Dica de bate-volta de Frankfurt (Alemanha) : Heidelberg

Heidelberg vista do Philosophenweg

A minha viagem para a Alemanha foi recheada de dicas da minha amiga Bia, que já mencionei por aqui. Mas Heidelberg foi indicada com tanto entusiasmo também pela Ana Marta, minha colega de trabalho, e viajante como eu, que mexi no roteiro pra incluir esse bate-e-volta, saindo de Frankfurt, meu ponto de chegada.

Heidelberg é uma cidade situada no vale do Rio Neckar, no noroeste do Estado de Baden-Württemberg. Fica a uma hora de trem de Frankfurt. O trem sai da estação principal, Frankfurt Hbf, e a passagem, ida e volta, em tarifa de segunda classe, sai em torno de 38 euros.

Castelo de Heidelberg visto da Karlsplatz

Ao sair da estação, Heidelberg Hbf, fui direto para o Centro de Informações Turísticas, que fica colado nela, e comprei logo a entrada do Castelo de Heidelberg e do funiculaire que leva até ele. Também adquiri passagens de ônibus, que devem ser validadas assim que entramos no veículo. A parada de ônibus que parte para o centro antigo, ou Alstadt, fica atrás do centro de informações.

Para quem preferir ir direto para o castelo, o ônibus 33, que sai da mesma parada de ônibus que mencionei, leva até a parada Bergbahn, que fica em frente a estação de funicular Talstation Kornmakt, na rua Zwingerstraße, 21.

Cidade vista do Castelo

 

 

 

Eu, no entanto, fiz diferente. De acordo com o roteiro que preparei, optei por pegar o ônibus 32 e descer na parada Universitätplatz, onde você pode ter contato com a Universidade mais antiga da Alemanha.

Depois de uns bordejos pelas ruas, passando pela Biblioteca, pelo Hotel Ritter, e pela Marktplatz, onde fica a Prefeitura (Rathaus) e a Igreja do Espírito Santo (Heiliggeistkirche), me dirigi à estação do bondinho que leva ao Castelo de Heidelberg (www.schloss-heidelberg.de).

Dica quente: chegue cedo a Heidelberg, se quiser passear com tranquilidade pelas ruas e admirar a beleza da cidade, e siga para o Castelo também logo cedo. Ele enche, e a cidade lota, depois de um certo horário. Quando estava saindo dele, chegava uma multidão... rs.

Os dois pontos que me chamaram a atenção foram o Deutsches Apotheke Museum, ou Museu Alemão da Farmácia (www.deutsches-apotheken-museum.de), que, de forma resumida, mostra o desenvolvimento da ciência e da indústria farmacêutica, de Hipócrates à Merck, de Paracelso e Avicena à Bayer, e o Big Barrel, um tonel gigante de vinho. Reza a lenda que o guardião do tonel, Perkeo, só bebia vinho e morreu no dia em que bebeu um copo de água...

O Castelo de Heidelberg funciona diariamente de 08:00h às 18:00h, e a entrada custa 7 euros. Quem quiser utilizar o audioguia, ou fazer um tour guiado, pagará uma taxa de 5 euros. O Deutsches Apotheke Museum abre às 10:00, e também funciona diariamente, até as 18:00.

Pátio interno do Castelo

 

Ao sair do funicular, voltei para a Marktplatz, e passei pelo portão da cidade, o Bruckentor, para seguir a Alte Brucke e atravessar o Rio Neckar,  não sem antes parar para a famosa sessão de fotos com a escultura do macaquinho, o Brückenaffe, e para segurar o espelho que ele tem nas mãos. Dizem que traz riqueza. Na dúvida, segurei, vai que...

Brückentor
O jardim do Philosophenweg

Ultrapassada a ponte, começou a parte radical do passeio. Subir o Philosophenweg, ou Caminho dos Filósofos. Para chegar, basta subir a trilha de pedras que começa logo depois da Alte Brucke. Uma pirambeira de respeito, mas vale a pena. Quase não se vê gente no caminho. A vista da cidade é linda e o caminho tranquilo, silencioso, e com um pequeno jardim de rosas lindíssimo. Ao descer, segui pela ponte Theodor Heuss, passei pela Bismarckplatz. Nela se situa uma rua de pedestres, a Hauptstraβe, cheia de lugares para almoçar. Mas optei pela Marktplatz.

