A emoção de participar de um momento histórico na missa de etronização do Papa Francisco no Vaticano
O Guilherme Vasconcelos acabou de chegar da Itália e conta tudo sobre a experiência , a emoção de assistir à missa de etronização (que marcou o início oficial do pontificado) do Papa Francisco e de participar desse momento, que independente de religião e crenças, foi histórico. E com certeza ele e sua família não esquecerão desse momento nunca! Eu confesso que gostaria muito de ter estado lá também.. ainda bem que ele compartilhou com a gente e com ótimas fotos!
Por Guilherme Vasconcelos

Uma incrível coincidência. Só isso poderia descrever o fato de estar em Roma justamente no dia da missa de entronização do Papa Francisco, o primeiro Papa latino-americano da Igreja Católica.

Como a maioria dos brasileiros que viajam para a Europa, as passagens estavam compradas há pelo menos 5 meses, quando aproveitei os bons preços da cia aérea Alitalia. Formamos um grupo de oito pessoas dentre amigos e familiares - a maioria viajando pela primeira vez ao Velho Continente. Hotéis reservados e visitas programadas (incluindo, é claro, a tradicional ida ao Vaticano), jamais imaginaríamos o que estava por vir.

Depois da renúncia do Papa Bento XVI, torcemos para que o conclave fosse o mais rápido possível. De qualquer forma, já estávamos com ingressos em mãos para a Audiência Geral que ocorre às quartas-feiras (solicitados por correio através do formulário retirado no site do Vaticano).

Mas não foi necessário utilizá-los. A cerimonia de entronização foi marcada para o dia 19 de março, dia de São José. Chegamos ao Vaticano em torno das 9:30 da manhã. Segundo os noticiários italianos, eram 200 mil pessoas na Praça São Pedro. Tudo muito bem organizado e com muitos procedimentos de segurança, como ja era de se esperar. Nos posicionamos junto de um dos corredores centrais, na esperança de ver o Papa de perto. Às 10:45h, o papa-móvel (um modelo simples sem qualquer proteção ou vidros) começou a circular entre os fiéis. Para nossa admiração, o veículo passou 2 vezes a poucos metros de nós. Indescritível!

Ganhamos, ainda, livretos para acompanhar a celebração, que teve duração aproximada de 2 horas, além de fotos e mensagens que saudavam o novo Papa.
Entrar no Vaticano, vivenciar toda essa emoção e participar daquele momento histórico foi um dos grandes presentes dessa viagem em família. O que mais impressionou foi sentir a paz em um lugar com pessoas das mais diversas nacionalidades, idades, raças e credos.
Independente de religião, foi uma oportunidade de agradecer todas as coisas boas da vida. Uma experiência inesquecível!
Hotel em NY: The Roosevelt Hotel
Adoro dicas de hotéis, porque por mais que a gente viaje, não dá pra conhecer todas as opções de hospedagem dos lugares.. Essa Dica do Leitor de hoje é da Andrea Bisagio que conta os pontos positivos e também abre o jogo sobre tudo o que não gostou, com direito a algumas fotos! (adoro!)
Por Andrea Bisagio

Neste carnaval resolvemos fugir do Rio e fomos para New York. Ficamos hospedados no The Roosevelt Hotel, que fica na Madson, com saída para as ruas 45 e 46. É, ele ocupa uma quadra. São mais de mil quartos!

Foi a segunda vez que ficamos nele. Ele fica bem localizado, a poucas quadras da times square, na Rua dos restaurantes brasileiros (sim, eu preciso comer feijão) e pertíssimo da Grand Central Station.


No nosso quarto a tampa do vaso sanitário estava quebrada, a banheira suja e entupia durante o banho.
Buenos Aires: pegadinhas da cidade e algumas dicas do leitor
O Artur Lemos acabou de chegar de Buenos Aires e nos conta algumas pegadinhas no sentido de malandragem dos argentinos com relação aos brasileiros para ganhar mais, dá algumas dicas e conta um pouco como foi a viagem!

