Serra Gaúcha – do vinho aos cânions – Maria Fumaça, Café Colonial e outras gostosuras
Parte 2 :Café Colonial, Nova Petrópolis, Vinhos, Garibaldi, Bento Gonçalves, Passeio de Maria Fumaça , Carlos Barbosa
Nova Petrópolis é muito conhecida pelos seus cafés coloniais, verdadeira "orgia gastronômica" oferecida em diversos restaurantes na cidade, aliás, se alguém está querendo fazer dieta durante a viagem, desista, isso é praticamente impossível, é deixar de aproveitar a oportunidade de comer maravilhosamente bem, não vale a pena se privar dessas delícias!

E fui no mais famoso dele o Opa's Kaffeehaus que serve 45 especiariais alemãs e com uma vista maravilhosa.

É em Bento Gonçalves que sai a famosa Maria Fumaça em um passeio temático em direção à Carlos Barbosa, com vinho, suco de uva,espumante, música gaúcha e italiana, danças folclóricas da região e muita, mas muita animação.

Um programa típico pra turistas mas é imperdível! E ainda é interativo e quando você menos espera está no meio do vagão dançando músicas típicas italianas junto aos grupos folclóricos! O passeio dura cerca de 1;30hs. É preciso fazer reserva.


Vale dos Vinhedos - Serra Gaúcha: do vinho aos cânions

Vinhos, Espumantes, Garibaldi, Bento Gonçalves, Vinícolas.
A Serra Gaúcha é um destino que agrada a vários tipos de viajantes, com diferentes interesses: crianças, casais, enófilos, ecoturistas e etc... Quando visitei a região, fiz um roteiro englobando um pouco de tudo, saindo de carro de Porto Alegre e visitando as cidades nessa ordem: Garibaldi, Bento Gonçalves, Nova Petrópolis, Gramado, Canela e Cambará do Sul. O foco era enoturismo, mas adoro ecoturismo e estando tão pertinho, não poderia deixar de conhecer os famosos cânions de Cambará do Sul.

Comecei com Garibaldi, cidade grande produtora de espumantes a 15 km de Bento Gonçalves, portanto a visita é imperdível, pois um bom enófilo também curte um bom espumante. E é em Garibaldi que se encontram as vinícolas famosas como Chandon do Brasil e a Vinícola Garibaldi, que junto com outras vinícolas da cidade formam a "Rota dos Espumantes". Como meu tempo era escasso, visitei apenas uma, a Chandon do Brasil.

Lá eu fiz uma visita guiada e depois degustação... fui do Brut ao Rosé, passando pelo Demi-Sec e seus especiais... Tudo de bom! :D Depois é só comprar tudo que mais gostou! A entrada é gratuita e as visitas não precisam ser agendadas, podendo ser feitas nos seguintes horários: - de segundas à sextas das 8:15 hs às 11:30hs; e das 13:15hs às 16:30hs. - sábados das 9:00hs às 12:00hs e das 13:00hs às 16:00hs.

Vale a pena! Outra vinícola produtora de espumante que me indicaram para visitar em Garibaldi foi a Peterlongo , o argumento é que a visita é mais interativa, mas não pude ir.
De Garibaldi eu fui em direção à Bento Gonçalves e parei no melhor galeto do Brasil eleito pelo Guia 4 Rodas: Giuseppe, hoje com o nome de Casa di Paolo. Ainda é pelo que vi no Guia o melhor galeto do país, e realmente eu adorei! Li também que abriram filial em Gramado.
Do almoço parti para o famoso Vale dos Vinhedos _ região de fronteira entre Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul, que foi ocupada por imigrantes italianos que implementaram a vitivinicultura aproveitando a boa combinação do solo, clima, terroir.
Os vinhos do Vale dos Vinhedos são os únicos no Brasil a deterem Denominação de Origem (2010) e a região foi a primeira no país a ser reconhecida como Indicação Geográfica. A vontade que dá é de visitar todas as vinícolas ou pelo menos as mais famosas. Para isso é preciso pelo menos uns 4 dias dedicados ao enoturismo. Recomendo, aliás não imagino como fazer de outro jeito, que se hospede em Bento Gonçalves, de preferência, claro, em uma vinícola. Nada melhor que se hospedar em uma delas para entrar de vez no clima.

