Visitando a Vinícola Almaúnica em Bento Gonçalves

a lindíssima entrada da Vinícola Almaúnica em Bento Gonçalves

Nessa visita à Serra Gaúcha em plena vindima eu busquei visitar vinícolas que não conhecia ainda, e uma delas é a Vinícola Almaúnica, Inclusive na primeira vez que fiz um roteiro de enoturismo na Serra Gaúcha, em 2004, a vinícola nem existia, ela foi fundada em 2008, portanto super nova se for comparar com as gigantes como a Miolo, Valduga, e até as familiares que já visitei.

visitando a vinícola Almaúnica

Conheci a Almaúnica através de posts em redes sociais, nunca havia tomado nenhum vinho deles, ao menos que eu soubesse rs De fato a vinícola é altamente instagramável. Não agendei degustação, até porque ia para lá direto da Vindima da Addolarata, quando fiz a colheita e pisa da uva, além do piquenique. Queria apenas experimentar os vinhos deles, conhecer a vinícola, e quem sabe comprar algumas garrafas para trazer para casa. Até porque eu estava dirigindo e ainda ia voltar de Bento Gonçalves para Caxias do Sul, onde estava hospedada.

Vinícola Almaúnica em Bento Gonçalves

Cheguei na loja deles e falei que não ia fazer a degustação guiada e aí já comecei a ser tratada de maneira no mínimo fria. Acabaram me dando provas para que eu pudesse escolher algo para beber ali na vinícola mesmo, até porque o ambiente lá fora é muito agradável, com visual incrível. Escolhi um vinho branco que honestamente se não fosse a foto eu não lembraria qual tinha sido, dado o desdém que fui tratada. Fiz perguntas sobre como comprar os vinhos deles, porque não são comercializados em lojas e etc, e achei o atendente totalmente despreparado em termos de informações dos vinhos, foi muito nítido que ele queria apenas vender e que não me achou com cara de quem ia comprar. E acho que foi essa a impressão que tive visitando a Vinícola Almaúnica: um lugar altamente comercial, sem alma, apesar de ter no nome.

no jardim da Almaúnica

Mas o Chardonnay, vinho branco, era muito bom sim... e o lugar realmente ficou muito bonito, fiquei degustando meu vinho no jardim, com vista para os vinhedos. E apenas pelo visual e as fotos que realmente ficam boas, não é um lugar que eu recomendo para ir e fazer a degustação, falta a tal da alma, a história e as tradições que muitas outra vinícolas que eu já conheci na Serra Gaúcha têm. Lembrei inclusive de uma conversa com o Sr. Nei do Addolarata, em que ele falou que tem se juntado a outras vinícolas mais tradicionais para conservar essa história dos imigrantes e da produção de vinhos, porque o Vale dos Vinhedos está crescendo muito, mas com objetivo apenas comercial.

Informações

Almaúnica site aqui

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Serra Gaúcha - Parque Salto Ventoso em Farroupilha

Essa última ida à Serra Gaúcha foi focada em enoturismo, turismo gastronômico, mas eu amo parques, amo cachoeiras, e nas minhas buscas por cidades que eu ainda não havia visitado, descobri sobre o Parque Salto Ventoso em Farroupilha. Aliás o Rio Grande do Sul é repleto de cachoeiras, cânions  e visuais deslumbrantes para quem ama a natureza.

Como chegar no Parque Salto Ventoso em Farroupilha

Entrada do Parque Salto Ventoso em Farroupilha

Farroupilha é bem perto de Caxias do Sul, onde estava hospedada, são cerca de 20km de distância, e do centro de até o Parque do Salto Ventoso são mais 12km.  A distância  de Bento Gonçalves até Farroupilha é de cerca de 26km.

Cascata do Parque Salto Ventoso

O trajeto de Farroupilha até a estrada que vai até o Salto Ventoso não é tão bem sinalizado, eu vi apenas uma placa, mas nada que um app de mapas não resolva, mesmo a internet acabando perto de chegar no parque. E se estiver sem sinal na volta, o parque tem wi-fi e com isso já dá pra descer até o centro de Farroupilha.

A entrada é paga e custou R$ 20,00. Ainda bem que aceitam cartões porque sou dessas que não usa dinheiro para nada.

Parque Salto Ventoso

A cascata visto por detrás

O principal atrativo do Parque Salto Ventoso é a sua cascata que fica em meio à mata nativa. São 56km de uma lindíssima queda d'água que dá para ser admirada de vários ângulos do parque, inclusive por detrás dela. O lugar é tão bonito que foi cenário do filme O Quatrilho, entre outros.

