
O solar é do Século XVII, foi doado por D. Sancho II como prêmio a um dos cavalheiros que participaram da vitoriosa Batalha de Navas de Tolosa, em 1212. Está na família há 13 gerações, e nele ainda vive D. Maria Tereza de Lencastre de Mello, Condessa de Santar, Condessa de Santar. Por esse motivo a visita não é feita em toda a propriedade.

Entramos na Casa de Santar e já passamos pelos lindos jardins franceses, com topiárias formando verdadeiros labirintos verdes, emoldurando o solar.
Para nos acompanhar, a guia e o Mondego, um idoso cão da Serra da Estrela. Fiquei apaixonada pelo olhar dele…

Entramos na propriedade pela cozinha, com suas panelas e utensílios de cobre e forno à lenha, datada de 1690. E ela ainda é usada, todos os anos, durante a Páscoa, onde se reúne a família! Do lado oposto ao fogão, fica uma fonte de água potável, dedicada à Santo Antônio, e onde diz a lenda que quem bebe essa água tem bom casamento.

Fantástica também é a Sala de Coches, com carruagens antigas que deixariam a Cinderela com inveja, além de uma liteira (tipo de carruagem para uma pessoa e carregada por 2 homens), do século XVII, pintada à ouro.

Roupas de montaria antigas ficam no armário com porta de vidro, nos fazendo viajar no tempo.

Continuamos o passeio, admirando as camélias de várias cores. Passamos pela piscina. Seguindo as topiárias, vamos de encontro a uma pequena mostra dos vinhedos da quinta, onde a touriga nacional brilha sozinha!
Seguimos pelo lago e pela Fonte dos Cavalos (datada de 1790), que possui a imagem do primeiro Conde de Santar.


E logo após passar pelo portão depois da Fonte dos Cavalos é que começa o enoturismo. A Casa de Santar é uma das responsáveis pela projeção dos vinhos do Dão. Passamos pelas salas de fermentação, pelas cubas de inox e pelos barris de carvalho francês. Cheguei a experimentar um pouco do vinho direto do barril… que aroma!

Impressionante é a garrafeira da família, com vinhos, que são mais relíquias, e que estão ali há algumas décadas.

Dali fomos ver um pouco dos vinhedos, até porque são mais de 100 hectares de videiras, sendo que 90% delas são de castas tintas. É videira até perder de vista!
Informações:
Visitas guiadas às 11:00h e às 15:00h, exceto domingos e feriados
Valor: 5€