Fiz uma rápida viagem à Buenos Aires. Lá encontrei tantos brasileiros quanto aqui, é brasileiro para todos os lados. E alguns argentinos fazendo a festa com a invasão brasileira e os nossos reais.
O cambio nos é favorável: 1 peso = 0,50 reais, porém, que ninguém se iluda, a vida por lá anda pelos olhos da cara. Tudo muito caro. Cheguei a pagar por uma garrafa de agua mineral das pequenas, o equivalente a R$ 9,00. É claro que depende do lugar onde você vai comprar.
Mas me chamou atenção, a “malandragem” de alguns argentinos com relação a nós. Exemplifico:
- Em um restaurante, com um bife de chorizo maravilhoso, pedi uma garrafa pequena de vinho para acompanhar a carne. No cardápio, constava 40 pesos. Pedido feito, volta o garçom, dizendo que o vinho escolhido estava em falta e me apresenta um outro. Questionado sobre o preço, ouvi que era a “a misma cosa”, um pouco mais caro. Aceitei em confiança. No final, a conta me trouxe a surpresa: o preço do vinho era mais que o dobro do escolhido por mim a princípio.
- O taxi que me levou de Ezeiza ao hotel no centro, custou 270 pesos, apesar dos sites da internet afirmarem que o custo era variável entre 160 e 180 pesos. Na volta, ajustei no hotel outro taxi para o trajeto inverso, por 200 pesos. No aeroporto, quando fui pagar ao motorista, um senhor de cabelos brancos, me foi cobrada a quantia de 240 pesos. Ou seja, não se pode confiar nos pactos eventualmente feitos.
Mas Buenos Aires continua uma cidade fantástica, apesar desses infortúnios. Nessa época do ano, fim de primavera, as árvores ainda estão floridas e a temperatura muito agradável na maior parte do tempo. Cidade onde se come muito bem e se pode comprar roupas de ótima qualidade, apesar dos preços inflacionados.

O shopping de Recoleta (que me lembrou o nosso Fashion Mall no Rio), é um local onde se encontram produtos de muita qualidade. Também o tradicional Galerias Pacifico, localizado na Calle Florida, oferece artigos de primeira qualidade para quem está disposto a gastar os seus reais.
A cotação do peso em relação ao dólar no Free Shop de Buenos Aires, estava a U$ 1,00 = $ 4,83 pesos.
Um aviso: jamais façam cambio com aqueles que te oferecem o tempo na Calle Florida, porque além da cotação ser desfavorável, corre-se o risco de receber pesos falsos. Cambio só no Banco de la Nacion Argentina, agencia central, perto da Casa Rosada.
Alfajores são os Havannas e ponto final.
Bife de Chorizo, recomendo o do El Establo, na Rua Paraguay 489, é maravilhoso. Apenas cuidado com os garçons. Se estiver na Recoleta, pode ir sem susto no Montana Ranch, Calle Roberto M. Ortiz, 1.813.
Os bons shows de Tango (imperdíveis para quem não conhece), estão na faixa de 400 pesos. O Teatro Colón, o mais famoso e tradicional teatro de ópera da America Latina, após longa reforma, iria reabrir ontem, dia 27 com uma montagem inédita do Anel dos Nibelungos de Wagner. Se por la ainda estivesse, seria programa certo.
Enfim, Buenos Aires continua sendo um lugar charmoso e agradável, além de ser perto, onde se pode desfrutar bons momentos.Vale a pena ir!
Perrengues causados pelo Sandy relatados por uma turista em Nova Iorque
Eu vou confessar: evito ao máximo ir para a Flórida no segundo semestre por causa dos furacões, assim como para o Caribe ... tenho fotos de Cancun destruída por um furacão quando estive lá em 2006. Mas Nova Iorque nunca esteve nessa minha "lista negra" para o segundo semestre.. já morei lá de agosto à outubro e foi super tranquilo. Durante a passagem do Sandy me preocupei com algumas amigas que estavam na região. Uma delas que mora em Nova Jersey e se preparou, eu me preocupei menos, a Dani, que estava à passeio em NY é que me deixou mais preocupada. Isso porque quem mora nesses lugares, e a passagem de um furacão não é algo impossível, já está preparado psicologicamente para isso, além de ter tempo, espaço, infraestrutura para se preparar especificamente para os transtornos causados pela passagem de um furacão. E a Dani fez esse relato dessa experiência dela lá em NY e isso mostra como é diferente a passagem de um furacão no ponto de vista de morador x turista..
Furacão Sandy em NY - nós estávamos lá!!! por Daniela Perez
Eu e meu marido fizemos dez anos de casados e para comemorar, planejamos uma viagem para Nova York. Embarcamos dia 21 de Outubro e retornaríamos da Big Apple no dia 30 do mesmo mês, se não fosse o furacão Sandy ter cruzado nosso caminho…