Ao fim do passeio, peguei um ônibus (que pode ser o 32 ou o 33), na Bismarckplatz, para retornar à estação principal de trem. 

 

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Dica de bate-volta de Berlim: Leipzig

Augustusplatz - Gewandhaus Orchester ao fundo

Quando viajo, sempre procuro ver o que há ao redor da cidade que escolhi como base. Gosto bastante dos famosos “bate-e-volta”, pois te permitem conhecer lugares maravilhosos em apenas um dia, sem o perrengue de ficar se deslocando, arrastando mala e pulando de hotel em hotel como nômade.

Mas bate-e-volta requer planejamento, até porque, em geral, dispomos de pouco tempo para o passeio, e é necessária a otimização do tempo. Dica preciosa: bate-e-volta no qual o tempo gasto para chegar ao destino, ou voltar dele, é maior que duas horas, já não vale a pena.

Em Berlim, escolhi Leipzig. Também visitei Dresden, mas essa não foi propriamente um bate-e-volta. Foi uma parada estratégica na viagem de trem entre Berlim e Praga. Num outro post explico como foi.

Leipzig, ou Lipsia, é uma cidade lindíssima, situada no Estado da Saxônia, a uma hora e meia de trem de Berlim, se o trem da Deutsche Bahn colaborar, não atrasando ou parando no meio do caminho. O trem sai da estação principal, Berlin Hauptbanhof, e a passagem, ida e volta, em tarifa de segunda classe sai em torno de 38 euros. Não acho que valha a pena gastar com primeira classe num trajeto tão curto, o trem é bastante confortável.

A parte interessante da cidade é percorrida com facilidade, pois é tudo incrivelmente perto, e, em princípio, pode-se fazer tudo a pé. Comecei pela Augustusplatz,  para admirar o prédio da Ópera e a Gewandhaus Orchester.

Neues Rathaus – Prefeitura Nova

Seguindo o fluxo,  passei pela Nova Prefeitura (Neues Rathaus), e cheguei num dos pontos top da cidade: a Thomaskirche, cujo comando do "Departamento Musical", incluído o treinamento dos meninos do coral (Thomanerchor), foi, durante um certo tempo, ninguém menos que Johann Sebastian Bach. Ele teve direito a Memorial ao lado da igreja,  bem como a um museu do lado oposto, que eu também visitei, a Bach Haus, mas a galera achou pouco e trasladou os restos mortais dele para o altar da igreja. Amo Bach, e fiquei emocionada ao entrar ali. O órgão da igreja tem um som maravilhoso,  nem dá vontade de ir embora.  Infelizmente no dia em que estive lá os meninos do Thomanerchor não se apresentaram, havia uma outra programação. Motivo pra voltar... rs 

Thomaskirche

Leipzig é local importante na vida de outros famosos,  notadamente o próprio Bach, Mendelssohn, Wagner  e Goethe, cada um com seu Memorial.  Na Madler Passage há,  inclusive,  duas esculturas com imagens do Fausto de Goethe. 

No subsolo da Madler Passage há um restaurante lindíssimo, o Auerbachs Keller, que é famoso justamente por ser descrito, no Fausto Tomo I, como o primeiro lugar onde Mephisto leva Fausto. Só não almocei lá porque o lugar pode ser lindo, mas além de o cardápio ser todo em alemão (como saber o que se vai comer?), o atendimento é um horror. Tirei fotos (eles permitem sem problemas, mesmo que você não almoce lá, pois entendem que o lugar é atrativo), e fui comer em outro lugar. 

Bach Museum

Após o almoço fui ao Markt, sem deixar de notar o Goethe Memorial, situado em frente à Alte Handelsbörse, o prédio antigo da Bolsa de Valores. 

