo de conforto para as crianças. E o Mercure Centre Tour Eiffel , que é um 4 estrelas, é isso tudo: confortável, bem localizado, banheiro moderno e com chuveiro e com bom café da manhã. Os quartos não são grandes, até porque eu estava com duas crianças, mas nada que fosse estragar a hospedagem.

Mas o maior charme do hotel é a vista para a Torre Eiffel, realmente é algo único acordar e dar de cara para ela, e mais, ir dormir olhando ela toda iluminada. É daquele tipo de hotel que vale a pena para uma lua de mel, afinal é Paris, super romântico. Fiz muita coisa a pé , e olha que estava com 2 carrinhos de bebê. Também tem estacionamento, que usei no primeiro dia pois tinha alugado um carro para ir a Eurodisney. Enfim, realmente valeu a pena pagar um pouco mais. Dei uma olhada na tarifa atual e está em torno de 145 euros, mas acredito que existam promoções e isso fique mais em conta.
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Paris...linda, mas proibida para menores...

Antes de viajar comprei um livro: Guia Paris com as crianças , de Anna Chaia e Adriana Moller. Isso porque conhecendo Paris e os parisienses já imaginava o aperto que ia passar. O livro é bom, apesar de não se aprofundar nas dicas de cada lugar. Mas, a diferença entre bebê e criança aparece mais forte ainda quando falamos de Paris. Logo não funcionou para mim.
Para começar não sei porque cargas d'água não tem produto Nestlé em Paris, pensei que sendo uma empresa européia eu teria ao menos essa facilidade como tive em Barcelona e Lisboa. Aliás, é difícil achar um mercado em Paris, como achei nas outras cidades, o que torna a tarefa de conseguir algo para as crianças comerem mais difícil ainda.
Foi a única cidade da viagem que não fiquei em apart-hotel, preferi ficar perto da Torre Eiffel, em um bom hotel de uma rede e que eu teria com certeza um chuveiro decente, isso porque já tinha ficado em um hotel fofo de roteiro de charme em Saint Germain e o chuveiro era uma ducha pendurada que não podia ser ligada sem estar segurando com uma mão. Para quem quer ficar em apart-hotel, recomendo qualquer um da rede Citadines. Tem em quase todos os bairro da cidade e me parecem muito bons, apesar de caros.

No primeiro dia fomos levar às meninas para a Eurodisney (vou fazer um post exclusivo). Eu já conhecia (em uma ida à Paris em plena greve cultural, você topa fazer tudo que não esperava fazer em Paris), e achei que podia ser legal para elas, até porque o resto dos programas que eu tinha planejado não eram bem infantis. E aí tive uma boa surpresa, o que na primeira vez que eu fui me chocou, não vi em nenhum momento no parque: pessoas fumando em todos os lugares. Já sabia que o fumo tinha diminuído em Paris, mas confesso que não acreditava. Em 2001 ao pedir uma mesa para não fumante, fizeram cara de surpresa e me colocaram ao lado do banheiro.. e essa impressão ruim que ficou na minha cabeça: pessoas fumando em todos os cantos e até nas filas do parque. E aí tive aquela sensação que não tinha tido lá, e que temos na Califórnia ou em Orlando: Disney é Disney. E tudo é feito para agradar você , e quando digo tudo é tudo mesmo.

Não se encontra comida para bebês no parque, mas mesmo que as crianças não comam pizza, macarrão, fica difícil elas negarem uma pizza com o formato da carinha do Mickey, ou então o penne a bolonhesa na embalagem da turma toda. Foi só falar que era o "papa do Mickey" que funcionou. :)
Vi apenas um trocador no parque todo, mas também não precisava de mais nenhum.. era fantástico, com direito a fraldas e todos os apetrechos para as mães desprevinidas. (nada de graça, claro!)
No mesmo espaço, mas separado por paredes, cadeiras de alimentação com o formato da cabeça do Mickey, microondas e tudo para dar a papinha dos bebês. Realmente muito bem feito. Lá que vi uma mãe francesa dando uma papinha pro bebê , reparei a marca e corri atrás de comprar no dia seguinte. Meninas gostaram.

Acabei conhecendo uma parte do parque que não gostaria de ter conhecido: Primeiros Socorros. Uma das minhas filhas caiu no labirinto e bateu com a cabeça no meio-fio. Não abriu , mas inchou muito na hora. Fomos super bem atendidos, e em inglês, deram um remédio tipo homeopatia de arnica para não ficar muito roxo, e como estávamos na Disney, para o momento ter um pouco de alegria deram para a minha filha um Atestado de Bravura e Coragem, lindo, e assinado pelo Mickey, Pateta, Pluto, enfim, todos da turma, e nominal a ela. Ela com um ano e sete meses não entendeu, mas com certeza daqui a alguns anos vai debochar da irmã que tem um atestado assinado por todos e a irmã não tem. :P
O dia seguinte sim, tomamos conhecimento que estávamos em Paris. Confesso que me assustei com a quantidade de scooters espalhadas pela cidade e com a falta de respeito delas com os pedestres. Mesmo com o carrinho de bebê eles vão acelerando para você atravessar mais rápido isso com o sinal aberto para os pedestres... Sentar para comer em uma Brasserie com criança é missão impossível, te tratam mal, e praticamente te convencem que não é bom comer ali. Em uma delas sequer me trataram.. fiquei em pé esperando que me levassem à mesa e ninguém foi nos atender.
A sensação que tenho é que não existe bebê por lá.. nem em galerias, em restaurantes, não se encontram trocadores. Descobri um, depois de perguntar mil vezes, em uma loja de fast food na Champs Elysees e fui algumas vezes em dias diferentes. E só. Depois conversando com uma pessoa que tem contato com parisienses eu descobri que não existe esse hábito de trocar fraldas em trocadores, eles trocam no carrinho mesmo. Bom, vou deixar meus comentários a respeito da higiene para lá rs

Todos sabem que o Metrô de Paris é altamente funcional, porém sem carrinhos de bebê.. todas as conexões são com escadas, nem escada rolante tem, e a tarefa fica super cansativa com dois carrinhos. Pra compensar a falta de estrutura, quanto mais turístico o lugar, melhor pra levar as crianças, inclusive museu. Isso porque são tantos turistas , e todos falando ao mesmo tempo, que não é a voz de uma criança que vai atrapalhar o passeio dos outros, porque é essa a sensação que você tem em Paris: eles acham que criança faz barulho, incomoda, portanto é indesejável.
Na Torre Eiffel cuidado ao escolher o elevador para subir se estiver com o carrinho de bebê, isso porque apenas no elevador para deficientes físicos é permitido entrar com o carrinho aberto e o bebê nele, caso erre o elevador, vai ter que tirar o bebê e ainda levar o carrinho desmontado na mão.

A época do ano é importante pois fica muito difícil ir aos bonitos parques e jardins com as crianças com temperaturas baixas. E olha que fui na primavera, mas pegamos 6, 7 graus .. Não consegui deixá-las brincar por exemplo nos lindos jardins de tulleries..
Enfim, Paris é tudo de bom, mas com bebês a coisa muda de figura.