Aproveitávamos bastante a viagem, quando começaram as primeiras ligações e mensagens de parentes e amigos preocupados conosco já que o Sandy se aproximava. Como alugamos um apartamento - na 7th Avenue, esquina com a 14th street - que não tinha televisão, estávamos completamente alheios ao Sandy e a toda expectativa referente a sua chegada. Quando no sábado dia 27 de Outubro parentes nos perguntaram pela primeira vez se sabíamos do furacão, respondemos que não sabíamos de nada e saímos para passear! Final de semana de festas de Halloween, o povo fantasiado nas ruas e nós íamos ficar nos preocupando com o furacão Sandy??? Tem dó! Afinal, com esse nome ele não deveria ser tão assustador… No entanto, não podíamos deixar de levar em consideração o que diziam nossos parentes e amigos e por via das dúvidas, começamos ainda no sábado a acompanhar pela internet as notícias do furacão.
Domingo (28 de Out) de manhã ainda saímos para passear, no entanto, neste dia às 17hs as autoridades americanas resolveram interromper o funcionamento do metrô. Voltamos para o apartamento antes das 17hs e ainda víamos muitas pessoas nas ruas. Tínhamos água mineral, uma mini lanterna-chaveiro e alguma comida. Achamos que nosso kit-furacão já estava de bom tamanho, no entanto, diante dos apelos dramáticos de nossos familiares, resolvemos sair para comprar mais água e comida no mercado do outro lado da rua. Para nossa surpresa, quando chegamos lá havia se formado uma fila na porta e apenas algumas pessoas de cada vez eram liberadas para entrar. Confesso que nesse momento comecei a ficar tensa, sentindo-me personagem daqueles filmes americanos em que se retrata o fim do mundo…
Depois de engordar um pouco mais nosso kit-furacão voltamos para o apartamento e lá ficamos até o Sandy passar, ou seja, permanecemos literalmente trancados no apartamento de domingo à tarde até terça-feira de manhã, o suposto dia de nossa volta ao Brasil.

A espera foi tensa, já que quando se vive no Brasil, não se tem idéia do que esperar de um furacão. Idéia até temos, mas uma coisa é você ver furacões em filmes ou até mesmo em imagens reais de reportagens e outra completamente diferente é você estar lá, in loccu, vivenciando aquilo tudo.
Assim, resolvemos traçar nossa estratégia. Antes de tudo, arrumamos nossas malas e as guardamos dentro dos armários, deixando de fora apenas uma peça de roupa para cada um. Como o apartamento tinha muitas janelas, na noite de segunda para terça - a noite em que o Sandy chegou - fizemos uma cama no corredor de entrada do apartamento e dormimos ali. Foi só mesmo nesta noite que o tempo piorou, antes a chuva era fina e apesar de o céu estar "bem carregado" de nuvens pretas o vento também não era assim tão intenso. No entanto, próximo das 19hs de segunda-feira (29 de Out) a ventania começou a se intensificar, a chuva ficou mais forte e às 20hs ficamos sem luz. Que noite! Dormir, nem pensar… Pensava no que fazer se as janelas quebrassem. Sairíamos do apartamento deixando as nossas malas para trás?? Sim, claro! O importante era estarmos seguros…Ai minhas comprinhas, os presentinhos da minha filha… Ah, minha filha, meus pais, como eles estariam no Brasil, preocupados conosco… Subitamente meus pensamentos eram interrompidos por sirenes de carros de bombeiros, ambulâncias… Voltava eu a pensar em quando conseguiríamos regressar ao Brasil, visto que a esta altura já havíamos perdido as esperanças de embarcar na data prevista… Enfim, tudo vinha à cabeça e nada de sono. Dormir, nem pensar!
Depois da tensão da noite, finalmente amanheceu! Sandy foi embora! Sim, ouvimos vento, choveu, mas para nós nada tão intenso que justificasse todo aquele alvoroço. Talvez por estarmos em um apartamento de fundos e no sexto andar tenhamos ficado mais protegidos… Assim, resolvemos descer para conversar com o porteiro, precisávamos ter uma noção dos estragos deixados pelo furacão.
As conversas que tivemos com o porteiro e com alguns moradores não foram nada animadoras… O prédio que estava sem luz, ficaria também sem água em algumas horas, transporte público não funcionaria naquele dia e o Sandy havia deixado muitos estragos. Houve uma explosão na rede elétrica da área e para conseguir carregar o celular tivemos que andar muito. Tarefas do dia: avisar aos nossos familiares que estávamos bem - OK; carregar o celular para tentar falar com a Cia aérea - OK; falar com a Cia aérea - não conseguimos!!!
Minha cunhada tentou resolver tudo do Brasil, descobrimos que meu retorno havia sido remarcado automaticamente pela cia aérea para as 8hs da manhã da quarta (31 Out) e que o vôo do meu marido não havia sido remarcado já que era de milhas?!?!?!?! Como assim??? Tentamos em vão encontrar um loja da cia aérea, mas depois de andar muuuiiiiittoooo, como já era de se esperar, a loja estava fechada.
Retornamos ao apartamento e na portaria nos deparamos com vários moradores deixando o prédio, que agora estava sem luz e sem água. Diante dessa situação, resolvemos fechar as malas e tentar um táxi para o aeroporto. Descer seis andares com quatro malas e no escuro não foi tarefa das mais fáceis - meu marido que o diga! Depois de algum tempo conseguimos um táxi que nos cobrou o dobro do habitual e lá fomos nós para o aeroporto…