Eu me hospedei na Pousada da Casa Valduga, conhecida como Villa Valduga, e recomendo 100000 vezes! Abrir a janela e ver os vinhedos da janela do quarto pela manhã é o tipo de coisa que não tem preço! E mais que isso, é super romântico! S2 :D

Na hospedagem ganhei o curso de degustação e visitação. Passamos pelos barris antigos, os novos e pelo que eu acho que é sempre o ponto alto: pelos vinhedos! Mas a Casa Valduga tem um trunfo em relação às outras vinícolas: possui a maior cave de espumantes da América Latina, com capacidade para até 6 milhões de garrafas que 'descansam" de cabeça pra baixo, passando pela segunda fermentação, no método de champenoise.

Depois uma sessão de degustação, que até eu que estou habituada a beber 5, 6, taças, fiquei mais "alegre" pois a degustação é bem variada.
Mas se fosse voltar agora, tentaria ficar no Spa do Vinho, super bem recomendado, fica no topo de uma montanha cercado por vinhedos. E como o nome diz, o spa é repleto de tratamentos à base de vinho! Quero MUITO ir pra lá e fazer esses tratamentos! :D
Uma vinícola que é imperdível pelo porte, pela estrutura mesmo para receber os turistas é a Miolo.

Confesso que a estrutura chega a "assustar" no sentido de parecer "americanizada", mas é indiscutível qualidade do atendimento e claro, dos vinhos da Miolo. Sou fã do Lote 43. Não precisa de agendamento para a visitação, que pode ser feita de segunda à sábado das 8:00hs às 18:00hs e domingos das 9:00hs às 17:00hs.
Passei pela Vinícola Aurora muito rapidinho porque perdi a hora na Miolo. Isso me "obriga"a voltar para o Vale dos Vinhedos e passar com mais calma pelas vinícolas, são muitas, de preferência na Vindima (período de festividades pela colheita da uva, com eventos, cursos) e com direito a participar da brincadeira de "pisar" nas uvas, método antigo de vinificação que não é mais usado mas que é lembrado nas celebrações das vindimas pelo mundo afora.
Enoturismo - Vindima 2008 nas Serras Gaúchas
Mês de fevereiro está praticamente aí, e é o mês da Vindima (colheita das uvas) no Vale dos Vinhedos nas Serras Gaúchas. Uma viagem bem interessante para quem gosta de enoturismo. Para quem não sabe, enoturismo é o segmento do turismo motivado pelos enófilos (pessoas apreciadoras de vinhos, os amantes de vinhos) que focam em viagens com o objetivo de conhecer regiões vinículas e degustar seus vinhos. O Brasil ainda está começando a dar seus passos no enoturismo, até porque a nossa produção também é jovem, assim como o conhecimento e o estudo dos vinhos é uma prática recente, porém vem crescendo muito nos últimos anos. Mas isso não quer dizer que o nosso enoturismo é fraco, as Serras Gaúchas , principalmente Bento Gonçalves, vêm investindo bastante é hoje já oferece boas opções de hospedagem e atrações.
Eu como adoro viajar e também sou uma enófila de carteirinha, já fiz enoturismo nas Serras Gaúchas . Fiquei em uma pousada dentro de uma vinícula, a Casa Valduga, com vista do quarto para parreiras. A Vinícula oferece aos seus hóspedes um curso de degustação básico de seus vinhos gratuito, assim como um passeio pela vinícula.
Na época da Vindima, pacotes especializados são montados onde os enoturistas colhem uvas e até podem até mesmo "fazer a pisa" (no processo mais antigo de produção de vinhos, a uva é pisada até que o mosto seja retirado e a partir daí a produção propriamente do vinho), isso já vale a viagem!
Passeios às outras vinículas são obrigatórios, a Miolo é uma vinícula que merece uma visita, seu tamanho e infra-estrutura surpreendem. Falando em surpreender, recentemente foi inaugurado no Vale um Spa do Vinho , não entrei nele, só vi o site, mas chama atenção.
De qualquer maneira, é uma ótima oportunidade para os brasileiros conhecerem um pouco mais os nossos vinhos e até mesmo tirar um pouco do pré-conceito que existe em relação à qualidade deles. Falando nisso, muitos não sabem, mas o espumante nacional é um dos melhores do mundo, e já chegou a ser considerado o segundo melhor do mundo, perdendo apenas para a França, portanto, para quem ainda acha que um Proseco é melhor que um espumante brasileiro bom, vale a pena fazer o teste no Vale dos Vinhedos!