A cascata e a ponte que leva até a parte de trás

E o parque é muito bem sinalizado, com indicação de trilhas, além de ter um restaurante, banheiros, uma loja exotérica onde comprei uns incensos maravilhosos  e uma área para curtir o parque de forma mais aventureira, sendo possível fazer tirolesa, que tem 12m de altura x 131m de comprimento (R$ 60,00), rapel  de 40 metros com idade mínima de 6 anos (R$ 200) e também é possível alugar um quadricilo por 30 minutos para desbravar uma trilha de 5km (valores entre R$ 130,00 a R$ 220,00).

ruínas indígenas no Palco Salto Ventoso

No parque é possível também ver ruínas indígenas dos índios caingangues, que habitavam a região antes da chegada dos colonizadores europeus.

A visita ao parque pode demorar de 1 a 3 horas, dependendo se for fazer alguma das atividades. A trilha, que é asfaltada, até a cascata dura uns 40 minutos no máximo, se você for tirando forografias e admirando tudo. De qualquer maneira recomendo uso de roupas confortáveis, principalmente tênis porque tem umas áreas mais íngremes.

Informações:

Terça a domingos das 9h às 17h
Site do parque : www.saltoventoso.com.br

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Vindima na Serra gaúcha - Addolarata Culinária Italiana

 

 

 

Já fui algumas vezes para a Serra Gaúcha, inclusive já tinha feito uma viagem pra lá totalmente focada no enoturismo, dormindo em vinícolas e etc, mas faltava ir pra lá na época da vindima, a colheita das uvas. Queria o pacote completo da experiência da vindima, como colher a uva no parreiral e pisar na uva. OK, programa bem turístico mas honestamente eu viajo pra ser turista, digo mais, eu amo ser turista até no Rio, onde nasci e moro.

Quando comprei as passagens eu tinha lido muita coisa sobre época da vindima, uma das minhas fontes de pesquisa favorita sobre a vindima na Serra Gaúcha é o blog Café Viagem, da Alexandra. Ela mora em Porto Alegre e sempre atualiza os posts sobre a programação da vindima e lá eu li sobre a pisa da uva na Addolarata Culinária Italiana.

O Addolarata é um restaurante familiar, da família Tomasi, no interior de Bento Gonçalves, que faz parte do roteiro turístico do Vale do Rio da Antas. E além do restaurante, que fiquei de voltar para conhecer, eles também vendem experiências, e uma delas é a Vindima.

 

Experiência Vindima na Addolarata: Colheita e pisa das uvas

Euzinha no meio das parreiras

Como qualquer experiência que se queira fazer nessa época, é preciso reservar com antecedência. Cheguei até ver cogitar comprar na Wine Locals, eles tinham a opção de compra de dois passeios para pisa na uva no Addolarata, com piquenique e com almoço, mas acabei mandando mensagem pelo Instagram do restaurante e falei direto com a filha do Sr. Nei para fazer a reserva. Optei pelo piquenique até porque para o dia que eu ia não tinha a opção de almoço, era dia de semana. Paguei a primeira parte por pix e no dia paguei o restante no cartão.

Tuc-tuc com Sr. Nei e o grupo do passeio

Cheguei cedo lá e fui recebida pela filha do Sr. Nei, esperei pouquíssimo e logo chegou a família que faria o passeio comigo. E sim, éramos apenas eu e a família que tinha um casal e 3 filhos. Eles já haviam separado os nossos chapéus de palha e em seguida o Sr. Nei chegou com o tuc-tuc e partimos para os parreirais.

Colheita da uva na vindima do Addolarata em Bento Gonçalves

Agora pausa pra falar do Sr. Nei Tomasi... Sabe aqueles senhores italianos de novela? Que são uma simpatia, que têm tanta história boa pra contar? Então, Sr. Nei parece um personagem de novela de tão maravilhoso! É ele quem nos leva aos parreirais dirigindo o tuc-tuc, enquanto sua filha e sua esposa preparam as cestas do piquenique para o pessoal do passeio.

Durante o caminho o Sr, Nei vai mostrando as castas de uvas plantadas, contando histórias do lugar. E, ao chegar no ponto da colheita, a filha já havia preparado as duas mesas de piquenique, cada uma com sua cesta. Eu tinha uma mesa e uma cesta só pra mim e isso embaixo das parreiras!!