Ao chegarmos lá, descobrimos que o aeroporto estava fechado!!! O que fazer? Desesperei! Chorei! O taxista se sensibilizou e foi de terminal em terminal, perguntando onde poderíamos ficar já que tínhamos um vôo muito cedo no dia seguinte. Nos deixaram ficar em um terminal, onde haviam algumas pessoas, dentre eles alguns brasileiros que estavam no aeroporto desde o dia anterior. Sentamos perto de umas alemães que falavam espanhol e prestando atenção na conversa delas descobri que haviam funcionários da Delta no terminal ao lado. Não pensamos duas vezes, pedimos para as meninas - que havíamos acabado de conhecer - tomarem conta de nossas malas e lá fomos nós correndo, tentar descobrir quando afinal poderíamos voltar, de preferência juntos no mesmo vôo.
Tivemos uma sorte incrível, fomos atendidos por uma moça super simpática que fez de tudo para nos ajudar! E finalmente, conseguimos ter uma data marcada para o retorno ao Brasil, os dois no mesmo vôo - dia 2 de Novembro (sexta-feira). Ficamos tão contentes que nem levamos em conta o fato de estarmos ainda no dia 30 de Outubro (terça-feira)…
Dormimos esta noite no aeroporto, em camas de camping improvisadas pelas cias aéreas. Passamos muito frio à noite, mas pelo menos conseguimos esticar as pernas… Pela manhã começamos a pensar o que poderíamos fazer… Tentamos ficar em algum hotel próximo ao aeroporto mas todos estavam lotados. Em Manhattan os hotéis também estavam cheios, já que as pessoas que tiveram seus vôos cancelados continuaram hospedadas e já começavam a chegar novos hóspedes para a meia maratona de NY (que acabou sendo cancelada). Eu tenho uma amiga em New Jersey, mas não tínhamos como chegar lá! O que fazer???
Acabamos ficando em Manhattan, na casa de um casal maravilhoso. Pessoas que nos acolheram apesar de suas próprias perdas com o Sandy! Ela, uma amiga brasileira da minha cunhada que mora há anos na terra do Tio Sam; ele, seu marido. Os dois nos salvaram de ficar morando por dois dias no aeroporto. Ufa! Que sufoco!
Finalmente, no sábado, dia 3 de Novembro, chegamos ao Rio de Janeiro, cidade maravilhosa onde furacões não existem!!! Uma comemoração de dez anos de casados para nunca mais esquecer!
Passeio de barco pelo Rio Douro
Seção Dica do Leitor: enviada por Erick Pessôa

Eu sou um grande fã do norte de Portugal e já visitei essa região por diversas vezes e tenho a cidade do Porto no meu coração. Já visitei vários pontos turísticos clássicos que em um futuro breve irei descrever e também já fui à várias cavas em Vila Nova de Gaia mas tinha um passeio em específico que sempre quis fazer mas por falta de tempo nunca tive a oportunidade; o passeio de dia inteiro no Rio Douro.
Pelo visto existem diversas variações desse passeio mas o que eu mais queria era um que sobe o rio Douro de barco mas existem passeios que vão de trem, ônibus e van. Mesmo subindo de barco o rio, a volta ainda será ou por ônibus ou por trem (ou comboio, como é chamado aqui na terrinha). Sem nenhum critério específico, fui parar com a operadora Barcadouro . O passeio em si parte do Cais de Gaia (Vila Nova de Gaia) às 8:30AM e navega o rio Douro até Peso da Régua, chegando lá por volta de 3:15PM. De lá, um trem parte 5:00PM de volta ao Porto, chegando na estação São Bento (estação central da cidade).
Vamos agora aos detalhes do tour. Quando compramos o voucher (no verão o valor do tour estava em 65 euros) nos foi enfatizado que o barco partia às 8:30AM em ponto e o operador ficou surpreso quando comentei que estava com o meu próprio carro e a 40 minutos do cais. Com todo esse receio, saímos bem cedo e cheguei sem maiores problemas quase uma hora antes do horário marcado. O tour oferece desconto no estacionamento Luiz I mas este é bem longe, perto da ponte ..... Preferi estacionar mais próximo ao cais, no estacionamento ao lado do teleférico. Por 14 horas de estacionamento, paguei um pouco mais de 13 euros.
O embarque assusta um pouco pois não tem organização de fila. Fiquei meio frustado pelo fato deles só deixarem embarcar no navio às 8:30, com isso, era óbvio que não zarparíamos no horário marcado mas sim por volta das 9:00. O embarque também é lento pois cada grupo tem uma mesa pré-definida, aí vem uma dica; quando fizer a reserva, peça lugares na mesa perto da janela, de preferência do lado esquerdo (usando a proa como orientação) pois terá mais coisas para se ver pela janela e é mais fácil tirar fotos. Se não conseguir um bom lugar, não fique frustrado, o barco tem dois andares e o deck superior é a céu aberto, de onde pode-se tirar ótimas fotos e apreciar a paisagem. O tour não tem muitas explicações (se eu não me engano, quatro ou cinco vezes) que são feitas via auto-falantes em português, inglês e espanhol. O problema é que se estiver nas mesas, é quase inaudível pois com o barulho das pessoas e dos motores se torna impossível ouvir.