Goethe Memorial, situado em frente à Alte Handelsbörse
Altes Rathaus

Lá fica outro ponto importante: a Prefeitura  Antiga  (Altes Rathaus). Vale a pena entrar.  Os salões são lindos e a exposição permanente é maravilhosa,  dá um bom panorama sobre a história da cidade. Por fim, fui até a Nikolaikirche, mas me limitei a tirar fotos por fora. A entrada tinha sido proibida, pois havia um concerto somente para convidados naquele momento. 

Ao pesquisar sobre a cidade, encontrei indicações sobre o Monumento à Batalha das Nações, mas como ficava muito longe do centro, e eu só dispunha de um dia, não quis arriscar.

Voltei  tranquilamente para a estação, muito bonita e com um shopping bem bacaninha, para encarar um atraso de mais de uma hora no trem de volta para Berlim. Coisas da DB!

 

Nikolaikirche

Seguem algumas informações práticas:

 

Bach Haus

Endereço: Thomaskirchhof 15-16 

http://www.bachmuseumleipzig.de/

Horário: Terça a Domingo de 10:00 às 18:00 h

Entrada: 8 €

 

Thomaskirche

Endereço: Thomaskirchhof 18 

Horário: Diariamente de 09:00 às 18:00 h

Thomanerchor - Sábados às 15:00 horas (normalmente com apresentação de uma cantata de Johann Sebastian Bach, com duração de aproximadamente 75 minutos).

Entrada: 2 €

 

Nikolaikirche

Endereço: Nikolaikirchhof, 3

http://www.nikolaikirche-leipzig.de/

Horário: Segunda a Sábado de 10: 00 às 18:00

 

Altes Rathaus

Endereço: Markt

http://www.stadtgeschichtliches-museum-leipzig.de/

Horário: Terça a Domingo de 10:00 às 18:00 h

Entrada: 6 €

 

Monumento à Batalha das Nações (Völkerschlachtdenkmal)

Endereço: Straße des 18. Oktober, 100

http://www.stadtgeschichtliches-museum-leipzig.de/

Horário: Diariamente de 10:00 às 18:00 h

Entrada: 8 €

 

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Hotéis em Berlim 


Dicas para conhecer Berlim

Berlim -  Rio Spree
Berlim - Rio Spree

Capital da Alemanha e um dos dezesseis estados alemães, em Berlim cada passo dado é uma aula de história. Cidade grande e movimentada, tem como peculiaridades guardar em si os traços de um passado complicado, e não fazer questão de escondê-los, o que me impressionou bastante. É a vitrine de duas guerras mundiais perdidas, conserva os restos de um Muro que durante longos anos simbolizou opressão e violação às liberdades individuais, um Parlamento de paredes marcadas pela ocupação soviética, e um campo de concentração que relembra as atrocidades do Holocausto. Tudo isso ostensivamente apresentado a quem quiser conhecer melhor, e se lembrar de tudo que jamais deve se repetir. Berlim é uma lição de vida, de demonstração de força, de superação e de capacidade de recomeço de um povo que durante muito tempo não teve do que se orgulhar. Mas também é uma cidade lindíssima, e cheia de lugares igualmente belos para se visitar. Para quem, como eu, se envolve de corpo e alma com a atmosfera do lugar, posso adiantar que não vai sair de lá do mesmo jeito que chegou.

 Marienkirche com a Neptunbrunnen (Fonte de Netuno) em frente
Marienkirche com a Neptunbrunnen (Fonte de Netuno) em frente

Clima

Cheguei a Berlim em 09/09/16, ou seja, quase fim de verão na Europa. Fui brindada com um calor digno de verão carioca, então esqueçam a lenda de que na Alemanha só faz frio. O verão é quente. O sol ardia, e fui obrigada a incrementar o guarda roupa de verão fazendo umas comprinhas na Primark da Alexanderplatz. Assim sendo, para quem visita a cidade no verão, é imprescindível abastecer a mala com roupas leves (embora, em se tratando de Europa, não se possa abandonar um casaquinho e uma calça, para eventualidades).