Sr Nei e as parreiras

Mas antes de comer nós fomos colher uvas e o lugar escolhido era de uvas Isabel, uma variedade de videira americana (vitis labrusca) e mais usada em preparo de sucos. E aí Sr. Nei me mostrou que o calor de dezembro e de janeiro antecipou a colheita e realmente tinha muita uva já bem passada, mas deu para que a gente colhesse muita uva. A colheita das uvas foi ao som de músicas tradicionais italianas!

Pisa da uva na Addolarata em Bento Gonçalves

Uvas colhidas, fotos e vídeos desse momento feito com a ajuda do Sr. Nei e da sua filha, nós fomos pisar na uva, prática que remonta à Roma Antiga e que por muito tempo foi a maneira de macerar as uvas para produzir vinhos. Na verdade ainda existem lugares que produzem vinhos com a pisa, como no Porto, em Portugal. Uvas colhidas e colocadas no lagar (tanque para a pisa das uvas), fomos um a um lavando os pés em outro tanque e aí sim entrávamos no lagar para macerar as uvas. Eu confesso que fiquei com pena do desperdício de uvas, porque durante a colheita eu comi MUITA uva boa, se bobear eu comi mais que colhi rs E preciso ressaltar que o Sr. Nei e sua filha foram nota 10 na ajuda a tirar fotos e fazer vídeos de todos os momentos e de todos nós.

Piquenique sob as parreiras

Depois nós lavamos novamente os pés e sentamos pra comer... e que piquenique maravilhoso!!! Sempre ao som de músicas italianas, Sr Nei fez polenta na hora... serviram vinhos e sucos produzidos por eles, de maneira bem mais artesanal que todos as vinícolas de Bento Gonçalves. E nos brindaram com algumas das delícias que a Sra. Dejanira faz para o restaurante e que são servidos no piquenique. Esse piquenique ainda foi embalado com muitas histórias da família Tomasi e sobre as tradições deles nas vindimas, contadas pelo Sr Nei. Defintivamente uma manhã deliciosa em todos os sentidos.

Preço da experiência da vindima com piquenique no Addolarata em 2025: R$ 235,00
Duração: cerca de 2 horas com piquenique, na opção de almoço acredito que dure mais.

 

Ahhh e no final o Sr. Nei colheu mais uvas e levei para casa!!

 

 


Pórtico de Bento Gonçalves

Serra Gaúcha – do vinho aos cânions – Maria Fumaça, Café Colonial e outras gostosuras

Parte 2 :Café Colonial, Nova Petrópolis, Vinhos, Garibaldi, Bento Gonçalves, Passeio de Maria Fumaça , Carlos Barbosa

Nova Petrópolis é muito conhecida pelos seus cafés coloniais, verdadeira "orgia gastronômica" oferecida em diversos restaurantes na cidade,  aliás, se alguém está querendo fazer dieta durante a viagem, desista, isso é praticamente impossível, é deixar de aproveitar a oportunidade de comer maravilhosamente bem, não vale a pena se privar dessas delícias!

Detalhe da incoerência do adoçante no Café Colonial

E fui no mais famoso dele o Opa's Kaffeehaus que serve 45 especiariais alemãs e com uma vista maravilhosa.

 

 

 

 

 

 

Pórtico de Bento Gonçalves

É em Bento Gonçalves que sai a famosa Maria Fumaça em um passeio temático em direção à Carlos Barbosa, com vinho, suco de uva,espumante, música gaúcha e italiana, danças folclóricas da região e muita, mas muita animação.

Maria Fumaça chegando na estação de Bento Gonçalves

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Um programa típico pra turistas mas é imperdível! E ainda é interativo e quando você menos espera está no meio do vagão dançando músicas típicas italianas junto aos grupos folclóricos! O passeio dura cerca de 1;30hs.  É preciso fazer reserva.

Além dos shows, o passeio passa por lugares lindos

 

 

 

 

 

 

 

Passageiros participando da dança na Maria Fumaça

Vale dos Vinhedos - Serra Gaúcha: do vinho aos cânions

Vale dos Vinhedos

Vinhos, Espumantes, Garibaldi, Bento Gonçalves, Vinícolas.
A Serra Gaúcha é um destino que agrada a vários tipos de viajantes, com diferentes interesses: crianças, casais, enófilos, ecoturistas e etc... Quando visitei a região, fiz um roteiro englobando um pouco de tudo, saindo de carro de Porto Alegre e visitando as cidades nessa ordem: Garibaldi, Bento Gonçalves, Nova Petrópolis, Gramado, Canela e Cambará do Sul. O foco era enoturismo, mas adoro ecoturismo e estando tão pertinho, não poderia deixar de conhecer os famosos cânions de Cambará do Sul.