Não há dúvida que o tour é para se apreciar a bela paisagem do vale do Douro, onde os morros são escarpados para o plantio das uvas que virão a se tornar o mundialmente famoso vinho do Porto. No verão a temperatura na região pode chegar aos 36 graus então é altamente recomendável protetor solar pois como venta bastante, não se sente tanto calor, principalmente se estiver no deck superior do navio.
Uma boa dica é levar sua própria garrafa d’água e talvez alguns petiscos. Não sei se foi o fato de ter saído de casa às 7AM ou fome mesmo mas achei bem fraco o fato de dizerem que oferecem café-da-manhã mas na verdade são apenas dois pãezinhos com manteiga ou geléia e café ou suco. E só até ao almoço. Qualquer bebida é paga à parte, inclusive água (80 centavos de euro por 250ml). O almoço foi servido só às 1:40PM, quando eu já estava quase morrendo de fome. Não sei se o menu é o mesmo mas no nosso caso foi uma sopa de batata, carne assada com batatas e um bolo de chocolate. A comida estava surpreendentemente saborosa para comida de um passeio de navio e ainda nos foi oferecido repetições. Acompanhando o almoço, vinho branco e tinto, juntamente com uma garrafa d’água para a mesa.
Ao longo da viagem, o barco para por duas vezes para atravessar duas eclusas mas em nenhum momento podemos desembarcar, a não ser no destino final, Peso da Régua. Chegamos lá por volta de 3:15PM e como o trem só sai às 5:00PM. O que tem para fazer em Peso da Régua? Segundo o próprio guia, nada. A cidade na verdade é uma vila mínima. Tem um pequeno museu do Minho com pouquíssima coisa para se fazer. Existe alguns passeios à vinhas locais. Como já conhecíamos várias vinhas, fomos na garrafeira do seu Oliveira onde podemos comprar vinhos do Porto artesanais de 20, 30 e 40 anos de idade por preços excepcionais (também comentarei em breve).
A estação de trem fica 5 minutos de caminhada do cais do Peso da Régua e é bem pequena. A viagem de trem é tranqüila com uma linda vista de um ângulo diferente do rio Douro. O trem é um trem intermunicipal comum, nada de especial, na verdade é uma viagem até meio longa, levando mais de duas horas. Bom para tirar uma sonequinha. Saltamos na estação de São Bento então é bom prestar atenção para saltar na estação certa. De qualquer forma o guia irá passar avisando que a próxima estação teremos que saltar. O grande problemas que tivemos é que a estação de São Bento fica distante do cais de Gaia e precisa-se pegar um taxi, que com o trânsito do Porto, pode-se levar um tempo para chegar de volta ao cais (uma corrida de aproximadamente 6 euros). Antes de sair da estação, gaste uns minutos apreciando os lindos mosaicos de azulejos da estação, são espetaculares e um dos poucos em Portugal que é colorido.

A conclusão é que o passeio vale a pena. Não é perfeito mas por 65 euros um passeio de 11 horas incluindo almoço não é fácil de achar. Isso sem contar que a paisagem do vale do Douro é de se tirar o fôlego. Tendo um dia disponível nessa área, é definitivamente algo que pode ser feito.
Erick também é blogueiro e seu blog é o Vivo Viajando