Como Chegar

Partindo do Brasil, chega-se a Berlim via Aeroporto Tegel, hub de transferência da Lufthansa. No entanto, eu cheguei a Berlim de trem, vindo de Colônia. Comprei a passagem, ainda aqui no Brasil, com antecedência, porque sempre há uns preços bons, no site da Deutsche Bahn (www.bahn.de), a companhia de trens alemã. Apesar de a DB ser de competência duvidosa (encarei um atraso de duas horas ao voltar de Leipzig para Berlim, e fui largada, junto com todos os passageiros, no meio da linha de trem com mala e tudo no caminho para Dresden, sem qualquer explicação), trem ainda é a melhor e mais prática maneira de se deslocar, não só pela Alemanha, mas pela Europa como um todo.

Desembarquei na estação principal da cidade, Berlin Hauptbanhof, e dali peguei com incrível facilidade o U-Bahn para a Alexanderplatz, onde iria me hospedar. É tranquilo circular com malas, a estação é toda equipada com escadas rolantes e elevadores.

A propósito, uma dúvida rotineira, principalmente entre as pessoas que  transitavam por Berlin Hauptbanhof, era: o que é Berlin Hbf Tief, escrito no meu bilhete? É outra estação? Não! Tief, pessoal, nada mais é do que o subsolo da Berlin Hbf, ou seja, as plataformas que ficam nele.

 

Hotel e Alimentação

 

 Alexanderplatz – Torre de TV ao fundo (Berliner Fernsehturm)
Alexanderplatz – Torre de TV ao fundo (Berliner Fernsehturm)

Após exaustivas pesquisas no universo da internet, cheguei à conclusão de que o melhor local para hospedagem, para quem chega de trem e vai se deslocar pela cidade toda de transporte público, principalmente U-Bahn e S-Bahn, como eu pretendia fazer, era a Alexanderplatz. Há vários hotéis na região, e escolhi o Ibis Styles Berlin Alexanderplatz, situado na Bernhard Weiss Strasse, 8. Preço bom, café da manhã excelente, incluído na tarifa, e atendimento padrão Ibis, ideal para quem dispensa surpresas.

Ao sair da estação de metrô, fiquei meio perdida, pois demorei a achar essa rua. Um alemão gentil me ajudou e, depois de me ambientar, vi que era facílimo chegar. Então, fica a dica: caso se hospedem nele e não queiram ficar meio desorientados (o Google Maps não ajuda, até o alemão ficou confuso), fiquem de costas para a Alexanderplatz. Localizem o prédio do Berliner Zeitung, que estará à frente. Feito isso, e usando a rua onde ele fica como referência visual, é só entrar na próxima rua que visualizarem à direita.

Se hospedar na Alexanderplatz tem como consequência direta estar num lugar onde há várias opções de restaurantes, seja ali mesmo ou esticando um pouquinho as pernas e indo até o Nikolaiviertel, onde há restaurantes lindíssimos e aconchegantes. Os preços variam mas, em geral, a comida não é cara, e é boa, e pude saborear os famosos bifes de porco empanados com batatas por preços justos, assim como o Apfelschorle, bebida feita de suco de maçã e água mineral com gás, que virou meu vício na terra da salsicha.

Transporte

 

Berlim nos oferece uma opção de transporte magnífica, composta de várias linhas de U-Bahn e de S-Bahn, e confesso que, dada a facilidade de utilização, e o fato de que esse transporte atendia a todos os roteiros que preparei, me utilizei praticamente a viagem toda dela. Só andei de ônibus uma vez, em Potsdam. A diferença entre U-Bahn e S-Bahn se restringe à abrangência. As primeiras linhas servem a região metropolitana. As outras, aos locais mais afastados.

Nas estações, tanto de U-Bahn como de S-Bahn, há máquinas de venda de tickets, facílimas de se utilizar, mesmo para quem não sabe nada de alemão, pois elas “falam”, pelo menos, inglês e espanhol...E dão troco!!!

Eu utilizei mais de um tipo de ticket. Para seguir da Berlin Hauptbanhof para a Alexanderplatz, me bastou um Bilhete para Trajeto Curto (Kurzstrecke), utilizado em uma viagem de até no máximo 3 estações  ou até 6 paradas de ônibus ou bonde. 