Garibaldi - Rota dos Espumantes

Comecei com Garibaldi, cidade grande produtora de espumantes a 15 km de Bento Gonçalves, portanto a visita é imperdível, pois um bom enófilo também curte um bom espumante. E é em Garibaldi que se encontram as vinícolas famosas como Chandon do Brasil e a Vinícola Garibaldi, que junto com outras vinícolas da cidade formam a "Rota dos Espumantes".  Como meu tempo era escasso, visitei apenas uma, a Chandon do Brasil.

Chandon do Brasil

Lá eu fiz uma visita guiada e depois degustação... fui do Brut ao Rosé, passando pelo Demi-Sec e seus especiais... Tudo de bom! :D Depois é só comprar tudo que mais gostou! A entrada é gratuita e as visitas não precisam ser agendadas, podendo ser feitas nos seguintes horários: - de segundas à sextas das 8:15 hs às 11:30hs; e das 13:15hs às 16:30hs. - sábados das 9:00hs às 12:00hs e das 13:00hs às 16:00hs.

Visita à Chandon - produção do espumante

Vale a pena! Outra vinícola produtora de espumante que me indicaram para visitar em Garibaldi foi a Peterlongo , o argumento é que a visita é mais interativa, mas não pude ir.

De Garibaldi eu fui em direção à Bento Gonçalves e parei no melhor galeto do Brasil eleito pelo Guia 4 Rodas: Giuseppe, hoje com o nome de Casa di Paolo. Ainda é pelo que vi no Guia o melhor galeto do país, e realmente eu adorei! Li também que abriram filial em Gramado.
Do almoço parti para o famoso Vale dos Vinhedos _ região de fronteira entre Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul, que foi ocupada por imigrantes italianos que  implementaram a vitivinicultura aproveitando a boa combinação do solo, clima, terroir.

Os vinhos do Vale dos Vinhedos são os únicos no Brasil a deterem Denominação de Origem (2010) e a região foi a primeira no país a ser reconhecida como Indicação Geográfica. A vontade que dá é de visitar todas as vinícolas ou pelo menos as mais famosas. Para isso é preciso pelo menos uns 4 dias dedicados ao enoturismo. Recomendo, aliás não imagino como fazer de outro jeito, que se hospede em Bento Gonçalves, de preferência, claro, em uma vinícola. Nada melhor que se hospedar em uma delas para entrar de vez no clima.

Casa Valduga

Eu me hospedei na Pousada da Casa Valduga, conhecida como Villa Valduga, e recomendo 100000 vezes! Abrir a janela e ver os vinhedos da janela do quarto pela manhã é o tipo de coisa que não tem preço! E mais que isso, é super romântico! S2 :D

Visita guiada na Casa Valduga

Na hospedagem ganhei o curso de degustação e visitação. Passamos pelos barris antigos, os novos e pelo que eu acho que é sempre o ponto alto: pelos vinhedos! Mas a Casa Valduga tem um trunfo em relação às outras vinícolas: possui a maior cave de espumantes da América Latina, com capacidade para até 6 milhões de garrafas que 'descansam" de cabeça pra baixo, passando pela segunda fermentação, no método de champenoise.

Espumantes na Casa Valduga passando pela segunda fermentação

Depois uma sessão de degustação, que até eu que estou habituada a beber 5, 6, taças, fiquei mais "alegre" pois a degustação é bem variada.

Mas se fosse voltar agora, tentaria ficar no Spa do Vinho, super bem recomendado, fica no topo de uma montanha cercado por vinhedos. E como o nome diz, o spa é repleto de tratamentos à base de vinho! Quero MUITO ir pra lá e fazer esses tratamentos! :D

Uma vinícola que é imperdível pelo porte, pela estrutura mesmo para receber os turistas é a Miolo. 

Miolo, a grandeza impressiona

Confesso que a estrutura chega a "assustar" no sentido de parecer "americanizada", mas é indiscutível qualidade do atendimento e claro, dos vinhos da Miolo. Sou fã do Lote 43. Não precisa de agendamento para a visitação, que pode ser feita de segunda à sábado das 8:00hs às 18:00hs e domingos das 9:00hs às 17:00hs.
Passei pela Vinícola Aurora  muito rapidinho porque perdi a hora na Miolo. Isso me "obriga"a voltar para o Vale dos Vinhedos e passar com mais calma pelas vinícolas, são muitas, de preferência na Vindima (período de festividades pela colheita da uva, com eventos, cursos) e com direito a participar da brincadeira de "pisar" nas uvas, método antigo de vinificação que não é mais usado mas que é lembrado nas celebrações das vindimas pelo mundo afora.