
Óbvio que ninguém quer pensar em situações ruins que podem acontecer em uma viagem, mas como diria a minha avó ‘seguro morreu de velho” e é preciso pensar em tudo, no lado bom, e no que pode acontecer de ruim. E aí que entra o seguro viagem.
Ele acaba sendo uma medida de prevenção financeira para um eventual acidente, extravio de bagagens, passando por contração de doença e em até mesmo caso de morte. Tudo isso que se acontecer fora do país pode causar custos altíssimos e simplesmente um pé quebrado pode custar mais caro do que a própria viagem.
Aí você fala “sou cuidadosa, nada vai acontecer” . Só pra ter noção do que eu já vi de amigos: o pai de um deles morreu na Grécia, infartou, e foi uma fortuna para trazer o corpo pois não tinha seguro; família de amigos foi pra Cancun e o filho mais velho teve crise de bronquite grave (primeira da vida dele) no primeiro dia, ficou internado os outros 5, a sorte é que eles tinham feito seguro; amiga quebrou o pé em Bariloche esquiando, e não foi à falência por ter seguro. E quem não lembra do acidente de balão na Turquia onde os seguros eram diferentes e não cobriam todas as despesas de uns? Porque ainda tem isso… saber que tipo de cobertura é preciso.
Enfim, é necessário e não custa caro! Sei disso bem porque já fui agente de viagem e vendia, os preços das empresas mais sérias são nivelados e o serviço idem. Nunca comprei para viagem nacional, apenas para internacional, e recomendo muito. Fiz uma lista do que é importante saber antes de contratar o seguro:
Alguns países exigem seguro viagem para turistas
Em função do Tratado de Schengen, que estabelece a obrigatoriedade de que os turistas que visitam alguns países da Europa comprovem possuir um seguro/assistência viagem com cobertura mínima de 30 mil euros para caso de doença ou acidente. Os países signatários do tratado são: Alemanha, Austria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Holanda, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Romênia e Suécia). Outro detalhe é que este tratado também estabelece que a empresa de assistência/seguro viagem tem que estar estabelecida em um dos países signatários.
Cuba também exige o seguro viagem, sendo que é possível comprar no destino no próprio aeroporto. Na Austrália a exigência é feita aos estudantes de intercâmbio e com um seguro específico.
Diferença entre Seguro Viagem e Assistência Viagem
Tirando a parte de que seguro só pode ser comercializado por uma seguradora, a grande diferença entre os dois se refere à cobertura de procedimentos médicos, e por isso é preciso ficar atento. Quando se compra uma assistência, os serviços e tratamentos médicos serão dentro de uma rede credenciada, e nesse caso eu sugiro ver se no destino que você está indo existe uma boa oferta, tanto em qualidade como em quantidade. Se por acaso você se acidentar, é preciso ligar para a central de atendimento e consultar quais os hospitais conveniados. A vantagem da assistência, na minha opinião, é que o cliente não paga nada durante os procedimentos, basta apresentar o cartão da assistência.
Quando se compra o seguro, o cliente tem a opção de escolher a clínica que ele quiser, porém pagará o valor do tratamento no destino e depois solicitar o reembolso das despesas. A vantagem, na minha opinião do seguro é poder escolher um hospital considerado melhor, principalmente se for caso grave.
Tipos de cobertura
O seguro viagem tem que oferecer, obrigatoriamente, proteção para riscos de morte acidental e invalidez permanente total ou parcial por acidente. Normalmente a cobertura com despesas médicas e hospitalares fazem parte do plano básico, mas existem outras coberturas que podem ser incluídas como despessas odontológicas, diárias por atraso de vôo, perda ou roubo de bagagem e danos a malas, cancelamentos de viagem, assistência jurídica, passagem de ida e volta para um familiar, medicamentos, entre outras. Claro que quanto mais coberturas incluir, mais caro fica. Mas tudo depende do viajante e do destino. Eu mesma acabei de comprar um cruzeiro pelo Caribe em setembro, temporada de furacão, e como é algo que não dá pra prever, contratei um seguro com essa cobertura específica. Isso se aplica também a quem tem alguma doença crônica, pois nesse caso os seguros não cobrem, a não ser que faça algo específico. Assim como viagens de aventuras, se for esquiar ou fazer algo radical é preciso fazer um seguro específico para esse tipo de atividade.
Outro detalhe importante e que pode ser solucionado com o corretor ou com o agente de viagem é o valor da cobertura, afinal ele tem que ser compatível com o país visitado. As agências têm uma tabela de valor de cobertura para os países mais visitados.
Seguro oferecido pelos Cartões de Crédito
É preciso ficar atento com esse tipo de seguro, pois não basta ter o cartão, é preciso comprar as passagens da viagem com ele. E é preciso verificar o valor de cobertura, pois pode ser de valor baixo ou insuficiente. Eu já viajei muito só com esse tipo de seguro, e hoje prefiro comprar por fora, para garantir que terei uma cobertura adequada, até porque viajo com as minhas filhas.
Em caso de uso de acidente ou qualquer uso do seguro
O contato com a seguradora/assistência deve ser feito o mais breve possível, através dos contatos fornecidos na aquisição. Por isso é bom que tenha os telefones deles e o número da apólice anotados e vários lugares. O ideal é fazer cópia da apólice e deixar com alguém aqui no Brasil.
Não esqueça de guardar TODOS os comprovantes de despesas médicas para pedir o reembolso. E em caso de bagagens e vôos, guarde tudo que puder.
Problemas com a seguradora/assistência
Infelizmente tudo é possível, inclusive dar problema com a seguradora/assistência. Caso isso aconteça basta ligar para a SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) que é o órgão do governo responsável pelo controle e fiscalização do mercado de seguros no telefone 0800 0218484.
Escolhendo a empresa seguradora/assistência
Bom, eu já fiz com várias e não opto pela mais barata. É o tipo de coisa que não se brinca. Vejo muita reclamação e o que eu sugiro que se faça é pedir uma recomendação ao seu agente de viagem , caso você tenha, e dar uma olhada na reputação da empresa no Reclame Aqui. O que eu evito sempre é comprar seguro que não seja de empresa do Brasil, pois se tivermos problemas fica muito mais difícil recorrer.
Deixo aqui o link para contratar o seguro on line, da Travel Ace, que já usei e sou hoje afiliada, portanto, contratando através do blog eu ganho uma comissão, comissão esta que se eu não ganhasse , o vendedor da agência ou da seguradora ganhariam, portanto o preço é o mesmo, e assim você ainda ajuda o blog.
Simulador
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Seguro viagem é muito importante. Nunca saio do país sem. Eu, particularmente, prefiro assistencia viagem, pois não precisamos desembolsar nada quando nos machucamos. Já o seguro, você gasta do seu bolso e depois é reembolsado. Sempre viajo com a Touristcard, que é assistência. Já tive a má sorte de pegar pneumonia em uma viagem para o Canadá e fui muito bem atendida.
Repostei na página do FB. Importante e esclarecedor o seu post.
Oi Flavia!
Ótimo post! Super necessário e esclarecedor!
Eu estou publicando no Viagens que Sonhamos uma série com relatos de leitores que precisaram acionar o seguro durante a viagem, com os mais variados planos.
Acho que é interessante o leitor ter referencia de como é o atendimento, caso seja necessário!
Bjs,
Fran @ViagensqueSonhamos
Pois é, também acho! vou lá dar uma olhada!! bjs