Para as andanças que durariam um dia inteiro, utilizei dois tipos de Bilhete Diário (Tageskarte). Podia viajar quantas vezes quisesse, em qualquer direção e com qualquer tipo de transporte, a partir do momento da validação até as 3 horas da manhã do dia seguinte. Usei os tipos AB e ABC. O primeiro serve para a maioria das atrações turísticas de Berlim, mas se o roteiro inclui Spandau ou Potsdam, por exemplo, é necessário um Tageskarte ABC. O mapa padrão do metrô de Berlim aponta as zonas A, B e C.

Mencionei validação, certo? Pois é, é providência fundamental! Ao lado das máquinas de venda, há as de validação. É só enfiar o bilhetinho ali que a maquininha carimba. A fiscalização nos transportes é rigorosa, e feita de surpresa. Quem estiver sem bilhete ou não o tiver validado, é convidado gentilmente a se retirar.

Pontos Turísticos

 

Se eu fosse falar em detalhes de cada lugar incrível que visitei em Berlim, esse artigo ficaria imenso, razão pela qual somente irei mencioná-los aqui, reservando outras publicações para alguns deles, com dicas para o planejamento da visita.

 

Lustgarten – Altes Museum ao fundo
Lustgarten – Altes Museum ao fundo

Museus: A Museumsinsel (Ilha dos Museus) reúne cinco museus muito bacanas. Infelizmente, em razão do fator tempo disponível, tive que escolher apenas um para visitar, e fiquei com o Pergamon (http://www.smb.museum/en/museums-institutions/pergamonmuseum/home.html). 

Portão de Ishtar – Pergamonmuseum
Portão de Ishtar – Pergamonmuseum

Além dele, encontramos na ilha o Altes Museum, o Neues Museum, o Bode Museum e a Alte Nationalgalerie, motivos que acho mais do que suficientes para se voltar a Berlim.

Eu achei bastante interessante, ainda, o Museu Histórico Alemão (https://www.dhm.de/en.html). Ele conta a história da Alemanha desde os primórdios aos dias atuais.

A exposição a céu aberto Topographie des Terrors (http://www.topographie.de/) impressiona ao contar, em estandes cronologicamente dispostos, os horrores da época do Nazismo, desde sua ascensão, e a atuação da Gestapo, a temida polícia secreta de Hitler.

Também visitei o Berlin Wall Memorial, e o Memorial do Campo de Concentração de Sachsenhausen, mas estes merecem postagens à parte.

 

Catedral de Berlim (Berliner Dom)
Catedral de Berlim (Berliner Dom)

Igrejas: A Nikolaikirche, situada no coração do Nikolaiviertel, é lindíssima, e é a igreja mais antiga de Berlim. Não é coincidência, pois, que exatamente em frente a ela encontremos o Marco Zero de Berlim, assim como a Wappenbrunnen, que possui em seu interior uma coluna com a estátua de um urso, animal símbolo da cidade. 

Marco Zero de Berlim
Marco Zero de Berlim

A Kaiser Wilhelm-Gedächtnis-Kirche, bastante danificada por bombardeios, impressiona, pois seu interior não foi restaurado. Próxima a ela foi construída uma nova. Cá entre nós, achei bastante feia essa igreja nova, preferi a outra, muito bonita mesmo quebrada. 

Kaiser Wilhelm-Gedächtnis-Kirche
Kaiser Wilhelm-Gedächtnis-Kirche

Também merece destaque a Marienkirche, situada nos arredores da Alexanderplatz. Mas por menos tempo que se possa ter para visitar Berlim, o que não se pode perder é uma visita à Berliner Dom, ou Catedral de Berlim, situada em um pequeno, mas lindíssimo parque, o Lustgarten. Meu queixo caiu ao entrar nela.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Prédios Históricos: Reichstag (falarei sobre a visita em um post à parte), Rotes Rathaus (Prefeitura Vermelha), Humboldt Universität, Schloss Bellevue (residência oficial do Chanceler alemão), Staatsoper Unter Den Linden.

Rotes Rathaus (Prefeitura Vermelha)
Rotes Rathaus (Prefeitura Vermelha)

 

Parques: Lustgarten, Potsdam, Charlottenburg. O Lustgarten é um pequeno parque bem no centro de Berlim, lindíssimo, ótimo para se esticar e descansar num fim de tarde. Potsdam e Charlottenburg são mais afastados do centro, mas possuem linhas de U-Bahn e S-Bahn que facilmente nos levam até lá. São passeios que podem durar um dia todo, e recomendo para quem tem tempo disponível, pois além de um passeio belíssimo pelos parques, que são enormes, há palácios lindíssimos a serem visitados, como o Schloss Charlottenburg, e o Sanssouci e o Neues Palais, estes situados em Potsdam.

 

Monumentos: Sowjetisches Ehrenmal (Memorial de Guerra Soviético),  Siegessaule (Coluna da Vitória), Neue Wache (a Casa da Guarda, que se transformou no  Memorial para as Vítimas da Guerra e da Tirania), Fernsehturm (não é exatamente um monumento, é uma torre de TV, mas é um símbolo em Berlim, e acesa à noite, fica bem bonita), Checkpoint Charlie, Brandemburger Tor. 

Checkpoint Charlie
Checkpoint Charlie
Porta de Brandemburgo (Brandemburger Tor)
Porta de Brandemburgo (Brandemburger Tor)

 

Passeios fora da Cidade:  Vale a pena visitar Leipzig. Fiz essa visita aconselhada pela Bia, uma amiga que mora há dez anos na Alemanha e me deu dicas ótimas. É um bate e volta imperdível,  a menos de uma hora e meia de trem, partindo de Berlim.  Leipzig é local importante na vida de vários alemães famosos,  que ali nasceram ou viveram, como Bach, Mendelssohn, Wagner  e Goethe.

O outro conselho da Bia foi uma visita a Dresden. E aí segue uma dica bacana, para quem gosta de otimizar o roteiro, como eu: Se você vai de Berlim a Praga, pode comprar o bilhete com uma “janela” de quantas horas definir, o que permite uma parada, exatamente no meio do caminho, em Dresden, sem que se desembolse um centavo a mais de passagem para isso. Dresden é lindíssima, e vale a parada.

 

Compras:

 

Berlim não é, propriamente, um lugar atrativo para compras. Mas para quem não pode sair sem uma comprinha básica, posso indicar a Primark (tem umas pechinchas ótimas), o shopping Alexa, e a Galeria Kaufhof (essa é para quem procura as marcas um pouco mais sofisticadas). Isso tudo fica na Alexanderplatz, também equipada com vários outros tipos de lojas e farmácias.

Como a Avenida Unter den Linden é passagem obrigatória para quem visita os pontos turísticos principais de Berlim (a Catedral de Berlim fica numa ponta e a Porta de Brandemburgo na outra), é impossível não perceber a Nivea Haus, no número 28, templo dos produtos Nivea. Os preços não são propriamente uma pechincha, mas valem pela qualidade dos produtos. E, por fim, para quem ama mesmo compras, a Kurfurstendamm, ou Ku’Damm, é passagem obrigatória, sendo o ponto alto do trajeto a Kaufhaus des Westens (KaDeWe), uma loja de departamentos enorme, voltada para marcas de luxo, tais como Chanel, Dior, Gucci, Chanel, Louis Vuitton, por exemplo.

Em breve mais posts com detalhes de Berlim!

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Frankfurt

Dicas e perrengues em uma viagem pela Alemanha, França e República Tcheca

Essa Viagem do leitor de hoje narra tudo que minha amiga Andrea Bisaggio passou na sua ida à Alemanha, República Tcheca e França. Ela dá muitas dicas e alerta para os perrengues que passou!
Por Andrea Bisaggio
Os preparativos
Esta viagem foi um presente para o meu filho que fez 18 anos e passou no vestibular.
Queria muito que ele conhecesse a Alemanha, país que eu adoro.
Não temos o hábito de fazer roteiros detalhados. Planejamos ir na Croácia, República Tcheca, França e Alemanha e por isso acabei comprando um eurail Global Pass, pois poderíamos ir a qualquer país da Europa.
Dica 1: planeje e economize no passe.
Ponte Carlos - Praga
Ponte Carlos - Praga

O voo

Voamos de Air France. Meu último voo por esta cia foi em 2010. Estranhei um pouco a queda nos serviços. Não ganhamos mais a necessaire com meia por exemplo.  Na volta o sorvete que em 2010 era Haagen Daaz foi substituído por outra marca e não ficou à vontade para pegarmos, foi apenas servido pela aeromoça. Pagamos o seat plus no voo da volta. Não era o espaço que imaginamos, mas qualquer coisa é melhor do que ir no espaço normal.
Dica 2: o que gastamos no deslocamento entre França e Alemanha e no hotel em Paris, não compensou voar de Air France. Dava no mesmo ir pela TAM para Frankfurt. 
A viagem
A ideia era chegar em Paris e ir direto para Nuremberg, onde ficaria na casa de uma amiga.
Quando chegamos na Gare às 9h da manhã, fomos informados de que não tinha vaga para portador de passe no próximo trem para Nuremberg. Teríamos que esperar ate às 15:30. Na hora não pensei direito e acabei fazendo a reserva para este trem. Ainda no balcão pensei que eu poderia dormir em Paris e ir para Alemanha no dia seguinte, apenas para descansar. Mas a vendedora não quis nos reembolsar.
Dica 3: na França, mesmo com passe, exige-se reserva de assento no trem. Entretanto tais assentos são limitados, como as milhas. Eu já tinha passado por esta situação em 2007, porém não lembrava. Já na Alemanha e na Suíça, basta você entrar no trem e sentar. Então quem for usar passe na França, faça a reserva do trecho com antecedência.
Andrea onde ficava o muro de Berlim
a linha  onde ficava o muro de Berlim e separava as duas Alemanhas

Fizemos base na casa de uma amiga em Nuremberg e de lá fomos indo e vindo para várias cidades.

Nosso foco era comer comidas típicas e beber cervejas.
Chegamos em Nuremebrg no sábado bem tarde. No domingo fomos conhecer o centro histórico da cidade e seu castelo.Na segunda-feira era feriado, então pensei em aproveitar o dia viajando, já que nada abriria. Fomos então para Berlim, na casa de outra amiga.
Já de noite fomos ver alguns pontos turísticos, pois mesmo sem sol, estava anoitecendo mais tarde.
Aliás, a falta de sol foi um problema. Não fomos preparados para o frio que pegamos. Os amigos de lá disseram que estava fazendo calor e que bastava um casaquinho leve. Só que em tempos de aquecimento global, esfriou e choveu muito. Chegamos a pegar 6 graus na chegada em Paris.
Minha base em Berlim, a casa de uma amiga, foi na rua das compras. Ficamos dois dias por lá.
Vale lembrar que o passe de trem dá direito a usar o S-bahn (metrô de superfície) das cidades. Então aproveitamos bem esta facilidade do passe.
Mesmo assim, para otimizar o dia, pegamos o ônibus turístico hop on, hop off para conhecer os pontos turísticos. Jantamos em um restaurante típico da Alemanha e na segunda noite fomos ao Hard Rock Cafe.
De Berlim fomos para Praga. Minha amiga me disse que lá era meio perigoso, que havia muitos batedores de carteira. Só que esqueci a doleira em Nuremberg. Também nos falaram que os taxistas são enroladores. Chegamos em Praga e pegamos mesmo o metro para irmos para o hotel.
Lendo nos blogs, vi que seria legal ficar na região de Mala Strana, paret histórica de Praga. Só que vi que la não tem metrô, então optamos por ficar em outro bairro perto do metrô.
Nosso hotel foi o Sait George (55 € a diária). Bom, café da manhã farto, atendimento excelente, porém não tinha internet no quarto. Dava para ir andando para a Wenceslau Platz. Detalhe: uma senhora nos disse que estávamos na primavera mais fria desde 1979!
Como pretendíamos ficar apenas dois dias por lá, também pegamos o hop on, hop off para otimizar. Em determinado ponto descemos e caminhamos para chegar na Ponte Carlos. No ônibus fomos alertados para tomar cuidado com a bolsa. A esta altura eu estava neurótica!
Paramos para almoçar no McDonald's, relaxei com a bolsa e acabei sendo furtada. Bem, com isso perdemos o passe de trem e o passaporte, ja que coloquei tudo junto na bolsinha de dinheiro. Depois de tudo resolvido (polícia, embaixada, etc) a gente se mandou de volta para Nuremberg.
Salzburg
Salzburg

Sem o passe fiquei meio perdida sobre a continuidade da viagem. Gostaríamos de passar numa cidade chamada Pilsen, onde foi criada a cerveja Pilsen, cuja receita se encontra em três cofres na Europa. Mas decidimos por voltar logo para a Alemanha. A companhia de trem Alemã (Deutsche Bann) tem ônibus ligando Praga a Nuremberg e Munique em seis horários diários, sendo bem mais rápido que o trem e pouca coisa mais cara. Os ônibus são um luxo! Muito confortáveis, com rodomoça vendendo snacks e bebidas.

Ficamos na sexta e no sábado em Nuremberg. Ainda estava meio sem rumo após o furto, tentando pegar cartões emergenciais, etc.
Minha amiga me disse que havia passe de trem regional que custava 36€ e que podiam andar até cinco pessoas, saindo a partir das 9h da manhã  até as três da manhã do outro dia. Então optamos por usar estes trens. Eles são mais lentos que os outros, mas não muito. Dava uma diferença de meia hora, ou uma no máximo. Fomos então conhecer Salzburg.
No dia seguinte fomos a Munique. Almoçamos na famosa cervejaria Hofbrauhaus. Vale a pena, porém não pode ter pressa. Se ficar chamando o garçom ele não te atende... Tem que ser quando ele achar que deve ir.. Mas tudo bem, não estávamos com pressa. Lá são aquelas mesas enormes e você senta onde tiver espaço. Isso é legal pois logo você estará interagindo com pessoas do mundo todo.
Frankfurt
Frankfurt

Tive que ir a Frankfurt, pois reservei errado um hotel que não podia cancelar e  para sair do estado o passe regional subia para 50€.

Lá nos hospedamos no hotel Excelsior (60€). Café da manhã fartíssimo. Tem de tudo, até comida chinesa!! O frigobar é incluído na diária. Sim, podemos beber tudo que está dentro! Tem suco, cerveja, refrigerante e água. O hotel é antigo, mas fica do lado da estação de trem, então acho que tem um excelente custo benefício.
Quem sentir falta de uma comidinha brasileira não deixe de ir no Empório Vida Bio (Hasengasse 2). Todo sábado tem feijoada. Eu comi bolinho de aipim com carne seca.
Estava se aproximando o fim da viagem e minhas malas estavam bem pesadas. Para quem está de trem isto não é legal. Os espaços para bagagem grandes não são muitos. Então preferimos deixar tudo em Nuremberg e mesmo perdendo mais tempo, ir a outras cidades e ir de Nuremberg para Paris de uma vez só.
Dica 4: se não estiver de mochilão ou com poucas malas, esqueça o trem.
Ulm
Igreja com a maior torre do mundo em Ulm

Então fomos visitar outro amigo em Wablingem, próxima a Stuttgard. Passamos três noites lá e visitamos Baden baden, Ulm, Augsburg e Offenburg. Ulm tem a igreja com a maior torre do mundo com mais de 700 degraus! É a cidade onde nasceu Einstein.

Sem o passe de trem, cancelamos nossa ida para a Croacia. Queríamos conhecer o Parque Plitvice, mas ficará para a próxima.
Offenburg
Offenburg

Retornamos de Nuremberg para Paris dois dias antes do voo. Reservei um hotel Ibis perto da Gare, pois estava com muitas malas e já tinha decidido ir de taxi pro aeroporto. Acontece que no Ibis, se você não colocar seu cartão de crédito sua reserva cai às 19h. Eu pensei nisso e avisei que chegaria às 22h. Dei meu número do cartão emergencial. Ao chegar lá a reserva tinha caído pois não conseguiram passar o cartão.

Dica 5: cartão emergencial só funciona com sua assinatura, portanto nada de fazer reservas usando ele.
Como era tarde, reservamos um hotel espelunca por perto e na noite seguinte consegui um Mercure para passar a última noite mais digna.
Em Paris finalmente o sol apareceu e aproveitamos dois dias na cidade!